TRIBUNOS
DO ÓDIO
No
âmbito do autocaravanismo há quem discorde frontalmente das minhas
opiniões e não obstante eu não concordar com o estilo de
intervenção escrita que produzem não tenho motivos que me levem a
supor que o fazem com objectivos persecutórios. Já o mesmo não se verifica relativamente a outros que regurgitam ódios, acusações falsas e
eivadas de contradições (umas mais evidentes do que outras) com
objectivos inconfessáveis, muitas vezes, para camuflar os erros
que cometeram e continuarem a defender como verdades o que os factos,
tantas e tantas vezes, já desmentiram. Infelizmente continua a
haver autocaravanistas menos atentos à história do Movimento
Autocaravanista de Portugal e que AINDA acreditam nessas mensagens de
ódio.
Ao
longo de anos tenho sido uma voz incómoda e perturbadora desses
arautos através de mais de 500 artigos de opinião publicados neste espaço virtual e em que as ideias prevalecem sobre o carácter das pessoas. Estes
artigos de opinião,
baseados em factos, desmontam
as mentiras e refreiam as tentativas de alterar a história do
autocaravanismo em PortugaL.
É uma evidência que os ódios recalcados dessas gentes se dirigiu também contra os campistas ao exigirem, à época, que as associações que pertencessem à FPA não deveriam aceitar autocaravanistas-campistas. Graças à oposição de alguns cidadãos mais conscientes a diabolização do autocaravanismo-campista começou a ser lentamente contida e estrategicamente silenciada, de tal forma que os mesmos que destilavam essas emoções reprováveis hoje já surgem a defender a liberdade de que cada um a cada momento pratique o tipo de autocaravanismo que mais lhe interesse. A radicalização era de tal modo que alguns, orgulhosamente, afirmavam que não deviam ser instalados toldos nas respectivas autocaravanas porque isso era para os campistas. E até (muitos poucos) passavam das palavras aos actos e retiravam os toldos das autocaravanas.
Há
quem me acuse (o que é um absurdo) de ser um “político”. Na
realidade todos somos políticos quando falamos dos problemas que
existem na sociedade e sobre eles emitimos opiniões. Na realidade, o que eu sou é um cidadão que tem preocupações políticas. Um cidadão
que luta para que haja uma definição política para o
autocaravanismo enquanto modalidade turística em autocaravavana. A
Declaração de Princípios, que não é um documento acabado, mas que se mantem actual passados que são 9 anos, terá dado início a essa luta por um autocaravanismo melhor.
DECLARAÇÃO
DE PRINCÍPIOS – Pedagogia política do Autocaravanismo
No
período anterior a 2010 muito se comentava (estávamos no inicio
das redes sociais) sobre os direitos e obrigações dos
autocaravanistas, mas nada se encontrava compilado sobre a matéria.
Foi com base nesse "falatório" que nasceu a “Declaração de
Princípios”, subscrita por diversas entidades entre as quais se
contam a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”, a
“Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal”, a Federação
Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo”, a
“QUERCUS”, o “CampingCar Portugal” e muitas outras. Esta
Declaração ainda hoje causa engulhos a muito boa gente, muito boa
gente que se nega a assiná-la, muito boa gente que tem “egos de
protagonismo” tão elevados que continuam a rejeitar a “Declaração”
com argumentos falaciosos e fúteis, mas que não se coíbem de a
utilizar, de a transcrever e de evocar as ideias básicas contidas
nesse documento.
CONHECER
O PASSADO - Para interpretar o presente
Fazer
uma história séria dos acontecimentos pressupõe que se reserve
algum tempo para o efeito e, da parte dos interessados na verdade dos
factos, a disponibilidade para a lerem sempre de forma crítica. No
entanto, os Tribunos do Ódio preferem o caminho do populismo, usando
frases curtas nos comentários e observações que fazem, que nada
explicam, que normalmente são deturpadoras da verdade e usadas apenas como propaganda. Dizia Paul
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda
de Hitler, que acreditava que "uma
mentira repetida mil vezes transforma-se em verdade".
Sabemos, por experiência, que as chamadas “fake news” (notícias
falsas) que são difundidas na Internet, mesmo que posteriormente
desmentidas e com dados que comprovam a sua falsidade,
continuam a proliferar e a servir de argumentação. Por isso, muitos já não as desmentem.
Estes
indivíduos (os Tribunos do Ódio) ao acusarem-me das mais variadas
diatribes (que não comprovam) mais não fazem do que copiar o mau
exemplo de Goebbels através da difusão de comentários que são
autênticas “fake news”.
E
que dizem eles? Muitas coisas que seria fastidioso aqui reportar,
contudo, duas prevalecem:
* O
CPA seria um trampolim para voos mais altos na minha sede de poder;
* O
apoio à FCMP era o caminho por mim seguido para alcançar a
Presidência dessa Federação.
PODER
– Para que serve?
Quando
em 2010 me candidatei à Direcção do CPA fi-lo com base num
Programa de Acção que os associados sufragaram ao eleger-me e que
eu e os restantes membros da Direcção cumprimos. Foi, tanto quanto
me é dado saber, a primeira vez que uma Direcção se candidatou com um
Programa de Acção. Os sócios souberam ao que íamos. É com
orgulho que afirmo que foi a eleição mais participada de todas na
vida do CPA e foi a Direcção que obteve o maior número de votos.
Senti e ainda sinto muito orgulho em ter sido Presidente da Direcção
do CPA. Não por ser PRESIDENTE. Mas por ter hipóteses de promover
alterações estruturais no funcionamento do CPA (que julgo saber
ainda hoje se manterem no essencial) e definir uma política
autocaravanista de que a Declaração de Princípios foi a pedra
basilar. Tudo devido ao Presidente da Direcção? Não! Tudo graças
a uma equipa que se esforçava dentro das capacidades de cada um e,
especialmente, por terem sido tomadas medidas correctas que melhor
serviam os interesses dos autocaravanistas em geral e não apenas e
só dos sócios do CPA. É para isto que o poder deve servir. Para
alterar para melhor a vida dos autocaravanistas e das associações
Se
quisesse (não se trata de soberba, mas de um facto), ainda hoje
poderia continuar como Presidente da Direcção do CPA. Não quis por
uma questão de princípio. Sempre entendi que dois mandatos, de
quaisquer Corpos Gerentes, deviam corresponder ao tempo máximo de
exercício numa qualquer associação. Há várias razões para que
assim seja, mas não vou aqui explaná-las. Na remodelação
estatutária que foi feita, no decorrer do meu 2º mandato, foi
consignado o princípio de que nenhum membro dos Corpos Gerentes
podia ser eleito para mais de dois mandatos consecutivos. Para quem é
acusado, pelos Tribunos do Ódio, de sede de poder e que o CPA
poderia servir de trampolim para voos mais altos, está-se mesmo a
ver que o condicionamento estatutário de dois mandatos era a medida
ideal para o objectivo (tomar o poder pelo poder) de que sou, falsamente, acusado.
SER
PRESIDENTE DA FCMP? Os factos desmentem essa acusação.
As
acusações, falsas não só porque desprovidas de comprovação,
evoluem entretanto, já não para o CPA como alavanca de poder, mas
para a Presidência da FCMP.
Na
realidade a candidatura ao primeiro mandato do actual Presidente da
FCMP foi apoiada por mim e pela Direcção do CPA da altura. A
candidatura, desse primeiro mandato, teve como base um Programa de
Acção, que suponho ter sido a primeira e única vez que existiu e
onde constava um capítulo dedicado ao autocaravanismo. Os princípios
que esse capítulo tinha ainda hoje se reflectem de forma abrangente
no Movimento Autocaravanista de Portugal e podem ser lidos na Página
Virtual da FCMP.
Do
Programa de Acção da candidatura do Presidente da FCMP constava
também a constituição de uma Comissão de Autocaravanismo, medida
que foi proposta pela Direcção do CPA. Realço que no Regulamento
da Comissão de Autocaravanismo da FCMP havia o compromisso de a
Direcção da Federação ouvir, previamente, a Comissão em qualquer
deliberação que respeitasse ao autocaravanismo. Que eu saiba este compromisso nunca foi
cumprido.
Constituíram
essa primeira Comissão de Autocaravanismo da FCMP apenas pessoas
indicadas pelas associações que estavam federadas na FCMP. Foi com
o acordo do Presidente da Direcção do CPA actual que o meu nome foi indigitado para pertencer à Comissão
de Autocaravanismo da FCMP. Reafirmo que a minha participação na
Comissão de Autocaravanismo da FCMP foi feita por indigitação do
CPA e não por iniciativa própria.
Evidentemente que esteve subjacente o meu desejo de participar.
No
decorrer da minha colaboração na Comissão de Autocaravanismo da
FCMP mantive sempre informado o Presidente da Direcção do CPA a
quem solicitava algumas vezes opinião sobre matérias relacionadas
com o autocaravanismo.
Quero
também recordar que foi no decorrer da minha participação nessa
Comissão de Autocaravanismo da FCMP que se realizou um colóquio em
Salvaterra de Magos, onde, por acaso ou talvez não, compareceu uma
Delegação do CAI, tendo usado da palavra um actual dirigente da
FPA. Nesse Colóquio da FCMP foram bastamente defendidos os
princípios constantes da Declaração de Princípios.
Entretanto,
possivelmente devido a pressões, sabe-se lá de quem, o Presidente
da FCMP decidiu inverter, na prática, toda a filosofia até então
seguida, o que me obrigou a tomar a decisão de me demitir de todas
as funções que exercia na FCMP. Esta demissão foi concertada com o
Presidente da Direcção do CPA, que tomou conhecimento da minha
carta. Não era possível outra opção que não fosse a demissão a
partir do momento em que a FCMP dava fortes indícios de não querer
respeitar o Programa de Acção com que se tinha comprometido.
A
minha interligação com o CPA na defesa de uma Política
Autocaravanista no seio da FCMP foi pois uma realidade. Após a
minha demissão da Comissão de Autocaravanismo o Presidente da FCMP
solicitou, sem êxito, ao Presidente do CPA que indicasse um
substituto. A recusa do Presidente da Direcção do CPA em me
substituir evidenciou que a minha colaboração no seio da FCMP não consubstanciava uma posição pessoal,
pois o que estava subjacente à demissão eram as alterações, com
que o CPA também não concordava, da Política Autocaravanista que a
FCMP encetara. A posição assumida pelo Presidente da Direcção do CPA demonstra cabalmente que estava de acordo com as razões
que aduzi e justificaram a minha demissão. E não fui substituído.
Para
quem queria ser o futuro Presidente da FCMP, como os Tribunos do Ódio
me acusam de querer ser, a minha demissão seguramente não teria sido o melhor
caminho para eu alcançar esse objectivo.
E
POR AQUI ME FICO
É
reprovável que nos espaços onde se analisa a temática
autocaravanista se lancem labéus sobre quem quer que seja. Até já ameaças físicas se podem ler porque a isso levam as contínuas mensagens de ódio. Quem o
faz, fazendo desses espaços Tribunas de Ódio (quase sempre camuflado) de forma obsessiva-compulsiva e também não
comprovando os alegados factos que evocam, não merece credibilidade. Na
realidade, essas atitudes, revelam uma pobreza de espírito e uma
busca dos tais 5 minutos de glória que precisam, como pão para a boca, para lhes alimentar
o ego, a necessidade de obterem a aprovação e o carinho que não
conseguem noutros lados.
Estes
“casos de estudo” têm da minha parte a compreensão que baste e,
perante o exacerbar de ódio irracional, brota em mim um sentimento
de pena que justifica o silêncio a que tantas vezes me remeto. Talvez vezes de mais... Mas o que magoa, o que dói, o que perturba é o silêncio dos inocentes.
Não
me recordo quem disse...
ESCREVER
SEMPRE A VERDADE É COMO TOMAR UM REMÉDIO.
SABE
MAL, MAS FAZ BEM
Todas as afirmações em que estou envolvido nesta crónica correspondem ao que se passou.
ResponderEliminarAfirmo-o para que não surjam "novas" interpretações.