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terça-feira, 10 de maio de 2022
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(Uma cidade património da Humanidade que visitei pela 4ª vez, uma delas no decorrer do Festival Internacional de Teatro)
domingo, 8 de maio de 2022
O drone, o pinheiro e o Ivo
O drone, o pinheiro e o Ivo
Faz algumas semanas que decidi comprar um “drone”. Nada de sofisticado. Muito pequeno, com uma autonomia não superior a 15 minutos, com um alcance até 100 metros e duas câmaras vídeo/fotográficas (uma na horizontal com uma inclinação pré-colocada até 45º e outra apontada para a parte inferior do “drone”, comutáveis através de um programa instalado no telemóvel que, por sua vez, se pode acoplar ao comando do “drone”. Este “drone” contrariamente a alguns que leio existirem não se mantém a planar de forma quase automática, nem regressa ao ponto de partida com um simples premir de um botão. O sofisticado custa caro.
Na minha passagem por Freixo de Espada à Cinta, na Área de Serviço (que tem água potável, local para despejos e energia electrica) gratuita e que dispõe de um espaço livre relevante, decidi testar o “drone”, ainda sem o telemóvel acoplado no comando.
Com uma muito grande falta de perícia lá fui testando o “drone” que não poucas vezes se despenhava para que não fugisse para sítios onde o não pudesse recuperar, até que…
… o “drone” foi embater num pinheiro e ali se quedou camuflado entre os ramos mais altos e só visível porque as luzes do “drone” continuaram a cintilar.
O problema resumia-se a descobrir o local exacto entre os ramos onde o “drone” se encontrava e resgatá-lo. Com o ferro de abrir o toldo da autocaravana a que uni o cabo de uma vassoura bem tentei desesperadamente e em vão recuperar o “drone”.
Cerca de uma hora depois os resultados eram nulos.
Na Área de Serviço apenas, além de mim, estava uma caravana ocupada por uma única pessoa (o Ivo, português, reformado, residente habitual na Irlanda do Norte) que, em boa hora, decidiu dar-me uma ajuda.
Com a ajuda de uma lanterna potente (anoitecia) não conseguimos nada. Depois, este nosso compatriota, foi buscar um escadote e enquanto ele subia e quase amarinhava pelo pinheiro e eu aguentava o escadote para que não tombasse, conseguiu resgatar o “drone” são e, finalmente, salvo.
Quero realçar que o Ivo é mais velho que eu e sem a sua iniciativa e ajuda não teria conseguido recuperar o aparelho. Não quis ofender o Ivo retribuindo a ajuda com mais que um efusivo “muito obrigado”.
Esta é uma história simples que pode ter como base para uma conclusão o seguinte:
Estar na estrada com uma caravana ou uma autocaravana, ser caravanista ou autocaravanista, é muito mais que um aceno de mão ao cruzarmo-nos.
quarta-feira, 4 de maio de 2022
COMO LIDAR COM AS BATERIAS
COMO LIDAR COM AS BATERIAS
Antes de 1 de Maio de 2022 nunca me preocupei seriamente com as baterias que utilizava no habitáculo da minha autocaravana. Até que… tive um problema que me forçou a substituir as 2 baterias do habitáculo.
Quando medimos o estado de carga da bateria constatamos que a mesma acusa uma tensão de 12,7 ou mais volts e consideramos que a mesma esta totalmente carregada, mas pode não ser assim, conforme me explicou detalhadamente um amigo que também é autocaravanista.
Para melhor se compreender o que se passa vou repetir o exemplo com que esse meu amigo exemplificou o que pode acontecer numa bateria.
A ANALOGIA DO TANQUE DE ÁGUA
Imagine-se um tanque de água com uma capacidade de 100 litros e que sempre que alguma água é consumida a mesma é reposta. Contudo, a água com que o tanque é abastecido contém detritos e ao longo de sucessivas cargas os detritos não são expulsos e vão-se acumulando no tanque.
Passado algum tempo o tanque pode atingir, por exemplo, 70 litros de detritos e a água que é reposta não irá além de 30 litros, porque, obviamente, não tem espaço no tanque que só comporta 100 litros.
Quando o tanque está cheio (detritos e água) o medidor informa que o tanque está cheio (com a carga máxima) mas desconhece que 70% (70 litros) são detritos e só 30% (trinta litros) são água. Ou seja, o utilizador supõe que o tanque tem 100 litros de água, mas na realidade só tem 30 litros, pois o restante são detritos.
É esta situação que se verifica numa bateria. Ao longo dos tempos os componentes vão-se deteriorando (os tais detritos) e, não obstante o medidor da capacidade do estado de carga da bateria informar que a mesma está totalmente carregada, assim não sucede, pois apenas uma determinada percentagem é energia, sendo o restante “detritos”.
Uma bateria está 100 / 90% carregada quando a voltagem não for inferior a 12,7 / 12,5 volts.
É IMPORTANTE PARA GARANTIR O BOM ESTADO DE UMA BATERIA QUE SE NÃO PERMITA QUE O CONSUMO DESÇA ABAIXO DE 12 VOLTS.
Para se compreender melhor ainda como tudo se passa deixo as explicações ao meu amigo:
COMO AVALIAR O ESTADO DUMA BATERIA
A maior parte das autocaravanas tem indicadores a led’s, ou voltímetro analógico, para indicar o estado de carga da bateria (s). Há que saber interpretar essa informação porque esses referem-se a valores percentuais da capacidade de carga real e não a valores percentuais da capacidade de carga nominal.
Uma bateria só tem a capacidade de carga real igual á capacidade de carga nominal, quando é nova a estrear. Os ciclos de carga/descarga vão diminuindo a capacidade real ao longo do tempo. Os maus tratos como descargas profundas, descargas intensas e longos períodos com as baterias não totalmente carregadas, aceleram fortemente o envelhecimento das baterias.
Precisamos então saber qual é a capacidade real para podermos saber a que valor corresponde a percentagem que nos é indicada. Para saber a capacidade de carga real basta dispor de um multímetro digital, um suporte de lâmpada e uma lâmpada de máximos (50W).
Reter que:
1- Uma bateria carregada, desligada de tudo, apresenta uma tensão de 12,7V
2- Uma bateria nova, descarregada a 50%, apresenta uma tensão de 12,1V. Como numa bateria nova a capacidade real é igual á capacidade nominal, a 50% de carga correspondem 50Ah.
3- Uma bateria com muito uso, descarregada a 50%, também apresenta uma tensão de 12,1V. Como numa bateria com uso a capacidade real já não é igual á capacidade nominal, o valor de percentagem de carga não nos diz nada porque não sabemos ma capacidade real da bateria, já um tanto ou quanto diminuída pelo uso. É pois absolutamente necessário conhecer a capacidade real para sabermos a quantos Ah corresponde o valor percentual indicado pelos led’s ou pelo voltímetro.
4- A tabela abaixo mostra a relação entre a voltagem da bateria e a percentagem da carga. Como se vê na tabela, a diferença de um décimo de volte numa bateria tem um grande significado e a tabela é válida para qualquer bateria de chumbo independentemente do seu desgaste.
Para determinar a capacidade de carga real proceder como segue:
-Ligar 2 fios de pelo menos 2,5mm2 de secção, ao suporte de lâmpada de máximos e ligar 2 jacarés nas outras pontas, um em cada fio.
-Carregar a bateria durante, pelo menos, 24H.
-Desligar todos os cabos e fios da bateria.
-Montar a lâmpada no suporte de lâmpada.
-Ligar o voltímetro digital à bateria
-Ligar os jacarés da lâmpada á bateria
-Registar a hora.
Com o decorrer do tempo a voltagem indicada no multímetro digital vai diminuindo. Vigie a descarga da bateria de vez em quando.
Quando a voltagem tiver descido a 12,2V vigie mais amiúde a tensão e logo que chegue a 12,1V registe a hora e desligue a lâmpada.
De acordo com a tabela acima foi consumida metade da capacidade da bateria.
Vamos agora fazer contas para determinar a capacidade da bateria:
Para saber quantos amperes consome a nossa lâmpada de máximos, que é de 50W de potência, recorremos á lei de Ohm:
I=P/V, ou seja 50W/12V=4. A lâmpada consome pois 4Ah.
Se decorreram 12 horas entre o ligar da lâmpada e o momento em que a tensão chegou aos 12,1V (momento em que a carga atingiu 50%), teremos um valor de 4A X 12h = 48Ah, que correspondem a metade da capacidade. A bateria terá então uma capacidade real de 48x2 = 96Ah. Se a bateria em teste for de 100Ah nominais a bateria está em estado novo.
Suponhamos agora que os 12,1V foram atingidos ao fim de 4 horas. Teremos 4A X 4h = 16Ah. Como 16Ah correspondem a 50%, a capacidade real da bateria será de 16 X 2h = 32Ah. Com este valor e sendo a capacidade nominal de 100Ah, a bateria já está com uma capacidade muito reduzida e carece de substituição imediata. Quando esta bateria está totalmente carregada o voltímetro ou o painel de led’s continuam a indicar 100%, tal qual como quando era nova, mas agora trata- se de 100% de 32Ah e não de 100% de 100Ahh.
Um voltímetro ou um painel de led’s só dá uma informação plausível quando se conhece a capacidade real da bateria e esta está em repouso há mais de 1/2 hora.
Se procurar uma explicação ainda mais profunda sugiro que descarregue um trabalho sobre baterias e a que pode aceder AQUI
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Faço votos para que este texto seja útil. Dentro de dias reportarei o que me sucedeu quando, como digo no início deste texto, substituí as 2 baterias do habitáculo.