terça-feira, 7 de outubro de 2014

Sangalhos (Anadia)


APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Concelho de Anadia



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


SANGALHOS
2010


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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Poesia de… António Gedeão



FALA DO HOMEM NASCIDO

 (Chega à boca da cena, e diz:)

Venho da terra assombrada,
do ventre de minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.

Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.

Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

  (António Gedeão – 1906-1997)




Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 — Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.

Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.

A data do seu nascimento foi adoptada em Portugal, em 1996, como Dia Nacional da Cultura Científica.

Teve dois filhos, Frederico de Carvalho, também formado em Ciências, e Cristina Carvalho, escritora (esta última do seu segundo matrimónio, com a escritora Natália Nunes).

Jaz no Jazigo dos Escritores Portugueses, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, junto com vultos notáveis das letras portuguesas como José Cardoso Pires ou Fernando Namora.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

ARPIAC - Museu do Traje - Museu do Teatro



ENCONTROS ARPIAC
Museu do Traje – Museu do Teatro

(2004)


Não obstante esta Foto Reportagem estar enquadrada em actividades da ARPIAC (Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva Cacém) não deixa de revelar alguns aspectos culturais que podem ser de interesse geral.

Para além da confraternização entre os participantes as imagens dos Museus do Traje e do Teatro (em Lisboa) que são apresentadas podem contribuir para criar o desejo de uma visita, pois que a presença física nestes museus não pode ser substituída por nenhuma foto.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso.

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Encontros ARPIAC
Museu do Traje – Museu do Teatro

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Museu Nacional do Traje

O Museu Nacional do Traje, criado em 1976 por diploma, reúne uma coleção de indumentária histórica e acessórios de traje, desde o séc. XVIII à atualidade, que apresenta ao público quer na sua exposição permanente quer em exposições temporárias. Está instalado no Palácio Angeja-Palmela e tem anexo o Parque Botânico do Monteiro-mor.

Entende como sendo sua missão construir uma estratégia de investigação, conservação e divulgação do traje e do têxtil. Define ainda uma estratégia de salvaguarda para o Parque Botânico do Monteiro-Mor e promove a ligação de todo este património à comunidade.

Conservar Verde é o conceito que integra os valores de responsabilidade e de sustentabilidade. Integra ainda a gestão do património cultural e natural à guarda do Museu Nacional do Traje. 

O Museu Nacional do Traje está instalado no Palácio Angeja-Palmela, assim denominado por ter sido sucessivamente propriedade destas duas famílias. 

Deve a sua traça atual ao 3º Marquês de Angeja, que aqui projetou instalar as suas coleções de história natural, complementadas com um jardim botânico. O projeto de remodelação da mansão já existente é parcialmente realizado, mas o de instalação de um museu de história natural não se concretiza, embora tenha deixado alguns vestígios arquitetónicos - o edifício que atualmente serve de restaurante e a estufa.

Adquirido pela Família Palmela no segundo quartel do séc. XIX, continua a servir de residência secundária e foi objeto de campanhas de requalificação dos interiores, das quais se salienta a desenvolvida por Pereira Cão, Rambotti e Cinatti, que intervieram na decoração parietal do andar nobre. Assumindo-se inicialmente como uma residência de Verão, de 1952 a 1955 foi residência do Coronel Lawrence William More Cosgrove, Encarregado de Negócios do Canadá em Portugal nesse período. Foi também ele que, a 2 de Setembro de 1945 e em representação do Canadá, assinou a Ata de Rendição do Japão, a bordo do USS Missouri. Foi, depois, residência dos proprietários.

Desde 1973 que se admitia a criação do Museu Nacional do Traje e se trabalhava no sentido de encontrar instalações próprias. Iniciaram-se nessa altura as negociações para aquisição do Palácio Angeja-Palmela, já desocupado pela família proprietária. Esta, temendo as ocupações que aconteceram após o 25 de Abril de 1974, propôs que o futuro Museu começasse de imediato a ser instalado no Palácio, o que veio a acontecer em Maio de 1974, tendo gerado um interessante episódio com os ocupantes de uma propriedade vizinha.

Em 1975, o Estado Português adquire um conjunto de imóveis designado por Quinta do Monteiro-Mor para instalação do Museu Nacional do Traje.



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Cuidado com a lingua


LINGUAGEM E LEIS AUTOCARAVANISTAS


A linguagem é uma fonte de mal entendidos
(Antoine de Saint-Exupéry)


Intencionalmente ou não tem vindo a verificar-se uma má utilização das denominações sobre Áreas de Serviço e Parques de Campismo o que tem permitido alguns equívocos. Para identificarmos devidamente qualquer assunto e sobre ele nos pronunciarmos é absolutamente necessário que utilizemos uma terminologia que tenha um significado igual para todos os interlocutores. Para uma melhor compreensão direi que quando duas ou mais pessoas se referem, por exemplo a uma cadeira, todos têm que ter a noção exacta do que é uma cadeira, não vá algum considerar que um sofá também é uma cadeira. Ou seja, as palavras têm um significado, genericamente aceite, que não deve ser deturpado (intencionalmente ou não) sob pena de podermos estar a ser intelectualmente desonestos.

Por vezes usam-se propositadamente denominações ou frases com um sentido diferente. Nessas situações, se estamos na presença de um interlocutor, esse significado diferente é apercebido já por um sorriso, já por um piscar de olhos, já por uma entoação acentuada. Se num convívio alguém disser “Você é muito inteligente” pode estar a dizer exactamente o oposto. Pode estar a ser sarcástico. Esta diferença pode ser detectada muitas vezes apenas pela entoação que se dá à frase. Mas, se for escrita, só o contexto, às vezes, pode revelar a intenção de quem a escreve e, mesmo assim, depende da literacia de quem a lê. Há pois que ter alguma preocupação com a forma como se escreve, o que se escreve e utilizar denominações que tenham o mesmo significado para todos.

A necessidade de pontos de apoio específicos para autocaravanas é mais que evidente e, quando me refiro a pontos de apoio, não estou a pensar em Parques de Estacionamento para viaturas automóveis onde podem permanecer indistintamente todo o tipo de veículos. Considero que pontos de apoio são locais onde as autocaravanas se podem abastecer de água potável, descarregar as sanitas químicas e as águas saponárias e, eventualmente, utilizar um ponto de energia para carregamento das baterias e/ou estacionar por um determinado período de tempo.

Quais são, pois, os pontos de apoio existentes em Portugal que podem ser utilizados pelas autocaravanas?

- Os Parques de Campismo
- Os Parques de Campismo exclusivos de Autocaravanas
- As Áreas de Serviço de Autocaravanas
- As Estações de Serviço de Autocaravanas
- Os Acampamentos Ocasionais


Os Parques de Campismo são empreendimentos turísticos conforme determina o Decreto-Lei 39/2008 de 7 de Março (ver AQUI) que consagra o novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos e revoga outros diplomas sobre esta matéria.

O artigo 4º deste mesmo Decreto-Lei considera os Parques de Campismo como uma tipologia de Empreendimento Turístico e o Artigo 19º dá a noção de Parque de Campismo em 4 pontos distintos.

O número três do atrás referido Artigo 19º determina que “Os parques de campismo e de caravanismo podem destinar-se exclusivamente à instalação de um dos tipos de equipamento referidos no n.º 1, adoptando a correspondente designação” pelo que os Parques de Campismo poderão ser denominados como Parques de Tendas, Parques de Reboques, Parques de Caravanas ou Parques de Autocaravanas se se destinarem “exclusivamente à instalação de um dos tipos de equipamento”, mas não deixam de ser Parques de Campismo, nem deixam de ser inseridos uma tipologia de Empreendimento Turístico.

Concluindo: Segundo o Decreto-Lei 39/2008 de 7 de Março os Parques de Campismo são empreendimentos turísticos e podem existir Parques de Campismo exclusivamente para Autocaravanas.


Os Parques de Campismo exclusivos de Autocaravanas (ou Parques de Campismo de Autocaravanas) são regulados pela Portaria 1320/2008 de 17 de Novembro (ver AQUI) que é a consequência da alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei 39/2008 que obriga a que “os requisitos específicos da instalação, classificação e funcionamento dos parques de campismo e de caravanismo são definidos por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do turismo, da administração local e do desenvolvimento rural

O artigo 29º da Portaria atrás referida regula os espaços destinados exclusivamente a autocaravanas e é denominado, esse artigo 29º, “Áreas de Serviço” mas ficam sujeitos (os Parques de Campismo exclusivos de Autocaravanas) ao disposto em diversos artigos, que, com as devidas adaptações, contemplam:

• Fácil acesso à via pública (artigo 7º da Portaria);
• Vedação do terreno com portões de entrada e saída (artigo 8º da Portaria);
• Vias de circulação interna (artigo 10º da Portaria, n.º 1, 2, 3 e 5);
• Rede de energia eléctrica (artigo 12º da Portaria);
• Condições gerais de Instalação (artigo 14º da Portaria);
• Requisitos de funcionamento – Recepção (artigo 20º da Portaria);
• Deveres dos campistas e caravanistas (artigo 24º da Portaria);
• Regulamento interno (artigo 25º da Portaria);
• Recusa de permanência (artigo 26º da Portaria).

Estes Parques de Campismo de Autocaravanas impedem que a permanência destes veículos seja superior a 72 horas.

Concluindo: Segundo a Portaria 1320/2008 de 17 de Novembro as “Áreas de Serviço” (assim, quanto a mim, erradamente denominadas no título do Artigo 29º) não são mais do que Parques de Campismo para uso exclusivo de autocaravanas e estão obrigadas ao cumprimento de requisitos, embora específicos, definidos para os Parques de Campismo e Caravanismo. Nem de outra forma se poderia interpretar, pois que a “A presente portaria estabelece os requisitos específicos de instalação, classificação e funcionamento dos parques de campismo e de caravanismo”.


As Áreas de Serviço de Autocaravanas (ASA) são, cada uma delas, constituída por uma zona de estacionamento e uma Estação de Serviço de Autocaravanas com, pelo menos, um ponto para abastecimento de água potável, um local para despejo de águas saponárias e um local para despejo de sanitas químicas, sendo este último local servido por um ponto de água autónomo por motivos de higiene. Pode ainda ser disponibilizada energia elétrica destinada ao carregamento das baterias das autocaravanas. (ver AQUI)

Os municípios, que têm vindo a implementar Áreas de Serviço para Autocaravanas, pagas ou gratuitas, artesanais ou com equipamento industrial, algumas anexas a zonas de lazer e com a possibilidade de utilização de sanitários, fazem-no sem ser ao abrigo da Portaria 1320/2008 de 17 de Novembro, pois estas Áreas de Serviço podem ser consideradas, para efeitos legais, idênticas a outros equipamentos municipais, como, por exemplo, fontanários, bancos de jardim, sanitários…

Neste pressuposto os Parques de Estacionamento geridos por privados e que tenham Estações de Serviço para Autocaravanas (abastecimento de água, despejos e/ou energia) são ilegais se não cumprirem o disposto na Portaria 1320/2008 de 17 de Novembro pois apenas as Câmaras Municipais podem implementar Áreas de Serviço de Autocaravanas como atrás referi.

Porque as Áreas de Serviço de Autocaravanas não são considerados Parques de Campismo os autocaravanistas que as utilizam não podem nelas acampar. Relembro que (em autocaravana) “ (…) ACAMPAR é a imobilização da autocaravana, ocupando um espaço superior ao seu perímetro, em consequência da abertura de janelas para o exterior, uso de toldos, mesas, cadeiras e similares, para a prática de campismo”. (ver AQUI). Os autocaravanistas que acamparem fora dos locais apropriados e autorizados para a prática de campismo podem vir a ser penalizados com uma coima entre 150 a 200 euros conforme dispõe o Decreto-Lei 310/2002 de 18 de Dezembro.


As Estações de Serviço de Autocaravanas (ESA) são locais com, pelo menos, um ponto para abastecimento de água potável, com despejo de águas saponárias e despejo de sanitas químicas, sendo este último servido por um ponto de água autónomo por motivos de higiene. Pode ainda ser disponibilizada energia elétrica destinada ao carregamento das baterias das autocaravanas.

Normalmente as Estações de Serviço de Autocaravanas são integradas num local reservado ao estacionamento exclusivo de autocaravanas (local que passa a ter a designação de Área de Serviço de Autocaravanas), mas, em algumas raras vezes, isso não se verifica.


Os Acampamentos Ocasionais estão previstos no Decreto-Lei 310/2002 de 18 de Dezembro sendo necessário prévia autorização camarária, com parecer favorável do Delegado de Saúde e do Comandante da PSP ou da GNR conforme os casos.

Em alguns locais de algumas localidades está a ser permitido que as autocaravanas acampem (abertura de janelas para o exterior, uso de toldos, mesas, cadeiras e similares, para a prática de campismo) sem que exista a necessária autorização com os procedimentos exigidos pelo Decreto-Lei, o que é ilegal. Muitos dos autocaravanistas (que até se dizem não campistas) têm práticas campistas ilegais nesses locais.


São dois os objetivos que pretendi alcançar:

- Definir quais os pontos de apoio às autocaravanas para estarmos sintonizados sobre o que cada um dos pontos de apoio é para quando a qualquer deles nos referimos e, também, para que falemos uma mesma linguagem, razão com a qual iniciei este texto;

- Dar a conhecer os princípios e algumas das Leis que podem regular, direta ou indiretamente, o autocaravanismo.


Leis suficientes

E sobre Leis, existem, como é evidenciado, as suficientes para regular a prática do autocaravanismo e do campismo, nas quais se inclui o Código da Estrada, sem necessidade de criar outras à pala de que as que existem não são cumpridas. E quem garante que as outras serão cumpridas? E quem garante que as outras não serão discriminatórias no que se refere ao autocaravanismo?

LUTAR PARA QUE AS LEIS EXISTENTES SEJAM RESPEITADAS e cumpridas pelas autoridades fiscalizadoras e pelos autocaravanistas É TAREFA DE TODOS


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

DIREITOS



DIREITOS


Direito à Jornada de Trabalho de 8 horas
Direito a um Dia de Descanso Semanal
Direito a Férias pagas
Direito a um Salário mínimo
Direito à Greve
Direito a não ser despedido sem justa causa
Direito a aumentos salariais anuais
Direito ao 13º mês
Direito a Segurança Social Pública, Solidária e Universal
Direito a um Serviço Nacional de Saúde
Direito à Escola pública

Por estes direitos, conquistados (a maioria) há menos de 50 anos, lutaram, foram perseguidos, despedidos, deportados, torturados e mortos homens e mulheres para que hoje os usufruamos.

Para que estes direitos não sejam diminuídos ou destruídos há que resistir, não só para honrar aqueles que contribuíram com o seu sacrifício para que sejam uma realidade, como para que os possamos transmitir aos nossos descendentes.

Recordar hoje, 1 de outubro de 2014, a existência destes direitos e o avanço civilizacional que eles representam é indissociável de recordar o 44º aniversário da

CGPT – Intersindical Nacional



Hoje, mais do que nunca, impõe-se que cada um faça a si próprio a seguinte pergunta:

Qual seria a situação dos trabalhadores portugueses sem a
CGTP – Intersindical Nacional?






Pôr-do-Sol sobre o mar


APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Algures



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


PÔR-DO-SOL SOBRE O MAR
2002


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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Planície Alentejana


APONTAMENTOS DE VIAGEM

Portugal
Algures



Aqui podem ser encontradas fotos que a sensibilidade do autor, naquele momento, quis guardar sabe-se lá porquê.

Alguns dos álbuns contêm apenas uma única foto, outros umas dezenas, mas em nenhum dos álbuns houve a preocupação de estabelecer qualquer critério de ordenação das fotos.

Faço votos para que apreciem e, sobretudo, que sirvam de incentivo a uma visita.


PLANÍCIE ALENTEJANA
2008


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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Poesia de… José Régio


CÂNTICO NEGRO


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
 (José Régio – 1901-1969)





José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de Setembro de 1901  Vila do Conde, 22 de Dezembro de 1969) foi um escritor português que viveu grande parte da sua vida na cidade de Portalegre (de 1928 a 1967). Foi possivelmente o único escritor em língua portuguesa a dominar com igual mestria todos os géneros literários: poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, jornalista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura, para além de editor e diretor da influente revista literária Presença, desenhador, pintor, e grande colecionador de arte sacra e popular. Foi irmão do poeta, pintor e engenheiro Júlio Maria dos Reis Pereira, que como artista plástico se assinava Júlio e como poeta Saul Dias
Foi em Vila do Conde que José Régio nasceu no seio de uma família da burguesia provincial, filho de ourives, e aí viveu até acabar o quinto ano do liceu. Ainda jovem publicou na sua terra-natal os primeiros poemas nos jornais O Democrático e República. Depois de uma breve e infeliz passagem por um internato do Porto (que serviu de matéria romanesca para Uma gota de sangue), aos dezoito anos foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925) com a tese As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa. Esta tese na época não teve muito sucesso, uma vez que valorizava poetas quase desconhecidos na altura, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; mas, em 1941, foi publicada com o título Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa.
Em 1927, com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, fundou a revista Presença, que veio a ser publicada, irregularmente, durante treze anos. Esta revista veio a marcar o segundo modernismo português, que teve como principal impulsionador e ideólogo José Régio. Este também escreveu em jornais como Seara Nova, Ler, O Comércio do Porto e o Diário de Notícias. Ainda na área da imprensa, colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas: Contemporânea (1915-1926), Altura (1945), Principio (1930), Sudoeste (1935) e Variante (1942-43). Foi neste mesmo ano que José Régio começou a leccionar Português e Francês num liceu no Porto, até 1928, e a partir desse ano em Portalegre, onde esteve quase quarenta anos. Durante esse tempo, reuniu uma extensa e preciosa colecção de antiguidades e de arte sacra alentejanas que vendeu à Câmara Municipal de Portalegre, com a condição de esta comprar também o prédio da pensão onde vivera e de a transformar em casa-museu. Em 1966, Régio reformou-se e voltou para a sua casa natal em Vila do Conde, continuando a escrever. Fumador inveterado, veio a morrer em 1969, vítima de ataque cardíaco. Nunca se casou, mas não era celibatário, como demonstra o seu poema Soneto de Amor
Como escritor, José Régio é considerado um dos grandes criadores da moderna literatura portuguesa. Reflectiu em toda a sua obra problemas relativos ao conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade. Usando sempre um tom psicologista e misticista, analisando a problemática da solidão e das relações humanas ao mesmo tempo que levava a cabo uma dolorosa auto-análise, alicerçou a sua poderosa arte poética na tríplice vertente do autobiografismo, do individualismo e do psicologismo. Seguindo os gostos do irmão, Júlio/Saul Dias, expressou também o seu talento para as artes plásticas ilustrando os seus livros.
Régio teve durante a sua vida uma participação activa na vida pública, mantendo-se fiel aos seus ideais socialistas, apesar do regime conservador de então, mas sem condescender igualmente com a arte panfletária. Recebeu em 1966 o Prémio Diário de Notícias e em 1970 o Prémio Nacional da Poesia. Hoje em dia as suas casas em Vila do Conde e em Portalegre são casas-museu.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ARPIAC - Olivença - Badajoz - Mérida


Olivença

ENCONTROS ARPIAC
Olivença – Badajoz – Mérida

(2004)


Não obstante esta Foto Reportagem estar enquadrada em actividades da ARPIAC (Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva Cacém) não deixa de revelar alguns aspectos turísticos que podem ser de interesse geral.

Para além dos convívios entre os participantes, onde não faltaram os festejos carnavalescos do período em que o encontro se realizou, são evidenciadas algumas imagens de Olivença, Badajoz e Mérida.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


Encontros ARPIAC
Olivença – Badajoz - Mérida

Para ver as fotos prima AQUI



ARPIAC

A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém, que por abreviatura usa a sigla ARPIAC, é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS), sem fins lucrativos e com duração indeterminada, com sede na cidade de Agualva-Cacém. A sua finalidade é o exercício da acção social na prevenção e apoio nas diversas situações de fragilidade, exclusão ou carência humana, promovendo a inclusão e a integração social; para tal, desenvolve diversas actividades de apoio a crianças e jovens, à família, juventude, terceira idade, invalidez e, em geral, a toda a população necessitada, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre todos os indivíduos abrangidos na sua área de actuação.

Esta instituição adopta como símbolo emblemático a sigla ARPIAC, envolvida num filete intercalado com a figura do Sol. A letra A, inicial da sigla, é dimensionada a cheio e representa a Casa/Lar da Associação. A cercadura/filete representa a linha da vida da Pessoa Humana, correspondendo a parte final da cercadura, já em sentido descendente, à etapa terminal do ciclo biológico. Por sua vez o Sol assume-se como elo e factor de sustentação de todo o percurso existencial.


A ARPIAC assume-se como herdeira das tradições e do projecto de unidade associativa da Comissão que, com idêntica designação, a antecedeu, pelo que reporta a sua fundação a 17 de Janeiro de 1982, data da criação desta mesma Comissão.

                                                                                                                                                                                                                    Fonte: ARPIAC

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Última hora - Braga "rende-se"



ÚLTIMA HORA

BRAGA “RENDIDA” AO AUTOCARAVANISMO

A Câmara Municipal de Braga “rende-se” à importância do autocaravanismo, no âmbito do desenvolvimento da economia local, ao admitir que, a criação de Parques de Rua (vulgarmente denominados Áreas de Serviço de Autocaravanas), podem vir a constituir uma mais-valia. Sobre este assunto a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”, bem como a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, ao subscreverem em 2010 a Declaração de Princípios (ver AQUI) preconizam a implementação de 1 Área de Serviços para Autocaravanas (enquanto equipamentos municipais) em cada Concelho.

Outra das apostas que a câmara quer levar a cabo é o apoio aos autocaravanistas que visitam e circulam pela cidade, mas que não se fixam no Parque de Campismo. “Estamos a tentar identificar os locais onde geralmente estacionam, no sentido de lhes dar algumas condições”, diz o responsável, apontado como exemplos o Parque da Ponte, o parque de estacionamento junto aos Bombeiros Municipais e o Bom Jesus. 


“Isto acontece em todas as cidades e há várias que criaram esses parques de rua para que as pessoas sintam que têm alguma segurança, fazendo também com que Braga seja um roteiro de autocaravanismo. Isto pode ter um impacto muito importante ao nível da economia local. Estas pessoas deixam valor, deixam dinheiro na economia local”, remata.” (Trecho retirado do “Correio do Minho” – Ver AQUI)


Estou convicto que se o vereador responsável por este apoio tiver conhecimento que esta obra é passível (dependendo das condições) de ter um custo de apenas uns 3 mil euros (ver o Projecto de Áreas de Serviço do CPA AQUI) irá desenvolver todos os esforços para dinamizar a implementação de uma Área de Serviços para Autocaravanas na cidade de Braga.

É também minha convicção que a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” não deixará de dar todo o apoio à Câmara Municipal neste projecto, como já o fez relativamente a outras entidades, inclusive promovendo um Encontro Autocaravanista aquando da inauguração deste equipamento municipal.