Veneza
Europa
Croácia e Eslovénia
(Itália)
Foto Reportagem
Fotos sequencialmente obtidas no mês de Junho e Julho de
2013 num percurso turistico que abrangeu a Croácia e a Eslovénia. Visitas
pontuais a Espanha, França e Itália. ITÁLIA (Especialmente Veneza e Vicenza)
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do encontro, podem ser vistas AQUI.
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Veneza
Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI: [veˈnɛsja])
é uma cidade e comuna italiana da região
do Vêneto, província
de Veneza no
nordeste de Itália. Tem cerca de 271 009 habitantes e é
conhecida pela sua história, canais, museus e monumentos. A comuna de Veneza
estende-se por uma área de 412 km², incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade populacional de 646 hab/km². Faz fronteira com Campagna Lupia, Cavallino-Treporti, Chioggia,Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano, Veneto (TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea. A parte de Veneza em terra firme é a fracção
comunal de
Mestre.
A cidade foi
formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático.
Por mais de um
milênio, foi capital da Sereníssima
República de Veneza, cujo
território, no ano da sua queda (1797),
incluía grande parte do nordeste da atual Itália e da costa oriental da península, bem como das ilhas do Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir
do século X, quando sua frota já era uma das maiores da Europa.
Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e
complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges,
os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias (Stato da Mar), como o Senhorio de Negroponte e a cidade de Dirráquio
(atual Durrës), assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante,
por exemplo, e controlava várias rotas comerciais no Levante. O
historiador Fernand Braudel classificou
Veneza como a primeira capital econômica do capitalismo.
O patrono da
cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Véneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade.
É classificada
como Património da Humanidade pela UNESCO.
Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça
de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal,
construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro e numerosas igrejas e museus.
Veneza é ainda
famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival
de Cinema e
a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de
setembro, pelo fabrico de vidro,
pelo Carnaval
de Veneza, pelos cassinos e
pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas
luas-de-mel.
Nesta cidade
nasceram os Papas Gregório
XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre
VIII, Clemente
XIII e Pio X, além de numerosos artistas e arquitectos
como Antonio Vivarini (1440-1480),
Antonio da Ponte (1512-1595), Tintoretto (1518-1594) e Canaletto (1697-1768). No campo da música, foi
aqui que nasceu e viveu Antonio Vivaldi (1678-1741).
Etimologia
O nome Veneza está
relacionado com o povo conhecido como Vênetos, talvez o mesmo povo chamado por Homero de Eneti (Ενετοί).
O significado da palavra é incerto. As conexões com o verbo "venire"
(chegar) e (Eslo)vénia são fantasias. Uma conexão com a palavra "venetus"
(mar azul) é possível.
História
Embora não haja
nenhum registo histórico que lide directamente com as origens de Veneza, os
elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a
teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de
cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas
invasões germânicas e hunas à Península
Itálica no século V. Mais tarde, algumas fontes históricas
romanas revelaram a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos como incola
lacunae (habitantes
da lagoa).
Começando em 166-168,
os Quados e os Marcomanos destruíram a atual Oderzo.
As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos
liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a doslombardos em 568. A
leste, o Império
Bizantino estava
estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e
religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este
domínio. Foram construídos novos portos nos domínios, incluindo Malamocco e
Torcello na lagoa de Veneza.
O domínio
bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em
grande medida pela conquista do Exarcado
de Ravenna em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do
governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamocco.
Em 775-776, a
sede do bispado de Olivolo (Helipolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827),
a sede ducal foi movida de Malomocco para a ilha protegida de Rialto (de "rivoalto", isto é, costa
alta).
Os doges
O poder dos
doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio
ducalis, uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de
entrada em funções. O texto foi fixado em 1172,
quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229.
A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do
Conselho dos Cinco Correctores. A partir de 1501,
a promissiofoi
lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646,
a dogeza (a
mulher do doge) foi interdita à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam
interditos na magistratura e embaixadas venezianas.
O primeiro
título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum ("chefe
dos Venezianos"), título que se manteve durante toda a existência do
cargo.
Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de dux
Croatorum ("chefe
dos croatas"), dux Dalmatinorum (chefes
dosdálmatas), totius Istriæ dominator ("soberano
de toda a Ístria"), dominator Marchiæ ("soberano
das Marcas"),
traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095,
o epitáfio do doge Vitale Faliero de
Doni proclamava-o
mesmo rex
et corrector legum ("rei e promulgador das leis").
Enrico Dandolo,
no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis
totius Imperii Romanie ("soberano de um quarto e meio de
todo o Império Romano"). O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino.
Expansão
A influência
política de Veneza foi marcante na história da Europa, sobretudo
quando a partir da Alta
Idade Média se
expandiu graças ao controlo do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí
vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. Veneza alcançou o apogeu na primeira
metade do século XV, quando os venezianos começaram a
expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão.
Veneza soube
aproveitar todas as mudanças que ocorreram no mundo ocidental:
Aliou-se com os francos contra os longobardos.
Aliou-se com o Império
Bizantino contra
os normandos.
Foi benevolente
e tolerante com o Islão, de tal modo que ao estar o Império
Bizantino em guerra com os árabes este não podia comerciar sem grandes riscos,
e foi nessa ocasião que os navios venezianos partiram para Alexandria, Beirute e Jaffa,
monopolizando aquele comércio.
Decadência
A queda de Constantinopla em 1453 marcou o princípio da decadência. A descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama (1498) e a descoberta da América por Cristóvão
Colombo (1492)
deslocaram as rotas de comércio e Veneza viu-se obrigada a sustentar uma luta
esgotante contra os turcos otomanos. Em 1797,
foi invadida pelas tropas de Napoleão
Bonaparte. Com a assinatura
do tratado de Campofórmio, dividiu-se o seu território entre França e Império
Habsburgo.
Veneza está
rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente
defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os
fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As
"muralhas" de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em
tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.
Geografia
Veneza ocupa uma
localização excepcional numa lagoa do Mar Adriático, a lagoa de Veneza.
O principal
núcleo da cidade, o seu centro histórico, é constituído por um conjunto de ilhas no centro da lagoa, com um total de
60 053 habitantes.
A estas ilhas no centro da lagoa há que juntar outras no estuário (30 2953 residentes) e também na parte continental
(180 661 residentes), que com os seus 130,03 km²,
representam cerca 83% da área emersa do território.
A cidade está
coberta por 177 canais,
400 pontes e 118 ilhas,
estando localizada entre a foz do rio Ádige
(a sul) e do rio Piave(a norte). O centro histórico é totalmente
pedonal, atuando como canais rodoviários, bem como os diferentes barcos,
que são os únicos meios de transporte na zona. O centro histórico sempre esteve
isolado de terra firme (algo que em numerosas ocasiões representou um eficiente
sistema de defesa) até 1846, quando foi construída a ponte ferroviária.
Em 1933,
a Ponte
della Libertà, com
4 km trouxe para a entrada da cidade o tráfego rodoviário, ligando Mestre à Piazzale
Roma. A cidade dista cerca de 37 km de Treviso e 40 km de Pádua.
As outras
principais ilhas da lagoa são: Lido, Murano, Burano e Torcello. Outras ilhas menores são São Miguel (a ilha do cemitério da cidade), Santo Erasmo, Mazzorbo, La Vignole, Certosa São Francisco do Deserto, São Giacomo em Paludo, São Servolo, São Lazzaro degli Armeni e Giudecca.
Clima
O clima de
Veneza, como o vale do rio Pó, tende para o regime continental, e pode ter Invernos rigorosos e Verões
quentes. A chuva pode atingir o valor máximo no Verão, com tempestades.
Demografia
Em 2007
estimava-se em 268 993 o número de residentes em Veneza, dos quais 52,5%
do sexo feminino. A razão de crianças e jovens até aos 18 anos de idade era de 14,36%
e a de pensionistas 25,7 por cento. A média de idades dos residentes na cidade
era de 46 anos, superior à do país. Entre 2002 e 2007, a população decresceu
0,2%, e no resto do país registou-se um aumento de 3,85%.
Em 2006, 93,70%
da população era constituída por italianos. O grupo imigrante mais numeroso era de
europeus de outras nacionalidades, como os romenos, com 3,26%, sul-asiáticos: 1,26%, e leste-asiáticos: 0,9%). O culto religioso é
maioritariamente católico, mas devido à imigração há algumas pequenas
comunidades cristãs ortodoxas, islâmicas,hinduístas e budistas.
Política
Geminações e
acordos de cooperação
Veneza possui as
seguintes cidades-irmãs: Suzhou, R. P. China (desde 1980), Tallinn, EstóniaIstambul, Turquia
(desde 1993), Sarajevo, Bósnia e Herzegovina
(desde 1994), Nuremberga, Alemanha
(desde 1999), Qingdao, R. P. China (desde 2001), Tessalónica, Grécia
(desde 2003), Fort Lauderdale, Estados Unidos (desde 2007), São Petersburgo, Rússia
(desde 2002), Sertãozinho, Brasil (desde 1998) e Aveiro, Portugal
Veneza tem
acordos de cooperação com a cidade grega de Tessalónica, a cidade alemã de Nuremberga, assinado em 25 de setembro de 1999,
e a cidade turca de Istambul, assinado em 4 de março de 1993, no âmbito
da Declaração de Istambul de 1991.
Tem também uma parceria de Ciência e Tecnologia, com Qingdao, na China.
A cidade de
Veneza e a Associação Central de Cidades e Comunidades da Grécia (KEDKE) estabeleceram, em janeiro de 2000,
nos termos do Regulamento CE n. 2137/85, o Agrupamento Europeu de Interesse
Económico (AEIE) - Sistema Marco Polo, que tem por objetivo promover e realizar
projetos europeus no âmbito cultural e turístico no campo transnacional,
especialmente previsto para a preservação e salvaguarda do património artístico
e arquitectónico.
Subdivisões
Divisão
administrativa de Veneza.
A comuna de
Veneza não está dividida, ao contrário do que é comum em Itália, em frações
comunais. O centro da
cidade segue uma tradição de divisão em bairros chamados sestieri (plural de sestiere).
Os sestieri do
centro histórico são os seis seguintes:
Cannaregio - o sestiere mais setentrional de Veneza. É
neste sestiere que termina a Ponte
della Libertà que liga a cidade ao continente e a estação ferroviária de Venezia Santa Lucia.
Castello - o mais oriental.
Dorsoduro (inclui a ilha Giudecca) - o sestiere mais meridional de
Veneza. Fica a sul dos sestieri de Santa Croce e San Polo, englobando as ilhas
situadas do outro lado do canal da Giudecca, à exceção da ilha de San Giorgio
Maggiore que pertence ao sestiere de San Marco. O seu nome provém da natureza
do terreno, mais duro que as terras envolventes.
San
Marco -
constitui o coração da fundação da Sereníssima e inclui a Praça
de São Marcos, a Basílica e o Campanário.
San
Polo -
o menor, de um dos lados da ponte de Rialto.
Santa Croce - o mais ocidental, que pertencia à zona
chamada Luprio, onde se encontravam os pântanos salgados nos primeiros tempos
da história de Veneza.
Infraestrutura
Transportes
Veneza é
mundialmente famosa pelos seus canais.
A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150
canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída
são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função
de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé. No século XX, um aterro permitiu uma ligação ao
continente, a construção da estação ferroviária de Venezia Santa Lucia em Veneza, uma estrada para automóveis e um
estacionamento. Para além destas ligações para o continente no extremo norte da
cidade, o transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos
passados, inteiramente na água ou em pé. Veneza é a maior urbe da Europa com áreas livres para carros, única na Europa, permanecendo um considerável funcionamento da cidade
no século XXI totalmente sem carros ou camiões.
Transporte público
Azienda
Trasporti Consorzio Veneziano (ACTV) é o nome do sistema de transporte
público em Veneza. Ele combina tanto o transporte terrestre, com autocarro, e o
canal de viagens, com barcos-autocarros (vaporetti). No total, existem 25 rotas que
ligam vários pontos na cidade.
Cursos de água
O barco clássico
veneziano é a gôndola, mas agora é mais utilizado por turistas,
ou para casamentos, funerais ou outras cerimónias. A maioria dos venezianos
agora viaja em barcos motorizados (vaporetti) que fazem viagens
regulares ao longo das rotas principais dos canais da cidade e entre ilhas. A
cidade também tem muitas embarcações privadas. As únicas gôndolas ainda de uso
comum pelos venezianos são os Traghetti, onde os passageiros
atravessam o Grande Canal em determinados momentos, sem pontes. Os
visitantes podem ainda tomar os barcos-táxis entre áreas da cidade.
Aeroportos
Veneza é servida
pelo recentemente reconstruído Aeroporto Internacional Marco Polo, ou Aeroporto de Veneza Marco Polo,
nomeado em homenagem ao seu famoso cidadão. O aeroporto está situado no
continente e foi reconstruído um pouco longe da costa, no entanto, os
barcos-táxis ou os barcos da Alilaguna para Veneza servem os terminais a cada
sete minutos.
Algumas
companhias do mercado, como o Aeroporto de Treviso em Treviso, a 20 km de Veneza, servem como
entrada para Veneza. Alguns voos simplesmente anunciam "Veneza", sem
nomear o aeroporto, exceto no papel dos bilhetes.
Automóveis
Veneza é
praticamente uma zona sem carros, por ser construída sobre a água. Os veículos
podem atingir o terminal para carros/autocarros através da Ponte
della Libertà (SR11). A ponte inicia-se a oeste do Mestre.
Existem dois parques de estacionamento que servem a cidade: Tronchetto e
Piazzale Roma. os carros podem ser estacionados ali 24 horas por dia, em que o
preço a pagar é de cerca de 25 euros por dia. Um ferry para Lido serve o parque de estacionamento de
Tronchetto e é servido por autocarros e vaporetti, como transportes
públicos.
Cultura
A influência de
Veneza estendeu-se naturalmente ao nível cultural ao longo da História.
Exemplos disso são as telas para pintura, inventadas na cidade,
inovações no fabrico do vidro,
o papel dominante da Escola Veneziana na música europeia do século XVI, o grande
número de impressores da cidades, ou as palavras de origem veneziana,
relacionadas com a toponímia local ou características próprias da cidade, e que
entraram no vocabulário de muitas línguas europeias: arsenal, ciao, gueto, gôndola, lazareto, laguna, lido,quarentena, Montenegro ou regata.
O diminutivo de Veneza deu ainda lugar à designação da Venezuela, que significa "pequena Veneza".
Veneza é na
atualidade uma cidade de artes por excelência, devendo a sua fama mundial à
simples condição de ser uma cidade construída sobre a água, com canais em vez
de ruas, e é tomada como modelo de comparação com todas as cidades com canais,
como por exemplo Amesterdão (A Veneza do Norte) ou na China,
onde Suzhou é dita Veneza
do Oriente, ou Aveiro (A Veneza de Portugal), ou a Little
Venice de
Londres, assim chamada por causa dos canais. Há um estado que tem o seu nome
etimologicamente ligado a Veneza: a Venezuela, assim chamada pelo navegador florentino Américo
Vespucci por
causa das aldeias palafitas que viu.
Arquitetura
O terreno sobre
o qual se ergue Veneza fez com que ideias engenhosas permitissem a construção
de edifícios e espaços públicos sobre fundações muito difíceis. É necessária a
consolidação e a colocação de estacas.
O delicado
equilíbrio da lagoa, que se ressente com o aporto de sedimentos e de água doce
dos rios, da invasão da água do mar e da presença do vento, tornam necessário o
controlo do regime das águas ao longo do tempo. Veneza tem intervenções
hidráulicas de monta, que pretendem equilibrar o regime de subida das águas,
mas frequentemente dá-se o fenómeno da acqua alta, quando as zonas mais baixas da
cidade ficam totalmente cobertas por água.8 O projeto MoSE foi lançado pelo governo
italiano para proteger a cidade, com diques e controlo das águas da lagoa
vizinha mas
é contestado por alguns ambientalistas
A arquitetura
típica veneziana tem um elemento facilmente reconhecível, designado patera,
e que é um baixo-relevo ornamental de forma circular.
Pintura
A pintura
veneziana teve influência da decoração bizantina e da pintura do norte da
Europa, especialmente na pintura a óleo. Entre os pintores venezianos de maior
importância encontram-se Antonello da Messina (1430-1479), Giovanni Bellini (1430-1516), Giorgione (1476/78-1510)
- que introduziu uma série de pinturas representativas de temas esotéricos e
pastorais oníricas, Tiziano (1487/90-1576),
considerado o maior dos pintores venezianos, Jacopo Tintoretto (1518-1594)
e Veronese (1528-1588).
Carnaval de Veneza
O Carnaval
de Veneza é
uma festa carnavalesca que dura dez dias e em que os participantes costumam
usar trajes típicos do século XVIII e máscaras. Nesses dias há em geral um
acréscimo na já normal grande afluência de turistas à cidade. Interrompido em 1797,
foi somente retomado na década de 1980.
Música
Veneza é a
pátria do célebre compositor barroco Antonio Vivaldi (1678-1741),
do compositor Luigi Nono (1924-1990) e do compositor e diretor de
orquestra Giuseppe Sinopoli (1946-2001). Claudio Monteverdi,
chamado a San Marco pela corte de Mântua reorganizou o coro local e completou os seus madrigais em Veneza. Giovanni Gabrieli (1557-1612)
era veneziano. A Benedetto
Marcello (1686-1739)
foi dedicado o Conservatório de Veneza. A tradição é antiga também no Ospedale della Pietà,
escola de música para órfãos onde Vivaldi ensinou. Em 1636, foi aberto o
primeiro teatro público pago do mundo, o San Cassiano. O teatro de ópera da cidade é o La Fenice reconstruído após o violento incêndio que o
destruiu completamente em 1996. A Bienal de Veneza organiza o Festival de música contemporânea.
Festival de Cinema
O Festival
Internacional de Cinema de Veneza (Mostra Internazionale d'Arte
Cinematografica) é um festival internacional de cinema que é realizado
anualmente desde 1932.
O festival acontece no Palazzo del Cinema.
Embora o
festival seja anual, ele está englobado no que se designa como Bienal de Veneza, uma exposição internacional de artes de
grande projecção internacional.
Pontos turísticos
Museus
Veneza é uma
cidade rica em museus, galerias de arte e eventos relacionados. Entre eles
incluem-se: a Accademia, museu e galeria de arte
especializada em arte até ao século XIX, que fica na margem sul do Grande Canal; o Museu Correr, museu municipal que ocupa parte da Ala Napoleónica; a Ca' d'Oro; e a mais recente Coleção Peggy Guggenheim.
Praças
Veneza é
conhecida pelas magníficas e muito visitadas praças. Além da grande Praça
de São Marcos (com a Basílica e o Campanário de São Marcos), a cidade dispõe de outras praças menores, chamadas "campo"
no dialecto da cidade. Exemplos são o Campo Santa Margherita e o Campo San Polo.
Palácios
Igrejas
Veneza é um
importante centro do Catolicismo na Itália. A cidade é sede do patriarcado de Veneza (em latim: Patriarchatus
Venetiarum) e sede
metropolitana da Igreja Católica, pertencente à região eclesiástica de
Triveneto. Em 2004 contava 365 332 batizados entre 370 895
habitantes. No presente é regida pelo Cardeal Patriarca Angelo Scola.
A catedral é a Basílica de São Marcos, e a co-catedral
é a Basílica de São Pedro de Castello.
A lista de
templos cristãos é vastíssima, citando-se apenas os mais significativos.
Pontes
Outros locais
A Biblioteca
Marciana é
a mais importante biblioteca de Veneza e uma das maiores de Itália. Contém uma
das mais ricas colecções de manuscritos do mundo, bem como obras impressas,
mapas, e outros documentos que totalizam milhares de raridades. Ocupa parte dos
edifícios da praça de São Marcos na piazzetta dei Leoncini, na margem do Grande
Canal.
Outro ponto
turístico é, no sestiere de Castello, o Arsenal de Veneza, estaleiro onde eram construídos os grandes
navios comerciais e de guerra da Sereníssima República.
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