quinta-feira, 19 de março de 2015

Ninguém escreve à FPA


Imagem do Portal “Leya online


Ninguém Escreve à FPA
(Parafraseando o célebre romance de Gabriel García Márquez)


Só sinto pena

A incoerência dos detractores da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) raia o absurdo.

Ao pretenderem encontrar brechas nas fortes posições de política autocaravanista que vêm sendo assumidas pela FCMP proferem e divulgam afirmações falsas e, simultaneamente, tentam descredibilizar autor destas linhas, apelidando-o de tudo e mais alguma coisa.

Incapazes de desmontar as verdades que aqui venho comprovando sobre a FPA e que faço, como é notório, sem insultar os que têm opiniões divergentes, respeitando-os enquanto seres humanos, não encontram, esses detractores (sempre os mesmos para quem a análise democrática passa pelo insulto e intolerância) melhor forma de o fazer que procurar denegrir a imagem de quem tem opiniões e ideias diferentes.

Continuarei a expressar as minhas opiniões, sem medos, sem rancores, mas com uma imensa pena desses detractores, consciente que eles são fruto do meio em que foram educados e que condicionou os seus valores, comparando-os eu, algumas vezes, aos adeptos de futebol que num estádio não analisam o encontro desportivo que decorre, mas que optam por chamar nomes ao árbitro e a todos os protagonistas da equipa adversária e, numa situação extrema, a agredirem fisicamente quem deles discorde.


A FICM acolhe calorosamente a FPA FANTASMA

A FPA nasceu após os sócios da “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” terem deliberado em Assembleia Geral a saída da Federation Internationale des Clubs de Motorhomes (FICM) conforme já anteriormente afirmei (ver AQUI). Esta pressa da FPA em aderir à FICM, que o meu artigo de opinião “AQUI HÁ FANTASMAS” reporta, tem consistência na Acta da Assembleia Geral da FPA de 16 de Julho de 2011 (que tinha e continua a ter 3 associados) onde é referida a “ (…) forma calorosa como, quer a direcçao da FICM, quer os associados daquela Federação presentes na reunião, acolheram e votaram favoravelmente a admissão da ainda futura FPA com a qualidade de observador (…) (Sublinhados meus). Foi pois um caso único nos anais do associativismo mundial a existência de uma instituição fantasma aceite como observadora.


Ninguém Escreve à FPA
(Parafraseando o célebre romance de Gabriel García Márquez)

Mas, as desventuras da FPA não se ficam por aqui. É a própria FPA que o comprova nas suas actas. Mais um exemplo no que respeita à dinâmica associativa da FPA:

Na Acta referente à Assembleia Geral da FPA de 10 de Março de 2012 é escrito que foram “Efectuados contactos no sentido de fomentar a criação de novos clubes,”. Em 10 de Março de 2012! Estamos em 19 de Março de 2015! Passaram 3 anos e (que maldade que estão a fazer) os Clubes que constituem a FPA continuam a ser exactamente os mesmos. Assim se compreende a absoluta necessidade (e desespero) que levaram a FPA a promover umas Jornadas Autocaravanistas (ver AQUI o meu artigo de opinião “O PODER POPULAR CHEGOU À FPA”).

Sobre as ditas Jornadas que a FPA promove há que dizer que se concretizou parcialmente o que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA divulgou: As Jornadas não se realizaram. Porquê? Por razões um pouco distintas das divulgadas pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

No Comunicado 3/2015 de 2 de Março a FPA escreve o seguinte trecho:

Foram enviados convites a todos os clubes e instituições e grupos conhecidos relacionadas com o autocaravanismo - não foi recebida qualquer resposta.

Medo de quê? “A falar é que a gente se entende…



E agora?

O que resta? NADA!

Não me regozijo com mais este desaire da FPA (que em si mesmo é um desaire das associações que a constituem) mas também não sinto qualquer tristeza pela não realização das ditas Jornadas, pois esta situação tem origem na não avaliação da realidade autocaravanista em Portugal.

A Internet e, através dela, as redes sociais, vierem trazer uma realidade na informação que permite a qualquer “ajuntamento” de autocaravanistas programarem uma qualquer “festa”. Não há que combater essa realidade. Há que enquadrá-la, direcioná-la e sublimá-la para que os valores se não percam na barbárie e nos oportunismos. 

As associações com personalidade jurídica e essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo devem (TÊM) que avançar numa Plataforma de Entendimento. Mas, opinar sobre esse entendimento, fica para uma próxima oportunidade.


O pensamento da FCMP

No meio disto tudo qual é a posição da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP)?

O pensamento da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal acerca da modalidade Autocaravanismo está perfeitamente definida:

Os estatutos da Federação distinguem e assumem a existência de diferentes vertentes de autocaravanismo (ver AQUI);

A Declaração de Princípios que a Federação subscreveu define o que é Estacionar e Acampar em autocaravana, repudia a discriminação negativa do veículo autocaravana e promove como um objectivo a implementação de pelo menos uma Área de Serviço (enquanto equipamentos municipais) em cada Concelho (ver AQUI);

O Parecer Jurídico (que é público) da Federação não aceita a proibição do estacionamento de autocaravanas que não seja em igualdade de circunstâncias com outros veículos de igual ou semelhante gabarito (ver AQUI);

A reflexão que a Federação faz (e está publicada) sobre o autocaravanismo não distingue em grau de importância os Parques de Campismo, os Parques de Campismo exclusivos de Autocaravanas, as Áreas de Serviço de Autocaravanas, as Estações de Serviço de Autocaravanas e os Acampamentos Ocasionais que são pontos de apoio específicos ao autocaravanismo e dá de cada um uma definição precisa; considera que a legislação existente é suficiente para a prática da modalidade em qualquer uma das vertentes; critica alguns municípios que legislam “com ligeireza” discriminando negativamente as autocaravanas; defende que os Parques de Campismo devem encontrar uma solução que agrade a ambas as partes e por último, esclarece que quando utilizada racionalmente, em conformidade com os códigos de civismo existentes, a autocaravana é a solução ideal, numa perspetiva do aproveitamento turístico, campista, cultural, desportivo e lúdico (ver AQUI).

O que a Federação não diz (MAS DIGO EU) é que acampar nas Áreas de Serviço (enquanto equipamentos municipais) deve ser penalizado.

E O QUE DIZ A FPA? Mais um NIM…


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)


1 comentário:

  1. Sem duvida sou a favor da publicação. Aplaudo e a informação é bastante útil. O Autocaravanismo ainda está um pouco fora da realidade. Ser Autocaravanista não quer dizer que se faça Autocaravanismo. Existem diferenças, Aquele que faz Autocaravanismo na sua essência nunca transgride os principios básicos onde está estacionado,. Aquele que é Autocaravanista por ter uma Autocaravana e que faz de qualquer local Acampamento, acaba por não cumprir o principio a que se destina o nome, "AUTOCARAVANISMO".

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