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AS
VERDADES A QUE SE NÃO FOGE
A
“NAUTICAMPO” 2019, que se realizou pela 50ª vez, contou com a
presença, como vem acontecendo desde pelo menos 2009 (ver AQUI),
da “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”.
De novo num
espaço autónomo, mas tendo ao lado o parceiro “Castela &
Veludo – Mediador de Seguros” (parceria que permite aos
associados aceder ao melhor seguro numa relação de qualidade /
preço) o CPA deu as boas vindas aos muitos autocaravanistas que ali
se quiseram associar.
O momento
alto desta participação do CPA na “NAUTICAMPO” teve lugar
durante o colóquio organizado pela Direcção sob o tema “O
Autocaravanismo e a Sociedade” com a presença da “ANIMAR” (ver
AQUI).
Ficámos a
saber no colóquio e no decorrer da intervenção de Vítor Andrade,
dirigente da “ANIMAR” (e ele próprio autocaravanista) que está
em preparação uma plataforma digital de âmbito nacional com o
objectivo de divulgar os eventos a desenvolver pelos produtores a
nível de cada região ou localidade, proporcionando aos
autocaravanistas informação diversa.
Porém, o
que mais me agradou ouvir (e que a “ANIMAR” me desculpe a opção)
foi o Presidente da Direcção do CPA informar publicamente que em
Junho de 2018 tinha sido interposta em Tribunal uma “Providência
Cautelar” contra a Postura Municipal de uma determinada Câmara
(que não identificou) e na medida em que a Direcção do CPA
considerou a referida Postura lesiva dos interesses e direitos dos
autocaravanistas.
Mais
acrescentou o Presidente da Direcção do CPA que o Tribunal tinha
aceite a “Providência Cautelar” e que notificara a Câmara
Municipal para a contestar, o que a Câmara fez. O CPA, dentro dos
prazos legais, rebateu a contestação da Câmara, aguardando agora
(desde Agosto de 2018) que o Tribunal se pronuncie.
Em qualquer
circunstância, esclareceu o Presidente da Direcção do CPA, o
assunto será levado a Tribunal.
Tanto quanto
me é dado saber será a primeira vez que uma associação
autocaravanista recorre à justiça para defender os direitos de
TODOS os autocaravanistas
(sócios e não sócios do CPA, portugueses e estrangeiros), não
obstante ter recursos financeiros limitados. E é, perante este
facto, o momento de conscientemente e com verdade, reflectirmos...
Calculo em
75% (por baixo) os autocaravanistas que não são associados em nenhuma
organização de base com personalidade jurídica. Porquê?
– Por
inércia e comodismo?
– Porque
afirmam e se desculpam com o facto (falso) que as associações nada
lhes dão em contrapartida?
– Porque
são por natureza individualistas (o que também é uma forma de
egoísmo) e, consequentemente, são incapazes de assumir um
compromisso associativo?
O CPA está
a despender as verbas que lhe são entregues por via das quotizações
dos respectivos associados para em Tribunal defender os direitos de
TODOS os autocaravanistas.
Uma acção meritória destes associados do CPA que não se deixam
levar pela inércia e comodismo, que não evocam falsos argumentos,
que assumem voluntariamente que é no associativismo que os
interesses colectivos melhor são defendidos e que colocam o bem
comum acima dos seus interesses imediatos.
E os outros?
Os outros que se não associam por inércia e comodismo? Ou os outros
que para justificar não se associarem evocam desculpas sem sentido?
Ou, ainda, os outros que se não preocupam com o companheiro do lado
e apenas consigo próprios? E há tantos exemplos desse egoísmo! Os
que num estacionamento ocupam com a autocaravana dois ou mais lugares
em prejuízo do estacionamento de terceiros; os que se não preocupam
com os ruídos dos rádios e televisões demasiado altos incomodando
quem está em redor; os que deixam os seus animais vaguearem
livremente por tudo o que é sítio; os que despejam as sanitas às
escondidas poluindo o ambiente; e tantos e tantos e tantos exemplos
que poderiam ser apresentados.
E os
outros?, volto a perguntar. Não se sentirão minimamente incomodados
(pelo menos incomodados!)
por haver quem esteja a pagar a defesa dos direitos para os quais
também deveriam contribuir?
Estive na
“NAUTICAMPO”. Estive no colóquio do CPA. Valeu a pena!
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
AS VERDADES A QUE SE NÃO FOGE
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Solidariedade
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