Imagem adaptada de "el blog alternativo"
“ANIMAR”
- o desenvolvimento local
(O
CPA e a Economia Social)
CPA
E RAZÕES DA ADESÃO À ANIMAR
“A
Animar
é a REDE de sinergias do desenvolvimento local, unindo agentes de
desenvolvimento e organizações na construção de uma estratégia
desafiante, que se apresenta com as suas propostas, independentes e
arrojadas, para o fortalecimento do desenvolvimento local, enquanto
modelo estruturante de valorização dos territórios, das pessoas e
de todos os seres vivos.”
Esta
é uma das referências com que a Direcção da “ANIMAR” (ver
AQUI) se apresenta. Mas, o que é a “ANIMAR” e que relação
tem (ou pode ter) com o Movimento Autocaravanista de Portugal? Ou
vice-versa.
Quando
no passado mês de Março na Assembleia Geral da “Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA” votei favoravelmente a
proposta de adesão do CPA à “ANIMAR” fi-lo não só pelas
razões contidas na proposta (ver AQUI), mas, essencialmente,
pelos objectivos a que a “ANIMAR” se propõe, nomeadamente:
“Valorizar,
promover e reforçar o desenvolvimento local, a cidadania ativa, a
igualdade e a coesão social na sociedade portuguesa, enquanto
pilares de uma sociedade mais justa, equitativa, solidária e
sustentável.”
“Assumir
a sua identidade na diversidade de organizações, indivíduos,
territórios e contextos de atuação, e daí, destacar a
multiplicidade de modelos de desenvolvimento local”
“Acreditar
numa sociedade mais justa, equitativa e sustentável reconhecendo que
a Animar do futuro, terá em consideração o valor que acrescentou
no passado e pelo qual se destaca no presente, e por aquele que
ambiciona para o futuro.”
CPA
NA HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO LOCAL
Tanto
quanto é do meu conhecimento já em 2010 (ver AQUI) é
aprovado no Plano de Actividades para 2011 “Estabelecer
parcerias com as organizações de apoio ao desenvolvimento local
(...)“
demonstrativo da necessidade de envolvimento do CPA em actividades
viradas para o exterior e envolvendo de alguma forma o Movimento
Autocaravanismo de Portugal.
Dando
continuidade ao Plano de Actividades para 2011 a Direcção do CPA,
logo no 1º trimestre desse ano, deliberou (ver AQUI)
apoiar o projecto “PORTUGAL TRADICIONAL”, projecto que pretendia
proporcionar a junção entre o autocaravanismo e os espaços
genuínos do nosso país, sendo esses espaços quintas agrícolas,
produtores de vinhos, criadores de animais, complexos de produção
de artesanato, associações e projectos de desenvolvimento local,
etc…
Das
intenções a Direcção do CPA passou aos actos e, nesse
ano de 2011, promove uma reunião
dos Corpos Gerentes e dos Membros
das Comissões Coordenadoras na Cooperativa “Terra Chã” (Abril),
participa na sessão de Debate “O Tejo a Pé“ projecto
formulado pela “ARH do Tejo” (Maio) e comparece no “MANIFesta
2011” em Peniche (ver AQUI). Em 2012 apoia
oficialmente o ”Gesto Ecosolidário” em S. Pedro do Sul e nele
comparece nos anos seguintes (ver AQUI).
A
aposta em participar, agora com efeitos concretos imediatos, no
desenvolvimento local, tem lugar em 2013 com o projecto “Montanhas
Mágicas” no qual o CPA foi considerado parceiro no âmbito do
autocaravanismo. (ver AQUI e AQUI)
Já
na “NAUTICAMPO 2015” a intervenção do CPA foi decisiva para a
cedência de tempo e espaço a um dirigente do “Portugal
Tradicional” para que pudesse apresentar este projecto no âmbito de uma política
de desenvolvimento turístico com base na divulgação dos produtos
tradicionais portugueses. É também nessa mesma ocasião que o CPA
divulga o programa
“Welcome Friendly Place” (ver
AQUI)
que
se destina, junto da comunidade autocaravanista, nacional e
internacional, a promover os Concelhos (que não pratiquem
discriminação negativa) e Regiões Turísticas onde o
autocaravanismo é reconhecido como uma actividade de interesse.
Dois
mil e dezasseis
é
um ano de mudança. O
projecto “Portugal Tradicional” dá lugar a “um
protocolo de parceria entre a “ASSOCIAÇÃO AUTOCARAVANISTA DE
PORTUGAL – CPA”, o “GRUPO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL, DESPORTIVO,
CULTURAL E RECREATIVO DE MIRO”, a “ANIMAR - ASSOCIAÇÃO
PORTUGUESA PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL” e a “CORESYS–
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, LDA (OllinGroup)” com a finalidade de
contribuir para a construção de um modelo de parceria inovador, com
a introdução da lógica financeira e empresarial na lógica
social.”
CPA
NUM PROJECTO DE DIMENSÃO NACIONAL
A
realidade de toda uma experiência acumulada ao longo de 7 anos
culminou no dia 25 de Março de 2017 com a adesão da “Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA” à “ANIMAR – Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento Local”.
A
dúvida que se pode pôr reside em saber se os autocaravanistas
portugueses têm consciência da importância da participação do
Movimento Autocaravanista de Portugal no Desenvolvimento Local; se os
sócios que votaram a adesão do CPA à “ANIMAR” o fizeram com
conhecimento das implicações daí resultantes; se a Direcção do
CPA está disponível para junto e em conjunto com as outras
associações congéneres dar conteúdo real a uma economia social
que a “ANIMAR” também promove.
Será
que todas estas preocupações cívicas que resultam da decisão de
aderir à “ANIMAR” preocupam e motivam os sócios do CPA e os
autocaravanistas em geral? Tenho grandes dúvidas que
maioritariamente assim seja, mas o futuro o dirá. E, sinceramente, porque sou optimista e acredito numa sociedade diferente (pela qual luto) ficaria muito feliz se estivesse enganado neste particular.
CPA
NO CENTRO DAS DECISÕES SOCIAIS
No
entanto, a realidade da adesão à “ANIMAR” coloca o
CPA no centro das grandes decisões. Foi no passado dia 14 de
Novembro que teve lugar a Sessão Final do “Congresso Nacional da
Economia Social 2017” com um Programa (ver AQUI) que conta
com a participação, por direito próprio, da “ANIMAR”, além de outras conhecidas estruturas associativas, de personalidades nacionais, governamentais e não só, ao
mais alto nível.
Realço
o facto, importante, de neste “Congresso Nacional da Economia Social 2017” ir ser equacionada a constituição
da "Confederação da Economia Social Portuguesa”, o que trará, a concretizar-se, responsabilidades acrescidas ao CPA através da “ANIMAR”.
Uma
associação que no âmbito do turismo em autocaravana apenas se
preocupe com o imediatismo, com as actividades lúdicas, não
contribuindo para a sociedade em que se insere, não terá grande
futuro. Não é, não será, o caso do CPA, assim o queira a
Direcção, as Direcções futuras e, sobretudo, os sócios. Faço
votos para que no futuro se verifique um ainda maior empenhamento do
CPA e, muito especialmente, do Movimento Autocaravanista de Portugal.
Inspirar
as pessoas, as organizações de desenvolvimento local e os
territórios num movimento de reflexão e promoção da cidadania e
igualdade deve ser também o contributo social do Movimento
Autocaravanista de Portugal
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) - AQUI)
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