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do Portal da C. M. do Seixal
O
SEIXAL APOIA GRANDES INICIATIVAS?
(No
passado já o fez, no futuro veremos)
No
meu artigo de opinião da passada Quinta-feira (ver AQUI)
abordei o desejo de os autocaravanistas verem implementada uma Área
de Serviço de Autocaravanas para utilização dos que desejassem
visitar Lisboa. Historiei todas as diligências conhecidas para que
essa área viesse a ser uma realidade e, quando todos esperávamos
que ela se concretizasse, ainda este ano, por ter sido votada e
aprovada através do Orçamento Participativo de Lisboa, vê-mo-nos
confrontados com um inexplicável silêncio por parte da vereação
da Câmara Municipal.
Perante
o incumprimento do Orçamento Participativo o que fazer?
Alguns
autocaravanistas, com quem tive oportunidade de conversar sobre esta
questão, defendiam que a instalação de uma Área de Serviço para
Autocaravanas, que servisse os autocaravanistas que tencionassem
visitar Lisboa, passava pela sua implementação nos arredores da
cidade, em locais servidos por transportes públicos eficientes e
rápidos, sendo, inclusive, avançada a localização no Seixal, onde
os autocaravanistas teriam uma vista maravilhosa sobre o rio e
transporte fluvial rápido e eficiente para se deslocarem a Lisboa.
Sobre
a opção do Seixal já em 2006, um então associado da
“Associação Autocaravanismo de Portugal – CPA”, a sugeria
publicamente. Dizia esse associado:
“No
DN de ontem, refere-se que a Câmara
do Seixal procura investidores para o concelho… e a notícia
reflecte preocupações de caracter turístico
elegendo como áreas
prioritárias,
o turismo gastronómico
(restaurantes), esplanadas, passeios pedonais etc.. e tudo ao longo
da frente de rio.… e à
volta do conceito de náutica
de recreio…
Será
esta mais uma oportunidade para o CPA avançar com uma sugestão
na CMS para ser ouvido na sua proposta de uma boa área
de serviço para AC, e mesmo um esquema de parkings para AC de modo a
ficar já
enquadrado na requalificação
ribeirinha em curso?”
Não
é conhecida (por mim) qualquer iniciativa, até
2012, das
Direcções do CPA no sentido de implementar uma Área de Serviço no
Seixal. Contudo, a partir dessa data, as Direcções que se seguiram
procuraram, pelas mais diversas formas, contactar um vereador da
Câmara, inclusive através do Delegado Concelhio do
CPA do
Seixal. Curiosamente,
embora se não tivesse chegado à fala com um vereador, foi
conseguido concretizar, além
de uma
parceria com o Grupo
Flamingo-Associação de Defesa do Ambiente, ONGA – Regional,
também, a
implementação de uma Área de Serviço em Corroios, no Parque
Urbano Quinta da Marialva, perto da Estação Ferroviária da
Fertagus, o que permite uma ligação relativamente
rápida a Lisboa.
Foi
no Seixal, terra do Comendador Estêvão da Gama, pai de Paulo e de
Vasco da Gama, que se construiram as embarcações que desceram o
estuário do Tejo e rumaram a caminho da Índia. O simbolismo da
construção de uma Área de Serviço, junto da baía do Seixal, para
quem pretenda visitar Lisboa, cidade que viu passar a armada que
rumou à Índia, é por demais evidente.
Uma
Área de Serviço, implementada no Seixal à beira-rio, perto do
Largo dos Restauradores (Coordenadas: N 38º 38’ 39’’ W
09º 06’ 0622), a menos de 100 metros de uma Esquadra da Polícia
de Segurança Pública, com restaurantes e cafés a meia dúzia de
metros e com transporte fluvial para Lisboa (Cais do Sodré) situado
a uns 800 metros, seria, indiscutivelmente uma muito boa opção para
os turistas que quisessem visitar a capital.
(Os
barcos entre o Seixal e Lisboa têm um horário entre as 6 horas e 10
minutos e as 22 horas e 30 minutos; já o percurso entre Lisboa e o
Seixal inicia-se às 6 horas e 35 minutos e termina às 23 horas e 15
minutos. O horário pode ser acedido AQUI. O preço dos
Bilhetes por pessoa (adulto) é, presentemente, de 2 euros e 35
cêntimos, havendo outras opções. (ver AQUI) e,
animais de companhia são permitidos)
O
Seixal, em si mesmo, tem um centro histórico que merece uma visita,
nomeadamente a Rua Paiva Coelho, a Praça dos Mártires da Liberdade,
o Largo da Igreja, o Pátio do Genovês e a Praça Luís de Camões.
Não muito longe, mas sendo necessário meio de transporte, existem
muitas quintas com um património digno de relevo.
Do
outro lado da baía, podem ver-se moinhos de maré e dois, outrora
grandes, armazéns apropriados ao armazenamento e à “seca” de
bacalhau. Ainda há menos de 50 anos barcos à vela acostavam a esses
grandes armazéns para descarregar o bacalhau que em pequenos barcos
(os dóris) era pescado nos mares da Terra Nova
Por
tudo isto o Seixal é a base de estacionamento de autocaravanas
aconselhável aos autocaravanistas que pretendam descobrir Lisboa,
como foi a base dos barcos que rumaram à descoberta do caminho
marítimo para a Índia.
Melhor
do que descrever o Seixal é ver este vídeo:
Por
tudo isto, a construção de uma Área de Serviço para Autocaravanas
(enquanto equipamento municipal), que não seria, obviamente,
impeditiva de uma outra na capital, seria benéfica para os
Autocaravanistas, para o turismo em Lisboa e a para a restauração
no Seixal, pois com a deslocalização de muitos dos serviços
camarários da zona histórica os restaurantes deixaram de ter tanta
afluência.
Fazer
compreender isto à vereação da Câmara Municipal do Seixal, seja
por quem for, será um primeiro passo no caminho para o
desenvolvimento local das populações. E digo seja por quem for
porque não é o mais importante saber quem contribuiu. Aliás, já
desde 2010 que tem sido essa a política da “Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA” ao prescindir de colocar nas
Estações de Serviço de Autocaravanas, em cuja inauguração
participa, qualquer placa alusiva ao facto e onde a identificação
conste.
Se
é residente no Seixal e/ou se pode aceder à vereação, não deixe
de apoiar o Movimento Autocaravanista de Portugal, o turismo
itinerante e o desenvolvimento económico da população, intervindo
para que o autocaravanismo tenha no Seixal uma base de apoio. Se tem
dúvidas não hesite em contactar quem as possa desfazer,
nomeadamente o CPA
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) (AQUI)
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