segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

OPERÁRIOS DO NATAL



(Imagem obtida no portal do “ATENS”)



OPERÁRIOS DO NATAL

(Quem são os operários dos nossos Natais?)

"Cada operário que trabalha para que tu possas ter um bom Natal te dá um presente: o presente da canseira, o presente do trabalho, o presente da amizade. É por isso que o Natal é a

FESTA DOS AMIGOS






Os pais (0:51), O lenhador (4:40), A costureira (7:23), Os carteiros (10:35),
Os palhaços (10:35), O pasteleiro (18:12), Os vendedores (20:56), Os amigos (25:00)


Textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa.
Músicas e vozes de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho.
Narrativa, Maria Helena D'Eça Leal.
Arranjos de orquestra, Joaquim Luís Gomes e José Luís Simões.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

FÁTIMA e AUTOCARAVANISMO




FÁTIMA e AUTOCARAVANISMO



Continua a ser divulgada a peregrinação autocaravanista ao Santuário de Fátima como integrando o Dia Nacional do Autocaravanismo.

Sobre esta matéria escrevi, já lá vão 5 anos, um texto de opinião em que defendia (e ainda defendo) o direito dos católicos apostólicos romanos professarem a respectiva fé, mas em que me insurgia contra a indevida apropriação desse evento como integrado no Dia Nacional do Autocaravanismo (ver AQUI).

Nesse meu texto de opinião escrevi que Mesmo muitos dos que professam a religião Católica, Apostólica e Romana não aceitam Fátimatendo há uns dias sido abordado por um companheiro autocaravanista que contestou esta afirmação.

Tentei esclarecer que se não tratando de um dogma de fé não existia a obrigação de aceitar a “verdade de Fátima”, o que não convenceu o meu interlocutor.

Sem pretender criar polémica ou sequer questionar a “verdade de Fátima” permito-me transcrever uma entrevista, com um padre da Igreja Católica, que nega a existência das aparições, o que comprova, minimamente, a minha afirmação de que nem todos os Católicos aceitam Fátima.


FÁTIMA SA

(1ª Parte)






FÁTIMA SA

(2ª Parte)






terça-feira, 19 de novembro de 2019

Homenagem - José Mário Branco








JOSÉ MÁRIO BRANCO
(1942 - 2019)

HOMENAGEM



Vou, vou-vos mostrar mais um pedaço da minha vida. Um pedaço um pouco especial. Trata-se de um texto que foi escrito, assim, de um só jorro, numa noite de Fevereiro de '79, e que talvez tenha um ou outro pormenor que já não seja muito actual. Eu vou-vos dar o texto tal e qual como eu o escrevi nessa altura sem ter modificado nada. Por isso vos peço que não se deixem distrair por esses pormenores que possam já não ser muito actuais e que isso não contribua para desviar a vossa atenção do que me parece ser o essencial deste texto.

Chama-se FMI.




quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Nem almoçar pude



Imagem obtida no Portal da C.M.Sesimbra – Visit Sesimbra


NEM ALMOÇAR PUDE


No primeiro fim-de-semana deste mês de Novembro desloquei-me, em autocaravana, por Setúbal (em cujo centro histórico passeei) por toda a costa da Arrábida, pelo Cabo Espichel, pela Lagoa de Albufeira e dormi duas noites em Sesimbra.

O Parque de Campismo “Forte do Cavalo” foi a minha escolha para passar 2 noites e recordar um local onde na minha juventude, há uns 40 anos, passava férias.

Depois da primeira noite no Parque de Campismo decidi ir almoçar a Sesimbra e, como o Parque fica a uns 3 Kms da Vila e o tempo estava incerto, fui de autocaravana.

O estacionamento em Sesimbra, para uma autocaravana, é muito difícil e mais difícil se torna quando nos locais onde o estacionamento é viável existem umas placas a informar que o estacionamento de autocaravanas é proibido.

Regressei ao parque de Campismo e almocei na autocaravana.

Não! Não vou dizer que não voltarei a Sesimbra, porque voltarei. O que digo é que enquanto não for possível estacionar em Sesimbra em autocaravana, devido às proibições absurdas da Vereação da Câmara Municipal, não gastarei, nessa Vila, um cêntimo. Não porque não queira. Mas porque a Vereação me impede de o fazer.

Porque me não fico pelos desabafos enviei ao cuidado do Vereador do Turismo da Câmara Municipal a carta cujo texto transcrevo:


À
Câmara Municipal de Sesimbra

A/c do Vereador do Turismo


Caro Senhor,

No primeiro Fim-de-Semana de Novembro desloquei-me, em autocaravana, a Sesimbra tendo ficada a pernoitar no Parque de Campismo “Forte do Cavalo”

Permito-me recordar que esse Parque de Campismo, há já muitos anos (mais de 40) estava apenas aberto no verão e quem nele pretendia passar umas férias tinha que em determinado dia dirigir-se ao Parque para adquirir uma senha e posteriormente, noutro dia, entrava no parque pela ordem indicada na senha e instalava-se no alvéolo à escolha que estivesse livre. Outros tempos, outros costumes.

Mas não é para recordar outros tempos que esta minha mensagem lhe é dirigida.

Como sabe o Parque de campismo fica distante do centro da Vila e não existem, tanto quanto me apercebi, transportes públicos, pelo que os utentes do Parque, em autocaravana, têm que se deslocar a pé para efectuarem alguma visita ou acederem a algum comércio ou algum restaurante.

Procurei, por isso, deslocar-me em autocaravana, que é o meu meio de transporte, e verifiquei que nos locais em que o meu veículo poderia estacionar, mesmo pagando, existiam sinais verticais informando que o estacionamento de autocaravanas era proibido.

Esta proibição, além de ser prejudicial ao turismo em autocaravana, configura uma discriminação negativa comparativamente com outros veículos de igual ou semelhante gabarito. Nos parqueamentos em que existia informação de proibição de autocaravanas deparei-me com outros veículos de superiores dimensões estacionados.

Os autocaravanistas regem-se por uma Declaração de Princípios que sugiro a que aceda no seguinte endereço:


Não pretendo qualquer resposta da vereação do Município, mas seria da mais elementar justiça e do interesse do próprio município e do comércio local que este estado de coisas fosse alterado.

Cumprimentos



sábado, 9 de novembro de 2019

Mau princípio


Imagem obtida em o “Pensador”



MAU PRINCÍPIO


Terminou ontem o prazo para a inscrição no “74º Encontro CPA” (ver AQUI), evento aberto a todos os autocaravanistas e que terá lugar entre 15 e 17 de Novembro em Vila Verde.

Um Encontro que conta com o apoio da “ANIMAR – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local” (ver AQUI), da “ATAHCA Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave” (ver AQUI) e do Município de Vila Verde (ver AQUI), além de ser coo-financiado por “PO ISE – Programa Operacional Inclusão Social e Emprego” (ver AQUI), por Portugal 2020” (ver AQUI) e pela “União Europeia – Fundo Social Europeu” (ver AQUI).

Exclusivamente para os sócios da “Associação Autocaravanista de Portugal - CPA” irá ter lugar, no dia 16 de Novembro, a Assembleia Geral (ver AQUI) cujo Ponto 4 se reveste de uma significativa importância: “Análise e decisão a tomar face à situação criada pela ausência de candidaturas ao último ato eleitoral

Infelizmente somos obrigados a constatar que não houve capacidade ou vontade para apresentar uma Candidatura aos Corpos Gerentes do CPA para 2020/2022 e, perante esta situação, a Direcção do CPA decidiu apresentar à Assembleia Geral 3 propostas para o ponto 4 e sem qualquer argumento que justifique que as mesmas são a solução para a ausência de candidaturas.

A Direcção do CPA, propõe que o número de elementos que constituem o Conselho Fiscal passe de 3 para 5 e os que constituem a Direcção passe de 5 para 8 elementos. Se uma candidatura, actualmente constituída por 11 membros, se verificou mesmo assim difícil de constituir e propor, como se justifica que será mais fácil a apresentação de propostas que aumentam de 11 para 16 membros as futuras candidaturas?

A Direcção do CPA propõe, também, a eliminação do número 2 do Artigo 34º dos Estatutos, artigo que impede os membros dos Corpos Gerentes de serem eleitos consecutivamente para 2 mandatos seguidos, excepto (atente-se bem) se a Assembleia o autorizar expressamente. Só existe, para mim, uma razão que justifica a proposta: Existem membros dos Corpos Gerentes actuais que querem continuar a ser membros dos Corpos Gerentes. Porém, não há nada neste Artigo 34º dos Estatutos que o impeça. No entanto, e há que dizê-lo, é de louvar a disposição de se candidatarem, se a razão que está subjacente a essa intenção for a de poderem continuar a acompanhar os processos jurídicos que o CPA tem em Tribunal contra algumas Câmaras Municipais.

Mas, é bom recordar, que qualquer deliberação que não conste de um ponto da Ordem de Trabalhos não é legalmente passível de ser considerado aprovada. Na realidade, estas 3 propostas, por muitos argumentos que sejam aduzidos, mais não são do que alterações estatutárias e como tal devem ser tratadas num ponto específico da Ordem de Trabalhos.

A minha experiência leva-me a concluir que estas propostas da Direcção irão ser aprovadas, pois é minha convicção que o espírito crítico e coerente deixa muitas vezes de estar presente quando se tem que o manifestar pública e responsavelmente.

CONCLUSÃO:

É um mau princípio e um mau precedente alterar as regras existentes para as enquadrar e/ou conseguir objectivos imediatos. Ou seja: alterar as regras do jogo a meio do jogo.



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Renovar a carta de condução


Imagem obtida no Fórum do CPA


RENOVAR A CARTA DE CONDUÇÃO

Hesitei em dar a conhecer uma forma simples, cómoda e rápida de Renovar a Carta de Condução. Hesitei porque estava (e estou) convencido que todos (ou quase todos) os autocaravanistas conhecem este processo que nos liberta de ir para bichas (termo que prefiro a filas) enormes e com outros consequentes incómodos, inclusive, de deslocações.

Contudo, se esta informação servir para pelo menos um autocaravanista dela tomar conhecimento e utilizá-la, já valerá o tempo que aqui estou a despender.




RENOVAR A CARTA DE CONDUÇÃO
(Quase sem sair de Casa)

– Obter Atestado Médico

O atestado é passado por um médico através de uma aplicação informática, que entrega uma cópia, em papel, ao requerente.


– Aceder ao endereço electrónico do IMT online: AQUI


– Identificar-se através do Número de Contribuinte e utilizando a Password que tem registada nas Finanças quando, por exemplo, procede à entrega do IRS, prosseguir através das opções que lhe forem apresentadas.


– Preencher os formulários e seguir as instruções. Não esquecer de assentar o Número de Registo do Pedido para posteriores eventuais reclamações.


– Obter, após o envio dos formulários, os dados necessários para efectuar, no “Multibanco” ou no “HomeBank”, o pagamento do serviço.


– Só após 24 horas, contados da obtenção dos dados necessários para efectuar o pagamento e até à data limite que vier a ser definida, se pode e deve efectuar o pagamento.


– Aguardar que seja enviada, para a morada referida no preenchimento dos formulários, a nova carta de condução.


SIMPLES – CÓMODO – RÁPIDO



domingo, 18 de agosto de 2019

VENTURAS E DESVENTURAS - 3º e último episódio





VENTURAS E DESVENTURAS
de
UM AUTOCARAVANISTA EM VIAGEM


3º Episódio
(e último)


Este terceiro e último episódio de “Venturas e Desventuras de Um Autocaravanista em Viagem” (ver AQUI e AQUI) aborda mais as Venturas e Desventuras de um Parque de Campismo do que as de um utilizador autocaravanista e pretende ser (passem o pretensiosismo) mais uma chamada de atenção para a pouca relevância que alguns Parques dão a esta modalidade de turismo e/ou campismo.

Saídos da Área de Serviço de São Romão do Coronado (eu e o meu Amigo, Companheiro Autocaravanista) avançámos para o Parque de Campismo da Cabreira em Vieira do Minho onde, depois de uma rápida passagem pelo Gerês, chegámos ao fim da tarde.

A opção por um Parque de Campismo foi o reflexo do desejo (necessidade?) de colocarmos mesas e cadeiras no exterior, relaxarmos e tomarmos as refeições (grelhados feitos no carvão) tendo como telhado as árvores e o céu.


E aqui começaram as venturas.

O Parque de Campismo da Cabreira é bom. Tem uma área muito arborizada, fica entre dois cursos de água, as instalações sanitários sem ser luxuosas são aceitáveis, tem uma máquina de lavar roupa cujo preço de utilização está dentro dos parâmetros ditos normais (infelizmente não tem máquina de secar), há grelhadores distribuídos um pouco por toda a zona e também pontos de água potável e de energia eléctrica que é de 6 amperes.

Junto ao parque existem piscinas que podem ser utilizadas e também um Restaurante com preços muito acessíveis. Vieira do Minho fica a uma distância de uns 10 minutos a pé onde se pode ter acesso a muito comércio e bons restaurantes.

O pessoal do Parque é simpático, acolhedor, mas não parece ser grande conhecedor das necessidades dos autocaravanistas.


E aqui começaram as desventuras

Passámos aqui uns dias agradáveis, em que recordo uma “bruta” sardinhada, da responsabilidade exclusiva do meu Amigo, pois que nestas coisas da cozinha só sou um grande especialista a comer o que me põem no prato.


1ª DESVENTURA

De novo o azar bate à porta. As garrafas de propano deixam de alimentar o fogão e o “boiler”. Analisado o assunto logo o meu Amigo concluiu que se tratava do redutor. Como em Vieira do Minho não encontrámos nenhuma casa da especialidade com redutores de 30Mb que são os aconselhados para as autocaravanas, acabámos por comprar uns adaptadores e utilizarmos um redutor de 37MB ligado directamente à garrafa.

Resolvida, pois, esta 1ª desventura.


2ª DESVENTURA

Ao fim de 3 dias, necessitando de vazar as águas dos banhos e de lavagem da louça, também chamadas de águas cinzentas, constatámos que não existia uma Estação de Serviço para Autocaravanas (ESA).

No acesso aos balneários encontra-se uma pia para o despejo da sanita química e um buraco no chão que, teoricamente, poderia permitir o despejo das águas cinzentas caso uma autocaravana se conseguisse colocar em posição para o fazer.

Nesse mesmo local existe apenas um único ponto de água com uma mangueira que servia tanto para a limpeza da sanita química como para o abastecimento de água limpa para a autocaravana. Convenhamos que em termos de higiene não é o mais aceitável.

Concluindo: A água foi despejada a balde. Como exercício aconselho. Fortalece os músculos dos braços.


E terminam por agora estes episódios das Venturas e Desventuras de um Autocaravanista em Viagem que não me desmotivaram (antes pelo contrário) de continuar a encontrar no autocaravanismo, enquanto modalidade de turismo e de campismo, uma forma de ir ao encontro do conhecimento cultural e do fortalecimento do companheirismo e da amizade.

Até à próxima.

domingo, 11 de agosto de 2019

VENTURAS E DESVENTURAS - 2º Episódio





VENTURAS E DESVENTURAS

de

UM AUTOCARAVANISTA EM VIAGEM


2º Episódio



No primeiro episódio de “Venturas e Desventuras de um Autocaravanista em Viagem” (ver AQUI) escrevi que para estacionar a autocaravana tinha sido obrigado “a usar toda a minha força para mover o volante”. Porque este pormenor é importante peço-vos que o retenham na vossa memória.

Reparada que foi a avaria da minha “nova” autocaravana (como vos contei) e depois de darmos um pequeno passeio pelos Passadiços de Lobão, lá seguimos (eu e o meu Amigo, companheiro autocaravanista desta viagem) para a Área de Serviço de Autocaravanas (ASA) de São Romão do Coronado.

Esta ASA encontra-se estrategicamente bem colocada, relativamente à utilização de transportes públicos e serviços comerciais. É bastante arborizada, disponibiliza energia eléctrica e o preço é mesmo uma agradável surpresa. O facto de, por comboio, distar do centro do Porto menos de 30 minutos e a um preço muito baixo, torna-a apetecível e um lugar de excelência para quem quer visitar a capital do norte.

A ASA tem também uma particularidade, mas que a não torna única em Portugal pois que existe, pelo menos, uma outra em Chaves. O pagamento é feito com base na confiança. O que quer isto dizer? Na parede da casa da junta de Freguesia são disponibilizados envelopes onde os autocaravanistas utentes da ASA colocam o valor da estadia e introduzem os respectivos envelopes numa caixa existente para o efeito. O montante a pagar é calculado pelos próprios autocaravanistas com base num preçário escrito em três línguas que se encontra afixado.

Algumas horas depois de chegarmos anoiteceu. Jantámos, dormimos e o raiar de um novo dia anunciava-se quente e luminoso.


E aqui começaram as desventuras.

Acordei com uma dor forte no meu pulso esquerdo que me impedia de movimentar normalmente o braço e a mão. Dor que atribui de imediato à força excessiva que tinha feito para mover o volante da autocaravana aquando da avaria. Não fora o forte apoio do meu Amigo, companheiro de viagem, e teria iniciado o meu regresso a casa nesse mesmo dia.

O dia lá foi correndo, mas a dor não corria para lado nenhum, mantinha-se e cada vez mais forte. Nem mesmo as fricções com uma pomada anti inflamatória a diminuía. Um “punho elástico” que entretanto colocara ajudava, mas não muito.

Nessa noite não dormi muito bem e na manhã seguinte resolvi consultar um médico ortopedista e, se possível, constatar através de uma radiografia se não tinha nada partido ou deslocado.

Contactei telefonicamente o serviço de saúde privado de que sou beneficiário há mais de 40 anos e fui encaminhado para alguns outros serviços privados da zona do Porto. Telefonema para cá, telefonema para lá e não conseguia uma consulta de ortopedia e uma radiografia através das instituições que me tinham sugerido.

Desisti e resolvi recorrer ao Serviço Nacional de Saúde.


E aqui começaram as venturas.

Saí, a pé, da Área de Serviço, e dirigi-me para a estação da CP onde apanhei um comboio com destino ao Porto tendo descido na estação de São Bento, no centro do Porto. Depois, fui de táxi para o Hospital de São João onde cheguei às 12 horas e trinta minutos.

Na recepção das urgências do Hospital de São João procedi à inscrição e fui encaminhado para a chamada triagem. Entrei na triagem seriam umas 12 horas e 35 minutos, tendo-me sido atribuída uma pulseira de cor verde e de imediato me deram instruções para me dirigir ao serviço de ortopedia onde uma médica me ouviu e prescreveu uma radiografia que fiz no serviço de imagiologia, onde entrei cerca das 12 horas e 40 minutos. Depois de me terem feito duas radiografias ao pulso, às 12 horas e 50 minutos estava de novo a ser observado pela médica que me esclareceu que não tinha nada partido, que se tratava de uma tendinite, me aconselhou que continuasse o tratamento que já vinha fazendo. Eram 13 horas quando saí do Hospital. Ou seja, trinta minutos depois de ter entrado.

Apanhei um táxi para a Estação de São Bento, apanhei o comboio de regresso a São Romão do Coronado, caminhei durante uns 5 minutos e cheguei à Área de Serviço.

Reflectindo sobre esta situação e não acreditando que os órgãos de comunicação social mintam descaradamente quando informam que há pessoas que aguardam nas urgências dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde cinco e mais horas para serem atendidos, considerei que era um homem com muita sorte. Talvez uma excepção.

Nos trinta minutos em que estive no Hospital de São João fui amavelmente atendido por todos os profissionais com quem privei. O diagnóstico também foi o correcto, pois passados uns 3 dias as dores desapareceram e readquiri os movimentos do braço e da mão.

Esta, para que conste, não foi a minha primeira experiência com o Serviço Nacional de Saúde. Terá sido a terceira (ou quarta?) e de todas elas fui excelentemente atendido e num tempo adequado ao meu estado de saúde.

O Serviço Nacional de Saúde nem sempre funcionará bem e muitas serão, certamente, as dificuldades e problemas. Contudo, mesmo assim, que seria da maioria dos cidadãos se não existisse o SNS? E se só existissem serviços de saúde privados? Fico-me por aqui nesta estória, pois não desejo, neste contexto, abordar os benefícios e malefícios do nosso sistema público de saúde.

No próximo Domingo contar-lhes-ei o terceiro e último episódio desta saga.

Ah!, mas já agora permitam um conselho. Se alguma vez tiverem um acidente grave, mesmo grave, peçam para serem levados para um hospital público… Talvez se “safem”.