Autocaravanismo
No Alto
Alentejo
61º
Encontro CPA
Foto
Reportagem
Encontro autocaravanista
organizado pela Associação Autocaravanista de Portugal – CPA que decorreu entre
os dias 11 e 13 de Setembro de 2015, tendo como destinatários sócios e não
sócios do CPA
As fotos, cuja ordem
corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI
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PORTALEGRE
Portalegre é
uma cidade portuguesa, capital do Distrito de
Portalegre, situada na região do Alentejo, sub-região do Alto Alentejo,
com 15 184 habitantes (o que faz desta cidade a capital de distrito com menos
população em Portugal).
É sede de um município com 447,14 km² de área e 21
868 habitantes (2012), subdividido
em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelo
município de Castelo de Vide, a nordeste por Marvão, a leste pela Espanha, a sul por Arronches e Monforte e
a oeste pelo Crato
Segundo uma lenda frequentemente referida, descrita por Frei Amador
Arrais na sua obra
"Diálogos" de 1589, Portalegre
teria sido fundada por Lísias no século
XII a.C.,na sequência do desaparecimento da sua filha Maia. Esta passeava com
Tobias quando é cobiçada por um vagabundo, Dolme, que a rapta e assassina
Tobias. Lísias fica desesperado pelo desaparecimento da filha e vai à sua procura,
acabando por encontrá-la morta junto a um regato que hoje tem o nome de Ribeiro
de Baco. Lísias virá a morrer de alegria quando julga ter visto a filha
estender-lhe os braços. À cidade entretanto fundada foi dado o nome de Amaia
(ou Ammaia). Lísias teria também construído
uma fortaleza e um templo dedicado a Baco no
local onde hoje se encontra a Igreja de São Cristóvão.
Segundo Frei Amador
Arrais, ainda existiam ruínas desse templo no século XVI.
Acredita-se hoje que a lenda resultou de fantasias de alguma
forma apoiadas na existência de uma lápide com uma dedicatória ao imperador
romano Lúcio Aurélio (161-192 d.C.), a qual foi
provavelmente trazida das ruínas da cidade romana que se encontra em São Salvador da
Aramenha, perto de Marvão, a qual é hoje comummente aceite
com sendo a Ammaia romana
referida em várias fontes históricas. A localização desta e de outra cidade
referida em fontes do período romano, Medóbriga, foi objecto de controvérsia
até, pelo menos, ao princípio doséculo XX, especulando-se
até essa altura se existiria algum povoado antigo importante na zona
actualmente ocupada pela cidade ou nas suas imediações.
O nome de Portalegre terá origem em Portus Alacer (porto, ponto de passagem, e alacer, alegre), ou mais
simplesmente Porto Alegre.
É provável que no século
XII existisse um povoado no vale a leste
da Serra da Penha. O nome de Portalegre, onde uma das actividades importantes
seria a de dar abrigo e mantimentos aos viajantes (daí o nome de porto, ponto
de passagem ou abastecimento). Sendo o local aprazível (alegre),
nomeadamente pelo contraste das suas encostas e vales verdejantes com a
paisagem mais árida e monótona a sul e norte, a povoação prosperou e sabe-se
que em 1129 era uma vila do concelho de Marvão, passando a sede de concelho em
1253, tendo-lhe sido atribuído o primeiro foral em
1259 por D. Afonso III, que
mandou construir as primeiras fortificações, as quais não chegaram a ser
completadas. Juntamente com Marvão, Castelo de Videe Arronches, Portalegre foi doada por D.
Afonso III ao seu segundo filho, Afonso.
O rei seguinte, D.Dinis,
mandou edificar as primeiras muralhas em 1290, as quais ele próprio viria a
cercar durante 5 meses em 1299, na sequência da guerra civil que o opôs ao seu
imrão, que reclamava o trono alegando que D. Dinis era filho ilegítimo.
Nesse mesmo ano, D. Dinis concederia a Portalegre o privilégio de não ser
atribuído o senhorio da vila «nem
a infante, nem a homem rico, nem a rica-dona, mas ser d’ el-Rei e de seu filho
primeiro herdeiro».
Após D. Fernando ter morrido em 1383 sem deixar
herdeiros masculinos, D. Leonor Teles assumiu a regência do Reino ao mesmo tempo que se
amantizava com o Conde Andeiro,
um fidalgo galego. Esta situação inquietou grande
parte do povo, burguesia e uma parte da nobreza,
pois temia-se que esta situação reforçasse as pretensões ao trono português de D. João Ide Castela,
o qual era casado com D. Beatriz,
a filha de D. Fernando e D. Leonor. Esta crise dinástica, que envolveu uma
guerra civil com contornos de guerra entre Portugal e Castela, viria a ficar
conhecida como a Crise de 1383 — 1385. O partido mais forte de entre os que se
opunham às pretensões ao trono de D. João de Castela e D. Beatriz apoiava a
coroação do Mestre de Avis.
Entre os nobres que apoiaram o Mestre de Avis contava-se Nuno Álvares
Pereira, irmão do então alcaide de
Portalegre, Pedro Álvares
Pereira, Prior do Crato (líder da Ordem dos
Hospitalários em
Portugal), o qual era acérrimo partidário de D. Leonor. Esta posição do alcaide
provocou a revolta do povo de Portalegre, que cercou o castelo e obrigou D.
Pedro a fugir para o Crato. O ex-alcaide viria a morrer em 1385 na Batalha de
Aljubarrota, onde combateu do lado contrário do seu irmão Nuno. A
mãe dos irmãos Álvares Pereira, Fria Gonçalves, vivia nesse tempo no
"Corro" (actual Praça da República).
A vila foi crescendo em importância e em 21 de Agosto de
1549 foi criada a Diocese de Portalegre, por bula do papa Paulo III, na sequência de
diligências nesse sentido por parte do rei D. João III,
que elevaria Portalegre a cidade a 23 de Maio de 1550. A importância da cidade
nessa época traduzia-se, por exemplo, no volume das receitas do imposto sobre
as judiarias, o qual era semelhante ao do Porto, e só era ultrapassado pelo de Lisboa, Santarém e Setúbal. Era também um dos centros de
indústria de tecidos mais importantes do país, juntamente com Estremoz e Covilhã.
Portalegre torna-se capital do distrito com o seu nome, aquando da formação
dos distritos a 18 de Julho de 1835.
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre
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