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do Blogue “Tarouca Viva”
O
OUTONO ADIVINHA-SE QUENTE
Esta semana, que ainda não terminou,
já muitas são as novidades que merecem a minha especial atenção.
“Catrineta”
barra acesso ao Papa Léguas
A primeira e a menos importante
novidade reporta-se ao impedimento do acesso do Papa Léguas ao Grupo
“Catrineta – Portal do Autocaravanismo”.
Para que conste, esclareço que em
nenhum momento solicitei o acesso ao referido Grupo, onde fui objecto de insultos de natureza
pessoal, dirigidos não só a mim como a familiares, por parte de
alguns (poucos) frequentadores do Catrineta (e
ligados à FPA) sem que da
minha parte houvesse resposta, nem da parte do moderador (Viriato
Viseu / Viriato Catrineta) se tivesse
verificado qualquer reacção.
E, por não ter havido qualquer reacção atempada do moderador, como
se impunha, não tive outra
solução exequível que o de os “bloquear”.
Alguns dos seguidores da FPA,
impotentes perante as minhas
demonstrações comprovadas dos
erros e da
má estratégia de política autocaravanista da FPA, procuraram
silenciar as verdades do Papa Léguas.
Esperariam,
possivelmente,
que
após as acções anti autocaravanistas da
FCMP me entregaria nos braços de uma FPA criada em
segredo e
contra
o CPA? De uma FPA cujos estatutos preconizam que cada associação
tenha um
só
voto (N.º
3 do artigo 25º dos Estatutos da FPA),
mas que pague uma percentagem proporcional
à quantidade dos respectivos associados,
ou seja, pague
“um
valor por tripulação/viatura registada”
(conforme
o Regulamento interno da FPA).
Se por estupidez o CPA aderisse com
os seus mais de 1000 sócios à FPA, iria pagar uma quota superior a
300% da totalidade do que é pago pelos 3 únicos sócios da FPA e,
além disso, estaria subordinado às deliberações dessas 3
associações (que não terão mais que uns 300 associados com as
quotas pagas), não obstante o CPA passar a ser o maior contribuinte
em termos absolutos.
A
moda das petições
Depois
da Petição lançada pela FPA há
mais de 2 anos eis
que surge uma nova Petição sobre o
tema
genérico: “Autocaravanismo
itinerante e a necessidade de regulamentação para sua própria
protecção”.
A
banalização do exercício do direito de petição está a
contribuir progressivamente para o desinteresse dos cidadãos em
exercerem o direito cívico de apresentarem pedidos ou propostas a um
órgão de soberania ou a qualquer autoridade pública no sentido de
que tome, adote ou proponha determinadas medidas. Para que tal
desinteresse seja combatido e diminua há que enquadrar e justificar
prévia e detalhadamente os objetivos da petição. Foi o que a FPA
não fez e é o que esta nova Petição não me
parece que faz.
Alguém
acredita que uma Lei sobre Autocaravanismo se iria debruçar
exclusivamente sobre os desejos e interesses dos autocaravanistas e
que outros interesses instalados, de elevado poder económico, se não
movimentariam para que a Lei fosse nefasta para o autocaravanismo?
Estarão os autocaravanistas suficientemente unidos, conscientes do
que querem e com força para conseguirem uma lei em que os interesses
económicos se não venham a sobrepor às liberdades da prática do
autocaravanismo?
A
Legislação actual, enquanto a correlação de forças não pender
favoravelmente para os autocaravanistas e possibilitar alterações,
ainda nos beneficia.
O
CPA e os bombeiros
Neste
último Verão Portugal esteve a arder.
Os
grandes heróis (digo-o convictamente) foram os bombeiros cuja falta
de apoios
suficientes é conhecida e que obriga as Corporações de que fazem
parte a pedir “esmola”, a fazer “rifas”, para que possam
continuar a ajudar as comunidades em que se inserem.
Nas
redes sociais proliferaram os elogios, as declarações de intenção,
os apelos à solidariedade com os soldados da paz; mas, também ouvi
os que se
insurgiram contra a demora no socorro; ouvi pessoas que os
aplaudem
virtualmente, ouvi pessoas que exigem, que condenam a falta de apoios
estatais aos Bombeiros, que recorrem aos Bombeiros em momentos de
aflição, mas que não são sócias dos Bombeiros e não estão
disponíveis para pagar uma quotização equivalente a dois ou três
cafés por mês.
É
neste âmbito que é relevante dar a conhecer que a Direcção da
Associação Autocaravanista de Portugal – CPA vai propor no
próximo dia 19 de Novembro, em Assembleia Geral, que os associados
aprovem uma proposta “para
associação do CPA à Associação dos Bombeiros Voluntários de
Lisboa”.
A ser aprovada, como espero que seja,
esta proposta constitui uma mensagem, simbólica, para incentivar os
autocaravanistas a serem sócios das associações de Bombeiros das
áreas das respectivas residências.
A
FICC, a Declaração de Princípios e a FCMP
Num
dos meus últimos artigos de opinião a dado passo escrevi:
“É
chegado o momento… de
a Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e
Autocaravanismo (FICC) questionar os motivos que estão subjacentes à
violação grosseira da Declaração de Princípios que própria FCMP
subscreveu e propôs à FICC (o que foi aceite) que subscrevesse?”
Considero que TODOS os subscritores da
Declaração de Princípios são coo-responsáveis na defesa da
Declaração, pelo menos enquanto a não denunciarem. A FICC que
aprovou a Declaração de Princípios
numa Assembleia Geral em Praga por proposta da FCMP tinha a obrigação
ética de se pronunciar.
Ficámos
a saber, no dia 2 de Outubro de 2016, no Grupo “Catrineta –
Portal do Autocaravanismo, através de um esclarecimento do
Presidente da Direcção do CPA (que passou despercebido não
obstante a importância do mesmo para o Movimento Autocaravanista de
Portugal) o seguinte:
“A
FICC não foi consultada pela FCMP e mantém o seu apoio à
Declaração de Princípios que subscreveu com o CPA”
Este
esclarecimento, na interpretação que dele faço, é uma clara
alusão à posição assumida pela FCMP na audição pelo Grupo
de Trabalho da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da
Assembleia da República (ver
AQUI).
A
FICC, ao renovar o respectivo o apoio à Declaração de Princípios
e ao afirmar que não foi consultada pela FCMP sobre
política autocaravanista,
embora indirectamente, demarca-se das posições assumidas pela FCMP.
Direcção
do CPA propõe saída da FCMP
Já
é do conhecimento dos sócios do CPA que a respectiva
Direcção
requereu ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que colocasse como
ponto da Ordem de Trabalhos da Assembleia no próximo dia 19 de
Novembro o seguinte:
Apreciação
e votação de proposta para desfiliação do CPA da FCMP;
Esta
é a sequência lógica que a Direcção do CPA não podia deixar de
tomar face às posições assumidas pela FCMP aquando da audição
pelo Grupo
de Trabalho da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da
Assembleia da República (ver
AQUI).
Além
do conteúdo das palavras que a Delegação da FCMP proferiu nessa
audição na Assembleia da República,
a forma (inclusive corporal) como também o expressou,
ridicularizando
inclusive a imagem dos autocaravanistas, foram, no todo,
desprestigiantes para aquela Federação. A Delegação não se
absteve, inclusive, de fazer sorridentes alusões menos “próprias”
sobre duas técnicas da Secretaria de Turismo.
Toda
esta lamentável postura, nada institucional, da Delegação da FCMP,
conjugada com as propostas legislativas que contrariam não só a
Declaração de Princípios que a FCMP subscreveu e a política
autocaravanista que consta no Portal da Federação, obrigam a que os
autocaravanistas, sócios do CPA, na Assembleia Geral do dia 19 de
Novembro próximo, votem favoravelmente a proposta
apresentada
pela
Direcção do CPA.
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) -AQUI)
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