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de “Anti Nova Ordem Mundial”
PREMONIÇÕES
Muitas
são as entidades que sobressaem pelo conteúdo e pela forma
assertiva das mensagens que transmitem e a que correspondem
coerentemente as acções que desenvolvem. Essas são organizações
com futuro.
É,
manifestamente, o caso da Associação Autocaravanista de Portugal –
CPA que, pelo menos desde 2006, vem progressivamente construindo pela
positiva uma política autocaravanista assente numa real defesa dos
interesses, regalias e direitos dos autocaravanistas.
Não
é, manifestamente, o caso da FPA.
Foi
numa perspectiva de defesa dos interesses,regalias e direitos dos
associados que a Direcção, então em exercício, propôs à
Assembleia Geral do CPA (ver AQUI),
em Março de 2011, que aprovasse (o que veio a acontecer) a saída da
Fédération Internacionale des Clubs de Motorhomes (FICM). Recordo
que nunca os sócios do CPA foram chamados a pronunciar-se sobre a
adesão à FICM, pelo que a saída da FICM ter sido deliberada em
Assembleia Geral teve o significado político de que o poder de
decisão voltava a ser dos associados.
A
proposta de saída da FICM prestou-se (à data) aos mais diversos
comentários, nomeadamente dos associados do CPA, já pelos que
tinham alegados interesses comerciais, já pelos que tinham
perspectivas de política autocaravanista que posteriormente
concretizaram, já pelos que por pura convicção consideravam que a
saída do CPA seria prejudicial.
Menos
de 3 meses depois de o CPA ter saído da FICM, a 20 de Junho de 2011,
era criada a FPA e, ainda antes de ter existência legal, já FPA
fora admitida na FICM na qualidade de “observador”. Ou seja, a
FICM admitiu, embora como observador, uma associação fantasma (ver
AQUI).
Quem é agora presidente da FPA afirmava, em Fevereiro de 2011, nos
debates que antecederam a saída do CPA da FICM o seguinte:
“Creio
que a FCMP já "perdeu o comboio" e será
inevitável que, mais cedo ou mais tarde, venha a ser criada a
Federação Portuguesa de Autocaravanismo.
Quando os "filhos" que, em boa hora estão a ser criados -
as Delegações Regionais do CPA - conquistarem dimensão crítica e
por isso a sua autonomia, estarão criadas as condições para se
pensar a sério no "grito do Ipiranga". O
futuro (que espero próximo) nos dará razão!”
(sublinhados
meus).
Quatro
meses depois das
afirmações
proferidas em Fevereiro de 2011
por
quem veio a ser posteriormente presidente
da FPA
(afirmações
que
estão escritas e são públicas) era criada, em Junho do
mesmo ano,
a FPA. Como
a
criação não
teve origem nos “filhos”
do CPA foi preciso
que
fizessem brotar
do nada mais um clube autocaravanista, para que, juntando-se aos dois
clubes
então
existentes, constituíssem em
segredo uma
federação que
urgentemente substituísse o CPA na FICM. Uma
federação criada de cima para baixo, uma
federação criada contra o CPA, uma
federação criada negativamente.
A criação da FPA, que deveria ter sido um acto positivo de
inclusão, de unidade, contrariamente, foi, isso
sim,
uma atitude (ir)reflectida
e assumida contra a maior organização autocaravanista existente.
A
premonição daquele
que veio posteriormente a ser presidente
da FPA concretizou-se, mas,
como não acredito em “bruxos”, há
que concluir,
perante os factos, que a FPA foi um projecto pessoal
amadurecido, suportado inicialmente por meia-dúzia e, depois,
“vendido” ao Movimento Autocaravanista de Portugal que
não
se tem mostrado (Ingratos!) muito receptivo.
(O
autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo
(e não só) – AQUI)
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