domingo, 6 de outubro de 2024

RADARES OCULTADOS VIRTUALMENTE

 


RADARES OCULTADOS VIRTUALMENTE

(MINI CRÓNICAS DE UMA VIAGEM)


Recentemente percorri as estradas de França durante mais de um mês e fi-lo recorrendo à ajuda do “TomTom GO 520”, um aparelho que não sendo o melhor do mercado e já tendo alguns anos de uso, tem a particularidade de fornecer gratuitamente a actualização de mapas e de radares a nível mundial, permitindo-me ainda inserir os “POIs” que me ajudam a localizar e encontrar o caminho para os Pontos de Interesse que entenda servirem os objectivos das minhas viagens além de outras características que não veem para esta história.


Quando me desloco do ponto A para o ponto B o aparelho alerta-me com alguma antecedência para a existência de um radar. Por norma não ultrapasso a velocidade permitida naquele percurso, mas, “não vá o diabo tecê-las” confirmo sempre a velocidade a que me desloco.


Em França o “TomTom” não me avisa da existência de radares, mas, curiosamente, alerta-me para o início e o fim de “zonas de perigo”, bem como para a velocidade máxima a que devo deslocar-me nessas “zonas de perigo”.


No entanto, sempre que há uma “zona de perigo”, constato e vejo que a alguma distância depois de entrar nessa zona existe um radar.


Este facto permite-me deduzir que, em França, os “aparelhos GPS”, como o “TomTom”, estão proibidos de alertarem para a existência de radares e que a forma encontrada para contornar esta proibição foi, por parte das empresas que vendem estes aparelhos, criar a figura da “zona de perigo”.


O mais caricato é que nas chamadas “zonas de perigo” não existe, tanto como me foi dado observar, mais perigo do que nos percursos anteriores ou posteriores, o que, de novo, me leva a deduzir que se trata afinal de avisar o condutor para o perigo de poder vir a ser multado.


Enfim!…




sábado, 5 de outubro de 2024

AS PLACAS DO DESASSOSSEGO

 


AS PLACAS DO DESASSOSSEGO

(MINI CRÓNICAS DE UMA VIAGEM)


No decorrer de uma viagem pelas Aldeias Floridas de França (com a classificação de 4 flores e com menos de 1000 habitantes) deparei-me, com bastante frequência, com as placas toponímicas identificativas de povoações colocadas de “pernas para o ar”, como aliás se pode ver na imagem que serve de exemplo a este texto.

A minha curiosidade levou-me a solicitar junto de um morador a razão pela qual as placas eram colocadas invertidas.

Pelas mais diversas razões os habitantes estavam insatisfeitos pelo que consideraram ser esta uma forma expedita de protesto, demonstrando, publica e permanentemente, a insatisfação que sentiam.

E se fosse em Portugal? Haveria placas não invertidas?