sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Rias Baixas - Galiza



RIAS BAIXAS
GALIZA

Em Junho de 2001 a Associação dos Antigos Empregados do Banco Nacional Ultramarino promoveu um passeio turístico pelas Rias Baixas – Galiza.

As Rías Bajas (Rías Baixas, em galego) são uma parte da área costeira da Galiza e ocupam a costa oeste da provincia da Corunha e toda a costa da província de Pontevedra, desde o Cabo Finisterra à fronteira de Portugal.

Para além dos convívios entre os participantes, onde não faltou a célebre Queimada, são evidenciadas as paisagens, os passeios fluviais e as visitas guiadas.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso.

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Visitando a Galiza

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ASSOCIAÇÃO ANTIGOS EMPREGADOS BNU

A Associação dos Antigos Empregados do Banco Nacional Ultramarino – AAEBNU – nasceu em 1990, pela inspiração de alguns colegas reformados e com o apoio, desde a primeira hora, do Conselho de Administração do BNU, com especial relevância para o seu Presidente, na altura, Sr. Dr. João Costa Pinto.

A Comissão pró-Associação foi liderada pelo Sr. João Alves de Sousa Ramos, primeiro Presidente da direção da AAEBNU e nosso atual Presidente Honorário vitalício.

A AAEBNU foi constituída por escritura, lavrada em 11 de outubro de 1990, no 10.º Cartório Notarial de Lisboa.

Em 22 de março de 1991, na saudosa sede do BNU na Rua Augusta, teve lugar a cerimónia de posse dos primeiros Corpos Sociais eleitos, bem como a assinatura do Protocolo de Cooperação, celebrado entre o BNU e a Associação. Este Protocolo, após a integração do BNU na Caixa Geral de Depósitos, foi assumido e tem sido respeitado, até agora, pela CGD, o que permite a continuidade da Associação e a assunção de que pertencemos ao “Grupo Caixa”.

O objetivo principal da AAEBNU é, conforme consta nos seus estatutos, “defender e promover um convívio saudável e harmonioso entre todos os seus associados”.

Podem ser sócios da Associação todos os antigos empregados do Banco Nacional Ultramarino, independentemente do seu estatuto atual – reformados, no ativo na CGD, noutro Banco ou em qualquer outra atividade.

A atividade da AAEBNU foi sendo diversificada e crescendo o número de propostas, dirigidas aos sócios, em várias áreas, quer de âmbito cultural quer lúdico e, apesar de diversas contingências no seu percurso, a concretização do objetivo principal da Associação tem sido confirmada pelo espírito de companheirismo, amizade e solidariedade entre toda a “FAMÍLIA BNU”.

Fonte: AAEBNU



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A “opinião” vai regressar




OPINIÃO DAS QUINTAS-FEIRAS

A rubrica “Opinião das Quintas-feiras” vai ser reiniciada a partir do próximo dia 1 de Setembro.

Os motivos de natureza privada que reduziram substancialmente a minha disponibilidade de tempo deixaram, infelizmente, de existir.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Lisboa - A muralha que nunca cedeu (II)




A CONQUISTA DE LISBOA
HISTÓRIA DA MURALHA QUE NUNCA CEDEU


O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada em Lisboa ao longo de parte da “Muralha que nunca cedeu” no dia 24 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se na Igreja de Santo António e terminou junto ao Chafariz d’El Rey, com passagem pelo - Largo de Santo António da Sé, Rua da Padaria, Rua dos Bacalhoeiros, Campo das Cebolas, Rua da Alfândega, Rua Cais de Santarém, Largo Terreiro do Trigo, Arco do Rosário, Rua da Judiaria, Largo de S. Rafael, Rua de S. João da Praça e Travessa do Chafariz d'El Rey

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

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LISBOA – A muralha que nunca cedeu
(Parte 2 de 2)

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CHAFARIZ D’EL REY

Crê-se que a origem do Chafariz d’El-Rei remonta a tempos muçulmanos. É certamente um dos mais antigos chafarizes da cidade. A sua fisionomia foi sendo alterada ao longo dos séculos resultante das diversas obras de que foi alvo.

No reinado de D. Afonso II é chamado Chafariz de São João da Praça dos Canos e é a partir do reinado de D. Dinis que passa a ser designado por Chafariz d’ El-Rei.

No século XVI o chafariz era um recinto com muro, estando por baixo de três arcadas sobre colunas ornadas com o escudo régio e duas esferas armilares. O seu aspecto actual obteve-o no século XIX.

Este chafariz inicialmente tinha três bicas, depois passou a ter seis e por fim passaram a nove. Sendo o chafariz mais importante da cidade presenciou muitos motins e desacatos e até mortes, impondo-se a regulamentação da sua utilização pelo Senado, tendo sido estipulado que cada bica teria um destinatário: uma era para os negros forros; outra para os moiros das galés; outra para as moças brancas; outra para os homens brancos; outra para as índias, pretas, escravas e lacaios.

No século XIX este Chafariz tinha nove bicas, dez Companhias de Aguadeiros, dez capatazes, trezentos e trinta aguadeiros e dois ligeiros. Os seus sobejos iam para o mar. Este chafariz também é designado por Chafariz n.º 18.

Fonte: Revelar Lx


O Chafariz de El-Rei, que terá sido o primeiro chafariz público na cidade de Lisboa, terá sido construído no século XIII, nos reinados de D. Afonso II e de D. Dinis, aproveitando as excelentes águas da encosta de Alfama.

O encanamento de água da nascente para bicas exteriores à chamada Cerca Moura datará de 1487, permitindo o abastecimento dos navios da carreira da Índia.

A actual fachada data de 1864, tendo sido rematada a platibanda e colocados os pináculos e urnas, numa composição arquitectónica classicista.

Chegou a ter nove bicas em funcionamento. Cada bica era exclusiva de um grupo social, não esquecendo os mareantes.

O Chafariz de El-Rei, incluindo as estruturas hidráulicas conexas (reservatório, cisterna e mina de água), está classificado desde 2012 como Monumento de Interesse Público.



terça-feira, 26 de agosto de 2014

Lisboa - A muralha que nunca cedeu (I)



Túmulo de José Saramago em frente à Casa dos Bicos



A CONQUISTA DE LISBOA
HISTÓRIA DA MURALHA QUE NUNCA CEDEU


O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada em Lisboa ao longo de parte da “Muralha que nunca cedeu” no dia 24 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se na Igreja de Santo António e terminou junto ao Chafariz d’El Rey, com passagem pelo - Largo de Santo António da Sé, Rua da Padaria, Rua dos Bacalhoeiros, Campo das Cebolas, Rua da Alfândega, Rua Cais de Santarém, Largo Terreiro do Trigo, Arco do Rosário, Rua da Judiaria, Largo de S. Rafael, Rua de S. João da Praça e Travessa do Chafariz d'El Rey

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

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LISBOA – A muralha que nunca cedeu
(Parte 1 de 2)

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CASA DOS BICOS

A Casa dos Bicos ou Casa de Brás de Albuquerque localiza-se em Lisboa. A casa foi construída em 1523, a mando de D. Brás de Albuquerque, filho natural legitimado do segundo governador da Índia portuguesa

É situada a oriente do Terreiro do Paço, perto de onde ficavam a Alfândega, o Tribunal das Sete Casas e a Ribeira Velha (mercado depeixe e de produtos hortícolas, com inúmeras lojas de comidas e vinhos).

A fachada está revestida de pedra aparelhada em forma de ponta de diamante, os "bicos", sendo um exemplo único de arquitectura civil residencial no contexto arquitectónico lisboeta. Os "bicos" demonstram uma clara influência renascentista italiana. Na verdade, o proprietário da Casa dos Bicos mandou-a construir após uma viagem sua a Itália, onde terá visto pela primeira vez o Palácio dos Diamantes ("dei diamanti") de Ferrara e o Palácio Bevilacqua, em Bolonha. No entanto, sendo naturalmente menor que estes palácios, a distribuição irregular das janelas e das portas, todas de dimensões e formatos distintos, conferem-lhe um certo encanto, reforçado pelo traçado das janelas dos andares superiores, livremente inspiradas nos arcos trilobados da época.

Na sua planta inicial tinha duas fachadas de pedras cortadas em pirâmide e colocadas de forma desencontrada, onde sobressaltavam dois portais manuelinos, o central e o da extremidade oriental, e ainda dois andares nobres. A fachada menos importante, encontrava-se virada ao rio.

Com o terramoto de 1755 tudo isto se destruiu e desapareceram estes dois últimos andares. A família Albuquerque vendeu-a em 1973, tendo até então sido utilizada como armazém e como sede de comércio de bacalhau.

Em 1983, por iniciativa do comissariado da XVII Exposição Europeia de Artes, Ciência e Cultura, foi reconstruída e foi reposta a sua volumetria inicial (foram acrescentados os dois andares que haviam desaparecido na tragédia), tendo servido como local de exposições.

A muralha pertencente à Cerca Moura passava por este local, tendo sido destruída para que pudesse ser construído o palácio. Escavações arqueológicas datadas da década de 1980 revelaram vestígios da muralha. Foram também revelados no seu interior outros elementos como tanques de salga da época romana, uma torre da época medieval e pavimento mudéjar. (Estilo artístico e arquitectónico para os cristãos e que incorpora influências, elementos ou materiais de estilo hispano-muçulmano, tratando-se de um fenómeno autóctone e exclusivamente peninsular)

Na Casa dos Bicos funciona hoje a Fundação José Saramago, acolhendo a biblioteca do escritor prémio Nobel da Literatura, assim como uma exposição permanente sobre a vida e obra de José Saramago.

Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Poesia de… Almada Negreiros



ESPERANÇA

Esperança:
isto de sonhar bom para diante
eu fi-lo perfeitamente,
Para diante de tudo foi bom
bom de verdade
bem feito de sonho
podia segui-lo como realidade

Esperança:
isto de sonhar bom para diante
eu sei-o de cor.
Até reparo que tenho só esperança
nada mais do que esperança
pura esperança
esperança verdadeira
que engana
e promete
e só promete.

Esperança:
pobre mãe louca
que quer pôr o filho morto de pé?
Esperança
único que eu tenho
não me deixes sem nada
promete
engana
engano que seja
engana
não me deixes sozinho
esperança.

(Almada Negreiros – 1893-1970)




José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, São Tomé e Príncipe, 7 de Abril de 1893 — Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar português que se dedicou fundamentalmente às artes plásticas (desenho, pintura, etc.) e à escrita (romance, poesia, ensaio, dramaturgia), ocupando uma posição central na primeira geração de modernistas portugueses.

Almada Negreiros é uma figura ímpar no panorama artístico português do século XX. Essencialmente autodidata (não frequentou qualquer escola de ensino artístico), a sua precocidade levou-o a dedicar-se desde muito jovem ao desenho de humor. Mas a notoriedade que adquiriu no início de carreira prende-se acima de tudo com a escrita, interventiva ou literária. Almada teve um papel particularmente ativo na primeira vanguarda modernista, com importante contribuição para a dinâmica do grupo ligado à Revista Orpheu, sendo a sua ação determinante para que essa publicação não se restringisse à área das letras. Aguerrido, polémico, assumiu um papel central na dinâmica do futurismo em Portugal: "Se à introversão de Fernando Pessoa se deve o heroísmo da realização solitária da grande obra que hoje se reconhece, ao ativismo de Almada deve-se a vibração espetacular do «futurismo» português e doutras oportunas intervenções públicas, em que era preciso dar a cara".

Mas a intervenção pública de Almada e a sua obra não marcaram apenas o primeiro quartel do século XX. Ao contrário de companheiros próximos como Amadeo de Souza-Cardoso e Santa-Rita, ambos mortos em 1918, a sua ação prolongou-se ao longo de várias décadas, sobrepondo-se à da segunda e terceira geração de modernistas. A contundência das suas intervenções iniciais iria depois abrandar, cedendo o lugar a uma atitude mais lírica e construtiva que abriu caminho para a sua obra plástica e literária da maturidade. Eduardo Lourenço escreve: "Estranho arco de vida e arte o que une Almada «Futurista e tudo», Narciso do Egipto da provocante juventude, ao mago hermético certo de ter encontrado nos anos 40, «a chave» de si e do mundo no «número imanente do universo»".

Almada é também um caso particular no modo como se posicionou em termos de carreira artística. Esteve em Paris, como quase todos os candidatos a artista então faziam, mas fê-lo desfasado dos companheiros de geração e por um período curto, sem verdadeiramente se entrosar com o meio artístico parisiense. E se Paris foi para ele pouco mais do que um ponto de passagem, a sua segunda permanência no estrangeiro revelou-se ainda mais atípica. Residiu em Madrid durante vários anos e o seu regresso ficou associado à decisão de se centrar definitiva e exclusivamente em Portugal.

Ao longo da vida empenhou-se numa enorme diversidade de áreas e meios de expressão – desenho e pintura, ensaio, romance, poesia, dramaturgia… até o bailado –, que Fernando de Azevedo classifica de "fulgurante dispersão". Sem se fixar num domínio único e preciso, o que emerge é sobretudo a imagem do artista total, inclassificável, onde o todo supera a soma das partes. Também neste aspeto Almada se diferencia dos seus pares mais notáveis, Amadeo de Souza-Cardoso e Fernando Pessoa, cuja concentração num território único, exclusivo, foi condição necessária à realização das obras máximas que nos deixaram como legado.

Personalidade incontornável, a inserção de Almada Negreiros na vida e na cultura nacionais é extremamente complexa; segundo José Augusto França, dele fica sobretudo a imagem de "português sem mestre" e, também, tragicamente, "sem discípulos".

 Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Com Lisboa a seus pés (II)



COM LISBOA A SEUS PÉS
 OS PRIMEIROS MIRADOUROS DA CIDADE


O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada aos Primeiros Miradouros de Lisboa no dia 16 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se no Miradouro da Graça e terminou no espaço do que foi o cinema Royal, com passagem pela Graça, Miradouro do Monte e por uma pérola perdida no meio de Lisboa, o Bairro Estrela De Ouro.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

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LISBOA – Os primeiros miradouros
(Parte 2 de 2)

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Miradouro da Senhora do Monte

Miradouro da Senhora do Monte encontra-se na freguesia de São Vicente (Graça), em Lisboa.

O miradouro desenvolve-se em frente da Capela de Nossa Senhora do Monte. A partir dele pode observar-se, para sul, o mar da Palha, o Castelo de São Jorge, parte da Baixa de Lisboa e o estuário do rio Tejo, para poente, do Bairro Alto até ao Parque Florestal de Monsanto e, para norte, o vale da Avenida Almirante Reis.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre


Bairro Estrela d’Ouro

Estrela d'Ouro é uma vila operária lisboeta localizada na freguesia da Graça, entre o n.º 22 da rua da Graça e o n.º 14 da rua da Senhora do Monte.

Foi projectado, em 1907, pelo arquitecto Norte Júnior por encomenda de Agapito Serra Fernandes, industrial de confeitaria, de origem galega, para alojamento dos trabalhadores. A construção ficou concluída em 1909.

A vivenda Rosalina, moradia do antigo proprietário, com capela privada, lago e jardim, situa-se no centro do bairro. No topo norte do bairro, os restantes edifícios de rés-do-chão e primeiro andar, com galeria e escada exteriores, distribuem-se, em planta, em forma de U em torno de arruamentos particulares com nomes de familiares do proprietário. No total, o bairro conta com 120 fogos, de pequenas dimensões.

O antigo Royal Cine, na rua da Graça, fazia também parte do empreendimento.

 Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Com Lisboa a seus pés (I)




COM LISBOA A SEUS PÉS
OS PRIMEIROS MIRADOUROS DA CIDADE


O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada aos Primeiros Miradouros de Lisboa no dia 16 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se no Miradouro da Graça e terminou no espaço do que foi o cinema Royal, com passagem pela Graça, Miradouro do Monte e por uma pérola perdida no meio de Lisboa, o Bairro Estrela De Ouro.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

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LISBOA – Os primeiros miradouros
(Parte 1 de 2)

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Miradouro da Graça

O Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, antigo Miradouro da Graça, encontra-se na freguesia de São Vicente (Graça), em Lisboa.

O bairro popular da Graça desenvolveu-se no fim do século XIX. No largo da Graça, junto à Igreja, existe uma esplanada no Miradouro da Graça onde se pode desfrutar de uma das mais belas vistas da cidade. Esta vista só é suplantada pela do Miradouro da Senhora do Monte que fica a uma escassa centena de metros. O panorama de telhados e prédios é menos espectacular do que a vista do castelo, mas é um local popular. Por detrás do Miradouro fica um mosteiro agostiniano, fundado em 1271 e reconstruído depois do terramoto.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre


Graça

Graça é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, com 0,35 km² de área e 5 787 habitantes (2011). Densidade: 16 534,3 hab/km².

A antiga freguesia foi formada já muito depois do terramoto de 1755, com a integração das extintas freguesias de Santo André e Santa Marinha, só tendo adquirindo identidade própria já no século XIX.

Como consequência de uma reorganização administrativa, oficializada a 8 de novembro de 2012 e que entrou em vigor após as eleições autárquicas de 2013, foi determinada a extinção da freguesia, passando o seu território integralmente para a freguesia de São Vicente.

Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Morte na arena





TOURO MORRE NA ARENA (NAZARÉ)

MORTE de um TOURO marca com SANGUE a "Corrida do Pescador".

MORREU POR EXAUSTÃO
FOI ESPICAÇADO, SANGRADO e sabe-se lá se não foi privado de água...





Poesia de… Mário de Sá-Carneiro




ESTÁTUA FALSA


Só de ouro falso os meus olhos se douram;
Sou esfinge sem mistério no poente.
A tristeza das coisas que não foram
Na minha'alma desceu veladamente.

Na minha dor quebram-se espadas de ânsia,
Gomos de luz em treva se misturam.
As sombras que eu dimano não perduram,
Como Ontem, para mim, Hoje é distancia.

Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de mêdo!

Sou estrêla ébria que perdeu os céus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...

(Mário de Sá-Carneiro – 1890-1916)





Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 19 de Maio de 1890 — Paris, 26 de Abril de 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.

Nasceu, no seio de uma abastada família alto-burguesa, sendo filho e neto de militares. Órfão de mãe com apenas dois anos (1892), ficou entregue ao cuidado dos avós, indo viver para a Quinta da Vitória, na freguesia de Camarate, às portas de Lisboa, aí passando grande parte da infância.

Inicia-se na poesia com doze anos, sendo que aos quinze já traduzia Victor Hugo, e com dezesseis, Goethe e Schiller. No liceu teve ainda algumas experiências episódicas como ator, e começa a escrever.

Em 1911, com vinte e um anos, vai para Coimbra, onde se matricula na Faculdade de Direito, mas não conclui sequer o ano. Em 1912 veio a conhecer aquele que foi, sem dúvida, o seu melhor amigo – Fernando Pessoa.

Desiludido com a «cidade dos estudantes», segue para Paris a fim de prosseguir os estudos superiores, com o auxílio financeiro do pai. Cedo, porém, deixou de frequentar as aulas na Sorbonne, dedicando-se a uma vida boémia, deambulando pelos cafés e salas de espectáculo, chegando a passar fome e debatendo-se com os seus desesperos, situação que culminou na ligação emocional a uma prostituta, a fim de combater as suas frustrações e desesperos.

Na capital francesa viria a conhecer Guilherme de Santa-Rita (Santa-Rita Pintor). Inadaptado socialmente e psicologicamente instável, foi neste ambiente que compôs grande parte da sua obra poética e a correspondência com o seu confidente Pessoa; é, pois, entre 1912 e 1916 (o ano da sua morte), que se inscreve a sua fugaz – e no entanto assaz profícua – carreira literária.

Entre 1913 e 1914 vem a Lisboa com certa regularidade, regressando à capital devido à deflagração do conflito entre a Sérvia e a Áustria-Hungria, o qual a breve trecho se tornou uma conflagração à escala europeia – a I Guerra Mundial. Com Pessoa e ainda Almada-Negreiros integrou o primeiro grupo modernista português (o qual, influenciado pelo cosmopolitismo e pelas vanguardas culturais europeias, pretendia escandalizar a sociedade burguesa e urbana da época), sendo responsável pela edição da revista literária Orpheu (e que por isso mesmo ficou sendo conhecido como a Geração d’Orpheu ou Grupo d’Orpheu), um verdadeiro escândalo literário à época, motivo pelo qual apenas saíram dois números (Março e Junho de 1915; o terceiro, embora impresso, não foi publicado, tendo os seus autores sido alvo da chacota social) – ainda que hoje seja, reconhecidamente, um dos marcos da história da literatura portuguesa, responsável pela agitação do meio cultural português, bem como pela introdução do modernismo em Portugal. Também teve colaboração em publicações periódicas, nomeadamente: Alma nova (1914-1930), Contemporânea (1915-1926), Pirâmide (1959-1960) e Sudoeste(1935)

Em Julho de 1915 regressa a Paris, escrevendo a Pessoa cartas de uma crescente angústia, das quais ressalta não apenas a imagem lancinante de um homem perdido no «labirinto de si próprio», mas também a evolução e maturidade do processo de escrita de Sá-Carneiro.

Uma vez que a vida que trazia não lhe agradava, e aquela que idealizava tardava em se concretizar, Sá-Carneiro entrou numa cada vez maior angústia, que viria a conduzi-lo ao seu suicídio prematuro, perpetrado no Hôtel de Nice, no bairro de Montmartre em Paris, com o recurso a cinco frascos de arseniato de estricnina. Embora tivesse adiado por alguns dias o dramático desfecho da sua vida, numa «carta de despedida» para Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro revela as suas razões para se suicidar:

Meu querido Amigo.

A menos de um milagre na próxima segunda-feira, 3 (ou mesmo na véspera), o seu Mário de Sá-Carneiro tomará uma forte dose de estricnina e desaparecerá deste mundo. É assim tal e qual – mas custa-me tanto a escrever esta carta pelo ridículo que sempre encontrei nas «cartas de despedida»... Não vale a pena lastimar-me, meu querido Fernando: afinal tenho o que quero: o que tanto sempre quis – e eu, em verdade, já não fazia nada por aqui... Já dera o que tinha a dar.

Eu não me mato por coisa nenhuma: eu mato-me porque me coloquei pelas circunstâncias – ou melhor: fui colocado por elas, numa áurea temeridade – numa situação para a qual, a meus olhos, não há outra saída. Antes assim. É a única maneira de fazer o que devo fazer. Vivo há quinze dias uma vida como sempre sonhei: tive tudo durante eles: realizada a parte sexual, enfim, da minha obra – vivido o histerismo do seu ópio, as luas zebradas, os mosqueiros roxos da sua Ilusão.

Podia ser feliz mais tempo, tudo me corre, psicologicamente, às mil maravilhas, mas não tenho dinheiro. [...]

Mário de Sá-Carneiro, carta para Fernando Pessoa, 31 de Março de 1916.

Contava tão-só vinte e cinco anos. Extravagante tanto na morte como em vida (de que o poema Fim é um dos mais belos exemplos), convidou para presenciar a sua agonia o seu amigo José de Araújo. E apesar de o grupo modernista português ter perdido um dos seus mais significativos colaboradores, nem por isso o entusiasmo dos restantes membros esmoreceu – no segundo número da revista Athena, Pessoa dedicou-lhe um belo texto, apelidando-o de «génio não só da arte como da inovação dela», e dizendo dele, retomando um aforismo das Báquides (IV, 7, 18), de Plauto, que «Morre jovem o que os Deuses amam» (tradução literal de Quem di diligunt adulescens moritur).

Verdadeiro insatisfeito e inconformista (nunca se conseguiu entender com a maior parte dos que o rodeavam, nem tão pouco ajustar-se à vida prática, devido às suas dificuldades emocionais), mas também incompreendido (pelo modo com os contemporâneos olhavam o seu jeito poético), profetizou acertadamente que no futuro se faria jus à sua obra, no que não falhou.

Com efeito, reconhecido no seu tempo apenas por uma fina élite, à medida que a sua obra e correspondência foi publicada, ao longo dos anos, tornou-se acessível ao grande público, sendo atualmente considerado um dos maiores expoentes da literatura moderna em língua portuguesa.

A terra que o acolheu na infância – Camarate –, e a quem ele dedicou também algumas das suas poesias, homenageou-o, conferindo o seu nome a uma escola local. O seu poema Fim foi musicado por um grupo português no final dos anos 1980, os Trovante. Mais tarde, o seu poema O Outro foi também musicado pela cantora brasileira Adriana Calcanhotto.

As suas influências literárias são de Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Fiódor Dostoievski, Cesário Verde e António Nobre. Este escritor influenciou vários outros, entre eles Eugénio de Andrade.


Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A primeira colina de Lisboa (II)




LISBOA - A PRIMEIRA COLINA DE LISBOA

O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada ao perímetro do Castelo de S. Jorge no dia 9 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se no Chão da Feira (em frente à entrada do Palácio Belmonte) e terminou no Largo das Portas do Sol, percorrendo o Pátio de D. Fradique, a Rua dos Cegos, o Largo do Menino Deus, o Largo Rodrigues de Freitas, a Costa do Castelo, a Rua Milagre de Sto. António, o Largo dos Loios, a Rua das Damas, o Largo do Contador Mor e a Travessa de Santa Luzia.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


A primeira colina de Lisboa
(Parte 2 de 2)

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A Cerca Moura

Lisboa, protegida do oceano, mas a ele ligada por águas tranquilas do largo estuário do Tejo, com elevações e vales férteis, de clima ameno, foi cobiçada por vários povos que invadiram e lutaram pela sua ocupação, assumindo-se como uma área de atracção da ocupação humana dada a sua localização estratégica e relação com o rio. Tais batalhas levaram à construção de muralhas, por sucessivos povos, que a defendesse de outros invasores. Assim, a história da “Cerca Moura” ou “Cerca Velha” confunde-se com os séculos de batalhas travadas.

A “Cerca Moura” inicialmente associada aos muçulmanos é, segundo duas arqueólogas do Museu da Cidade (Câmara Municipal de Lisboa), que chegaram a esta conclusão aquando das obras na colina do castelo, obra de construção romana. Ou é possível que os seus destroços tenham sido aplicados, por povos que se seguiram à ocupação romana, na fortificação que rodeavam as áreas habitadas, como sistema de defesa, protegendo-as das surpresas dos inimigos. Assim, pode ter tido origem a “Cerca Moura”ou “Cerca Velha”, muralha que servia de proteção a Lisboa, adoptada pelo povo islâmico, após a conquista da cidade, em 719. 



  
A Cerca Fernandina

A Cerca Moura de Lisboa havia perdido a sua função defensiva e não conseguiria conter o crescimento populacional e, inevitavelmente, seria absorvida, servindo de parapeito para o alastramento urbano que se verificou no sentido do rio. Os muros foram então demolidos, numa boa parte da sua extensão, de modo a permitir a construção de residências junto à praia. Lisboa, após a reconquista, era constituida por um aglomerado de comunas: fora da muralha, as Judiarias, a Mouraria, e três outras cristãs, a de Santa Justa e Rufina, a do bairro de São Vicente de Fora e uma quarta, a cidade de serviços, dentro da muralha, que surgiu com a reconquista.

Uma nova cerca se impunha, mandada construir por D. Fernando, em 1373, com 101 hectares de área, capaz de abranger a realidade da população da época, que contava com 65 mil habitantes. Rapidamente construída, ante ameaças de guerra com Castela, em dois anos estavam de pé os 5 400 metros de muralha e as suas 77 torres e 38 portas. A construção da “Cerca Fernandina” partiu da iniciativa das diferentes comunas e dos seus conventos, devido ao seu isolamento geográfico e de modo a assegurar a sua protecção em consequência de algum ataque invasor. Deste modo procedeu-se à construção da cerca, por parte da população e religiosos dos conventos dos vários núcleos, sob orientação dos militares do Rei D. Fernando. Por ter sido erguida por comunidades diferentes, com culturas diferentes, as características da sua edificação variam quanto aos materiais utilizados e quanto às técnicas de construção. O material usado para erguer o lanço que protegia a área muçulmana foi a taipa, enquanto que parte da cerca que se encontra no Bairro de Santana, construída por cruzados, é de blocos de pedras. 

A nova muralha define uma cidade diferente da que ficava no interior da Cerca Moura ou Velha. Na nova Lisboa coabitam várias entidades, englobando não apenas as duas Judiarias mas também a Alfama, a Mouraria e as comunas cristãs moçárabes. O crescimento da cidade foi mais acentuado a poente que a nascente, de forma mais qualificada do ponto de vista funcional e social, surgindo como polo de concentração do comércio e indústria mais significativa, bem como os principais equipamentos públicos. A Lisboa “Fernandina” era uma cidade de produção e comércio, onde as comunas Judaicas desempenhavam um papel muito importante de controlo do sistema portuário, tornando subsidiárias outras comunas. A muralha da Cerca de D. Fernando não teve a mesma solidez da muralha Moura. E o aparecimento de novas armas de guerra e novas ideias sobre a fortificação das cidades tornou-a obsoleta e inútil para a defesa de Lisboa. E tal como sucedera com a “Cerca Moura”, a “Cerca Fernandina” perderia a sua missão defensiva. Seria arruinada em lanços e portas, ladeada e absorvida por novos edifícios e inclusivé demolida em grande parte da sua extensão.

Fonte: Geologia Augusta