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PERGUNTAS INCÓMODAS
(PORQUE
SERÁ?)
PERGUNTA
NÚMERO UM:
Quando
um cidadão exercendo funções políticas faz promessas eleitorais
que posteriormente não cumpre milhares de vozes clamam e reclamam.
Quando
um cidadão exercendo funções associativas faz promessas eleitorais
que posteriormente não cumpre pouquíssimas são as vozes que clamam
e reclamam.
O
Senhor Presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de
Portugal, que não cumpre as promessas eleitorais autocaravanistas e
campistas que fez, tenciona recandidatar-se. PORQUE SERÁ?
PERGUNTA
NÚMERO DOIS:
Quando
um cidadão exercendo funções políticas nada faz, nada dinamiza,
ao ponto de nem sequer nos recordarmos que existe, significa que é
desinteressado, que a função é supérflua ou que não tem os meios
necessários?
Quando
um cidadão exercendo funções associativas é eleito ou designado,
nada faz, nada dinamiza, ao ponto de nem sequer nos recordarmos que existe,
significa que é desinteressado, que a função é supérflua ou que
não tem os meios necessários?
Os
30 membros dos 6 Conselhos Regionais da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, em quatro anos de mandato promoveram apenas
uma reunião em cada Região (os
Estatutos obrigam a pelo menos uma Reunião anual)
e nessas
Reuniões comparecem um número inexpressivo de representantes de
associações, como
foi o caso verificado na Região de Lisboa, que tem umas 250
associações federadas e em
que estiveram
apenas umas 4.
Os
Senhores membros dos Conselhos Regionais da Federação de Campismo
e Montanhismo de Portugal ou são desinteressados ou os cargos que
desempenham não justificam que exista a função que exercem ou não tiveram os
apoios necessários para o cabal desempenho das suas funções e, em consequência, nada fizeram que seja público em 4 anos de mandato, pelo que há que perguntar se se recandidatarem porque o fazem. PORQUE SERÁ?
PERGUNTA
NÚMERO TRÊS:
Quando
um Deputado durante todo o seu mandato não intervém uma única vez
na Assembleia da República, não promove qualquer acção no órgão
de soberania de que faz parte e nem sequer contacta periodicamente os
respectivos eleitores, é legitimo questioná-lo (e questionar-mo-nos)
da necessidade da sua presença naquele órgão.
Quando
algum Delegado (dos 30 que são eleitos) à Assembleia Geral da
Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal “entra mudo e
sai calado” das referidas Assembleias e não participa, como é
seu direito e obrigação, nos Conselhos Regionais da Federação, é
legitimo questioná-lo (e questionar-mo-nos) acerca da necessidade da
sua presença naquele órgão.
Senhores
Delegados à Assembleia Geral da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, além de virem passar fins-de-semana a
Lisboa, qual tem a sido a vossa participação activa no mais
importante órgão da Federação e que prestação de contas têm
dado aos vossos eleitores que justifique o porquê
de uma eventual recandidatura? PORQUE SERÁ? (que se recandidatam)
PERGUNTA
NÚMERO QUATRO:
A
informação nos estados democráticos é algo que os cidadãos
exigem que os poderes públicos providenciem de forma constante,
clara, precisa e atempada e quando assim se não verifica os boatos e
as teorias da conspiração brotam de todos os lados com as mais
inverosímeis histórias e o direito à informação, que pressupõe a
obrigação de informar, fica mais pobre.
Nas
associações, não obstante as relações de maior proximidade, a
informação também é uma preocupação de muitos dirigentes
associativos que, aproveitando-se das potencialidades das novas
tecnologias (que já vão sendo velhas), procuram (os que procuram,)
tornar mais transparentes as políticas que desenvolvem.
Assim,
não é compreensível a forma redutora como se cuida da comunicação
na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.
O Senhor
Presidente (e o Senhor Secretário Geral)
da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal que esclareçam porque
não
consta no Portal da Federação uma relação completa dos Parques de
Campismo das associações federadas e, igualmente, porque não se divulga uma relação das Áreas de
Serviço de Autocaravanas ou, também, porque
se mantêm referidos como membros de órgãos da Federação pessoas que já
morreram ou que já se demitiram ou, ainda, porque existem rubricas no Portal da Federação onde há anos se mantêm a informação de
“Brevemente disponível”? PORQUE SERÁ?
PERGUNTA
NÚMERO CINCO:
Quando
um Ministério ou um qualquer órgão do estado se
auto elogia pela dinâmica do trabalho que desenvolve deve
ter, para não cair no ridículo, o
decoro de não assumir para si, como
factor dessa azáfama, o
trabalho que outros fazem sem ajudas ou apoios.
Quando
a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal vem, como o fez
recentemente o respectivo Presidente, afirmar que “Estamos
num período de grande azafama, com acampamentos, (...)”
está a apropriar-se do trabalho dos outros e quando se
refere a um
“Plano
Estratégico que definimos e estamos a pôr em prática (..)”,
plano
que que se desconhece, está a lançar
uma “cortina de fumo” que alegadamente pretende levar ao
esquecimento
dos compromissos eleitorais que
assumiu, as promessas com
que se candidatou e que não cumpriu.
É
por isso que o texto da Newsletter de Maio de 2016 da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal não passa de um
documento de propaganda eleitoral que procura dar uma imagem dinâmica
(com o trabalho dos outros) de uma Federação que não
respeita os fins estatutários para que existe, designadamente a
promoção, a regulamentação e a direcção do campismo e de outras
modalidades, bem como a promoção do desenvolvimento do turismo.
Senhor
Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, porque será que com a
divulgação de Newsletters e com a vossa presença assídua em
eventos das associações federadas supõem que irão fazer esquecer,
designadamente no âmbito do campismo e do autocaravanismo, o não
cumprimento das vossas promessas e compromissos? PORQUE SERÁ?
PERGUNTA
NÚMERO SEIS:
Quando
nos tempos modernos se realiza um colóquio pretende-se fazer passar uma mensagem para o exterior, ideia que se não circunscreva ao local e às presenças no evento, muito principalmente se os oradores forem
cidadãos de reconhecido mérito. Não divulgar, para além do espaço
onde o debate se realiza e por todos os meios ao alcance, as ideias base que são consistência do colóquio, é
uma perda de
tempo e eventualmente de
dinheiro.
A
Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal promoveu na
“NAUTICAMPO 2016” um colóquio subordinado ao tema “O
Passado e o Futuro do Autocaravanismo”
para o qual convidou algumas individualidades, entre as quais, sem
desprimor pelos outros, se contava o Presidente do Automóvel Clube
de Portugal. Mas, que disse o Presidente do ACP sobre o passado do
autocaravanismo e, principalmente, sobre o futuro? Seguramente
que exprimiu ideias importantes, ouvidas
atentamente pelas poucas
pessoas que assistiram ao colóquio… mas,
por mais importantes que essas ideias fossem não chegaram ao
conhecimento dos milhares de utentes da Carta Campista da Federação.
Senhor
Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, porque será que organizar para meia dúzia
de pessoas um colóquio sobre “O Passado e o Futuro do
Autocaravanismo” não é meritório se, posteriormente, não divulgarem os
conhecimentos do passado e os projectos de
futuro do autocaravanismo ali revelados? PORQUE SERÁ?
PERGUNTAS
NÚMERO SETE:
Senhor
Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, se e quando se recandidatarem pergunto se irão apresentar um Programa Eleitoral? E será, esse Programa, igual àquele com que se candidataram e que não
cumpriram?
Senhor
Presidente e Senhores Directores da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, permito-me sugerir-vos (se e quando se recandidatarem) que não apresentem,
como no passado fizeram, nenhuma promessa eleitoral. PORQUE SERÁ?...
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) - AQUI)
Papa Léguas
ResponderEliminarAs interrogações são pertinentes e legítimas. Naturalmente que podem e devem ser imputadas ao Presidente e Directores da FCMP, mas, no meu entendimento, a(s) situações só acontecem por falta de empenhamento e de algum sentido dos deveres associativos da generalidade das organizações representadas na Federação. Essas sim, pelo seu comportamento (omissão de intervenção) caussionam o imobilismo, uma certa vaidade, a descaracterização e até a indiferença da Federação face aos complicados problemas com que debatem, no caso concreto, os autocaravanistas portugueses. Na "feita de vaidades da FCMP" não existe lugar/espaço ao debate, ao trabalho colectivo, às realizações sustentadas, à informação básica elementar... Bem fez o Papa Léguas em denunciar o que de negativo acontece na Federação. Só assim podemos manter a esperança de que dias melhores virão e uma FCMP actuante, dinâmica, democrática e verdadeiramente ao serviço do movimento campista e autocaravanista, acabará por ser uma realidade.
Sobre a "PERGUNTA NÚMERO DOIS":
ResponderEliminar- só a partir de 2015, face à revisão dos Estatutos, passou a ser obrigatória a realização das Assembleias Regionais.
- a Assembleia Regional Norte, contou com a participação de oito associadas (10% do total das filiadas), bem como de TODOS os Delegados eleitos pela região.
- o C.R.Norte, realizou um inquérito às suas associadas, em que participaram 25 associadas (31% do total da região).
- o C.R.Norte esteve presente em múltiplos eventos realizados pelas associadas da região.