VENTURAS
E DESVENTURAS
de
UM
AUTOCARAVANISTA EM VIAGEM
3º
Episódio
(e
último)
Este
terceiro e último episódio de “Venturas e Desventuras de Um
Autocaravanista em Viagem” (ver AQUI e AQUI) aborda mais as
Venturas e Desventuras de um Parque de Campismo do que as de um
utilizador autocaravanista e pretende ser (passem o pretensiosismo)
mais uma chamada de atenção para a pouca relevância que alguns
Parques dão a esta modalidade de turismo e/ou campismo.
Saídos
da Área de Serviço de São Romão do Coronado (eu e o meu Amigo,
Companheiro Autocaravanista) avançámos para o Parque de Campismo da
Cabreira em Vieira do Minho onde, depois de uma rápida passagem pelo
Gerês, chegámos ao fim da tarde.
A
opção por um Parque de Campismo foi o reflexo do desejo
(necessidade?) de colocarmos mesas e cadeiras no exterior, relaxarmos
e tomarmos as refeições (grelhados feitos no carvão) tendo como
telhado as árvores e o céu.
E
aqui começaram as venturas.
O
Parque de Campismo da Cabreira é bom. Tem uma área muito
arborizada, fica entre dois cursos de água, as instalações
sanitários sem ser luxuosas são aceitáveis, tem uma máquina de
lavar roupa cujo preço de utilização está dentro dos parâmetros
ditos normais (infelizmente não tem máquina de secar), há
grelhadores distribuídos um pouco por toda a zona e também pontos
de água potável e de energia eléctrica que é de 6 amperes.
Junto
ao parque existem piscinas que podem ser utilizadas e também um
Restaurante com preços muito acessíveis. Vieira do Minho fica a uma
distância de uns 10 minutos a pé onde se pode ter acesso a muito
comércio e bons restaurantes.
O
pessoal do Parque é simpático, acolhedor, mas não parece ser
grande conhecedor das necessidades dos autocaravanistas.
E
aqui começaram as desventuras
Passámos
aqui uns dias agradáveis, em que recordo uma “bruta” sardinhada,
da responsabilidade exclusiva do meu Amigo, pois que nestas coisas da
cozinha só sou um grande especialista a comer o que me põem no
prato.
1ª
DESVENTURA
De
novo o azar bate à porta. As garrafas de propano deixam de alimentar
o fogão e o “boiler”. Analisado o assunto logo o meu Amigo
concluiu que se tratava do redutor. Como em Vieira do Minho não
encontrámos nenhuma casa da especialidade com redutores de 30Mb que
são os aconselhados para as autocaravanas, acabámos por comprar uns
adaptadores e utilizarmos um redutor de 37MB ligado directamente à
garrafa.
Resolvida,
pois, esta 1ª desventura.
2ª
DESVENTURA
Ao
fim de 3 dias, necessitando de vazar as águas dos banhos e de
lavagem da louça, também chamadas de águas cinzentas, constatámos
que não existia uma Estação de Serviço para Autocaravanas (ESA).
No
acesso aos balneários encontra-se uma pia para o despejo da sanita
química e um buraco no chão que, teoricamente, poderia permitir o
despejo das águas cinzentas caso uma autocaravana se conseguisse
colocar em posição para o fazer.
Nesse
mesmo local existe apenas um único ponto de água com uma mangueira
que servia tanto para a limpeza da sanita química como para o
abastecimento de água limpa para a autocaravana. Convenhamos que em
termos de higiene não é o mais aceitável.
Concluindo:
A água foi despejada a balde. Como exercício aconselho. Fortalece
os músculos dos braços.
E
terminam por agora estes episódios das Venturas e Desventuras de um
Autocaravanista em Viagem que não me desmotivaram (antes pelo
contrário) de continuar a encontrar no autocaravanismo, enquanto
modalidade de turismo e de campismo, uma forma de ir ao encontro do
conhecimento cultural e do fortalecimento do companheirismo e da
amizade.
Até
à próxima.