HOMENAGEM
A ZECA AFONSO
(Parte
07 de 13)
(Trecho
da biografia de José Afonso transcrito da AJA)
(Continuação)
José
Afonso...
“Em
1967 regressa a Lisboa esgotado pelo sistema colonial. Deixa o filho
mais velho, José Manuel, confiado aos avós em Moçambique. Colocado
como professor em Setúbal, sofre uma grave crise de saúde que o
leva a ser internado durante 20 dias na Casa de Saúde de Belas.
Quando sai da clínica, tinha sido expulso do ensino oficial. É
publicado o livro Cantares de José Afonso, pela Nova Realidade. O
PCP convida-o a aderir ao partido, mas José Afonso recusa invocando
a sua condição de classe. Assina contrato discográfico com a
Orfeu, para quem grava mais de 70 por cento da sua obra.
Expulso do ensino, em 1968 dedica-se a dar explicações e a cantar com mais assiduidade nas colectividades da Margem Sul, onde é nítida a influência do PCP. Pelo Natal, edita o álbum Cantares do Andarilho, com Rui Pato, primeiro disco para a Orfeu. O contrato é sui generis: contra o pagamento de uma mensalidade (15 contos), José Afonso é obrigado a gravar um álbum por ano.
Em 1969 a Primavera marcelista abre perspectivas de organização ao movimento sindical. José Afonso participa activamente neste movimento, assim como nas acções dos estudantes em Coimbra. Edita o álbum Contos Velhos Rumos Novos e o single «Menina, dos Olhos Tristes» que contém a canção popular «Canta Camarada». Recebe o prémio da Casa da Imprensa para o melhor disco, distinção que repete em 1970 e 1971. Pela primeira vez num disco de José Afonso, aparecem outros instrumentos que não a viola ou a guitarra. Trata-se do último álbum com Rui Pato. Nasce o último filho, o quarto, Pedro. ”
(Continua)
(Sugere-se
que visualize o vídeo em “Ecrã Inteiro” para o que deve
“clicar” no símbolo localizado no canto inferior direito do
vídeo.)
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