AUTOCARAVANISMO
MAIS POBRE
Tomei
conhecimento, no passado dia 1 de Abril, através das redes sociais
(ver AQUI) da, para mim,
inesperada morte de ANTÓNIO DELFIM RODRIGUES. A minha primeiríssima
reacção foi de estupefacção, depois passou-me pela cabeça
tratar-se de uma brincadeira de muito mau gosto e, por fim,
consciencializei-me que ninguém se disponibilizava “brincar” com
situações desta natureza.
As
minhas relações com ANTÓNIO DELFIM RODRIGUES foram quase
exclusivamente no âmbito do associativismo relacionado com o
turismo de ar livre e nesse particular recordo que que na “Associação
Autocaravanista de Portugal – CPA” exerceu os seguintes cargos:
- 2º Secretário da Direcção – 1992/1993
- Vice Presidente da Mesa da Assembleia Geral – 2004/2009
- Presidente da Mesa da Assembleia Geral – 2010/2011
- Delegado da Zona Norte – 1994/1999
Actualmente
era membro da Comissão de Autocaravanismo da Federação de Campismo
e Montanhismo de Portugal desde Outubro de 2013.
TOMO
A LIBERDADE DE TRANSCREVER O TEXTO QUE CONSTA NO BLOGUE DO
COMPANHEIRO AUTOCARAVANISTA DELFIM RODRIGUES
DESPEDIDA
Hoje me despeço de todos os amigos sem excepção através desta mensagem, explicando a razão porque o estou a fazer.
1º - A vida para além da morte é uma incógnita nada se sabe o que se passa, sabemos sim que deixamos de existir na vida terrena e que o nosso corpo nada vale.
2º - A partir de certo momento entrei a pensar o que será isto, então resolvi doar o corpo de pois de cadáver para a Ciência estudar o que puder e assim tentar descobrir em mim o que pode vir a salvar alguém.
3º - Hoje na vida praticamente todos os corpos são cremados, para isso então nada fica além das cinzas que serão cuidadas ao sabor de cada familiar. O meu corpo depois também será cremado.
4º - Evitam-se os contratempos dos familiares terem que visitar os cemitérios para nos colocar uma vela ou uma flor, dinheiro gasto inutilmente porque o que se encontra lá são somente ossadas e nada mais. Importa sim que enquanto estamos por cá sejamos tratados convenientemente e não desprezados como muitos.
5º - Flores, estas tenho-as na vida sempre que quero para que as quero depois de deixar de viver? Assim como, também as idas aos cemitérios causa transtorno a quem cá ficar porque será sempre uma obrigação.
6º - É uma forma de pensar, o que tem que ficar na memória dos familiares e amigos fica sempre, tanto faz que seja de uma forma ou de outra. Evitam-se as hipocrisias de dizerem, era um bom Individuo, Companheiro, Amigo etc. etc., o pensamento de cada um faz o seu juízo final.
Como costumo dizer algumas vezes: Não tenho medo de morrer mas sim tenho pena porque deixo de viver mais algum tempo, tenho a certeza que cumpri com a minha missão e espero que ninguém derrame uma lágrima mas sim sorrisos porque a vida que vivi foi bela.
Um amigo, um companheiro um bom pai, um bom marido penso que o fui, por esta razão me despeço
DELFIM RODRIGUES.
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