quinta-feira, 28 de setembro de 2023

DESVENTURAS DE UM AUTOCARAVANISTA - A avaria


 

DESVENTURAS DE UM AUTOCARAVANISTA

(Peça em 3 Actos - Baseada em factos reais)


ACTO 1


A AVARIA


Corria o ano da graça de 2023 quando no 17º dia do mês de Julho o veículo autocaravana, parqueado no Parque de Campismo “Campiférias”, sito em Vila Nova de Milfontes, avariou.

Por mais que desse à chave o motor “não tugia nem mugia”. Silêncio completo. No visor colocado por detrás do volante via-se o símbolo de uma chave sobre um cadeado. A avaria consistia no não reconhecimento do código da chave, pelo que o motor não funcionava.


(O mesmo já tinha acontecido uns dois anos antes em Espanha e em local que prejudicava seriamente o trânsito. Tive a sorte de o veículo ficar parado mesmo em frente a uma oficina que, depois de tentar tudo e mais alguma coisa, sentenciou que tinha que me deslocar a uma oficina da “FIAT”.


Telefonei à “Solvana”, firma onde tinha adquirido a autocaravana e expliquei o que se passava. Muito atenciosamente sugeriram-me que desligasse o cabo do positivo da bateria de arranque, aguardasse uns 2 a 5 minutos, ligasse o cabo e desse à chave. Foi o que fiz. Problema resolvido, o motor funcionou e continuei a viagem perante a admiração, para não dizer espanto, dos mecânicos espanhóis)


Ainda antes de contactar a Assistência em Viagem liguei telefonicamente para a “Solvana”, para a “FIAT” de Sines, para a “Auto RM Assistencia e Reparacão Autocaravanas Ruy Morais” e para a “CHAVIARTE” de Sines.

A “Solvana” sugeriu-me que me deslocasse para a “FIAT”; a “FIAT” de Sines só me podia marcar a assistência na oficina para meados de Agosto; Ruy Morais (da “Auto RM Assistência e Reparação de Autocaravanas”), não obstante a simpatia e os conselhos não tinha condições para resolver o tipo de avaria que se adivinhava e a “CHAVIARTE” de Sines aconselhou-me a deslocar às instalações com as chaves para as testar. O teste das chaves confirmou que não havia qualquer problema com as mesmas.

Depois de por diversas vezes ter tido o mesmo procedimento que me tinha sido aconselhado aquando da avaria em Espanha, agora sem sem resultados, contactei a Assistência em Viagem que me fez rebocar a Autocaravana para a “FIAT” em Alfragide, Amadora.


(Sobre “o reboque” falarei no 2º Acto desta Peça Teatral)


A Autocaravana chegou à “FIAT”, em Alfragide, 8 dias depois da entrega para ser rebocada, mais precisamente a 24 de Julho.

Na “FIAT” foi-me exigido o pagamento de “Diagnóstico e pesquisa de avarias” no montante de 110,70 €, tendo de imediato contestado o pagamento e argumentado que o diagnóstico estava feito, mas sem que os meus argumentos tivessem qualquer efeito. Na situação de carência em que estava fui obrigado a anuir ao pagamento exigido e a ser pago depois da reparação.

No dia 1 de Agosto, 6 dias depois de ter entrado na “FIAT”, solicitei que me esclarecessem em que estado se encontrava a reparação.

A 3 de Agosto a “FIAT” informa-me telefonicamente que necessitava da “Chave vermelha”, ou seja, segundo compreendi, que o veículo deveria ter uma chave que permitiria uma reconfiguração da Centralina do Motor.

Telefonei à “Solvana” (que me vendera a Autocaravana) solicitando a tal chave vermelha e foi-me respondido que não tinham essa chave e nada mais adiantaram. Na verdade, aquando da compra da Autocaravana, apenas me entregaram uma chave, tendo eu, por minha iniciativa, mandado fazer uma outra chave.

Depois de ter contactado uma outra oficina, nesse mesmo dia 3 de Agosto, dirigi-me à “FIAT”, onde, por sugestão da oficina atrás referida, coloquei a hipótese de me desbloquearem a Central de Código do Motor ao invés, como pretendiam, colocarem uma nova centralina, um novo canhão na fechadura da ignição, tendo-me sido respondido que não tinham Software para o efeito e que, se bem compreendi, isso não era possível porque a Central do Código do Motor estava avariada.

Mais me esclareceram que reparação ir-me-ia ficar entre 900 a 1200 euros e teria que esperar uns 15 dias pela a chegada das peças, tendo sido acordado que lhes daria uma resposta até ao dia 7 de Agosto, o que fiz, aceitando a proposta de reparação.

A “FIAT” telefonicamente informa-me que não é possível substituir a centralina porque a mesma estava descontinuada para aquela especifica viatura, mas que alguém conseguiria alterar a centralina desbloqueando a necessidade de reconhecimento do código das chaves o que iria diminuir os custos da reparação para uns 600 euros. Concordei, até porque essa opção já por mim tinha sido colocada.

No dia 23 de Agosto, quase 1 mês depois de ter dado entrada na “FIAT”, fui informado que a autocaravana estava reparada e a podia ir levantar. Paguei pela reparação a quantia de 418,20 €.


Mas, a história não acaba aqui.

Não deixem de ler “O REBOQUE”, segundo acto desta odisseia.

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1 comentário:

  1. Vá lá vá lá, se já anda, vá a Fátima e ponha uma velinha á Senhora.

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