quinta-feira, 29 de maio de 2014

Anatomia de uma federação



UM RETRATO

Uma Federação nasce da vontade e da necessidade de associações que, já existindo geograficamente dispersas ou não e em quantidade elevada, consideram que para uma melhor defesa dos interesses estatutariamente estabelecidos se devem organizar no âmbito de uma estrutura superior.



FPA – Representa 4% dos autocaravanistas

Em 20 de junho de 2011 nasceu por decisão de 3 associações, uma das quais criada especificamente para o efeito, uma instituição federativa que adotou a sigla FPA. Pouco tempo passado sobre o nascimento e já um dos fundadores abandonava essa associação federativa por razões que até hoje não foram tornadas públicas.

Quase 3 anos depois da criação a FPA continua com um número de associados inferior aos que tinha à data da criação o que pode suscitar juízos de valor bem pouco positivos por parte de quem acompanha o Movimento Autocaravanista de Portugal. Considerando o número estimado de sócios que as associações que ainda se mantêm na FPA têm (uns 250) constata-se que representa objetivamente cerca de 4% dos autocaravanistas portugueses cuja existência se estima, por baixo, em 6000. Claro que se aumentássemos a estimativa do número de autocaravanistas existentes em Portugal para uns 7 ou 8 mil a percentagem seria muito menor. Note-se que o CPA, que é uma simples associação, represente mais que 16% dos autocaravanistas portugueses.

Deixemos, no entanto, os números, até porque a qualidade de uma qualquer associação não passa apenas pela quantidade. Vejamos pois as atividades desta associação federativa que se quer e diz dedicar exclusivamente ao autocaravanismo. E, tal como nos parágrafos anteriores fiz, esforçar-me-ei por me cingir aos factos.


FPA – Sem atividade publicamente assumida

Os “Orçamentos e Planos de Atividade” da FPA para os anos de 2012, 2013 e 2014 não são públicos, contrariamente ao que se verifica na maioria das associações similares. Mas também os “Relatórios e Contas” de 2011, 2012 e 2013 são desconhecidos. Ou seja, existe uma impossibilidade prática não só de analisar o que a FPA preconizou por comparação com o que fez, como também se desconhece o trabalho realizado anualmente. A questão da não publicação ou mesmo inexistência de “Orçamentos e Planos de Atividade” e de “Relatórios e Contas” não é uma questão de somenos. Quando uma instituição (Câmara Municipal, por exemplo) se relaciona com uma associação, os “Relatórios e Contas” constituem documentos de avaliação importantes, embora não únicos. Terá esta situação contribuído para que a Secretaria de Estado do Turismo, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa se tenham alheado do 37º EUROCC conforme se lamenta, despeitada e chorosa, a FPA no Comunicado 04/2014 de 20 de maio?

Não existindo, acessíveis e públicos, nem “Orçamentos e Planos de Atividade”, nem Relatórios e Contas”, encontrámos no Portal oficial da FPA apenas 12 Comunicados que poderão ser úteis nesta pesquisa. Analisemos pois, a “vida” da FPA, através desses 12 Comunicados, desses escasso documentos, que nos dão uma perspetiva do muito pouco que esta associação fez em quase 3 anos numa atividade em que os problemas são mais que muitos.


Críticas fraturantes escondem fragilidades

Contávamos que o primeiro Comunicado da FPA, publicado mais que um ano depois da criação desta associação, fosse uma Saudação aos autocaravanistas e, sobretudo, um apontar de caminhos para o futuro. Contávamos, mas contámos mal.

O Comunicado 01/2012 de 14 de agosto da FPA é uma reação ao Comunicado 2012/17 de 9 de agosto do CPA (ver AQUI) em que de forma prolixa, mistura assuntos, utiliza uma linguagem de suspeição. Para um primeiro Comunicado que seria desejável que tivesse uma linguagem aglutinadora, a FPA opta por uma crítica fraturante, nada institucional, onde é notória a preocupação de esconder as fragilidades de que padece.


Na senda da vitimização do autocaravanismo

O segundo Comunicado da FPA, emitido com data de 24 de setembro de 2012, cai no lugar-comum, com muitas “palissadas” à mistura e rebuscadas em estudos publicados sobre autocaravanismo. Nota-se uma grande preocupação em referir números em detrimento de valores. Cai-se, inclusive, na vitimização do autocaravanismo ao afirmarem que salvo poucas e honrosas exceções o autocaravanismo é maltratado, o que não é de todo verdade na generalidade, mesmo na atualidade.


Coitada da FPA!

O terceiro Comunicado da FPA (03/2012 de 6 de dezembro) a propósito de um pedido de extinção judicial da FPA por parte da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal continua a expor perante os leitores o desenvolvimento de um sentimento de vitimização que permite esconder as incapacidades, pois termina o Comunicado esclarecendo que estão agora “ (…) mais libertos para outras tarefas”, o que pode significar que devido ao processo não teriam tido tempo para ações em defesa do autocaravanismo.

Concluindo: Em dois anos de existência (2011/2012) a FPA, que seja público, até porque não existem “Relatórios e Contas” que também sejam públicos, apenas fez 3 Comunicados em que por norma teve uma atitude reativa, se vitimizou, se desculpou e acusou os outros.

Coitada da FPA!


Deputados assustados pelo CPA?!

Chegado o ano de 2013 era esperado que estando a FPA, após a conclusão do Processo Judicial que lhe tinha sido movido e encontrando-se, assim, mais liberta para se dedicar aos problemas do autocaravanismo, se iniciasse uma verdadeira revolução nas teorias e nas práticas autocaravanistas.

Vejamos o que diz o primeiro Comunicado de 2013 da FPA, datado de 15 de janeiro, mas que só foi divulgado posteriormente.

Logo no primeiro parágrafo é afirmado que o autocaravanismo português é uma criança e por isso não iriam deixar de acontecer casos como o de Quarteira. Não, não pode ser verdade. Por muito que eu queira nunca me atreveria a dizer que a FPA está a chamar crianças aos autocaravanistas, na medida em que não há autocaravanismo sem autocaravanistas. Longe de mim supor que a FPA tenha ido tão longe nas suas intenções!

Este Comunicado 01/2013 da FPA é uma evidente reação ao Comunicado do CPA, datado de 15 de janeiro e divulgado na mesma data (ver AQUI) e que ao longo de 8 páginas fez uma análise exaustiva da Discriminação Negativa do veículo autocaravana e refere “ (…) uma federação que escreve ao Deputado José Mendes Bota, autor de um Projeto de Lei que pretendia impedir as autocaravanas de estacionarem em locais que lhe não fossem destinados, lamentando ainda, essa federação, que o Projeto de Lei não tivesse sido aprovado e tendo esperança que pudesse vir a ser reacendido.

O mais caricato é que neste Comunicado da FPA é dito que foi um texto do CPA (ver AQUI) “ (…) que foi enviado para as forças politicas (leia-se deputados e grupos parlamentares) envolvidas, que se “assustaram” com a possível polémica e “saíram de cena””. Deputados assustados pelo CPA?! Desistiram de uma lei porque tiveram medo do CPA?!

(Vou ter que parar por momentos porque não consigo continuar a escrever e a rir-me ao mesmo tempo)

Este primeiro Comunicado de 2013 prossegue na senda da vitimização, reagindo às políticas do CPA, mas sem um objetivo claro, sem uma estratégia delineada, pois que se limita a ser reativa.


FPA põe-se em “bicos dos pés”

Mas eis que surge o Comunicado 2/2013 de 7 de março, reagindo, já não a um Comunicado, mas a um texto inserido num simples Fórum sob o título “A cidade de Lisboa e o autocaravanismo” (ver AQUI). Pasmai ou gentes incrédulas! Uma associação que pretende representar exclusivamente o autocaravanismo já responde a textos inseridos num Fórum. E para quê? Para contestar? Para apresentar propostas que valorizem o autocaravanismo? Não! Infelizmente para se por em “bicos dos pés” e clamar que “nós chegámos primeiro. Nós falámos primeiro com a Câmara Municipal. O CPA veio depois.” Será que emitir um Comunicado, para dizer em síntese e com algum humor o que atrás mencionei, dignifica uma Federação? Não há assuntos mais importantes para uma federação tratar?


Auto elogio

O 3º Comunicado de 2013 da FPA emitido no início do Verão poderia perspetivar o anúncio de uma estratégia de combate à discriminação negativa do autocaravanismo. Mas… não.

Este 3º Comunicado que anunciou a realização do 37º EUROCC em Portugal foi um auto elogio à FPA (?) ao referir que o projeto de realização do EUROCC em Lisboa tinha sido muito apreciado, mas foi também o lugar onde se elevou a fasquia da participação a umas possíveis 1000 autocaravanas de 10 países. Na realidade apenas estiveram presentes 265 autocaravanas de 8 países.


Há grupos de autocaravanistas teimosos

O ano de 2014 poderia ser um ano de viragem e de esperança para o autocaravanismo em Portugal.

Com alguma curiosidade lê-mos o primeiro Comunicado de 2014 da FPA e ficámos embatucados:

É afirmado que a “ (…) situação do autocaravanismo nacional não tem evoluído em termos institucionais” que numa interpretação muito pessoal eu transcrevo da seguinte forma: “Infelizmente os autocaravanistas não constituem novos clubes e aderem à FPA”.

E, logo de seguida a FPA regista que há “ (…) grupos que teimam em não se institucionalizar formando clubes que, por sua vez, poderiam dar força a uma federação que a todos representasse” Então não é que esses grupos são uns teimosos?! Fizemos uma federação para vocês e vocês são uns ingratos!

E o Comunicado prossegue neste tom, culpando tudo e todos e termina sem apontar um objetivo, uma solução, uma nesga de esperança.

Para dizer isto e desta forma era melhor estarem calados.


Dirigir a FPA com quezílias internas é penoso

O 2º Comunicado de 2014 não podia ser pior.

Leia-se este parágrafo do comunicado: “Infelizmente ainda não despertámos e continuamos divididos teimando em não criar instituições que nos reúnam e organizem. Apoiamos quem nos bateu e combatemos quem nos quer ajudar! É pelo menos estranho! Não esqueceremos de referir a oposição destrutiva que sempre nos acompanhou. Interesses estranhos?! Recusamos desenvolver uma análise crítica que não iria melhorar a situação.

O completo desnorte. Aconselho, muito seriamente uma leitura atenta deste Comunicado 2/2014 de 25 de fevereiro, porque até para mim, com toda a sinceridade, é triste de ler.

Até se afirma: “Dirigir uma instituição, nestas condições, é penoso e lidar com estas quezílias leva o tempo e a paciência.


Discriminação negativa: - Para quando uma clarificação?

 O 3º Comunicado da FPA de 2014 que pretende ser um relato da  “expulsão” de autocaravanistas em Silves (2014-02-21) não analisa convenientemente o assunto com a objetividade que seria desejável e sempre numa perspetiva do direito à não discriminação negativa do veículo autocaravana.

O comunicado, relativamente à situação verificada em Silves, a breve trecho refere o autocaravanismo como uma forma de turismo itinerante. Convenhamos que muitos e muitos dos autocaravanistas ACAMPADOS em Silves, em plena via pública, não eram muito itinerantes. E não vemos o Comunicado fazer a destrinça entre os que estavam ACAMPADOS e os que estavam ESTACIONADOS. Há que separar águas.

Os três últimos parágrafos desse Comunicado são altamente questionáveis se não forem devidamente explicados no que se pretende dizer com a existência de soluções alternativas. Soluções alternativas a quê? Ao direito de uma autocaravana estar estacionada em igualdade de circunstâncias com qualquer outro veículo de igual gabarito? A única alternativa é garantir esse direito como inalienável. Soluções alternativas ao não direito de um autocaravanista estar acampado na via pública? A única alternativa é ir para um Parque de Campismo, exclusivo ou não de autocaravanas.

Exige-se (?) no último parágrafo que “Devem ser construídas infraestruturas de apoio ao autocaravanismo que não terão de ser gratuitas ”, com o que concordo, desde que não seja uma contrapartida para impedir as autocaravanas de estacionarem na via pública em igualdade com outros veículos do mesmo gabarito. Não deixar esta situação clara é estar a apoiar os objetivos defendidos pela CCDR-Algarve.

Neste Comunicado a FPA não soube ou não quis clarificar a questão da não discriminação negativa do veículo autocaravana e da diferença entre acampar em autocaravana e estacionar. Porquê?

A questão de Silves devia e podia ser referida para fazer pedagogia. Foi o que fiz em três artigos de opinião que podem ser lidos AQUI, AQUI e AQUI.


Organizar festas justifica a existência de uma federação?

O 4º Comunicado da FPA datado de 20 de maio de 2014 aborda a questão do 37º EUROCC e, mais uma vez, não tem algum pudor em auto elogiar-se, olvidando que em 1 de Junho de 2013 tinha como objetivo possível reunir até 1000 autocaravanas de 10 países. Só compareceram 265 autocaravanas. Pouco mais de a quarta parte do estimado.

Afirmei recentemente que 260 autocaravanas num evento não é um número que envergonhe ninguém, mas daí a supor-se que é um feito extraordinário… vai uma grande distância. (ver AQUI). Mas, sobre o mesmo assunto, concluí que mais importante que as conclusões sobre a capacidade ou não da entidade organizadora, deverão ser as deliberações sobre as eventuais propostas que no decorrer deste evento poderão ser feitas e que, a existirem, suponho que ainda irão ser divulgadas. Sobre isso nada é dito. Por esquecimento?

Reunir anualmente uma quantidade relativamente importante de autocaravanistas de vários países europeus e não dedicar algum tempo a analisar, por exemplo, a discriminação negativa do veículo autocaravana ou qualquer outro tema relevante para o autocaravanismo, far-me-ia considerar que a Federação Internacional de Autocaravanas (FICM) é uma ótima e bem-sucedida associação de turismo recreativo e cultural.

Que fique muito claro que não há qualquer mal em organizar encontros festivos, recreativos e culturais, porem, o bom senso não me permite aceitar que só para organizar festas seja necessário existir uma Federação.


Baralhados e desesperados

A 26 de maio, sai o 5º Comunicado da FPA que alerta para as eleições que irão ter lugar e, foi com surpresa que li que “(…) é chegada a hora de aqueles que têm vindo a personificar a oposição que, sem apresentar soluções, têm tentado criar dificuldades, se apresentarem nas eleições, para que, depois de serem eleitos, mostrarem o seu valor e fazerem mais e melhor do que nós.”

Só há dois sócios na FPA com direito a voto e a poderem, cada um deles, apresentar uma Lista concorrente. Como é dito, nesse mesmo comunicado, que a “quase a totalidade dos nossos federados, têm dado o seu apoio ao trabalho que fomos realizando” é de deduzir que, não são todos os sócios que têm dado apoio e só existindo 2 sócios federados na FPA, a atual Direção da FPA tem apenas 50% de apoio.

Não sou eu que o digo, é o 5º Comunicado da FPA, de 2014, que o diz e até acusa um dos sócios de ser opositor pela negativa porque não apresenta soluções e, recordando eu que apenas as associações podem ser sócias (e na FPA só existem 2 associações que são sócias) e que, de acordo com o Regulamento Eleitoral são as únicas que podem apresentar Listas Candidatas, está-se perante um Comunicado que mete os pés pelas mãos.

O desespero, de quem considerava que depois de constituída uma Federação iria surgir uma vaga de fundo e que dezenas de pequenos Clubes brotariam de todo o País para se federarem na FPA, nota-se no seguinte trecho do comunicado: “Preferem-se juntar em grupos sem carater institucional, continuam associados nos tradicionais clubes de campismo que não podem pertencer à FPA por aplicação dos nossos estatutos ou, pertencendo a clubes de autocaravanismo que não são federados na FPA, não exercem a sua força de voto para, nas respetivas Assembleias Gerais, os conduzirem para a Federação que representa em exclusivo o autocaravanismo em Portugal

Mas porque o apelo à revolta dos sócios de outras associações pode não ser suficiente já se dispõem a tudo, inclusive a que os valores que vinham defendendo possam ser alterados, ao exortarem os que não estejam de acordo com os caminhos trilhados pela FPA a filiarem-se em clubes de autocaravanismo que sejam membros da FPA e, pela via democrática, das Assembleias Gerais, a modificar o caminho que a FPA tem seguido, mas (gritam) “ (…) juntem-se (à FPA) porque assim dispersos não chegaremos a lado nenhum”.


A FPA quer que as autocaravanas sejam discriminadas.

Depois de ter economizado nos Comunicados a FPA, no mesmo dia, emite dois.

Este 6º Comunicado é muito técnico, mas não deixa de por isso ser uma mais-valia nesse aspeto, para o autocaravanismo.

È um Comunicado que subscrevo na generalidade e digo na generalidade porque há pontos em que veemente discordo, nomeadamente o conceito de estacionamento de curta duração (até 48 horas) que se for por um período superior, só aplicável às autocaravanas, obriga as mesmas a ser encaminhadas para parques de especialidade. Isto é discriminação negativa do veículo autocaravana.

A FPA vem de forma reptícia afirmar que as autocaravanas não têm direito a estacionar em condições iguais aos outros veículos de igual gabarito, exceto se o seu estacionamento não ultrapassar as 48 horas. Igualdade, sim, mas quanto baste, é o que diz a FPA.

Com este propósito a FPA volta a insistir no Projeto Lei 778/X que “Cria o regime relativo às condições de circulação, parqueamento e estacionamento de autocaravanas” que foi apresentado pelos Deputados Mendes Bota e Nuno da Câmara Pereira, em 13 de Maio de 2009 e que foi objeto de um Comunicado do CPA (ver AQUI).

Porque o tema é importante recordo o número 2 do Artigo 5º desse projeto que era o seguinte: “Nos locais onde não exista Estacionamento Exclusivo de Autocaravanas, estas podem ser estacionadas no espaço público não reservado a certas categorias de veículos motorizados previstas no Código da Estrada, desde que por um período não superior a 48 horas”. Veja-se a semelhança (só a forma como a frase se articula é que é diferente) da ideia apresentada.

Se esta nova forma que a FPA defende fosse colocada em forma de Lei, verificar-se-ia o seguinte:

1º - As autocaravanas poderiam estar estacionadas em qualquer local em igualdade de circunstâncias com qualquer veículo de igual gabarito, mas só até um máximo de 48 horas;

2º - Após 48 horas qualquer outro veículo de igual gabarito ao da autocaravana poderia manter-se no mesmo local até um máximo de 30 dias, enquanto a autocaravana seria obrigatoriamente encaminhada para parques de especialidade que até poderiam ser pagos;

3º - Os autocaravanistas com este tipo legislação defendida pela FPA seriam obrigatoriamente encaminhados para Parques (de Campismo ou outros), pois a sua igualdade e liberdade só durava 48 horas.

A FPA quer que as autocaravanas sejam discriminadas.


O nascimento de uma federação

A FPA foi criada de cima para baixo. Alguns autocaravanistas, pelas mais diversas razões, julgaram que numa federação estaria a resolução de todos os problemas do autocaravanismo (e não só) pelo que até dinamizaram a formação de pelo menos uma associação, com o propósito de constituírem uma federação, tendo-o até feito, como mais tarde se acabou por saber, em grande segredo. A FPA, como hoje a evidência o demonstra, resulta, não de uma necessidade positiva, mas de uma unidade contra o que entendem ser um adversário (inimigo?) comum. Associações que não são feitas pela positiva tarde ou cedo desmoronam-se.

Uma Federação nasce da vontade e da necessidade de associações que, já existindo geograficamente dispersas ou não e em quantidade elevada, consideram que para uma melhor defesa dos interesses estatutariamente estabelecidos se devem organizar no âmbito de uma estrutura superior.


(O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal, emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só) –  AQUI)

1 comentário:

  1. Como sempre, são absolutamente pertinentes as chamadas de atenção para as "coisas" que uma "coisa", acompanhada de outras "coisas", teima em fazer contra tudo e contra todos os que DEFENDEM O AUTOCARAVANISMO!

    Em jeito de capricho, "coisas" e "coisinhas" juntas teimam em bicos de pé ser a representação do Autocaravanismo em Portugal.

    Restaram os "títulos", de "presidentes", "diretores" e cª., porque nada mais do que isso são efectivamente capazes de fazer e muito menos de representar!

    Deixei de estar associado a clubes de Autocaravanismo, porque entendo que o meu velhinho Clube de Campismo e Caravanismo de Barcelos faz muito mais pelo Autocaravanismo que as guerrilhas que surgiram naqueles que nada mais ambicionaram os títulos e serem donos de alguma coisa!!!

    Não, não sou dono de coisa alguma, nem da verdade tão pouco, mas repugna-me que "coisas" e mais "coisas" continuem a lutar por discriminar o Autocaravanismo e a defender a pés juntos o Autocampismo, se possível a 100% em plena Via Pública, mesmo se contra a vontade dos locais!!!

    Repugna-me também o "autocaravanismo gratuito", que quer tudo e exige tudo de forma absolutamente gratuita, os outros que paguem, mesmo se nada tenham a haver com a matéria!!!

    Enfim! Tenho um ponto de vista muito diferente e dele não consigo abdicar, nem ao fim de 25 anos de prática e de luta contra os maus hábitos e as más práticas!!!

    Um abraço, e até sempre,

    José Gonçalves

    ResponderEliminar