OS MEUS
VOTOS PARA 2016
(Não confundir DESEJO
com VONTADE)
Todos os anos desejamos um novo (re)começo. É
como que um nascer de novo. Um nascer que nos compense das promessas que no início
do ano que passou fizemos, por vezes a nós próprios, e, sem sabermos bem
porquê, se não realizaram.
O desejo de começar de novo é confundido com
a vontade de começar de novo. E, muitas vezes, devido à confusão mental entre o
desejo e a vontade, não tendo nós esta última (a vontade), nos ficamos pelo
desejo e nada fazemos porque, na verdade, não temos vontade.
O desejo de mudar, de começar ou de recomeçar
é simbolicamente assumido às zero horas do primeiro dia de cada ano.
Posteriormente, para que o desejo se possa concretizar, há que transformar esse
desejo em vontade e, consequentemente, concretizá-lo numa actividade orientada
para determinado objectivo.
Apagar do quotidiano a discriminação negativa
do veículo autocaravana tem vindo a ser, pelo menos desde 2007, o desejo maior
do Movimento Autocaravanista de Portugal, mas nunca esse desejo tem sido
orientado para esse objectivo, já por falta de vontade dos autocaravanistas, já
pelo imobilismo de parte significativa dos dirigentes associativos, em o
concretizar.
Quantos “Planos de Actividade” para 2016 e
aprovados pelas associações vocacionadas essencialmente para o autocaravanismo,
contemplam inequivocamente a transformação do desejo em vontade, em vontade de
lutar, no concreto, contra a discriminação do veículo autocaravana?
Analisando o passado do autocaravanismo, para
compreender o presente e poder perspectivar o futuro, dei por mim a ter os
mesmos desejos, a fazer os mesmos votos, de anos anteriores. Votos,
provavelmente muito semelhantes à maioria (senão à totalidade) dos
autocaravanistas. Votos (desejos) que para serem exequíveis têm que ser
realistas.
Para 2016 desejo (como o venho
fazendo desde 2010) que as associações de base, com personalidade jurídica e
essencialmente vocacionadas para o autocaravanismo, se reúnam e encontrem
soluções comuns que beneficiem o Movimento Autocaravanista de Portugal.
Faço votos que em 2016 as soluções concretas
e exequíveis que as associações de base acordem (“Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA”, “Associação de Autocaravanismo Portuguesa”
“Clube Autocaravanista do Centro – Cultura e Lazer”, “Clube Autocaravanista
Itinerante”, “Clube Autocaravanista Saloio”, “Clube Flaviense de
Autocaravanismo” e “Clube Gardingo de Autocaravanas”) possam estar entre as
seguintes:
- Reunir semestralmente;
- Promover todas as diligências necessárias e possíveis, designadamente junto da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, para que seja divulgada uma interpretação do Código da Estrada que uniformize a aplicação do Código em todo o território português e que impeça a discriminação negativa do veículo autocaravana que se vem verificando em algumas partes de Portugal;
- Promover e divulgar a implementação de Áreas de Serviço para Autocaravanas, em pelo menos uma por Concelho, preferencialmente de iniciativa autárquica, com a presença de todos os autocaravanistas e dirigentes associativos de todas as associações autocaravanistas de base;
- Acordar, divulgar e promover uma data fixa para instituir o DIA NACIONAL DO AUTOCARAVANISMO a ser anualmente comemorado e organizado rotativamente por cada uma das associações autocaravanistas de base.
Tudo desejos simples a que nenhuma associação
que se reivindique de autocaravanista se pode opor.
Se estes meus desejos, estes meus votos para
2016, se não concretizarem por quem tem capacidade e poder para o fazer
acontecer, ou sejam as associações autocaravanistas de base, a responsabilidade
individual e colectiva será obviamente dos respectivos dirigentes
associativos sem vontade política para o
efeito.
(O autor,
todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião
sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) – AQUI)
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