sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Acampamentos - Promovido pelo Camping Mongrague em Plasencia - 2006

Plasencia – Participantes no acampamento de Camping Monfrague

Autocaravanismo

Acampamento em Camping Monfrague – 2006
Foto Reportagem

Encontro promovido pelo Camping Monfrague de Plasencia em Dezembro de 2006.

As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.

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Plasencia é um município e cidade da Espanha, na província de Cáceres, comunidade autónoma da Estremadura, com 218 km² de área. Em 2012 tinha 41.002 habitantes (densidade: 188,1 hab./km²). É a capital da diocese com o mesmo nome e de várias comarcas do norte estremenho, o segundo núcleo urbano mais povoado da província de Cáceres e o quarto da Estremadura. Na cidade estão sediados diversos serviços do estado espanhol e do governo autonómico (Junta da Estremadura), que servem todo o norte da Estremadura.

A cidade situa-se na entrada do sopé do vale do Jerte, um dos principais pontos de passagem da fronteira natural montanhosa entre o sul e o norte do centro da Península Ibérica. A situação atual de fronteira entre as comunidades autónomas da Estremadura e de Castela e Leão traduz uma realidade histórica muito antiga. A área, percorrida por uma das rotas comerciais históricas mais importantes e antigas da Península Ibérica, frequentemente designada por Via da Prata, que ligava o que é hoje Cádis ao que é atualmente Astorga, é habitada desde a Pré-história, e à data da fundação oficial da cidade, no século XII, tinha uma importância estratégica acrescida por ser uma zona de fronteira disputada entre cristãos e muçulmanos, e pelos reinos cristãos rivais de Castela, Leão e Portugal.

Cidade importante e próspera desde que foi fundada no século XII, teve o seu apogeu entre os séculos XV e XVII, tendo tido um papel fulcral durante a Guerra de Sucessão de Castela, na segunda metade do século XV. A partir do século XVII assistiu a um declínio gradual e acentuado, para o que muito contribuíram a Guerra da Restauração de Portugal, na segunda metade do século XVII, a Guerra da Sucessão Espanhola, no início do século XVIII, e a Guerra Peninsular, no início do século XIX. A situação estratégica da cidade implicou que ela fosse palco de combates e de base de tropas, que, pelas suas necessidades logísticas, arruinaram a economia local já debilitada. Embora não tendo sido palco de combates durante a Guerra Civil Espanhola, esta afetou negativamente a economia local, a qual também não beneficiou dos financiamentos à reconstrução do pós-guerra por não ter havido estragos físicos provocados pela guerra. A inversão do declínio só chegaria nos anos 1960, com o desenvolvimento industrial e diversas obras públicas, nomeadamente grandes projetos de irrigação e de aproveitamentos hidroelétricos.

Plasencia conta com um rico património histórico, concentrado principalmente no centro histórico bem preservado, onde ainda se respira uma atmosfera muito medieval. Não obstante, a cidade é omitida em muitos dos roteiros turísticos mais populares de Espanha, algo que em grande parte se deve à extraordinária riqueza patrimonial da maior parte das cidades espanholas e à proximidade relativa de outras cidades mais conhecidas, como Salamanca, Ávila e Cáceres. Apesar disso, o turismo é uma atividade com alguma importância e a cidade é muito visitada tanto pelo seu património edificado, como pelas belezas naturais da área onde se insere, com destaque para o vale do Jerte as suas famosas cerejeiras, que produzem uma parte considerável das cerejas produzidas em Espanha. Os períodos mais concorridos são, além do verão, a Semana Santa e as festas das cerejeiras em flor no vale do Jerte, que ocorrem geralmente em abril, e que por vezes coincidem com a Semana Santa.

História

A região de Plasencia foi habitada desde a Pré-história, facto comprovado por descobertas arqueológicas, nomeadamente na Gruta de Boquique. Nas imediações da cidade há vestígios de um castro e durante o império romano existiu na zona um acampamento militar das legiões romanas, ligado à estrada romana denominada Via da Prata, rota que se pensa existir desde os tempos de Tartessos (séculos X a VI a.C.).

A área foi conquistada em 1186 por Afonso VIII de Castela, que fundou a cidade atual no mesmo ano e a dotou da muralha que ainda hoje é um dos ex-libris da cidade, sendo considerada um dos conjuntos defensivos medievais mais bem preservados da Europa.

A cidade prosperou durante toda a Idade Média e atingiu o seu apogeu nos séculos XV e XVI, período em que foi palco de alguns episódios importantes da história peninsular, nomeadamente durante a Guerra de Sucessão de Castela (1475-1479), período em que assistiu ao casamento do rei Afonso V de Portugal com a sua sobrinha Joana de Trastâmara, a Beltraneja, pretendente ao trono de Castela, que viria a perder para a sua meia-irmã Isabel, a Católica.

A partir do século XVII a cidade entrou em declínio, uma situação que só seria invertida na década de 1960, tendo sofrido muito com as várias guerras peninsulares - da Restauração portuguesa (1640-1668), Sucessão Espanhola (1702- 1714) e Peninsular (invasões francesas, conhecida em Espanha como Guerra da Independência, 1808-1814).





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