Castro de Santa Trega
PAÍSES BÁLTICOS
Viagem turística (iniciada em Sintra a 30 de Maio e
terminada também em Sintra a 18 de Julho de 2014) aos Países Bálticos (Estónia,
Letónia e Lituânia) com (re) passagem e/ou (re) visita a algumas localidades
Portuguesas, Espanholas, Francesas, Alemãs e Polacas.
Foram percorridos cerca de 13.500 quilómetros em que foram
consumidos 1470 litros de gasóleo e despendido em toda a viagem pouco mais 3500
euros.
Por motivos técnicos as 2125 fotos são distribuídas por 7
capítulos distintos
As fotos que foram obtidas correspondem à sequência do
decorrer da viagem, estão devidamente legendadas e referem todos os locais de
pernoita.
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Países Bálticos - Portugal
(Parte 7 de 7)
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Castro de Santa Trega
O Castro de Santa Trega é um castro e
um sítio arqueológico que se encontra no
contorno do monte de Santa Trega, no
concelho da
Guarda província de Pontevedra. Pertencente
à cultura castreja e o mais emblemático e
visitado dos castros galegos.
Foi declarado Monumento
Histórico Artístico Nacional em 19312 e
também tem a consideração de Bem de Interesse Cultural.
O castro, segundo a tese mantida por de la Peña Santos,
diretor das últimas campanhas de escavações arqueológicas na década
de 1980, teve uma ocupação continuada entre o século
I a.C., ao pouco de começar o processo de romanização da Galiza, e o século I
d.C., e que a partir desse momento começou um lento processo de abandono,
que bem pôde ter sido interrompido por reocupações esporádicas temporárias em
época tardo-romana. Foram encontrados também petróglifos,
em várias das pedras do monte, elaborados por volta de 2000 anos antes da
ocupação do castro.
Situa-se no monte de Santa Trega, de
341 m de altitude, no
extremo mais a Sudoeste da Galiza, no concelho da Guarda, num lugar privilegiado desde o que
domina a desembocadura dorio Minho. O monte tem umas ladeiras muito pronunciadas,
com um domínio visual do contorno que fez dele, possivelmente, um lugar
estratégico destacado desde muito antes do levantamento do castro.
Seguindo os autores clássicos como Plínio
o Velho, Pompônio Mela, Appiano, Ptolomeu… o
extremo sudoeste da atual Galiza estaria povoado pela comunidade
dos Grovii ou Gróvios, cuja cidade mais importante seria o Castellum
Tyde o Tude, a atual Tui. Seguindo a teoria de Antonio de la Peña Santos:
“Os castros galaicos
não foram, pois, habitados por celtas no estrito sentido senão por galaicos só
muito remotamente aparentados com o que se leva entendendo como culturas
célticas continentais, com as quais talvez compartilhassem um fundo lingüístico
comum dentro do grupo indo-europeu”
Interpretando os achados arqueológicos tratar-se-ia de um
povo com uma estrutura igualitária (construções de tamanhos semelhantes), com
um caráter pacífico pouco belicoso (sistemas defensivos mais simbólicos que
efetivos) e com uma economia agrária (proximidade às terras férteis,
aproximadamente a 1 ou 2 km de distância), mas com certa capacidade
aquisitiva e comercial (abundosos produtos forâneos).
Com o tempo e produto das reformas dos imperadores da dinastia
Flaviana e a progressiva implantação do sistema romano de exploração,
os habitantes do povoado começaram um lento abandono para assentar-se nas
novas villae e vici, situadas nos vales e próximas às terras de
maior valor produtivo.
Na mesma zona onde se levantou o povoado tem-se comprovada a
presença humana cerca de 2000 anos atrás. Testemunhas desta presença são
as gravuras rupestres que
deixaram em várias localizações do posterior castro. Muitos destes petróglifos foram
tapados pelas estruturas levantadas no momento da construção do castro.
Entre as diferentes representações que ainda hoje são
perceptíveis, representações geométricas, destaca-se a conhecida como Laje
Sagrada ou Laje do Mapa que, situada na parte alta do monte,
está composta por várias espirais, círculos concêntricos e traços lineais mais
ou menos paralelos. Os seus descobridores interpretaram que se tratava de um
mapa da desembocadura do Minho, hipótese que carece de fundamento cientista.
Próxima a esta, entre dois muros que a tapam parcialmente, encontra-se outra
rocha com gravuras similares.
Estas gravuras não têm nenhuma relação com o castro, já que
são produto de uma sociedade que se desenvolveu 2000 anos antes, na etapa final
do neolítico galego.
Nos anos em que Ignácio Calvo escavou em Santa Trega
(1914-1923), os achados destes trabalhos começam a ser expostos num local da
Guarda, gérmen do museu que anos mais tarde se abriu na cima do monte.
Em 1943 a Sociedad Pro-Monte adquiriu um edifício na parte
alta do monte que fora desenhado pelo arquiteto Antonio Palacios para uso como
restaurante. A este edifício transladaram as peças encontradas nas escavações,
as quais configuraram o atual museu, sendo inaugurado em 23 de Julho de 1953 com a
presença dos arqueólogos assistentes ao III Congreso Nacional de
Arqueoloxía.
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