quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O OUTONO ADIVINHA-SE QUENTE


Imagem do Blogue “Tarouca Viva”



O OUTONO ADIVINHA-SE QUENTE


Esta semana, que ainda não terminou, já muitas são as novidades que merecem a minha especial atenção.



Catrineta” barra acesso ao Papa Léguas

A primeira e a menos importante novidade reporta-se ao impedimento do acesso do Papa Léguas ao Grupo “Catrineta – Portal do Autocaravanismo”.

Para que conste, esclareço que em nenhum momento solicitei o acesso ao referido Grupo, onde fui objecto de insultos de natureza pessoal, dirigidos não só a mim como a familiares, por parte de alguns (poucos) frequentadores do Catrineta (e ligados à FPA) sem que da minha parte houvesse resposta, nem da parte do moderador (Viriato Viseu / Viriato Catrineta) se tivesse verificado qualquer reacção. E, por não ter havido qualquer reacção atempada do moderador, como se impunha, não tive outra solução exequível que o de os “bloquear”.

Alguns dos seguidores da FPA, impotentes perante as minhas demonstrações comprovadas dos erros e da má estratégia de política autocaravanista da FPA, procuraram silenciar as verdades do Papa Léguas.

Esperariam, possivelmente, que após as acções anti autocaravanistas da FCMP me entregaria nos braços de uma FPA criada em segredo e contra o CPA? De uma FPA cujos estatutos preconizam que cada associação tenha um só voto (N.º 3 do artigo 25º dos Estatutos da FPA), mas que pague uma percentagem proporcional à quantidade dos respectivos associados, ou seja, pague “um valor por tripulação/viatura registada” (conforme o Regulamento interno da FPA).

Se por estupidez o CPA aderisse com os seus mais de 1000 sócios à FPA, iria pagar uma quota superior a 300% da totalidade do que é pago pelos 3 únicos sócios da FPA e, além disso, estaria subordinado às deliberações dessas 3 associações (que não terão mais que uns 300 associados com as quotas pagas), não obstante o CPA passar a ser o maior contribuinte em termos absolutos.



A moda das petições

Depois da Petição lançada pela FPA há mais de 2 anos eis que surge uma nova Petição sobre o tema genérico: “Autocaravanismo itinerante e a necessidade de regulamentação para sua própria protecção”.

A banalização do exercício do direito de petição está a contribuir progressivamente para o desinteresse dos cidadãos em exercerem o direito cívico de apresentarem pedidos ou propostas a um órgão de soberania ou a qualquer autoridade pública no sentido de que tome, adote ou proponha determinadas medidas. Para que tal desinteresse seja combatido e diminua há que enquadrar e justificar prévia e detalhadamente os objetivos da petição. Foi o que a FPA não fez e é o que esta nova Petição não me parece que faz.

Alguém acredita que uma Lei sobre Autocaravanismo se iria debruçar exclusivamente sobre os desejos e interesses dos autocaravanistas e que outros interesses instalados, de elevado poder económico, se não movimentariam para que a Lei fosse nefasta para o autocaravanismo? Estarão os autocaravanistas suficientemente unidos, conscientes do que querem e com força para conseguirem uma lei em que os interesses económicos se não venham a sobrepor às liberdades da prática do autocaravanismo?

A Legislação actual, enquanto a correlação de forças não pender favoravelmente para os autocaravanistas e possibilitar alterações, ainda nos beneficia.



O CPA e os bombeiros

Neste último Verão Portugal esteve a arder.

Os grandes heróis (digo-o convictamente) foram os bombeiros cuja falta de apoios suficientes é conhecida e que obriga as Corporações de que fazem parte a pedir “esmola”, a fazer “rifas”, para que possam continuar a ajudar as comunidades em que se inserem.

Nas redes sociais proliferaram os elogios, as declarações de intenção, os apelos à solidariedade com os soldados da paz; mas, também ouvi os que se insurgiram contra a demora no socorro; ouvi pessoas que os aplaudem virtualmente, ouvi pessoas que exigem, que condenam a falta de apoios estatais aos Bombeiros, que recorrem aos Bombeiros em momentos de aflição, mas que não são sócias dos Bombeiros e não estão disponíveis para pagar uma quotização equivalente a dois ou três cafés por mês.

É neste âmbito que é relevante dar a conhecer que a Direcção da Associação Autocaravanista de Portugal – CPA vai propor no próximo dia 19 de Novembro, em Assembleia Geral, que os associados aprovem uma proposta “para associação do CPA à Associação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa”.

A ser aprovada, como espero que seja, esta proposta constitui uma mensagem, simbólica, para incentivar os autocaravanistas a serem sócios das associações de Bombeiros das áreas das respectivas residências.



A FICC, a Declaração de Princípios e a FCMP

Num dos meus últimos artigos de opinião a dado passo escrevi:

É chegado o momento… de a Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo (FICC) questionar os motivos que estão subjacentes à violação grosseira da Declaração de Princípios que própria FCMP subscreveu e propôs à FICC (o que foi aceite) que subscrevesse?

Considero que TODOS os subscritores da Declaração de Princípios são coo-responsáveis na defesa da Declaração, pelo menos enquanto a não denunciarem. A FICC que aprovou a Declaração de Princípios numa Assembleia Geral em Praga por proposta da FCMP tinha a obrigação ética de se pronunciar.

Ficámos a saber, no dia 2 de Outubro de 2016, no Grupo “Catrineta – Portal do Autocaravanismo, através de um esclarecimento do Presidente da Direcção do CPA (que passou despercebido não obstante a importância do mesmo para o Movimento Autocaravanista de Portugal) o seguinte:

A FICC não foi consultada pela FCMP e mantém o seu apoio à Declaração de Princípios que subscreveu com o CPA

Este esclarecimento, na interpretação que dele faço, é uma clara alusão à posição assumida pela FCMP na audição pelo Grupo de Trabalho da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República (ver AQUI).

A FICC, ao renovar o respectivo o apoio à Declaração de Princípios e ao afirmar que não foi consultada pela FCMP sobre política autocaravanista, embora indirectamente, demarca-se das posições assumidas pela FCMP.



Direcção do CPA propõe saída da FCMP

Já é do conhecimento dos sócios do CPA que a respectiva Direcção requereu ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que colocasse como ponto da Ordem de Trabalhos da Assembleia no próximo dia 19 de Novembro o seguinte:

Apreciação e votação de proposta para desfiliação do CPA da FCMP;

Esta é a sequência lógica que a Direcção do CPA não podia deixar de tomar face às posições assumidas pela FCMP aquando da audição pelo Grupo de Trabalho da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República (ver AQUI).

Além do conteúdo das palavras que a Delegação da FCMP proferiu nessa audição na Assembleia da República, a forma (inclusive corporal) como também o expressou, ridicularizando inclusive a imagem dos autocaravanistas, foram, no todo, desprestigiantes para aquela Federação. A Delegação não se absteve, inclusive, de fazer sorridentes alusões menos “próprias” sobre duas técnicas da Secretaria de Turismo.

Toda esta lamentável postura, nada institucional, da Delegação da FCMP, conjugada com as propostas legislativas que contrariam não só a Declaração de Princípios que a FCMP subscreveu e a política autocaravanista que consta no Portal da Federação, obrigam a que os autocaravanistas, sócios do CPA, na Assembleia Geral do dia 19 de Novembro próximo, votem favoravelmente a proposta apresentada pela Direcção do CPA.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) -AQUI)



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