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obtida no Fórum do CPA
A
NAUTICAMPO 2018 E O AUTOCARAVANISMO
“Criada
em 1967 a NAUTICAMPO
é o salão de eleição dos nautas e autocaravanistas portugueses e
o mais antigo salão de lazer em Portugal, estando inclusive entre os
dez mais antigos da Europa, marco que só foi possível alcançar com
grande dinâmica e respostas à altura das conjunturas difíceis por
que a NAUTICAMPO
passou ao longo dos últimos 51 anos.”
Há
uns 15 dias um amigo perguntou-me se ia à NAUTICAMPO. Respondi-lhe
que não, por razões várias, entre as quais, por não me parecer
que me viesse a deparar com novidades, por não me encontrar motivado
($$$) e porque o CPA (Associação Autocaravanista de Portugal –
CPA) não programou qualquer tipo de actividade nesta
Feira. Daí, o meu desinteresse. Recordo que desde pelo menos 2009,
sozinho ou em parceria, o CPA não deixou de fazer a diferença neste
evento (ver AQUI).
Alguns
dias depois acedi, na Internet, às actividades previstas pela
NAUTICAMPO para 2018 e constatei que se anunciava a realização, no
dia 7 de Abril, de um Colóquio promovido pela FPA (ver AQUI):
“1º
Colóquio | O Autocaravanismo em Portugal e na Europa
- Presidente da Federação Internacional de Clubes de Autocaravanas (FICM – Fédération Internationale des Clubs de Motorhomes)
- Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova
- Presidente da Câmara Municipal de Mafra”
BEM!…
Um colóquio com a presença do Presidente da FICM já era uma
circunstância que me faria mudar de opinião e comparecer na
NAUTICAMPO.
Mas,
um pouco mais tarde verifiquei que a FPA anunciava esse mesmo dito Colóquio, mas, já com outros participantes, conforme o quadro seguinte:
Ou
seja, para se falar de “O Autocaravanismo em Portugal e na
Europa” (repito: … e na Europa) a FPA convidou o Presidente
da Câmara Municipal de Mafra (onde se localiza a sede do Clube
Autocaravanista Saloio - CAS), a Vereadora da Cultura da Câmara
Municipal de Coruche (onde se localiza a Sede do Clube de
Autocaravanista Itinerante – CAI) e a Vice-presidente da Câmara
Municipal de Condeixa-A-Nova (onde se localiza a sede da Associação
de Autocaravanismo Portuguesa – AAP e da FPA). Não ponho em causa
(nunca me atreveria a tal) que os convidados não estavam aptos a intervir
sobre o Autocaravanismo em Portugal.
Não
sei, nem estou particularmente interessado em saber, de que falaram
os palestrantes, mas estou particularmente curioso no tipo de
perguntas sobre o autocaravanismo na Europa que foram, espero, feitas. Mais
importante ainda seria saber se os representantes destas autarquias estariam dispostos a levar à Associação Nacional de Municípios, para serem
analisadas em plenário, as preocupações dos autocaravanistas
acerca da discriminação negativa dos veículos autocaravanas que é
praticada por muitos municípios. Se isso for feito, já valeu a pena
convidá-los para intervirem no colóquio.
É
indiscutível que a participação na NAUTICAMPO pode servir para
alcançar diversos objectivos: os expositores divulgam as respectivas
marcas e promovem as vendas; os visitantes tomam conhecimento com as
novidades e têem oportunidade de fazer aquisições com descontos; as
associações auto-promovem-se, “vendem” as ideias relacionadas
com o autocaravanismo e constroem um relacionamento associativo
consoante os objectivos que pretendam alcançar primordialmente.
A
FPA (e bem) terá tido um ou todos os objectivos que referi, ou ainda outros, ao organizar dois colóquios: “O Autocaravanismo em
Portugal e na Europa” e um outro intitulado “Um sonho de viagem
em itinerância” (ver AQUI):
“2º
Colóquio | Um sonho de viagem em itinerância.
- Drº Henrique Fernandes – Presidente do Clube Gardingo de Autocaravanas (um sonho de viagem à Itália)
- Sócio de cada clube CAI + CAS + AAP (desde a Península Ibérica ao Cabo Norte)”
E
talvez terminasse aqui a minha opinião sobre “A NAUTICAMPO” 2018
E O AUTOCARAVNISMO” não fora entretanto e de novo a FPA alterar o
programa deste colóquio conforme o seguinte quadro:
A
estas mudanças já a FPA nos vem habituando, pelo que não deveria
estranhar. Não estou a afirmar que a alteração dos programas se
fez para pior ou para melhor. Estou a firmar que a FPA continua, como
o já fez no passado, a não ter um rumo certo. Melhor seria que a
FPA tivesse organizado um único Colóquio para colher ensinamentos
que lhe pudessem permitir, internamente primeiro, definir um rumo e
objectivos para os próximos 5 anos.
É
do conhecimento geral (ver AQUI e
AQUI) que
o Presidente da FPA (Manuel
Bragança) disse
na
Rádio Regional do Centro no dia 3 de Fevereiro do
corrente ano,
que não é por não haver legislação que os autocaravanistas são
descredibilizados (discriminados, interpreto eu), mas, sim, por as
leis existentes não serem correctamente aplicadas, o
que na practica significa que a
FPA arrepia o caminho que a levou a exigir uma lei específica para o
autocaravanismo ao ponto de até propor uma Petição para o efeito.
As
declarações na rádio e o discurso de tomada de posse do Presidente
da Direcção da FPA fizeram vir à tona as divergências sobre esta
matéria, pois, como é sabido, se entretanto não vierem a dar dito por não dito, até
alguns
membros
da Direcção da FPA
têm pontos de vista diferentes. Verifique-se que um membro da anterior Direcção da FPA e actual Presidente da Direcção do Clube
Gardingo de Autocaravanas não deixou de afirmar, publicamente, que é contra esta nova política autocaravanista da FPA . Um
colóquio na NAUTICAMPO sobre esta matéria seria realmente importante motivador, mas, a FPA e os respectivos dirigentes não têm coragem
para o fazerem. Como explicariam às 800 pessoas que assinaram uma
Petição, exigindo uma lei específica para o autocaravanismo, que essa
mesma Petição é para pôr no lixo?
Para
o ano há mais NAUTICAMPO. Pode
ser que a FPA, até lá, volte a mudar para o rumo errado que então seguia, o
que não seria de admirar.
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e
não só)
- AQUI)
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