quinta-feira, 5 de março de 2015

Aqui há fantasmas


Imagem da página “DGMAG



AQUI HÁ FANTASMAS

De acordo com o que consta no Portal da FPA esta federação, TOMEM ATENÇÃO, foi criada a 20 de Junho de 2011 e os respectivos estatutos aprovados em Assembleia Geral de 17 de Setembro de 2011 como também pode ser constatado no mesmo Portal.


As razões para não aderir à FICM continuam actuais

Quando em 26 de Março de 2011, em Assembleia Geral do CPA, foi aprovada uma Proposta da Direcção para que o CPA deixasse de ser inscrito na Federation Internationale des Clubs de Motorhomes (FICM) era óbvio que a breve trecho “alguma” associação se iria propor a representar Portugal numa instituição que os sócios do CPA abandonaram porque consideraram:

Não reconhecerem na FICM “qualquer trabalho mais relevante que a promoção de “EUROCCs” desde 2005 e correspondência sobre a permissão de conduzir veículos até 4200 kg. com uma carta de condução tipo B”;

Não ignorar que não há “no único local público da FICM - o Portal - qualquer outra actividade que não a promoção de “EUROCCs” desde 2005 e correspondência sobre a permissão de conduzir veículos até 4200 kg. com uma carta de condução tipo B” tendo, por isso, os sócios do CPA entendido “que estas são as mais importantes acções da FICM, senão mesmo as únicas, pois caso contrário existiria mais informação”;

Ser uma evidência que a FICM não “tenha contribuído para dinamizar uma acção concertada sobre qualquer aspecto relacionado com o autocaravanismo e, muito especialmente, sobre o estacionar/pernoitar vs. acampar”;

Que não obstante o CPA ter divulgado “por todos os associados da FICM (e pela respectiva Direcção) a “Declaração de Princípios da Plataforma de Unidade” em português, espanhol, francês, italiano, alemão e inglês, sem que tenha obtido qualquer reacção, nomeadamente da Direcção da FICM, para um assunto que afecta, pelo menos, os autocaravanistas de Portugal, Espanha, França e Itália é elucidativo da pouca atenção e da incapacidade de dirigir um envolvimento concertado sobre este conflito de interesses”;

Não estar (os sócios do CPA) dispostos a aumentar quase três vezes mais a quotização da FICM pois que, “não obstante ter vindo a ser paga anualmente a quantia de 700,00 euros, a permanência na FICM implica que passará a ser paga a quantia anual de 2000 euros”.


FPA FANTASMA

Logo depois de ser do conhecimento publico a deliberação da Assembleia Geral do CPA de deixar a FICM foi no 35º EUROCC Roma – Itália, onde se realizou a Assembleia Geral da FICM (e pasmai, ó gentes incrédulas!), que foi aprovada por unanimidade a aceitação como observador de uma FPA FANTASMA. (Recordo que esta Assembleia se realizou em 9 de Junho, onze dias antes do nascimento da FPA que só teve lugar a 20 de Junho).

Ficou porém estabelecido, nessa Assembleia Geral da FICM, que esta deliberação só teria provimento quando a FPA FANTASMA reencarnasse juridicamente o que só se verificou onze dias depois, ou seja a 20 de Junho de 2011, data oficialmente divulgada como a do nascimento da FPA. Como no entanto os estatutos da FPA só foram aprovados em 17 de Setembro desse mesmo ano é possível que a reencarnação ainda tivesse demorado uns três ou quatro meses. Foi pois um caso único nos anais do associativismo mundial a existência de uma instituição fantasma aceite como observadora.

Esta urgência desesperada da então ainda FPA FANTASMA em entrar para a FICM não deixa de ser motivo de reflexão. Estariam em causa alguns interesses pessoais ou colectivos?


O que veio depois da reencarnação

Desde que reencarnou juridicamente (Junho/Setembro 2011) quais têm sido as actividades (internacionais e não só) da FPA?

De acordo com o que está no Portal da FPA foram as seguintes:

2011 – Junho – Participar no Encontro Autocaravanista e Assembleia Geral da FICM em Roma-Itália ainda como FPA FANTASMA;

2011 – Agosto – Trabalhar arduamente no processo de impugnação da FCMP que a impediu de se debruçar sobre outras mais importantes matérias, fossem elas quais fossem;

2011 – Outubro – Participar na Assembleia Geral da FICM em Blavozy – França (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2012 – Fevereiro – Presença na NAUTICAMPO, em Lisboa (Também lá estive e fez-me alguma impressão ver o Presidente da FPA tão sozinho);

2012 – Maio - Participar no Encontro Autocaravanista e Assembleia Geral da FICM em Bergamo – Itália (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2012 – Outubro - Participar na Assembleia Geral da FICM em Schwebsange – Luxemburgo (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2013 – Março - Dia Mundial da Árvore e da Floresta – Homenagem aos Bombeiros da corporação de Coja falecidos nos fogos florestais;

2013 – Maio – Participar na FÊTE des CLUBS de la FFACCC (Festa dos Clubes da FFACCC) que teve lugar em Orange - França entre 7 a 16 de Maio. Pelo meio realizou-se uma Assembleia Geral da FICM (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos a Festa tenha sido boa);

2013 – Outubro - Participar na Assembleia Geral da FICM em Versoix – Suíça (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2014 – Maio – Participar no Encontro Autocaravanista e Assembleia Geral da FICM em Portugal (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2014 – Outubro - Participar na Assembleia Geral da FICM em Blavozy – França (os autocaravanistas desconhecem o que lá se passou, mas faço votos para que pelo menos o passeio tenha sido bom);

2014 – Novembro - Entrevista do Presidente da FPA na Rádio Amália (Uma entrevista plena de lugares comuns em que não foi referido o quer que seja sobre a discriminação negativa do veículo autocaravana;

2014 – Novembro – Participar no WORKSHOP - “Turismo Acessível na Europa e em Portugal – pistas e desafios" (Uma intervenção pobre que não aborda, mais uma vez, a discriminação negativa do veículo autocaravana, não deixa pistas e não coloca desafios. Apenas lamentações e auto elogios).


CONCLUINDO

Destas actividades divulgadas pela FPA poderemos concluir que a maioria delas se objectiva em deslocações além-fronteiras de Portugal para participar em Encontros Autocaravanistas, em Festas e em Assembleias Gerais sobre as quais nada é dito, pelo que não é possível analisar dos proveitos para os autocaravanistas em geral e para os autocaravanistas portugueses em particular.

A FPA CONTINUA, embora noutra perspectiva, A SER UMA FEDERAÇÃO FANTASMA.

Sem comentários:

Enviar um comentário