domingo, 10 de fevereiro de 2019

Autocaravanismo solidário (com a tradição de não trabalhar ao Domingo)





Autocaravanismo solidário
(com a tradição de não trabalhar ao Domingo)


Não comprar nas grandes superfícies aos Domingos e Feriados não é só uma demonstração de solidariedade com o pequeno comércio como permite aos trabalhadores das grandes superfícies terem semanalmente um dia de descanso SIMULTÂNEO com a maioria dos restantes familiares.

Esta forma de regular o quotidiano das populações e uniformizar os hábitos de gestão do calendário entre dias de trabalho e o dia de descanso, no ciclo semanal de 7 dias, deve-se ao imperador Constantino que a 7 de Março de 321 assim o decretou para todo o Império Romano.

Que no venerável Dia do Sol, os magistrados e os que residem nas cidades descansem, e que todas as oficinas estejam fechadas. Porém, nos campos, os que se ocupam da agricultura poderão livremente continuar seus afazeres, pois pode ocorrer que outro dia não seja tão conveniente para as sementeiras ou a plantação de vinhas”.

Em 2017, na cidade de Génova, o Papa Francisco “convidou a respeitar o domingo e os dias de festa, para não "escravizar" quem trabalha

Já em 2014 o Papa tinha lamentado o abandono da tradição cristã que veta o trabalho aos domingos e disse que a prática tem um impacto negativo para as relações familiares e de amizade. Considerou ainda que “Mesmo que os pobres necessitem de trabalho, abrir as lojas e outros negócios aos Domingos como forma de criar empregos não é benéfico para a sociedade”, tendo deixado uma pergunta: “Talvez seja a hora de nos perguntarmos se trabalhar aos Domingos é uma liberdade verdadeira

É licito concluir que:

1º – Em 321 o dia de descanso passa a ser, em todo o império romano, o “Dia do Sol”, ou seja, o “Dia do deus Sol”, ou seja, “Domingo”;

2º – Nos países que não são de expressão latina a designação “Domingo” ainda hoje é “Sunday” que literalmente se traduz como “Dia do Sol” (Sun=Sol – day=dia);

3º – Note-se que na Bíblia o Domingo não é referido nem como dia de descanso, nem como dia consagrado a deus, o que não impediu a Igreja de no Concilio de Laodicéia (em 364), em apenas duas sessões, ter, na prática, aprovado o édito do Imperador Constantino: "Os cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas sim trabalhar neste dia; devem honrar o dia do Senhor e descansar, se for possível, como cristãos. Se, entretanto, forem encontrados judaizando, sejam excomungados por Cristo."

4º – Assim, há quase 1700 anos que é tradição (uma boa tradição, diga-se) e fruto de sucessivas legislações, não se trabalhar ao Domingo, excepto (como é óbvio) no que concerne às profissões que pela sua especificidade são suporte imprescindível da comunidade;

5º – Não existe, pois, argumentação plausível, nem social nem religiosa, que possa considerar que as grandes superfícies comerciais são um suporte imprescindível da comunidade que necessita que estejam abertas aos Domingos, a exemplo dos hospitais, da restauração, dos transportes e outros.





NÃO COMPRAR NAS GRANDES SUPERFÍCIES COMERCIAIS
AOS DOMINGOS E FERIADOS
É MUITO MAIS DO QUE SER SOLIDÁRIO COM O PEQUENO COMÉRCIO



1 comentário:

  1. Estou de acordo. O trabalho ao domingo deve ser reservado para as situações especiais de serviço para quem faz daquele dia uma jornada especial. As compras podem ficar para os outros dias da semana.

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