quinta-feira, 4 de maio de 2017

SAC DO CCL




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SAC DO CCL


A maioria dos que me estão a ler seguramente que não compreenderão o que significa “SAC do CCL”. Mas, se vos traduzir “SAC do CCL” por “Secção de AutoCaravanismo do Clube de Campismo de Lisboa”… ah! Agora, todos compreenderão.

Esta introdução para vos dizer o quê? Que se queremos ser compreendidos temos que ser claros na mensagem que procuramos passar. Temos que falar (escrever) não apenas para os “escolhidos”, para os “eleitos”, para os que estão por dentro dos temas, mas para todos os que possam estar interessados e mesmo para os outros. Não devemos utilizar subterfúgios ou uma linguagem dúbia que tantas vezes é uma capa protectora de erros que nos recusamos a admitir

Vem isto a propósito da passagem do 15º aniversário da Secção de Autocaravanismo do CCL que é recordado no Portal do Clube de Campismo de Lisboa (ver AQUI) e cujo teor também pode ser acedido AQUI.

Atente-se que a Direcção do CCL quando promoveu a constituição de uma Secção de Autocaravanismo terá reconhecido (nem de outra forma se justificava esse reconhecimento) que o autocaravanismo tinha que ser aceite, compreendido e tratado, de forma diferente do campismo. A exemplo, aliás, das outras modalidades / secções que integram o CCL.

Interessante, também, é a referência à criação de algumas áreas de serviço e passeios, que é considerada uma forma de “quebrar a letargia”. Iniciativas que, salvo melhor opinião, foram dinamizadas por um sócio do CCL e ex-membro da Comissão de Autocaravanismo da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) que se demitiu dessa referida Comissão por alegadas divergências com a política seguida. Não terá, esse ex-membro, tido a concordância e apoio da Direcção do CCL, pois que se assim fosse (e não vejo outra interpretação possível) não teria sido designado para o substituir outro associado do CCL.

É importante realçar, porque até estou de acordo, que o texto do Portal do CCL menciona a existência de “diversas ondas de choque provocadas pelos ataques ao autocaravanismo provenientes de diversos sectores com mais interesses comerciais do que preocupações ambientais e securitárias, funcionando estas como desculpa”. Estes ataques ao autocaravanismo (que não são explicitados) têm, segundo está escrito, justificado “a resposta de diversas personalidades e associações” e da própria Direcção do CCL.

Mas, que diz a Direcção do CCL? À totalidade do comunicado não tenho acesso, mas, baseado exclusivamente no trecho que é disponibilizado, a Direcção do CCL diz “NIM”.

Permita-se-me, contudo, questionar sinteticamente o trecho da Direcção do CCL abaixo transcrito, colocando as perguntas entre parênteses:

Tem vindo a desenvolver-se, nos últimos tempos, uma polémica em torno da prática do autocaravanismo que o CCL não acompanha por considerar que a discussão se tem centrado em falsas questões (QUAIS?) e que essa polémica só pode contribuir para o enfraquecimento do Movimento Associativo (PORQUÊ?) e para uma maior discriminação (COMO?) dos utentes de autocaravanas

Da mesma forma que no início deste meu artigo de opinião considero que a maioria dos leitores não compreenderia o significado de “SAC do CCL”, também estou convicto que a maioria não compreende qual seja a posição da Direcção do CCL relativamente aos alegados ataques ao autocaravanismo e à polémica em torno da práctica desta actividade. É que, repito o que já disse, “se queremos ser compreendidos temos de ser claros na mensagem que procuramos passar”.

Concluo, deixando à consideração da Direcção do CCL e dos membros da SAC três perguntas:

Concordam com uma política autocaravanista baseada na “Declaração de Princípios” subscrita pela FCMP (ver AQUI) ou consideram que é uma falsa questão?

Concordam com a proposta e postura institucional da Direcção da FCMP na Assembleia da República (ver AQUI) ou consideram que é uma falsa questão e que não discrimina os utentes de autocaravanas?

Concordam em apoiar uma instituição que tendo subscrito a “Declaração de Princípios” venha, contraditoriamente com o que assumiu nessa Declaração, propor a proibição do estacionamento nocturno dos veículos autocaravanas ou consideram que é uma falsa questão e que não contribui para o enfraquecimento do Movimento Associativo?




(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)



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