Skradin - Parque Nacional de Krka
Europa
Croácia e Eslovénia
(Croácia)
Foto Reportagem
Fotos sequencialmente obtidas no mês de Junho e Julho de
2013 num percurso turistico que abrangeu a Croácia e a Eslovénia. Visitas
pontuais a Espanha, França e Itália. CROÁCIA (Parte 1 de 2)
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.
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Croácia
A Croácia,
oficialmente República
da Croácia (em croata: Hrvatska) é um país europeu que limita ao norte com a Eslovénia e Hungria, a nordeste com a Sérvia, a leste com a Bósnia e Herzegovina e ao sul com Montenegro. É banhado a oeste pelo Mar Adriático e possui uma fronteira marítima com a Itália, no golfo de Trieste.
O país é membro
das Nações
Unidas, da OTAN,
da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, do Conselho
da Europa e
mais recentemente, da União
Européia. A adesão da
Croácia à União Europeia ocorreu em 01 de Julho de 2013, segundo
parecer da Comissão
Europeia, sendo o segundo
país formado a partir do território da ex-Iugoslávia a pertencer à UE, depois
da Eslovénia em 2004.
Etimologia
O topônimo "Croácia" entrou na língua
portuguesa por
intermédio do francês croate ("croata"). Este, por sua vez, parece
advir do eslavônico horvat, "montanheses". O gentílico para o país é "croata" e é registrado
em português a partir de 1538.
História
No ano 925 o então Duque Tomislav foi coroado Rei dos
Croatas, criando-se o reino que compreendia as terras desde o Rio Drava até o Mar Adriático. Este reinado durou até o final do século XI quando faleceu o último dos reis croatas,
que passaram a ser governados por reis húngaros.
Com a invasão otomana aos Balcãs, as terras croatas passaram a ser a
fronteira entre o mundo muçulmano e o cristão (estando o Norte nas mãos dos croatas e o
Sul nas mãos dos otomanos).
Após a invasão
pela Alemanha nazi em 6 de Abril de 1941,
a Jugoslávia foi desmembrada e o fascista Ante Pavelić tornou-se o líder do Estado independente da
Croácia. Sob sua tutela, centenas de milhares sérvios, judeus, ciganos e
croatas não-alinhados ao regime foram exterminados em campos de concentração,
fato que gerou o aumento do ódio histórico de sérvios (cristão ortodoxos)
massacrados pelos croatas nazistas (cristão católicos). Até hoje os croatas são
acusados de nazistas por grande parte das populações da ex-Yugoslávia. Ao final
da Segunda Guerra Mundial, Josip Broz Tito não
somente havia derrotado os invasores nazis e seus cúmplices, como também havia
unificado todas as repúblicas jugoslavas em torno de um Estado comunista. O ódio secular entre sérvios e croatas era
reprimido pelas autoridades jugoslavas. Com a morte de Tito, em 1980,
iniciou-se um processo de fragilização da união das repúblicas jugoslavas. Tal
quadro agravou-se ainda mais com a crise económica decorrente do desmoronamento
dos regimes comunistas do Leste Europeu e das dificuldades de adaptação à
economia de mercado. A Croácia, detentora da maior e mais desenvolvida economia
das repúblicas da Jugoslávia, não escapou a volúpia nacionalista comum a todas
as repúblicas jugoslavas. Em 25 de junho de 1991,
após plebiscitos que deram vitória esmagadora aos separatistas, os croatas
anunciaram sua separação da Jugoslávia. Logo em seguida, o território croata
foi invadido pelo Exército federal, então sob domínio sérvio, que interveio em
favor das minorias sérvias residentes na Croácia (cerca de 10% da população).
Diante dos violentos conflitos entre croatas e sérvios e da ocupação do
território croata por milícias sérvias, as Nações
Unidas intervieram
militarmente para assegurar a paz. Em 1992,
o país foi reconhecido como independente. Em 1995, numa exitosa operação
militar, a Croácia recupera, sem nenhuma ajuda externa, praticamente todos os
seus territórios ocupados pelos sérvios, no que foi a primeira derrota do até
então temível e invencível exército jugoslavo (JNA).
Em 1998, sob forte pressão internacional, a Jugoslávia devolve o último
território croata ocupado, a Eslavônia oriental. O governo de Franjo Tudjman,
primeiro presidente eleito, foi responsável por levar o país à sua
independência, recuperar os territórios ocupados (sem ajuda estrangeira) e
ajudar aos bosníacos e aos bósnio-croatas na luta pela independência da
Bósina-Hezergovina. Sua administração encerrou com sua morte, em 1999.
Desde então, apesar de enfrentar problemas similares aos de outros países do
Leste Europeu, a Croácia experimenta um vigoroso crescimento econômico, um
processo consistente de modernização da sua infra-estrutura e uma grande transformação
no sistema jurídico com vistas à consolidação da democracia e ao ingresso na
União Européia e na OTAN.
Hoje a Croácia
detém uma das economias mais fortes das ex-repúblicas jugoslavas e a segunda
maior de toda a região dos Bálcãs, atrás apenas da Grécia.
Geografia
A Croácia é um
país europeu cujo território apresenta uma forma peculiar, parecida com uma
ferradura, e faz fronteira com um número considerável de países vizinhos: Eslovênia, Hungria, Sérvia, Montenegro e Bósnia e Herzegovina, além de uma fronteira marítima com a Itália no Adriático. O seu território continental é dividido em
duas partes pelo Porto de Neum, na Bósnia e Herzegovina.
Banhado pelo Mar Adriático, o litoral croata é bastante recortado, com
penínsulas, baías e mais de 1 000 ilhas que formam uma paisagem semelhante à da
costa grega.
Uma destas
ilhas, Palagruža, está mais próxima de Itália
(aliás em algumas
ocasiões podem-se ver as luzes da costa italiana), que da costa croata.
As principais
cidades croatas são Zagreb, Split, Rijeka, Osijek, Dubrovnik e Karlovac.
Principais rios: rio Mura, rio Drava, rio Sava, rio Kupa, rio Korana, rio Cetina e rio Zrmanja.
Lagos: Omladinsko
jezero, Lagos de Plitvice.
Montes: Monte Učka, Velebit, Viševica.
Ilhas: Arquipélago das Kornati, Arquipélago de Brijuni.
Demografia
A população da
Croácia estagnou-se na década de 1990. A guerra de 1991 a 1995 fez com que
partes da população emigrassem ou se refugiassem. A taxa de crescimento natural
é mínima ou negativa (menos que +/- 1%), pois a transição demográfica (redução
do número de nascimentos e mortes devido ao desenvolvimento econômico) completou-se há mais de meio século.
População
urbana: 57% (1998)
Crescimento
demográfico: -0,1% ano ano (1995-2000)
Taxa de
fecundidade: 1,56 filho por mulher (1995-2000)
Expectativa de
vida: Homens 69 anos e mulheres 76,5 anos (1995-2000)
Mortalidade infantil:
10 por 1.000 (1995-2000)
A população
compõe-se principalmente de pessoas de origem croata (89,6%). Constituem grupos
minoritários, dentre outros, os sérvios (4,5%), os bósnios (0,5%) e os húngaros
(0,4%). De acordo com os censos de 2001 a religião predominante é o
Cristianismo, sendo o catolicismo praticado por 87,8% dos croatas ,
seguindo-se os ortodoxos que compõem 4,4% da população, outras
vertentes cristãs correspondem a 0,4% da população da Croácia, os muçulmanos são 1,3%, outras religiões e religião
desconhecida é atribuída a 0,9% dos croatas e ainda 5,2% não possuem religião.
A língua
oficial, croata, é um idioma eslavo meridional que utiliza o alfabeto latino. Outras línguas nativas são faladas por
menos de 5% da população.
Política
Desde a adopção
da constituição de 1990,
a Croácia é uma república democrática. Em 2000,
abandonou o sistema de governosemipresidencialista em favor do parlamentarismo.
A Croácia é
membro das Nações
Unidas, do Conselho
da Europa, da OSCE,
da Parceria para a Paz e outras organizações.
O presidente da
República (Predsjednik) é o chefe de Estado e é eleito para mandatos de
cinco anos. Além de ser o comandante-em-chefe das forças armadas, o presidente
tem o dever de nomear o primeiro-ministro com consentimento do parlamento, e
alguma influência na política externa.
O parlamento da
Croácia (Sabor) é um corpo legislativo unicameral com até 160 deputados,
todos eleitos por voto popular para mandatos de quatro anos. As sessões plenárias
do Sabor têm
lugar de 15 de Janeiro a 15 de Julho e de 15 de Setembro a 15 de Dezembro.
O governo da
Croácia (Vlada), chefiado pelo primeiro-ministro, é integrado por dois
vice-primeiros-ministros e 14 ministros encarregues de sectores particulares de
actividade. O ramo executivo é responsável por propor legislação e um
orçamento, por executar as leis, e por determinar as políticas externa e
interna da República.
A Croácia tem um
sistema judicial de três níveis, que consiste de um Supremo Tribunal, de
tribunais de condado e de tribunais municipais. O Tribunal Constitucional
decide sobre matérias relacionadas com a constituição.
Economia
A economia da Croácia baseia-se fundamentalmente no serviços variados e indústria, notadamente dos setores químico, naval e
metal-mecânico. O turismo é uma grande fonte de receitas. O produto interno bruto per capita de 2008, em termos de paridade de poder de compra, foi de 18.575 dólares americanos, ou 63,2% da média da União Europeia, segundo o Eurostat.
A economia
croata é pós-comunista. No fim dos anos 80, no início do processo
de transição económica, a sua posição era favorável mas
foi fortemente prejudicada pela guerra, essa terminada em 1995.
Os problemas
principais incluem o desemprego estrutural e uma quantidade de reformas
económicas considerada insuficiente por alguns economistas, pois que enfrenta
resistência pública. Particularmente preocupante é o sistema judicial antiquado, em especial no que diz respeito à
posse das terras estatizadas no período comunista. Contudo, tais problemas vêm
sendo alvo de grande mobilização no sentido de serem resolvidos por reformas
legais ocorridas no âmbito das negociações para a entrada do país na União Europeia.
Mesmo assim, o
país tem vindo a experimentar um crescimento económico rápido em preparação de
uma adesão à União Europeia, que já é o seu principal parceiro comercial, sendo, sua economia, considerada pelo Fundo Monetário Internacional como uma economia desenvolvida
Cultura
A gravata é um dos símbolos da cultura croata.
A cultura da
Croácia tem raízes bem antigas: os croatas vêm habitando a região há treze
séculos, mas há reminiscências de períodos ainda mais antigos bem preservadas
no país.
Algumas destas
reminiscências antigas são:
Ossos de 100 mil
anos de idade de um homem
de Neandertal achados próximos a Krapina (localidade de
Krapina-Zagorje)
Escavações do Neolítico na localidade de Ščitarjevo, próxima à
capital do país, Zagreb,
e também em Sopot (próximo a Vinkovci), Vučedol (próxima a Vukovar), em
Nakovanj (situada na península Pelješac) e outros lugares
marcas de
habitação na ilha de Vis deixadas pelos gregos antigos (a rainha Teuta de Issa) várias
construções e ruínas do Império Romano, incluindo muitas cidades romanas na costa
da Dalmácia, destacando-se o aqueduto de Salona,
o palácio do imperador Diocleciano em Split, ou a Basílica de Eufrásio, em Poreč
Igreja de São
Marcos: Há brasões no telhado dessa igreja que são respectivamente o da Croácia
(à esquerda) e o de Zagreb (a direita) e foram feitos no século XIX. O brasão
da Croácia é composto por três partes que simbolizam as 3 províncias
históricas: Croácia (topo esquerda), Dalmácia (topo direita) e Slavónia (área
inferior).A colorida Igreja de São Marcos é um dos edifícios mais antigos de
Zagreb e um dos seus símbolos. É mencionada pela primeira vez na lista das
igrejas paroquiais no Estatuto do Kaptol de 1334. Foi construída no século
XIII, inicialmente no estilo românico, da qual, apenas uma janela na parede sul
e a fundação torre sineira se encontram preservadas. Os arcos góticos e o
santuário foram construídos na segunda metade do século XIV, altura em que a
igreja adquiriu a sua parte mais valiosa, o luxuoso portal sul gótico. Em
termos das figuras que ele contém, é dos portais góticos mais bonito, na
Croácia.
O início da Idade Média trouxe uma grande migração de eslavos, e este período provavelmente foi uma idade
das trevas do
ponto de vista cultural, até a formação dos estados eslavos que coexistiram com
as cidades italianas que dominavam a costa, todas seguiam o
modelo de Veneza.
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