Autocaravanismo
solidário
(com
a tradição de não trabalhar ao Domingo)
Não comprar nas grandes superfícies aos Domingos e Feriados não é
só uma demonstração de solidariedade com o pequeno comércio como
permite aos trabalhadores das grandes superfícies terem semanalmente
um dia de descanso SIMULTÂNEO
com a maioria dos restantes familiares.
Esta forma de regular o quotidiano das populações e uniformizar os hábitos de gestão do calendário entre dias de trabalho e o dia de descanso, no ciclo semanal de 7 dias, deve-se ao imperador Constantino que a 7 de Março de 321 assim o decretou para todo o Império Romano.
“Que no venerável Dia do Sol, os magistrados e os que residem nas cidades descansem, e que todas as oficinas estejam fechadas. Porém, nos campos, os que se ocupam da agricultura poderão livremente continuar seus afazeres, pois pode ocorrer que outro dia não seja tão conveniente para as sementeiras ou a plantação de vinhas”.
Em
2017, na cidade de Génova, o Papa Francisco “convidou
a respeitar o domingo e os dias de festa, para não "escravizar"
quem trabalha”
Já
em 2014 o Papa tinha lamentado o
abandono da tradição cristã que veta o trabalho aos domingos e
disse
que a prática tem um impacto negativo para as relações familiares
e de amizade. Considerou ainda que “Mesmo
que os pobres necessitem de trabalho, abrir as lojas e outros
negócios aos Domingos como forma de criar empregos não é benéfico
para a sociedade”,
tendo deixado uma pergunta: “Talvez
seja a hora de nos perguntarmos se trabalhar aos Domingos é uma
liberdade verdadeira”
É licito concluir que:
1º
– Em 321 o dia de descanso passa a ser, em todo o império romano,
o “Dia do Sol”, ou seja, o “Dia do deus Sol”, ou seja, “Domingo”;
2º
– Nos países que não são de expressão latina a designação
“Domingo” ainda hoje é “Sunday” que literalmente se traduz
como “Dia do Sol” (Sun=Sol – day=dia);
3º
– Note-se que na Bíblia o Domingo não é referido nem como dia de
descanso, nem como dia consagrado a deus, o que não impediu a Igreja de no Concilio de Laodicéia (em 364), em apenas duas sessões, ter, na prática, aprovado o édito do Imperador Constantino: "Os
cristãos não devem
judaizar e descansar no sábado,
mas sim trabalhar
neste
dia; devem honrar
o dia do Senhor e descansar, se for possível, como cristãos. Se,
entretanto, forem encontrados judaizando, sejam excomungados por
Cristo."
4º
– Assim, há quase 1700 anos que é tradição (uma boa tradição, diga-se) e fruto de
sucessivas legislações, não se trabalhar ao Domingo, excepto (como é óbvio) no que
concerne às profissões que pela sua especificidade são suporte
imprescindível da comunidade;
5º
– Não existe, pois, argumentação plausível, nem social nem religiosa, que possa considerar que as
grandes superfícies comerciais são um suporte imprescindível da
comunidade que necessita que estejam abertas aos Domingos, a exemplo
dos hospitais, da restauração, dos transportes e outros.
NÃO
COMPRAR NAS GRANDES SUPERFÍCIES COMERCIAIS
AOS
DOMINGOS E FERIADOS
É MUITO MAIS DO QUE SER SOLIDÁRIO COM O PEQUENO COMÉRCIO
Estou de acordo. O trabalho ao domingo deve ser reservado para as situações especiais de serviço para quem faz daquele dia uma jornada especial. As compras podem ficar para os outros dias da semana.
ResponderEliminar