quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O PEDAL DA EMBRAIAGEM


(Imagem de Custo Justo)


O PEDAL DA EMBRAIAGEM

Nos meses de Junho a Setembro tenho por hábito ausentar-me de Portugal. Este ano (2015) não foi excepção e durante mais de 2 meses viajei em Autocaravana pela Costa Atlântica da Europa, num percurso iniciado em La Línea de La Concepcion (Andaluzia – Espanha) até Calais (Norte-Passo de Calais – França).

Foi uma viagem agradável a cujos locais se pode aceder virtualmente, neste mesmo espaço, através da Foto Reportagem que divulgo. As fotos (digo-o a título de curiosidade) constituem apenas uns 40% das zonas e localidades visitadas, porquanto os outros 60% já as tinha fotografado e /ou visitado em anos anteriores.

Dois apontamentos:

- As belezas paisagísticas da costa do norte de Espanha (Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco) merecem uma visita ainda mais aprofundada;

- Em França a discriminação negativa do veículo autocaravana junto à costa foi uma constante, chegando ao cúmulo de numa povoação (cujo nome quis apagar da minha memória) não ser possível transitar e estacionar só foi viável a cerca de uns 4 quilómetros.

Contudo, o objectivo deste meu escrito é “falar” de “O Pedal da Embraiagem”.

No País do Loire (França) existe a poucos quilómetros da costa Francesa a Ilha de Noirmoutier a que se tem acesso através de uma ponte ou, para os mais aventureiros, em determinadas horas, com a maré baixa, o acesso pode ser feito por uma estrada ao nível do mar. Entrei na Ilha através da Ponte e pernoitei numa Área de Serviço, paredes meias com um Parque de Campismo, a uns 2 quilómetros da pequena localidade de La Guériniére.

Na manhã seguinte, após o pequeno-almoço e a higiene da autocaravana e dos ocupantes feita, iniciei a visita à Ilha atravessando a localidade de La Guériniére. Na rua principal de La Guériniére, com passeios estreitos, com apenas duas faixas rodagem, com um surpreendente trânsito automóvel, em frente de um pequeno supermercado, a autocaravana imobiliza-se após um estoiro.

Apitos, protestos, exaltação por parte dos utentes das outras viaturas que na rectaguarda da autocaravana não a podiam ultrapassar sem que na faixa contrária os outros o permitissem.

Vestido o colete reflector a que a lei obriga e colocado o triângulo a uns 50 metros (eu sei que a distância regulamentar são 100) iniciei um telefonema para o ÚNICO número que a companhia de seguros disponibiliza.


Após uns 60 segundos e uma informação para que aguardasse, uma nova mensagem gravada sugeria-me que deixasse um contacto, após o que me ligariam no prazo de 48 horas. Barafustando mentalmente mantive-me ligado telefonicamente após o que, cerca de uns 3 minutos depois, fui, com algum alívio da minha parte, atendido por um operador humano a quem expliquei a situação, dando todas as informações solicitadas.




Desligada a chamada fui, 10 minutos depois, contactado telefonicamente pela seguradora tendo sido informado que o auxilio vinha a caminho, o que efectivamente aconteceu passados outros 10 minutos e rebocada a autocaravana para uma oficina a menos de uns 5 quilómetros.

De realçar que entre o momento da avaria e a chegada à oficina decorreram apenas uns 45 minutos o que, diga-se em abono da verdade, evidenciou uma demonstração de eficiência muito boa.

Feito pela oficina o diagnóstico da avaria (supondo eu tratar-se do cabo da embraiagem partido) foi-me dito que o que estava partido era “O Pedal da Embraiagem” e que um pedal novo só estaria disponível no dia seguinte.

Entretanto e já ao fim da tarde a seguradora foi-me informando em sucessivos telefonemas de todas as diligências que estava a ter junto da oficina e até me disponibilizou um quarto de hotel onde poderia passar a noite. Agradeci e informei que tencionava pernoitar na autocaravana, o que aconteceu.

No dia seguinte, ainda antes de almoço, chegou o pedal da embraiagem e a avaria foi reparada, o que me permitiu prosseguir a viagem.

CONCLUINDO: 
  • A Companhia de Seguros deveria disponibilizar 2 números telefónicos de apoio. Um para situações verificadas em Portugal e outro para incidentes no estrangeiro. 

  • Entre o contacto telefónico inicial e a chegada da autocaravana à oficina decorreram apenas 45 minutos o que, diga-se em abono da verdade, demonstrou da parte da Companhia de Seguros uma eficiência e uma rapidez que deve ser realçada. 

  • Mesmo após a chegada da autocaravana à oficina a Companhia de Seguros manteve-se informada do desenrolar de tudo através de sucessivos telefonemas e só considerando o processo terminado quando a autocaravana foi definitivamente reparada.




Ah! (já me esquecia!) o meu seguro enquadra-se no Protocolo estabelecido entre a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”, a “Castela & Veludo SEGUROS – Sociedade de Mediação de Seguros, Lda” e a “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.



(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) - AQUI).


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