quinta-feira, 15 de maio de 2014

Silêncio! Porquê?




Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.”
Abraham Lincoln


Este silêncio deve-se a quê?

Um acontecimento que reputo de interesse para o autocaravanismo em Portugal teve lugar em Lisboa no passado dia 22 de abril de 2014. Refiro-me à Reunião da Comissão de Autocaravanismo da Federação Internacional de Campismo, Caravanismo e Autocaravanismo (FICC).

A Reunião decorreu na sede da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) e contou com a presença de João Alves Pereira, presidente de la FICC, José Iglesias González, presidente da Comissão de Autocaravanismo da FICC e dos membros desta Comissão: Les Kendrick, Chris Wells, Gianni Picilli, Gerárd Couté e Stan Stolwerk. Também compareceram como observadores João Queiroz e Jaime Santana respetivamente Presidente e Vice-presidente FCMP, além de António Sousa, membro do Executivo da Comissão de Autocaravanismo da FCMP.

Entre outros pontos foi analisada a “Discriminação (negativa) no estacionamento que afeta os autocaravanistas (portugueses e estrangeiros) em Portugal”. Sobre esta matéria leia-se o que se escreveu AQUI, AQUI e AQUI.

A importância desta Reunião de Trabalho, em Portugal, inclusive abordando um tema que preocupa os autocaravanistas em Portugal, mereceria uma informação detalhada e atempada. Dizemos, “mereceria” porque, efetivamente, não mereceu até agora. E, o mais surpreendente é que também não mereceu, este silêncio, que saiba, qualquer comentário de nenhuma associação inscrita na FCMP.

Assim, a exemplo do passado, tive, infelizmente mais uma vez, que recorrer a fonte de informação sita em Espanha (ver AQUI) para me manter informado.

O diagnóstico acerca da discriminação negativa do autocaravanismo está feito. O que não está feito é definir e programar as medidas que obstem à continuação desta discriminação. Aliás, a Associação Autocaravanista de Portugal – CPA, há que reconhecê-lo, tem vindo, progressivamente e mesmo com a influência limitada que tem, a combater a discriminação negativa como o comprova o êxito obtido, neste campo, em Vila Praia de Âncora.

Espera-se, pois, que os observadores da FCMP presentes na reunião da Comissão de Autocaravanismo da FICC tenham dado a conhecer propostas de ação que pudessem ser analisadas e votadas na reunião e, posteriormente, levadas à prática. Não revela, a fonte de informação espanhola se foi apresentada alguma proposta pela FCMP e tomada qualquer deliberação nesta matéria.

Este silêncio da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal deve-se a quê?

O direito à informação…
…passa pela obrigação de informar.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

1 comentário:

  1. Quando assuntos relativos ao Autocaravanismo passam ao lado dos autocaravanistas e das Associações e Clubes que os representam.

    Daqui pode-se depreender o mau serviço que prestam aos autocaravanistas os "clubes", "associações" e até "coisas" que se auto intitulam como únicos e/ou maiores representantes dos Autocaravanistas em Portugal!

    Claro que não me refiro àqueles que representam os proprietários de autocaravanas amantes do autocampismo a 100% e incondicional, ou talvez me refira a esses mesmo!!!!!

    Um facto é dado como adquirido, aconteceu algo que mexe com o Autocaravanismo e ninguém se mostrou interessado em divulgar os resultados como também poucos se interessaram em conhecer os mesmos resultados!!!

    Folclores e aparições em "notícias" de jornais são bem mais importantes que o Interesse Autocaravanista, é o que depreendo!

    Tenho pena!!!

    Afinal, estamos em Portugal!

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