VENTURAS
E DESVENTURAS
de
UM
AUTOCARAVANISTA EM VIAGEM
1º
Episódio
Neste
mês de Julho de 2019 saí por aí, para, também, testar a minha
“nova” autocaravana. Óbidos, Peniche, Batalha e Coimbra foram
etapas sem história. A partir de Coimbra, conforme previamente
acordado, passei a viajar na companhia de um Amigo, também ele
autocaravanista.
Saímos
de Coimbra em Direcção ao Porto onde acordáramos ir passar alguns
dias. Quis o acaso, pois nestas coisas os deuses não se metem, que a
minha autocaravana, mesmo junto a um semáforo, se quedasse
imobilizada. Nem para a frente, nem para trás.
E
aqui começaram as desventuras.
Contactada
a Companhia de Seguros (Tranquilidade que tem um protocolo com o CPA)
em pouco tempo disponibilizaram um reboque, não obstante, segundo
informação, ainda não constar a transferência do seguro para a
“nova” autocaravana.
Entretanto
o meu Amigo tinha aberto uma linha de diálogo com o proprietário
(que conhecia) da firma que me vendera a autocaravana e que
aconselhou uma oficina que distava meia dúzia de quilómetros do
local onde a autocaravana se imobilizara. De realçar que o
proprietário se manteve atento à situação e quase que permanentemente em contacto e se
disponibilizou de imediato para pagar o custo da reparação da
avaria. Esta atitude caiu bem e definiu perfeitamente a diferença que existe entre um profissional consciente e honesto, que assume as suas responsabilidades e os amadores trafulhas que vendem "banha da cobra".
Chegado
o reboque foi a autocaravana colocada sobre o mesmo e transportada
para a oficina da “DBS Car”, que se localiza na freguesia de
Lobão, a alguns quilómetros de Santa Maria da Feira. Além de já
passar das 20 horas era Domingo e a oficina estava, obviamente,
encerrada. Descarregada a autocaravana de cima do reboque foi
necessário estaciona-la em condições para não obstruir a passagem
do trânsito e obrigou-me a usar toda a minha força (que não é muita) para
mover o volante, pois sem o motor a trabalhar a direcção assistida
não funcionava. Dispunha-mo-nos, eu e o meu Amigo, a pernoitar na
berma da estrada, com uma inclinação acentuada do pavimento, mesmo
na entrada da oficina, mais concretamente em frente ao portão de um
enorme pátio que antecedia a entrada da oficina, quando, o meu
Amigo, tomou a iniciativa de telefonar ao apoio ao cliente da “DBS
Car” cujo número de telefone se encontrava bem visível.
E
aqui começaram as venturas.
Passados
que foram menos que quinze minutos o gerente da “DBS Car” estava
junto de nós, abriu o portão, convidou-nos a entrar com as
autocaravanas e a pernoitar no pátio, disponibilizando água e
energia eléctrica. Uma simpatia que me surpreendeu pela positiva,
pois que não nos conhecia e não tinha, mesmo profissionalmente, a
obrigação de o fazer.
E
ali ficámos, passando uma noite tranquila, num silêncio cortado
esporadicamente pelo ladrar de um cão. Uma daquelas noites e
daqueles silêncios que só os que vivem no campo conhecem bem.
Depois, amanheceu. Segunda-feira. Outra estória para ser contada noutro
dia.
Quanto tempo vou ter que esperar para saber o resto da história?
ResponderEliminarNão desespere. É já no próximo dia 11, Domingo, que poderá ler o 2º episódio desta história.
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