ONDE
ESTÃO OS ERROS DO CPA?
Recentemente (?) a “Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA” tem desenvolvido uma intensa actividade que
merece uma análise comparativa mais aprofundada.
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE
LISBOA
Após dois anos consecutivos apresentando uma
proposta para a implementação de uma Área de Serviço para autocaravanas na
cidade de Lisboa o CPA, pela terceira vez, não desistindo do propósito de
apoiar os autocaravanistas que visitam Lisboa, obteve finalmente um resultado
positivo (ver AQUI) com a colaboração
dos autocaravanistas, respectivos familiares e amigos e, eventualmente, de outros
participantes que entenderam que o significado da proposta do CPA está muito
para além de um mero interesse corporativo.
Efectivamente o CPA, com esta proposta,
demonstrou, uma vez mais, que não está centrado
de forma egoísta nos interesses exclusivos que poderia ter enquanto
associação. Virou-se para o exterior e fez (faz) serviço público.
PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2016
Como é usual, em associações democráticas,
credíveis e responsáveis, o CPA votou, há menos de um mês, o respectivo Plano
de Actividades para 2016. E, como também é usual em associações que nada têm a
esconder e que, consequentemente, têm uma gestão transparente, divulgou, além
do Plano de Actividades (ver AQUI), o
Orçamento para 2016 (ver AQUI).
Nesse Plano, como aliás em anteriores Planos
de Actividade, encontram-se delineados diversos objectivos que ultrapassam os
interesses corporativos do CPA e se viram para os interesses mais gerais do
Movimento Autocaravanista de Portugal.
De realçar, no Plano de Actividades, o
propósito de “Promover todas as diligências
necessárias e possíveis, designadamente junto da Associação Nacional de
Segurança Rodoviária, para que seja divulgada uma interpretação do Código da
Estrada que uniformize a aplicação do Código em todo o território português e
que impeça a discriminação negativa do veículo autocaravana que se vem
verificando em algumas partes de Portugal”.
Mas, os associados do CPA ao aprovarem o
Plano de Actividades consideraram positiva a intenção de a Direcção levar “ (…) à consideração dos sócios, em Assembleia Geral, do
eventual apoio e voto a conceder (ou não) aos candidatos de todos os órgãos da
FCMP para o próximo mandato”. Ao continuar a promover a participação
dos sócios nas grandes decisões da Associação, a Direcção não só está de
parabéns como revela uma enorme consciência democrática.
Não se está, pois, com este Plano de
Actividades, na presença de um de um programa de festas, encontros e passeios.
É um Plano de Actividades direcionado para a defesa dos direitos e dos interesses
da modalidade, o que só dignifica a mais antiga associação existente em Portugal
essencialmente vocacionada para o autocaravanismo.
WELCOME FRIENDLY PLACE
Alguns (muitos? poucos?) não terão valorizado
a informação dada pela Vice-Presidente da Direcção do CPA no dia 11 do passado
mês de
Abril no Colóquio / Informação realizado no decorrer da NAUTICAMPO e que
constituiu uma autêntica pedrada no charco ao assumir-se que o autocaravanismo
tem que ter uma especial atenção no desenvolvimento dos interesses das populações,
mormente nas especificidades de cada localidade, mas em estreita colaboração
com as autarquias. Foi nessa peerspectiva que foi então apresentado o programa
“Welcome Friendly Place” (ver AQUI) que se destina, junto da comunidade autocaravanista,
nacional e internacional, a promover os Concelhos (que não pratiquem
discriminação negativa) e Regiões Turísticas onde o autocaravanismo é
reconhecido como uma actividade de interesse.
Está-se perante o início de um
projecto que se perspectiva vir a ser de grande envergadura. Um projecto que na
actualidade só é possível de se concretizar, com qualidade, no âmbito de uma
associação como o CPA.
PARCERIAS SOLIDÁRIAS
Ultrapassar o egocentrismo constitui um
objectivo do CPA que se concretizou, pela primeira vez, com a assinatura de um
protocolo com Clube de Campismo de Lisboa
(CCL), a 5 de Maio de 2012, em Mora e no qual se estabeleceu que cada uma
destas duas entidades (CPA e CCL) concede aos associados da outra entidade a utilização dos
meios de lazer ou outros de que disponha para utilização dos respetivos
associados, bem como para a inscrição e participação nos eventos que realize,
os mesmos direitos e obrigações estabelecidos para os seus próprios associados.
Em 2014 foi estabelecido um protocolo
idêntico com o Clube de Caça e Pesca de CoimbraSul (CCPCS) no prosseguimento de uma política associativa solidária.
Recentemente, em 2015, o Grupo Flamingo - Associação de Defesa do Ambiente - assinou com o
CPA um protocolo semelhante aos já estabelecidos com o CCL e com o
CCPCS.
O tempo dirá se estas Parcerias Solidárias se
irão alargar a outras entidades, ultrapassando egoísmos arcaicos, permitindo
inclusive antever uma futura e desejável colaboração entre todos os
intervenientes.
PLATAFORMA DE ENTENDIMENTO
Com a aprovação por unanimidade do Plano de
Actividades para 2016 ficou expresso que o CPA continuará atento ao
desenvolvimento do Movimento Associativo Autocaravanista e aberto a contactos
com outras Associações e/ou Clubes nacionais e estrangeiros que se pautarem
pelo combate à discriminação negativa da circulação e estacionamento de
autocaravanas.
Desde há alguns anos que me pronuncio pela
existência de uma Plataforma de Unidade inorgânica e constituída APENAS por
associações com personalidade jurídica essencialmente vocacionadas para o
autocaravanismo. Sem a participação da FPA ou da FCMP. Só que a FPA não deixa!
(ver AQUI). Se e quando deixar já
pode ser tarde.
Os que vêm clamando pela existência de um
entendimento entre todas as associações essencialmente vocacionadas para o
autocaravanismo têm a resposta clara do CPA sobre esta matéria e aprovada pelos
associados. Ou seja: Não é apenas um objectivo da Direcção do CPA; é um
objectivo do próprio CPA. Quem é que, depois de nas redes sociais ter mostrado
verbalmente disponibilidade para entendimentos, não os quer na prática
concretizar?
Pelo que fica dito e demonstrado, respondo à
pergunta que é feita no título deste artigo de opinião (ONDE ESTÃO OS ERROS DO CPA?) afirmando:
Não existem erros nas políticas
autocaravanistas do CPA
SÓ
VERDADES
(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do
Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)
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