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da autoria de Mário Prista
NOS
30 ANOS DO CPA
Em
1 de Fevereiro de mil novecentos e noventa e sete, os associados do
CPA, reunidos em Assembleia Geral, entenderam a importância que
justifica a evocação de algumas datas, pelo que aprovaram que o dia
vinte e cinco de Janeiro
passasse a ser o “Dia do Clube”
e que todos os anos, nessa mesma data, a
sede do CPA devia estar sempre aberta aos associados.
E, assim, deveria ser sempre feito,
dando cumprimento a uma decisão com agora vinte
e três anos
O
primeiro momento de importância capital na
via do CPA foi,
obviamente, o nascimento, que teve lugar a 25 de Janeiro de 1990, não
obstante estar a ser planeado desde Setembro de 1988 numa primeira
reunião que
se realizou no
Parque de Campismo de Escaropim. Depois dessa data os fundadores
reuniram-se ainda
pelo
menos mais quatro vezes e sempre em Parques de Campismo.
O
facto de a associação, que se veio a denominar como “Clube
Português de Autocaravanas”, ter tido o nascimento programado em
Parques de Campismo, por campistas, revela bem o espírito que
presidiu à criação. Tudo evidencia que se não tratava de fazer
emergir uma modalidade autocaravanista. O espírito era campista,
embora o material de campismo a ser utilizado deixasse de ser a tenda
e passasse a centrar-se na autocaravana, material que à época só
alguns poucos dispunham. Muitas destas autocaravanas eram até
“construídas” junto à primeira sede do CPA, na Rua dos Lagares,
em Lisboa. Registe-se ainda que o campismo estava de tal forma
presente na forma de pensar dos fundadores que os primeiros estatutos
do CPA “obrigavam” à filiação na “Federação Portuguesa de
Campismo e Caravanismo", actual “Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal”.
O
segundo acontecimento marcante na
vida do CPA teve lugar quatro anos depois da fundação, mais
precisamente em 1994, com a partida para a "Primeira Volta a
Portugal" iniciada na margem do Rio Tejo, perto da Torre de
Belém, em
Lisboa,
a 26 de Março. Os autocaravanistas que tinham chegado ao local na
véspera terão cantado no momento da partida, talvez pela primeira
vez em público, a Marcha do CPA, “hino oficioso”, na medida em
que até à presente data nunca uma Assembleia Geral o tornou
oficial.
Este
evento constituiu
um momento marcante na vida do CPA, bastante bem organizado, que
contou com a presença de médicos e de mecânicos e a que não
faltou animação, convívio e entre-ajuda, numa
demonstração evidente de companheirismo.
A
terceira iniciativa marcante deu-se
em 2010 com a coo-autoria e divulgação da “Declaração
de Princípios”,
subscrita por inúmeras entidades, o que constituiu a base, agora
escrita, dos valores a serem seguidos por todos quantos entendessem o
autocaravanismo como uma modalidade autónoma.
Talvez por não renegar e não se opor ao campismo a Declaração foi assumida pela Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo; mas porque na Declaração eram evidenciadas preocupações ambientais também a Quercus a subscreveu; e também porque a autocaravana é um veículo automóvel o ACP também considerou como importantes os conceitos de estacionar / pernoitar em autocaravana.
A
"Declaração de Princípios", que ainda hoje se mantém
actual, continua a marcar a política autocaravanista seguida pelo
CPA.
A
quarta
modificação
significativa que
se verificou na vida do CPA foi consubstanciada com a alteração
estatutária que teve lugar em Novembro de 2012. Efectivamente os
Estatutos aprovados fazem um corte, não direi radical, mas profundo,
com o Campismo, sem, contudo, renegar as origens campistas, nem
discriminar negativamente os autocaravanistas campistas.
Os
caminhos escolhidos pelos associados são claramente evidenciados nos
Estatutos:
1
– Alteração do nome. Deixa o CPA de ser um clube de
autocaravanas, meio pelo qual se pode fazer campismo, para passar a
ser uma associação de autocaravanismo, meio pelo qual se faz
turismo, sem prejuízo de também se poder fazer outras actividades,
como o campismo. A ordem dos valores, dos objectivos, altera-se.
2
– Cessa a obrigatoriedade estatutária de estar filiado numa
federação específica, como era no passado a filiação na
Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. Os associados, em
cada momento, decidem.
3
– São definidos de forma clara e pormenorizada os direitos e
deveres dos associados e dos Órgãos Sociais, incrementando-se a
institucionalização da associação, o que demonstra uma evolução.
O CPA deixa de ser um “clube de amigos” para passar a ser uma
associação autocaravanista de Portugal onde os amigos se encontram.
Sintetizando:
O CPA deixa oficialmente
de ser um clube campista de
autocaravanas para passar a ser uma associação autocaravanista de
Portugal.
O
quinto e não menos importante momento marcante da vida do CPA,
tem lugar em 2016 com a constituição do "Welcome
Friendly Place" (WFP-Portugal), uma marca
direccionada a autocaravanistas portugueses e estrangeiros, com
informação turística sobre Portugal e as localidades que não
pratiquem uma política de discriminação negativa dos veículos
autocaravanas. Significativo é o facto de no Portal do "WFP -
Portugal" se poder ler: "A
Associação Autocaravanista de Portugal – CPA, detentora da marca
WELCOME FRIENDLY PLACE, subscreve a Declaração de Princípios como
compromisso de interesses entre as comunidades e o
autocaravanismo".
A constituição do "WFP - Portugal" foi o reafirmar, agora "preto no branco", de uma forma muito expressiva, de uma política autocaravanista virada para o desenvolvimento local.
A constituição do "WFP - Portugal" foi o reafirmar, agora "preto no branco", de uma forma muito expressiva, de uma política autocaravanista virada para o desenvolvimento local.
Estes
são os cinco momentos mais marcantes na vida do CPA, pois que, em si
mesmos, influenciaram o Movimento Autocaravanista de Portugal, mas
que não esgotam a importância do CPA que, sem exagero, fez e
continua a fazer, a história do autocaravanismo.
O
CPA que é a mais antiga associação autocaravanista de Portugal:
*
Tem cerca de mil sócios no pleno gozo dos direitos associativos;
*
Tem numa relação qualidade preço o melhor seguro de
autocaravanas:
*
Tem sócios de várias nacionalidades;
*
Tem sócios com múltiplas profissões cujos estatutos
profissionais os não divide;
*
Tem protocolos para aproveitamento de meios e assim evitar
a duplicação de esforços;
*
Tem um regulamento de quotizações que defende os novos
associados;
*
Tem aconselhamento jurídico gratuito para os sócios
desde 2011;
*
Tem uma Declaração de Princípios subscrita entre outras
pelas seguintes entidades: Federação Internacional de Campismo,
Caravanismo e Autocaravanismo (FICC) e pela QUERCUS – Associação
Nacional de Conservação da Natureza;
*
Tem um Fórum que em 2013 já tinha sido visualizado mais
de 6 milhões de vezes;
*
Tem informação mensal dirigida especificamente para os
sócios;
*
Tem apoiado e é sócio de movimentos e associações que
promovem o Desenvolvimento Local;
*
Tem apoio médico e veterinário aos sócios não só na
residência como na autocaravana;
*
Tem protocolos de reciprocidade com associações
campistas e autocaravanistas;
*
Tem espaço virtual disponível para os sócios relatarem as
viagens que realizam;
*
Tem disponível informação sobre todos os aspectos da vida
associativa no âmbito de um conceito de transparência;
*
Tem obtido descontos para os sócios em mais de uma
centena de firmas.
O
CPA é, acima de tudo,
uma associação essencialmente vocacionada para o autocaravanismo
que pratica a inclusão de todos os autocaravanistas
independentemente do conceito que cada um tenha sobre a práctica da
modalidade.
Inspirar
as pessoas, as organizações de desenvolvimento local e os
territórios num movimento de reflexão e promoção da cidadania e
igualdade é
também o contributo social do CPA para
o Movimento Autocaravanista de Portugal.
Contudo,
para além da história, porque também fazem parte da história, há
que recordar os fundadores, sem os quais não estaríamos hoje a
comemorar os 30 anos da Associação Autocaravanista de Portugal.
Ana
Catarina Santos - Ana
Maria Santos - Cipriano
Gomes
Eduardo
Silva Lopes - João
Tavares - Joaquim
Malpique
Jorge
Baeta - Manuel Carvalho
- Manuel Pinto Ribeiro
Mário
Santos - Olga Baeta
- Otília Malpique
Paula
Baeta - Vítor
Tavares
Mas,
não basta sonhar
Ontem
foi o tempo dos sonhos.
Caminhávamos
solidários,
Acreditando
que bastava querermos
Para
tudo ser possível.
Hoje,
vivemos a realidade.
Não
basta querermos,
Não
basta sonharmos,
Não
basta…
É urgente gritar,
É
urgente avisar,
Que
para o mundo caminhar
É
preciso amar,
É
preciso Lutar!…
O
importante
Não
são os milhões,
Não
são os cifrões,
Importa
é ser solidário!
Ajude
o CPA a manter o sonho. Seja
solidário.
Neste
trigésimo aniversário
Faça-se
sócio do CPA
NOTA:
O
poema é da autoria de Nita
A
imagem é da autoria de Mário Prista
Boa prosa, Rui. Aplaudo e concordo.
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