terça-feira, 12 de agosto de 2014

A primeira colina de Lisboa (I)




LISBOA - A PRIMEIRA COLINA DE LISBOA

O roteiro promovido por “Conta-me histórias, Lisboa” (ver AQUI) consistiu numa visita guiada ao perímetro do Castelo de S. Jorge no dia 9 de Agosto de 2014.

O Roteiro iniciou-se no Chão da Feira (em frente à entrada do Palácio Belmonte) e terminou no Largo das Portas do Sol, percorrendo o Pátio de D. Fradique, a Rua dos Cegos, o Largo do Menino Deus, o Largo Rodrigues de Freitas, a Costa do Castelo, a Rua Milagre de Sto. António, o Largo dos Loios, a Rua das Damas, o Largo do Contador Mor e a Travessa de Santa Luzia.

As fotos foram obtidas sequencialmente no percurso e representam duas visões deste roteiro.

Para ver as fotos em “tela inteira” prima a tecla “F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.


A primeira colina de Lisboa
(Parte 1 de 2)

Para ver as fotos prima AQUI



Castelo de S. Jorge

O Castelo de S. Jorge – Monumento Nacional integra a zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova), constituída pelo castelo, os vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites.

A fortificação, construída pelos muçulmanos em meados do século XI, era o último reduto de defesa para as elites que viviam na cidadela: o alcaide mouro, cujo palácio ficava nas proximidades, e as elites da administração da cidade, cujas casas são ainda hoje visíveis no Sítio Arqueológico.

Após a conquista de Lisboa, em 25 de Outubro de 1147, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, até ao início do século XVI, o Castelo de S. Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios de época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o Rei, a Corte, o Bispo e instalar o arquivo real numa das torres do castelo. Transformado em paço real pelos reis de Portugal no século XIII, o Castelo de S. Jorge foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, para se realizarem festas e aclamarem-se Reis ao longo dos séculos XIV, XV e XVI.

Com a integração de Portugal na Coroa de Espanha, em 1580, o Castelo de S. Jorge adquire um carácter funcional mais militar, que se manterá até ao início do século XX. Os espaços são reconvertidos, outros novos surgem. Mas, é sobretudo após o terramoto de Lisboa de 1755 que se dita uma renovação mais substantiva com o aparecimento de muitas construções novas que vão escondendo as ruínas mais antigas. No século XIX, toda a área do monumento nacional está ocupada por quartéis.

Com as grandes obras de restauro de 1938-40, redescobre-se o castelo e os vestígios do antigo paço real. No meio das demolições então levadas a cabo, as antigas construções são resgatadas. O castelo readquire a sua imponência de outrora e é devolvido ao usufruto dos cidadãos.

Já no final do século XX, as investigações arqueológicas promovidas em várias zonas contribuíram, de forma singular, para constatar a antiguidade da ocupação no topo da colina e confirmar o inestimável valor histórico que fundamentou a classificação do Castelo de S. Jorge como Monumento Nacional, por Decreto Régio de 1910.




Sem comentários:

Enviar um comentário