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O
CERCO APERTA-SE
(E
nessa rede estão autocaravanistas)
Miguel
Sousa Tavares, no passado dia 28 de Outubro, no jornal “Expresso,
insurge-se contra a legalização por votação unânime da
Assembleia da República de 380 habitações construídas
clandestinamente na Ilha da Culatra, na Ria Formosa.
A
propósito (ou será a despropósito?) desta legalização afirma
Miguel Sousa Tavares que se tudo está a saque não é de admirar que
“(…) também as melhores praias da Costa
Vicentina estejam tomadas pela ocupação de caravanas que, contra
lei expressa, ocupam os
estacionamentos por completo, dormem com vista para o mar sem pagar
um tostão e comem no local sem gastar dinheiro nos restaurantes
locais, usam o terreno como casas de banho a céu aberto, deixam lixo
no chão e ainda se permitem gozar com a inoperância policial”
e mais adiante conclui que “(…) um país
que hoje vive essencialmente do turismo tem o domínio público
marítimo ao dispor de quaisquer piratas”.
Contra
factos não há argumentos e Miguel Sousa Tavares tem razão e
limita-se a apontá-los.
Tem
razão quando diz que existe lei expressa sobre a matéria, os
chamados “Planos
de Ordenamento da Orla Costeira” (POOC), além de mais legislação
sobre o
ambiente
(como
lixos,
ruídos…) ou
a
proibição de acampar na via pública… Enfim,
leis não faltam.
E
também tem razão quando afirma que esses proprietários de
autocaravanas se permitem gozar com a inoperância policial.
A
importância destas considerações de Miguel Sousa Tavares não
reside somente no respectivo teor, mas no facto de estarem a ser
divulgadas num Semanário de grande circulação e escritas por um
colunista que, independentemente do que sobre ele se pense, é lido
por muita gente e, particularmente, por quem tem (ou pode ter)
capacidade decisória. É uma realidade que o cerco aos
proprietários de caravanas e de autocaravanas se aperta, mas, que
ninguém duvide!, que nessa rede também serão apanhados os
autocaravanistas.
No
meu artigo de “Opinião das Quintas-feiras” (ver
AQUI)
intitulado “MULTAS E EXPULSÕES” expliquei que
existem “(…)
prejuízos
que advém para o autocaravanismo pela falta de consideração pelos
outros quando alguns acampam em autocaravana na via pública”.
QUE
FAZER?
Pela
enésima vez reclamo
(1)
da
necessidade de as associações autocaravanistas de base, com
personalidade jurídica, se
reunirem numa plataforma inorgânica pelo menos duas vezes por ano e
com o objectivo primeiro de combater a discriminação negativa dos
veículos autocaravanas, reclamo
(2),
como preconiza a Declaração de Princípios (ver
AQUI),
que
o acto de acampar na via pública deve ser penalizado,
reclamo (3)
que as forças policiais cobram
no local da infracção as
coimas devidas
e,
caso
não sejam pagas no local,
imobilizem o veículo.
Não
se pede às associações que andem aos beijinhos umas às outras,
mas que passem a mensagem de unidade na acção, defendendo uma
práctica autocaravanista responsável, pois
não fazê-lo é colocar no mesmo saco (na mesma rede) os infractores
proprietários
das autocaravanas e os autocaravanistas
responsáveis.
Ao
não actuarem em conjunto as associações serão coo-responsáveis
pelo futuro do autocaravanismo.
Quando
um colunista, “fazedor de opinião”, como Miguel Sousa Tavares,
num jornal de grande tiragem, acusa o autocaravanismo como um mau
exemplo, está a abrir-se caminho para uma legislação repressiva
com o apoio da opinião pública.
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) - AQUI)
O colunista merece uma resposta á altura...retificando algumas inverdades...fazendo-o repor a realidade,mostrando o verdadeiro caminho que é o respeito pelas leis vigentes e a atuação das autoridades em defesa do bem comum
ResponderEliminar.
EliminarCompanheiro Autocaravanista Mário Prista,
Agradeço o seu comentário e sugiro que nos elucide e compartilhe connosco algumas das inverdades, no que ao autocaravanismo respeita, que Miguel Sousa Tavares escreveu neste concreto texto.
Um Abraço e Saudações Autocaravanistas
NOTA: O vocábulo CARAVANAS utilizado por Miguel Sousa Tavares deve ser entendido no aspecto mais lato, com o significado abrangente de “caravanas e autocaravanas”. Mas, o cerne da questão não reside na imprecisão do vocábulo.
O respeito pelas normas de cidadania não pode ser misturado com outras coisas, como seja o direito a praticar, EM TODO O LADO, um autocaravanismo responsável. Portugal tem, em matéria de cidadanismo, o pior exemplo do mundo que é o de só por cá ser possível ver fezes de cão no passeio e não passa pela cabeça de ninguém decretar o abate de todos os caninos para pôr fima esta desgraça.
ResponderEliminarAlguém procurou inserir um comentário neste Blogue criticando em termos pessoais (ataque ao carácter) e sob anonimato, Miguel Sousa Tavares.
ResponderEliminarEsclareço que no meu Blogue se não pratica censura, mas que os comentários têm que estar identificados (não serem anónimos) e não devem versar de forma gratuita o caracter das pessoas.
O comentário a que me refiro, por estas razões, não foi divulgado.