(Imagem de Custo Justo)
O PEDAL DA EMBRAIAGEM
Nos meses de Junho a Setembro tenho por hábito ausentar-me
de Portugal. Este ano (2015) não foi excepção e durante mais de 2 meses viajei
em Autocaravana pela Costa Atlântica da Europa, num percurso iniciado
em La Línea de La Concepcion (Andaluzia – Espanha) até Calais (Norte-Passo de
Calais – França).
Foi uma viagem agradável a cujos locais se pode aceder
virtualmente, neste mesmo espaço, através da Foto Reportagem que divulgo. As
fotos (digo-o a título de curiosidade) constituem apenas uns 40% das zonas e
localidades visitadas, porquanto os outros 60% já as tinha fotografado e /ou
visitado em anos anteriores.
Dois apontamentos:
- As belezas
paisagísticas da costa do norte de Espanha (Galiza, Astúrias, Cantábria e País
Basco) merecem uma visita ainda mais aprofundada;
- Em França a
discriminação negativa do veículo autocaravana junto à costa foi uma constante,
chegando ao cúmulo de numa povoação (cujo nome quis apagar da minha memória)
não ser possível transitar e estacionar só foi viável a cerca de uns 4
quilómetros.
Contudo, o objectivo deste meu escrito é “falar” de “O Pedal
da Embraiagem”.
No País do Loire (França) existe a poucos quilómetros da
costa Francesa a Ilha de Noirmoutier a que se tem acesso através de uma ponte
ou, para os mais aventureiros, em determinadas horas, com a maré baixa, o
acesso pode ser feito por uma estrada ao nível do mar. Entrei na Ilha através
da Ponte e pernoitei numa Área de Serviço, paredes meias com um Parque de
Campismo, a uns 2 quilómetros da pequena localidade de La Guériniére.
Na manhã seguinte, após o pequeno-almoço e a higiene da
autocaravana e dos ocupantes feita, iniciei a visita à Ilha atravessando a
localidade de La Guériniére. Na rua principal de La Guériniére, com passeios
estreitos, com apenas duas faixas rodagem, com um surpreendente trânsito
automóvel, em frente de um pequeno supermercado, a autocaravana imobiliza-se
após um estoiro.
Apitos, protestos, exaltação por parte dos utentes das
outras viaturas que na rectaguarda da autocaravana não a podiam ultrapassar sem
que na faixa contrária os outros o permitissem.
Vestido o colete reflector a que a lei obriga e colocado o
triângulo a uns 50 metros (eu sei que a distância regulamentar são 100) iniciei
um telefonema para o ÚNICO número que a companhia de seguros disponibiliza.
Após uns 60 segundos e uma informação para que aguardasse,
uma nova mensagem gravada sugeria-me que deixasse um contacto, após o que me
ligariam no prazo de 48 horas. Barafustando mentalmente mantive-me ligado telefonicamente
após o que, cerca de uns 3 minutos depois, fui, com algum alívio da minha
parte, atendido por um operador humano a quem expliquei a situação, dando todas
as informações solicitadas.
Desligada a chamada fui, 10 minutos depois, contactado
telefonicamente pela seguradora tendo sido informado que o auxilio vinha a
caminho, o que efectivamente aconteceu passados outros 10 minutos e rebocada a
autocaravana para uma oficina a menos de uns 5 quilómetros.
De realçar que entre o momento da avaria e a chegada à
oficina decorreram apenas uns 45 minutos o que, diga-se em abono da verdade,
evidenciou uma demonstração de eficiência muito boa.
Feito pela oficina o diagnóstico da avaria (supondo eu
tratar-se do cabo da embraiagem partido) foi-me dito que o que estava partido era
“O Pedal da Embraiagem” e que um pedal novo só estaria disponível no dia
seguinte.
Entretanto e já ao fim da tarde a seguradora foi-me
informando em sucessivos telefonemas de todas as diligências que estava a ter
junto da oficina e até me disponibilizou um quarto de hotel onde poderia passar
a noite. Agradeci e informei que tencionava pernoitar na autocaravana, o que
aconteceu.
No dia seguinte, ainda antes de almoço, chegou o pedal da
embraiagem e a avaria foi reparada, o que me permitiu prosseguir a viagem.
CONCLUINDO:
- A Companhia de Seguros deveria disponibilizar 2 números telefónicos de apoio. Um para situações verificadas em Portugal e outro para incidentes no estrangeiro.
- Entre o contacto telefónico inicial e a chegada da autocaravana à oficina decorreram apenas 45 minutos o que, diga-se em abono da verdade, demonstrou da parte da Companhia de Seguros uma eficiência e uma rapidez que deve ser realçada.
- Mesmo após a chegada da autocaravana à oficina a Companhia de Seguros manteve-se informada do desenrolar de tudo através de sucessivos telefonemas e só considerando o processo terminado quando a autocaravana foi definitivamente reparada.
Ah! (já me esquecia!) o meu seguro enquadra-se no
Protocolo estabelecido entre a “Associação Autocaravanista de Portugal – CPA”,
a “Castela & Veludo SEGUROS – Sociedade de Mediação de Seguros, Lda” e a “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.”
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do
Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o
autocaravanismo (e não só) - AQUI).
Sugestão aceite e já encaminhada a quem de direito.
ResponderEliminarSugestão aceite e enviada a quem de direito.
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