quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Para quê o ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE LISBOA?



Imagem obtida no Portal do CPA



AUTOCARAVANISMO

e

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE LISBOA



A implementação em Lisboa de uma Área de Serviço para Autocaravanas é já um desejo antigo de autocaravanistas e de entidades ligadas ao autocaravanismo.

Terá sido em 2008 ou 2009, tanto quanto me recordo, que o extinto MIDAP (Movimento Independente pelo Autocaravanismo) esteve em contacto com a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) com o objetivo de encontrar uma localização onde pudesse ser instalada uma Área de Serviço para Autocaravanas. Desse contacto resultou a apreciação das zonas do Areeiro e da Cidade Universitária e do local onde se encontra instalado o Centro Comercial Gemini.

Foi numa sessão comemorativa do aniversário do Clube de Campismo de Lisboa (CCL), salvo erro em 2010, que o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quando instado a mandar edificar um equipamento municipal deste tipo, se me não falha a memória, garantiu que já tinha uma ideia sobre o espaço a utilizar para o efeito na periferia da cidade.

Em 2013 o CPA anunciou aos respectivos associados que no decorrer da inauguração da Sede Social, Desportiva e Cultural do Clube de Campismo de Lisboa (CCL) fora divulgado pelos Dirigentes do CCL que iria ter lugar a futura criação de uma Área de Serviço em Lisboa com a colaboração / apoio da Câmara Municipal desta cidade.

Em 14 de Fevereiro de 2013 o CPA, como foi ao tempo divulgado, esteve numa reunião, na Câmara Municipal de Lisboa, onde também participou o “Turismo de Lisboa” e onde, entre outras questões, ficou prevista a eventual realização de uma próxima reunião que analisasse da viabilidade de implementar uma ou duas Áreas de Serviço para Autocaravanas no Concelho de Lisboa.

Em Maio de 2013 o CPA terá constatado que existia uma janela de oportunidade para a instalação de uma Área de Serviço para Autocaravanas em Lisboa, podendo, inclusive, apresentar uma proposta para o efeito. E assim o fez em 23 desse mesmo mês, apresentando uma proposta à edilidade no âmbito do Orçamento Participativo de Lisboa, projecto foi inserido no grupo dos projectos entre 150 mil e 500 mil euros e ficou classificado em 15º lugar num total de 108 participantes e com APENAS 157 votos.

O CPA não desiste e em 2014 apresenta uma nova proposta para implementação de uma Área de Serviço de Autocaravanas na cidade de Lisboa, de novo no âmbito do “Orçamento Participativo”, projecto que foi de novo colocado no escalão superior do Regulamento, mas que desta vez obteve 573 votos ou seja, mais 365% do que no ano transacto. o que, mesmo assim, correspondeu a uma percentagem inferior a 10% do total de autocaravanistas que se estima existirem em Portugal. No entanto, a votação obtida não conseguiu ter o número de votos necessários para que a Área de Serviço de Autocaravanas fosse construída.

Pela terceira vez, em 2015, o CPA propõe aos Lisboetas a construção de uma Área de Serviço que permita aos Autocaravanistas ter condições mínimas para visitar a cidade. E à terceira foi de vez. Graças à intervenção atempada do CPA, o projecto foi classificado no escalão mínimo do Orçamento o que contribuiu para, finalmente, ter sido aprovado o projecto de implementação desta necessária Área de Serviço para autocaravanas

Em conformidade com o que está estabelecido este projecto deveria estar concretizado no prazo de dezoito meses, o que já devia, neste momento, ser uma realidade.

Estamos, pois, perante o desejo várias vezes expresso, pelo menos desde 2009, da implementação de uma Área de Serviço para Autocaravanas em Lisboa que, na minha opinião (e seguramente que não só na minha), contribuiria para o desenvolvimento económico da população, para a proteção ambiental e para o melhor ordenamento do trânsito automóvel.

O que impede o projecto de implementação de uma Área de Serviço para Autocaravanas, legalmente aprovado em 2015 no âmbito do “Orçamento Participativo de Lisboa”, não estar ainda concretizado passados mais de dois anos?

Esta é a pergunta, esta é a questão, que se impõe que a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA” coloque à Vereação da Câmara numa sessão pública da Assembleia Municipal de Lisboa.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) (AQUI)




1 comentário:

  1. Face à dimensão do movimento autocaravanista, município que não tenha uma ESA está ainda no século passado. Então Lisboa nem devia valer...

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