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composta dos Blogues “ecommercenews” e “recorreai”
MULTAS
e EXPULSÕES
MULTA
PAGA ou AUTOCARAVANA IMOBILIZADA
Conversávamos,
há já alguns minutos, sobre os prejuízos que advém para o
autocaravanismo pela falta de consideração pelos outros quando alguns
acampam em autocaravana na via pública.
Naquele
muito pequeno grupo, em que conversávamos, havia uma grande sintonia com as ideias
contidas na Declaração de Princípios (ver AQUI), e não
obstante algumas divergências semânticas sobre o texto, eram muitas
as opiniões sobre as soluções a serem seguidas. A opinião mais
consensual apontava para a penalização dos infractores como uma
medida dissuasora da practica do campismo na via pública, conforme,
aliás, é advogado na própria Declaração de Princípios.
Relativamente
às penalizações considerou-se (naquele “grupozinho”), por
diversos motivos, que as mesmas não eram dissuasoras, pelo que até
se concluiu (por maioria) que as mesmas teriam de ser pagas no
imediato e no local e, caso o não fossem, o veículo deveria ser
imobilizado.
Ignoro
se as opiniões deste exíguo grupo são, também, a opinião da
maioria dos autocaravanistas portugueses e/ou se são igualmente a opinião das
associações autocaravanistas de base. Talvez se já justificasse um
“referendo” (estão na moda) ou uma “sondagem” (custa
dinheiro) que desse algum peso político a algumas das ideias
contidas na Declaração de Princípios e (porque não?) também a
ideia de se fazer a cobrança, no local, das coimas relativas às
infracções acima referidas e com a imobilização do veículo caso
não fossem pagas. Quem, de entre os proprietários de veículos
autocaravanas, estará contra este específico pagamento das coimas
ou (caso não sejam pagas) a imobilização da autocaravana no local?
Tenho para mim que apenas serão contra os “autocaravanistas
campistas”. Será?
EXPULSAR
ASSOCIADOS? NÃO e SIM
Entretanto
a conversa deslizou para o associativismo e para a relativa (tudo é
relativo?) importância das associações. Segundo alguns (mas apenas
um o manifestou) as associações autocaravanistas de base deviam
expulsar os autocaravanistas que acampassem na via pública, já como
uma forma de pressão sobre os “autocaravanistas campistas”
infractores, já para “purificar” as próprias associações.
(Recordo, para que não subsistam dúvidas, que em autocaravana
“ACAMPAR é
a imobilização da autocaravana, ocupando um espaço superior ao seu
perímetro, em consequência da abertura de janelas para o exterior,
uso de toldos, mesas, cadeiras e similares, para a prática de
campismo. “)
A
minha discordância, relativamente a uma eventual acção de expulsão
ou mesmo de denúncia individualizada dos autocaravanistas que
acampem na via pública, por parte das associações, é profunda. As
associações devem ter (têm que ter) uma acção pedagógica
veemente e permanente, também uma censura social generalizada, mas
não se devem substituir às entidades que são pagas para exercer
uma fiscalização (que deve ser correcta) sobre o campismo praticado
na via pública.
Contudo,
situação diferente será as associações, nos eventos
autocaravanistas que promovem e por cuja imagem são responsáveis,
impedirem que os autocaravanistas que participem nesses eventos
acampem na via pública ou em Áreas de Serviço (que sejam equipamentos municipais). Os infractores devem ser no imediato chamados à
atenção, instados a sanar os procedimentos incorrectos e, se o não
fizerem, convidados a retirarem-se. O não acatamento das instruções
obriga por uma questão de coerência, em última análise, a ser-lhes instado um processo
disciplinar com vista à expulsão da associação e caso não sejam
associados impedida a inscrição em futuros eventos.
Na
verdade não é coerente nem ético que as associações condenem a prática de
campismo na via pública e permitam que essa prática se concretize
nos eventos que organizam.
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) -AQUI)
“ACAMPAR é a imobilização da autocaravana, ocupando um espaço superior ao seu perímetro, em consequência da abertura de janelas para o exterior, uso de toldos, mesas, cadeiras e similares, para a prática de campismo. “
ResponderEliminarConcordo completamente, e sou defensor acérrimo destes princípios de ética autocaravanista.
Apenas uma dúvida:
Qualquer automobilista, pode abrir as janelas do seu veículo, sem correr o risco de ser acusado da prática de campismo...
Pergunto: Permitir a circulação de ar no habitáculo do veículo, deve ser censurado?
Só as autocaravanas que possuem janelas "de correr", podem usar esse recurso, quando estacionadas na via pública?
Claro que excluo aqui qualquer circunstância, de onde decorra qualquer incómodo para os utilizadores da via pública.
Mas se for aberta uma janela para um canteiro de plantas (não passeio), deverá tal gesto ser condenável pelas "boas práticas" autocaravanistas?...
EliminarCompanheiro Autocaravanista João Curto,
A questão que coloca é pertinente e, em boa verdade, o bom senso deveria ser o guia das nossas decisões, mas… quais são os limites?
Se ultrapassarmos um limite estamos criar um novo. Há quem, por exemplo defenda que se se deslocar numa viatura que não seja uma autocaravana, estacionar junto de uma praia e utilizar uma cadeira junto da viatura não está a acampar.
Na ACTUAL CONJUNTURA há que ser rígido para impedir às autarquias (e não só) que tenham justificação política que permita vir a alterar a legislação e, assim, proibir o estacionamento/pernoita das autocaravanas. Por outro lado, porque nem todos têm um sentido cívico elevado, há que impedir que as regras sejam cada vez mais flexíveis.
Respondendo objectivamente à sua pergunta e tendo em consideração o que atrás digo: SIM, só as autocaravanas que tenham janelas que não ultrapassem o perímetro do veículo devem ser abertas sem que se considere que se está a acampar.
Permita-me um pequeno gracejo: Para fazer circular o ar na autocaravana basta abrir as “clarabóias” e as janelas da cabine.
Claro que a minha opinião só a mim responsabiliza e vale o que vale.
,
Ok, Companheiro.
ResponderEliminarCompreendo a necessidade de mostrarmos esse rigor, e concordo.
Aceito a sua opinião.