sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ARPIAC - Poesia na SAPA (2005)


Sintra

ENCONTROS ARPIAC
Poesia na SAPA

(2005)


Não obstante esta Foto Reportagem se enquadrada no âmbito da “Oficina de Poesia”, espaço de todos os que amavam (e amam) o belo, projecto que inserido nas actividades da ARPIAC (Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva Cacém) demonstra que a cultura é uma necessidade.

Em Sintra, junto dos Paços do Concelho, na “Casa das verdadeiras queijadas da SAPA”, reuniram-se numa pequena, mas muito característica e agradável sala, mulheres e homens para quem “a poesia é para comer”.

Além das expressões dos diferentes intervenientes nesta tertúlia poética as imagens reportam também a beleza de Sintra.

E tudo aconteceu a 23 de Fevereiro de 2005, num dia muito frio, numa sala de corações muito quentes, que as imagens talvez não mostrem…

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Encontros ARPIAC
Poesia na SAPA

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SAPA


Já se encontram referências às Queijadas de Sintra, como fazendo parte de pagamento de foros, no ano de 1227, quando reinava D. Sancho II, o Capelo. Quanto ao local de origem das queijadas parece ter sido em Ranholas, na freguesia de S. Pedro de Penaferrim.


De todas as marcas, a mais antiga é a Sapa, com fábrica na Volta do Duche, hoje explorada por Francisco Barreto das Neves, mais conhecido por “Chico Neves”. Através de documentos, não é possível determinar a relação de parentesco entre “Maria Sapa”, nascida em 1756, e os outros Sapas, também de Ranholas, e que nessa localidade fabricavam queijadas. Considera-se, no entanto, que eram todos daquela família, oriunda daquela localidade.


Em meados do século XIX, aparece em Ranholas uma Maria das Neves, casada com Manuel Antunes, ela da família “Sapa” e que também fabricava o afamado doce.


Com a inauguração do caminho-de-ferro, em 2 de Abril de 1887, o trânsito pela estrada de Lisboa começou a reduzir-se gradualmente e os industriais de queijadas que, até essa data, vinham aos domingos fazer a sua venda a Sintra utilizando burros, viram-se na necessidade de transferir para a vila o seu negócio.
Respeitando a receita dos seus antepassados, as queijadas fabricadas actualmente continuam a merecer a fama que criaram.



Camilo Castelo Branco, no seu livro “Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado”, cuja primeira edição é de 1863, diz a certa altura: “Basílio levava na algibeira do albornoz um embrulho de queijadas da Sapa.” A que Sapa se refere? Atendendo a que a primeira contribuição industrial que pagou Francisco Antunes das Neves está datada de 1871 (referente à fábrica de Ranholas) parece poder concluir-se que se refere a seus pais, a Maria das Neves (dos Sapas) e marido Manuel Antunes ou, então, a uma irmã da primeira, Josefa das Neves, que, nessa data distante, também fabricava em Ranholas o mesmo doce com a designação de “Sapa”.

Fonte: Câmara Municipal de Sintra

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