quinta-feira, 28 de maio de 2015

REFLEXÕES (ao correr da pena)



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REFLEXÕES
(ao correr da pena)


DAR CORDA AOS SAPATOS

Ainda não é passado um mês sobre o importante Colóquio / Encontro “O Autocaravanismo e a Sociedade” promovido pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e já se inquietam alguns autocaravanistas por não constatarem a existência de quaisquer resultados práticos.

Recordemos que no decorrer do Colóquio dois dos oradores assumiram compromissos que, na minha opinião, não podem ser esquecidos e têm que ser valorizados.

O Presidente da Direcção do Automóvel Clube de Portugal assumiu o compromisso de desenvolver esforços, em consonância com a Federação de Campismo de Portugal (e com a respectiva Comissão de Autocaravanismo), junto dos poderes públicos para que se não continuassem a verificar em algumas partes de Portugal a discriminação negativa e infundada dos veículos autocaravanas.

O Presidente da Câmara Municipal de Coruche assumiu o compromisso de desenvolver esforços para que no seio da Associação Nacional de Municípios o tema do autocaravanismo fosse abordado e analisadas as politicas autocaravanistas da FCMP para obstar, de forma concertada, a interpretações distintas entre municípios que pudessem conduzir à discriminação negativa dos veículos autocaravanas.

Nesse mesmo colóquio o moderador do 2º painel, o assessor jurídico da FCMP (Vítor Ferreira), quando introduziu o tema expressou a opinião (com que eu concordo) que as questões que preocupavam os autocaravanistas e que eram objecto do colóquio versavam essencialmente o estacionamento (diurno e/ou nocturno) dos veículos autocaravanas. Efectivamente assim é. Solucionada a questão da discriminação negativa do veículo autocaravana as associações autocaravanistas podem dedicar-se ao essencial que, além dos apoios ao autocaravanismo (pelo menos um em cada concelho), assenta nos aspectos turísticos, campistas, culturais, desportivos e lúdicos.

 Não pode, pois, a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e a respectiva Comissão de Autocaravanismo, deixar de com toda a urgência desenvolver os contactos que se impõem, pelo menos junto do Presidente do ACP e do Presidente da Câmara Municipal de Coruche.


CONDUTORES DE AUTOCARAVANAS

A minha opinião sobre Áreas de Serviço para Autocaravanas, enquanto equipamentos municipais, é coincidente (para não dizer igual) ao que a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” e a “Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal” entendem e divulgam.

Estas duas instituições assumem que a prática do campismo na via pública tem que ser penalizada. A mesma penalização deve ter lugar nos locais, como as Áreas de Serviço equiparadas a equipamentos municipais ou Parques de Estacionamento, públicos ou privados, pois que o campismo, fora dos Parques de Campismo, mesmo dos exclusivos para autocaravanas ou fora de acampamentos ocasionais devidamente autorizados é proibido.

Muitos são os autocaravanistas que no período estival procuram locais junto ao mar para fazerem campismo, pois consideram-se no direito de usurparem locais públicos. À pala de se dizerem turistas itinerantes clamam contra as entidades fiscalizadoras que os penalizam (e bem) por fazerem de locais públicos autênticos Parques de Campismo.


SEM CORAGEM PARA SER ASSERTIVA

São conhecidas e públicas as posições da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal sobre a prática de campismo na via pública bem como as da Associação Autocaravanismo de Portugal – CPA. Também são conhecidas e também estão escritas as posições em defesa do direito ao estacionamento na via pública das autocaravanas, com ou sem pessoas no interior, pronunciando-se contra a discriminação negativa do veículo autocaravana.

Embora alguns dos apoiantes da FPA tenham posições semelhantes às da FCMP e do CPA não se conhecem posições oficiais da FPA.

A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia contra o Campismo na via pública;

A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia favorável à penalização dos utentes de autocaravanas por praticarem campismo na via pública;

A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do autocaravanismo entendido como turismo itinerante, mas que não se pronuncia contra a prática do campismo nos Parques de Estacionamento e nas Áreas de Serviço consideradas como equipamentos municipais;

A FPA é aquela entidade que se afirma defensora do autocaravanismo entendido como turismo itinerante, que tem medo de perder o apoio dos autocaravanistas que querem fazer campismo fora dos locais a isso destinado e opta por um silêncio alegadamente cúmplice.

Tem-se conhecimento das opiniões dos apoiantes da FPA, mas as posições da FPA expressas em Comunicado sobre estas matérias, onde estão?


A PLATAFORMA QUE A FPA NÃO QUER

Desde há alguns anos que me pronuncio pela existência de uma Plataforma de Unidade inorgânica e constituída APENAS por associações com personalidade jurídica essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo. Sem a participação da FPA ou da FCMP.

Durante alguns meses o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA clamou nas redes sociais que tudo faria que estivesse ao seu alcance para promover essa Plataforma, mas, passados tantos meses (atrever-me-ia a referir mais de 6) não são publicamente conhecidos quaisquer resultados conducentes a esse objectivo.

Existem fortes indícios que esse objectivo foi travado pelo Presidente da FPA. Leia-se o que escrevi num artigo intitulado “Galos à Bulha” e que pode ser acedido AQUI.

Em meu entender (e gostaria de estar equivocado) o que se pretendia era trazer o CPA para a FPA, já que não o tinham conseguido após a constituição da FPA, Um falhanço estratégico para os que tiveram a veleidade de supor que o CPA não teria outra solução senão o de aderir à FPA.

Enganaram-se! O CPA vai muito bem e a FCMP prossegue, embora muito lentamente para o meu gosto, com a aplicação da política expressa na Declaração de Princípios.


DEFESA DE PRINCÍPIOS

António Sousa, membro da Comissão de Autocaravanismo da FCMP que interveio no Colóquio / Encontro recentemente realizado em Salvaterra de Magos sobre o tema “Que necessidade de legislação e que ética autocaravanista?” já não faz parte da Comissão de Autocaravanismo, tendo sido substituído por Artur Monteiro a quem desejo as maiores felicidades nas funções que aceitou desempenhar.

Contudo a Comissão de Autocaravanismo ficou mais pobre com a saída de alguém que no âmbito do associativismo se bateu pela dignificação do autocaravanismo em todas as vertentes.

Estou convicto que António Sousa continuará a defender INTRANSIGENTEMENTE os mesmos princípios.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI).



ESCLARECIMENTO


No período compreendido entre 1 de Junho e 30 de Setembro de 2015 a habitual “Opinião das Quintas-feiras” fica suspensa.

Nas páginas do Facebook, no mesmo período, não serão colocados “postes”.

O Blogue “Papa Léguas Portugal AUTOCARAVANISMO” continuará, sem interrupção, a produzir informação diária.

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