quinta-feira, 12 de maio de 2016

7 PERGUNTAS INCÓMODAS





7 PERGUNTAS INCÓMODAS

(PORQUE SERÁ?)



PERGUNTA NÚMERO UM:

Quando um cidadão exercendo funções políticas faz promessas eleitorais que posteriormente não cumpre milhares de vozes clamam e reclamam.

Quando um cidadão exercendo funções associativas faz promessas eleitorais que posteriormente não cumpre pouquíssimas são as vozes que clamam e reclamam.

O Senhor Presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, que não cumpre as promessas eleitorais autocaravanistas e campistas que fez, tenciona recandidatar-se. PORQUE SERÁ?



PERGUNTA NÚMERO DOIS:

Quando um cidadão exercendo funções políticas nada faz, nada dinamiza, ao ponto de nem sequer nos recordarmos que existe, significa que é desinteressado, que a função é supérflua ou que não tem os meios necessários?

Quando um cidadão exercendo funções associativas é eleito ou designado, nada faz, nada dinamiza, ao ponto de nem sequer nos recordarmos que existe, significa que é desinteressado, que a função é supérflua ou que não tem os meios necessários?

Os 30 membros dos 6 Conselhos Regionais da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, em quatro anos de mandato promoveram apenas uma reunião em cada Região (os Estatutos obrigam a pelo menos uma Reunião anual) e nessas Reuniões comparecem um número inexpressivo de representantes de associações, como foi o caso verificado na Região de Lisboa, que tem umas 250 associações federadas e em que estiveram apenas umas 4.

Os Senhores membros dos Conselhos Regionais da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal ou são desinteressados ou os cargos que desempenham não justificam que exista a função que exercem ou não tiveram os apoios necessários para o cabal desempenho das suas funções e, em consequência, nada fizeram que seja público em 4 anos de mandato, pelo que há que perguntar se se recandidatarem porque o fazem. PORQUE SERÁ?



PERGUNTA NÚMERO TRÊS:

Quando um Deputado durante todo o seu mandato não intervém uma única vez na Assembleia da República, não promove qualquer acção no órgão de soberania de que faz parte e nem sequer contacta periodicamente os respectivos eleitores, é legitimo questioná-lo (e questionar-mo-nos) da necessidade da sua presença naquele órgão.

Quando algum Delegado (dos 30 que são eleitos) à Assembleia Geral da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal “entra mudo e sai calado” das referidas Assembleias e não participa, como é seu direito e obrigação, nos Conselhos Regionais da Federação, é legitimo questioná-lo (e questionar-mo-nos) acerca da necessidade da sua presença naquele órgão.

Senhores Delegados à Assembleia Geral da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, além de virem passar fins-de-semana a Lisboa, qual tem a sido a vossa participação activa no mais importante órgão da Federação e que prestação de contas têm dado aos vossos eleitores que justifique o porquê de uma eventual recandidatura? PORQUE SERÁ? (que se recandidatam)



PERGUNTA NÚMERO QUATRO:

A informação nos estados democráticos é algo que os cidadãos exigem que os poderes públicos providenciem de forma constante, clara, precisa e atempada e quando assim se não verifica os boatos e as teorias da conspiração brotam de todos os lados com as mais inverosímeis histórias e o direito à informação, que pressupõe a obrigação de informar, fica mais pobre.

Nas associações, não obstante as relações de maior proximidade, a informação também é uma preocupação de muitos dirigentes associativos que, aproveitando-se das potencialidades das novas tecnologias (que já vão sendo velhas), procuram (os que procuram,) tornar mais transparentes as políticas que desenvolvem.

Assim, não é compreensível a forma redutora como se cuida da comunicação na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

O Senhor Presidente (e o Senhor Secretário Geral) da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal que esclareçam porque não consta no Portal da Federação uma relação completa dos Parques de Campismo das associações federadas e, igualmente, porque não se divulga uma relação das Áreas de Serviço de Autocaravanas ou, também, porque se mantêm referidos como membros de órgãos da Federação pessoas que já morreram ou que já se demitiram ou, ainda, porque existem rubricas no Portal da Federação onde há anos se mantêm a informação de “Brevemente disponível”? PORQUE SERÁ?



PERGUNTA NÚMERO CINCO:

Quando um Ministério ou um qualquer órgão do estado se auto elogia pela dinâmica do trabalho que desenvolve deve ter, para não cair no ridículo, o decoro de não assumir para si, como factor dessa azáfama, o trabalho que outros fazem sem ajudas ou apoios.

Quando a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal vem, como o fez recentemente o respectivo Presidente, afirmar que “Estamos num período de grande azafama, com acampamentos, (...)” está a apropriar-se do trabalho dos outros e quando se refere a umPlano Estratégico que definimos e estamos a pôr em prática (..)”, plano que que se desconhece, está a lançar uma “cortina de fumo” que alegadamente pretende levar ao esquecimento dos compromissos eleitorais que assumiu, as promessas com que se candidatou e que não cumpriu.

É por isso que o texto da Newsletter de Maio de 2016 da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal não passa de um documento de propaganda eleitoral que procura dar uma imagem dinâmica (com o trabalho dos outros) de uma Federação que não respeita os fins estatutários para que existe, designadamente a promoção, a regulamentação e a direcção do campismo e de outras modalidades, bem como a promoção do desenvolvimento do turismo.

Senhor Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, porque será que com a divulgação de Newsletters e com a vossa presença assídua em eventos das associações federadas supõem que irão fazer esquecer, designadamente no âmbito do campismo e do autocaravanismo, o não cumprimento das vossas promessas e compromissos? PORQUE SERÁ?



PERGUNTA NÚMERO SEIS:

Quando nos tempos modernos se realiza um colóquio pretende-se fazer passar uma mensagem para o exterior, ideia que se não circunscreva ao local e às presenças no evento, muito principalmente se os oradores forem cidadãos de reconhecido mérito. Não divulgar, para além do espaço onde o debate se realiza e por todos os meios ao alcance, as ideias base que são consistência do colóquio, é uma perda de tempo e eventualmente de dinheiro.

A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal promoveu na “NAUTICAMPO 2016” um colóquio subordinado ao tema “O Passado e o Futuro do Autocaravanismo para o qual convidou algumas individualidades, entre as quais, sem desprimor pelos outros, se contava o Presidente do Automóvel Clube de Portugal. Mas, que disse o Presidente do ACP sobre o passado do autocaravanismo e, principalmente, sobre o futuro? Seguramente que exprimiu ideias importantes, ouvidas atentamente pelas poucas pessoas que assistiram ao colóquio… mas, por mais importantes que essas ideias fossem não chegaram ao conhecimento dos milhares de utentes da Carta Campista da Federação.

Senhor Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, porque será que organizar para meia dúzia de pessoas um colóquio sobre “O Passado e o Futuro do Autocaravanismo” não é meritório se, posteriormente, não divulgarem os conhecimentos do passado e os projectos de futuro do autocaravanismo ali revelados? PORQUE SERÁ?



PERGUNTAS NÚMERO SETE:

Senhor Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, se e quando se recandidatarem pergunto se irão apresentar um Programa Eleitoral? E será, esse Programa, igual àquele com que se candidataram e que não cumpriram?

Senhor Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, permito-me sugerir-vos (se e quando se recandidatarem) que não apresentem, como no passado fizeram, nenhuma promessa eleitoral. PORQUE SERÁ?...



(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) - AQUI)

2 comentários:

  1. Papa Léguas
    As interrogações são pertinentes e legítimas. Naturalmente que podem e devem ser imputadas ao Presidente e Directores da FCMP, mas, no meu entendimento, a(s) situações só acontecem por falta de empenhamento e de algum sentido dos deveres associativos da generalidade das organizações representadas na Federação. Essas sim, pelo seu comportamento (omissão de intervenção) caussionam o imobilismo, uma certa vaidade, a descaracterização e até a indiferença da Federação face aos complicados problemas com que debatem, no caso concreto, os autocaravanistas portugueses. Na "feita de vaidades da FCMP" não existe lugar/espaço ao debate, ao trabalho colectivo, às realizações sustentadas, à informação básica elementar... Bem fez o Papa Léguas em denunciar o que de negativo acontece na Federação. Só assim podemos manter a esperança de que dias melhores virão e uma FCMP actuante, dinâmica, democrática e verdadeiramente ao serviço do movimento campista e autocaravanista, acabará por ser uma realidade.

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  2. Sobre a "PERGUNTA NÚMERO DOIS":
    - só a partir de 2015, face à revisão dos Estatutos, passou a ser obrigatória a realização das Assembleias Regionais.
    - a Assembleia Regional Norte, contou com a participação de oito associadas (10% do total das filiadas), bem como de TODOS os Delegados eleitos pela região.
    - o C.R.Norte, realizou um inquérito às suas associadas, em que participaram 25 associadas (31% do total da região).
    - o C.R.Norte esteve presente em múltiplos eventos realizados pelas associadas da região.

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