Imagem obtida no “Idealista/news”
O GÁS
1º PROBLEMA
Há uns anos, no decorrer de uma viagem em autocaravana, algures em França, uma das minhas botijas de gás (CEPSA propano) esgotou-se e de imediato recorri a outra, pois viajo sempre com duas botijas.
Como utilizo gás CEPSA propano, que é vendido em Portugal e Espanha, procuro passar a fronteira Espanha – França com duas garrafas de gás cheias o que me dá para dois meses, usando o gás para cozinhar todas as refeições, para banho diário e alimentar o frigorífico quando estou parado. Este consumo é calculado para duas pessoas e para um período correspondente à Primavera, Verão e Outono.
Voltando à questão da mudança de botija, cedo me apercebo que havia uma avaria, pois que o gás saia através do redutor não alimentando nem o fogão, nem o frigorífico.
Retirei e coloquei por diversas vezes o redutor na botija sem qualquer resultado positivo. O gás saía para o exterior e produzia com a saída um silvo bem audível. Estava em risco de ser forçado a regressar a Espanha para trocar a botija de gás ou o redutor.
Sem saber o que fazer para resolver o problema olhava de vários ângulos para a botija e para o redutor até que… sem saber bem como e porquê, a minha atenção focou-se numa borrachinha (uma anilha de borracha que têm todas as botijas) que estava colocada junto ao “tubo” de saída do gás onde acopla o redutor e que, aparentemente, estava danificada. Um dano quase imperceptível.
Como não sabia onde adquirir uma anilha igual, a solução foi retirar, da botija vazia, com todo o cuidado, a anilha e colocá-la na botija cheia por troca com a anilha defeituosa. PROBLEMA RESOLVIDO!
Desde essa data que trago sempre comigo uma anilha nova pois, segundo esclarecimento de entendidos, esta avaria é bastante frequente.
2º PROBLEMA
Numa outra viagem, agora por Espanha, adquiri uma botija de gás para substituir uma que estava vazia. No entanto, só a utilizei umas duas semanas depois da aquisição, quando a que vinha servindo se esgotou. E, nada! Não funcionava! O gás não chegava, nem ao fogão, nem ao frigorífico. O defeito também não era da anilha de borracha. Como estava ainda em Espanha (o gás em Espanha é mais barato) dirigi-me a uma gasolineira e comprei uma nova botija para substituir a botija que estava vazia. E tudo funcionou normalmente. Conclusão óbvia: o problema era da botija. Deixei para mais tarde a reclamação, para quando chegasse a Portugal, até porque tinha deitado fora a factura de compra. Prometi a mim mesmo que nunca mais o iria fazer.
Quando cheguei a Portugal, cerca de um mês depois, telefonei para um representante / distribuidor da CEPSA a quem expliquei o sucedido e que me solicitou que me dirigisse ao local onde estava sediada a empresa na zona. Assim fiz.
Chegado ao local, com a ajuda do GPS, um funcionário pegou na botija, colocou-lhe um redutor sem controlo de pressão, afastou-se da autocaravana para um espaço livre, virou a botija de “pernas para o ar”, abriu o redutor e deixou sair durante uns 20 segundos o gás. Voltou para junto da autocaravana e disse-me para ligar a botija. Assim fiz e… MILAGRE! Funcionou.
Segundo o funcionário, que era um técnico especializado e com um curso superior na matéria, o que sucedeu foi o seguinte:
As botijas de gás são constituídas internamente por duas câmaras. A câmara inferior contém o gás liquefeito ocupando cerca de 85% e a câmara superior é o local onde o gás liquefeito passa ao estado de gasoso devido a um aumento de temperatura.
Por vezes, no decorrer do enchimento, a botija fica cheia numa quantidade superior a 85% o que impede que exista espaço para que se dê a transformação do gás liquefeito. Por outras palavras: sem espaço o gás em estado liquido não passa ao estado gasoso.
Para criar o espaço mínimo necessário foi necessário vazar a botija, deixando sair algum gás e assim permitir que a “vaporização” se pudesse vir a fazer.
Um conselho: Deixe que seja um técnico a fazer esta operação.
INFORMAÇÃO ADICIONAL
1 – As botijas de gás propano CEPSA, REPSOL e RUBIS/BP são de 11 Kg, e as da PRIO são de 9 Kg.
2 – As botijas de gás propano CEPSA, REPSOL, RUBIS/BP e PRIO têm dimensões diferentes.
3 – Um redutor que seja usado numa botija de gás propano CEPSA ou REPSOL ou RUBIS/BP ou PRIO pode ser usado indistintamente numa das outras referidas. (G56-Ø35 m/m Conexão de Saída: Porta-Borracha 8 m/m Capacidade: 1,5 Kg/h Pressão de Saída: 30 Mbar Certificação CE).
4 – No mercado é vendido a um preço muito acessível um redutor denominado “REDUTOR JUMBO 30 Mbar” que serve em todas as botijas acima referidas.
5 – ESTAS INFORMAÇÕES NÃO SUBSTITUEM A AJUDA E SERVIÇOS PRESTADOS POR TÉCNICOS A QUE SE DEVE RECORRER.
VALOR CALÓRICO E EFICIÊNCIA
O butano é um hidrocarboneto saturado, que é obtido a partir do aquecimento lento do petróleo. É um combustível não renovável, incolor e inodoro e pouco resistente às temperaturas mais baixas
O Butano é de queima mais rápida, mas não apresenta boa resistência a temperaturas extremas – como o frio intenso, por isso, é aconselhado armazenar as garrafas de gás butano em local fechado e protegido.
Nas garrafas de gás, além do butano, este gás inclui na sua composição os gases propano, propeno, isobutano e buteno.
O propano é um hidrocarboneto que tem origem fóssil. É um gás inodoro, incolor, inflamável e apesar de o propano ser utilizado para os mesmos fins que o butano, por vaporizar muito melhor, o seu aproveitamento e rendimento é muito melhor, por ser consumido até à última gota da garrafa, mesmo nos dias mais frios.
O propano é visto como a melhor escolha para um aquecimento mais eficiente e é, por esta razão, mais indicado para as temporadas de frio intenso e pode ser colocado em qualquer local, dentro ou fora de casa, e resiste com bastante segurança a quaisquer que sejam as condições atmosféricas.
Nas garrafas de gás, além do propano e dos outros gases que as compõem, são adicionadas pequenas quantidades do etanotiol. Essa substância possui um odor forte e característico que serve de alerta em caso de fugas. A inalação pode provocar a perda de consciência ou mesmo a morte. No estado líquido pode congelar a pele. É preciso estar atento à cor da chama gerada pelo propano, que deve ser azul. Caso se torne vermelha, laranja ou amarela, percebe-se que a combustão é deficiente e perigosa.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
Tubos de borracha
Os tubos de borracha não devem ter um comprimento superior a 1,50 m e deve utilizar sempre abraçadeiras nas duas extremidades do tubo.
Evite que o tubo fique estrangulado em qualquer ponto da sua extensão.
Substitua o tubo sempre que tiver mais de 4 anos ou quando a borracha esteja seca , com fendas ou com um aspecto deteriorado.
Acender e apagar
Primeiro acenda o fósforo e só depois abra o gás e se o fósforo se apagar, feche o gás antes de acender um segundo fósforo.
Quando não estiver a utilizar feche o gás nos respetivos manípulos de segurança.
Durante o funcionamento
Tenha em atenção o derrame de líquidos sobre o queimador porque podem apagar a chama.
Se notar cheiro a gás, feche todos os manípulos de segurança sem esquecer o do redutor da garrafa.
Apague todos os lumes, evite todas as faíscas, não acenda nem apague a luz elétrica, promova a ventilação do habitáculo abrindo as portas e janelas.
Nunca utilize chama para detectar fugas de gás.
ESTAS INFORMAÇÕES NÃO SUBSTITUEM A AJUDA E OS SERVIÇOS PRESTADOS POR TÉCNICOS A QUE SE DEVE RECORRER.
Mas que grande ajuda, mesmo conhecendo do assunto fiquei ainda mais esclarecido, leiem, partilhem e guardem para uma futura referência, deveria ser obrigatório num edital e fixado dentro das autocaravanas/caravanas etc…,
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