A
TODOS DESEJO BOAS FESTAS
É
um hábito fortemente enraizado nas sociedades ocidentais desejar na
época natalícia Boas Festas ou Feliz Natal. Pessoalmente opto por
desejar Boas Festas, na medida em que nem todos se reconhecem no
significado cristão interpretativo de Feliz Natal. No entanto, nos
países onde o Natal é festejado, mesmo os não Cristãos, de alguma
forma celebram esta data como uma festividade familiar.
Na
realidade esta data começou por comemorar o nascimento do Deus Sol
até pelo menos ao Édito de Milão, em 313, promulgado pelo
imperador Constantino e que (o Édito) reconhecia a cada um a faculdade de
seguir a religião que escolhesse.
As
festividades do solstício de inverno estavam de tal forma enraizadas
nas populações que a igreja cristã procedeu à ressignificação
do acontecimento, dando-lhe um novo significado: o nascimento de Jesus
Cristo. Não obstante não ser credível que Jesus tenha nascido no
Inverno, a verdade é que esta data foi, simbolicamente ou não,
adoptada por uma parte significativa do cristianismo.
Seja
nascimento do Deus Sol, seja comemoração do nascimento de Jesus ou seja Festa
da Família, é inquestionável duvidar que esta data já faz parte da tradição de
muitos povos e também das gentes de Portugal. Esta é uma data em que se procura esquecer as
animosidades (até na guerra combatentes suspenderam nestes dias os
conflitos) e desejamos aos próximos (e aos menos próximos) um Feliz
Natal, um Santo Natal ou, simplesmente, Boas Festas.
Infelizmente
estes votos de Feliz Natal, Santo Natal ou Boas Festas estão
banalizados. São, tantas e tantas vezes, afirmações ditas e
respondidas de forma mecânica.
Quando
alguém nos deseja Boas Festas respondemos quase de forma automática:
Obrigado. Mas, pergunto, cada um de nós que assim responde sentir-se-à
agradecido a que nível?
Deixo-vos
com o Prof. António Sampaio da Nóvoa após o que, cada um, poderá
reflectir a profundidade com que deseja e agradece votos de BOAS
FESTAS.
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