quinta-feira, 9 de abril de 2015

CPA – Inovação e criatividade


Imagem obtida em “Agência open


CPA – Inovação e criatividade

Um ou outro AMIGO e também alguns Companheiros Autocaravanistas estranham a minha cruzada autocaravanista bem patenteada nos meus escritos, nomeadamente nos meus artigos de opinião das Quintas-feiras.

A mediocridade do quase nada que se escreve sobre autocaravanismo nas chamadas redes sociais a isso me leva. Artigos em que as questões sejam abordadas com alguma profundidade não conheço, pois que a opção pelas redes sociais (Facebook) não o facilitam. Qualquer comentário com mais de 10 linhas já é excessivo pelo esforço que representa lê-lo para muitas pessoas e não dá a conhecer o pensamento base de quem se exprime. Talvez porque não haja nesses comentários de menos que 10 linhas nenhum pensamento estruturado e apenas se navegue ao sabor da moda do momento para se conseguir os tais cinco minutos de fama e muitos “likes” (gosto) que tantas e tantas vezes não têm qualquer significado.

O afastamento voluntário da política autocaravanista de pessoas que deixaram uma marca no pensamento autocaravanista contribuiu ainda mais para evidenciar o deserto das ideias que proliferam. Não que eu estivesse de acordo com tudo o que escreviam, mas porque as suas ideias tinham um princípio, um meio e um fim. Eram coerentes com os objectivos que defendiam. Tinham uma causa. Bebi nos seus escritos algumas das ideias que defendiam para o autocaravanismo e com eles concordei (enquanto o defenderam) na necessidade de alterar as políticas autocaravanistas da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

Foi graças também a essas pessoas que o CPA iniciou um processo de transformação (que ainda continua e é imparável) libertando-se progressivamente de praticar apenas um autocaravanismo turístico, campista, cultural, desportivo, lúdico e iniciar o desenvolvimento de uma política autocaravanista que defendesse e que projectasse no futuro esta modalidade. Para o confirmar basta confrontar os Planos de Actividade do CPA com os Planos de Actividade de outras associações congéneres para se constatar esta realidade. Enquanto no CPA, nestes últimos anos, há, nesses Planos de Actividade, com mais ou menos intensidade, uma preocupação que vai para além das actividades lúdicas, em outras associações os Planos de Actividade se resumem a uma relação de Encontros Autocaravanistas que consubstanciam o que eu chano de política autocaravanista “porco no espeto”.

É com a colaboração do CPA que surge pela mão da FCMP uma proposta legislativa que, no essencial, consistia na problemática relacionada com o estacionamento de autocaravanas, mas que, presentemente, seria estultícia qualquer entidade vir defender a criação de Leis que possibilitariam a retirada de direitos aos autocaravanistas. Disso se terão apercebido as associações com peso institucional relevante que deixaram cair a estratégia de solicitar uma Lei, que poderia ser mais prejudicial que benéfica e enveredaram pelos contactos com outras entidades que julgam poder estar mais recetivas não só aos interesses dos autocaravanistas, como aos das populações, como ainda respeitar o direito inquestionável à não discriminação negativa. (ver AQUI).

É com o CPA que surge a “Cartilha Autocaravanista” que foi beber alguns dos conceitos cívicos ao Código Campista. Posteriormente surgiram outras versões destes conceitos cívicos que não trazem nada de relevante e inovador e que igualmente têm a sua origem no Código Campista. (ver AQUI).

É com o CPA, em colaboração com outras entidades, que surge a “Declaração de Princípios” subscrita, entre outras pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e, posteriormente, pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo. (ver AQUI).

É com o CPA que surgem os seguros de autocaravanas, numa época em que esses seguros eram de elevado montante, a que se seguiram os seguros de saúde. (ver AQUI e AQUI).

É com o CPA que o Aconselhamento Jurídico gratuito é disponibilizado aos autocaravanistas. (ver AQUI).

É com o CPA que se inicia a implementação sustentada das Áreas de Serviço de Autocaravanas e que se divulga o primeiro Projecto de Áreas de Serviço que foi recentemente renovado. (ver AQUI)

É com o CPA que a independência orgânica face a outras associações de nível superior (federações, uniões, etc.) deixa de constar dos estatutos, o que se não verifica com outras associações congéneres, que as obrigam, estatutariamente, a não poderem desvincular-se sem que antes se verifique uma alteração estatutária. Quando os estatutos para serem alterados obrigam a uma maioria qualificada, qualquer alteração estatutária é mais difícil e a desvinculação é por vezes impossível. (ver AQUI).

É com o CPA que os autocaravanistas têm uma informação jurídica e política sobre a “sinalização pirata” que vai surgindo um pouco por todo o lado. (ver AQUI).

Seria fastidioso prosseguir com a relação de iniciativas do CPA, na área do autocaravanismo, que vão muito para além dos Encontros Autocaravanistas. Estes poucos exemplos colocam o CPA a um nível interventivo muito superior ao de uma qualquer FPA.

É esta comparação com o CPA, uma associação de referência incontornável no Movimento Autocaravanista de Portugal, que a FPA não consegue ignorar e que teme. Quando se pergunta qual é imagem mais importante que nos surge quando nos reportamos à FPA, fica-se mudo. Não há nada! A FPA não alcança os quase nenhuns objectivos a que se propõem publicamente (veja-se a Petição) e cancela, umas a seguir às outras, as iniciativas que anuncia (Jornadas e Colóquio na Nauticampo). Depois, recordamos aquele evento lúdico internacional e, de novo, nos temos que questionar se uma federação existe apenas para a realização de eventos lúdicos. Mesmo o propósito de exigir legislação específica para o autocaravanismo é contraditória e não assenta numa proposta concreta. Ou seja, ignora-se as bases e os princípios da legislação que a FPA pretende. Qualquer outra associação já teria dado a conhecer e colocado à discussão pública uma proposta de lei concreta.

No próximo Sábado (11 de Abril), na “NAUTICAMPO 2015”, o CPA vai dar mais um passo na inovação e na criatividade, que todos os associados devem acarinhar e, também, devem elogiar a Direcção por mais uma grande iniciativa que marcará durante muito tempo este mandato.

É uma realidade que a excelência do trabalho desenvolvido pela “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” fazem desta organização um exemplo em que todos têm ido beber e transformam-na numa (na verdadeira) Federação Autocaravanista de Portugal.






(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)


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