Newschwansteins Castle
Europa
A Viagem
Alemanha
Foto Reportagem
Fotos obtidos sequencialmente numa viagem iniciada em 2 de
Julho de 2008 com o objectivo de visitar a Suíça, o Liechenstein e a Áustria e,
no regresso, percorrer o Vale do Loire (França), terminando, a viagem, em
finais de Agosto de 2008. Visitas pontuais a Portugal a Espanha e a Alemanha
(Newschwansteins Castle).
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do percurso, podem ser vistas AQUI.
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Castelo de Neuschwanstein
O Castelo
de Neuschwanstein (em alemão, Schloss Neuschwanstein) é um palácio
alemão
construído
na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera, a escassas dezenas de quilómetros
da fronteira com a Áustria.
Foi
construído por Luís
II da Baviera no século XIX, inspirado na obra
de seu amigo e protegido, o grande compositor Richard Wagner. A arquitectura do
castelo possui um estilo fantástico, o qual serviu de inspiração ao
"Castelo da Bela Adormecida", símbolo dos estúdios Disney. Apesar de não ser permitido
fotografar o seu interior, é um dos edifícios mais fotografados da Alemanha e um dos mais populares destinos
turísticos europeus, além de também ser considerado o "cartão postal"
daquele país. O nome Neuschwanstein é uma referência ao "cavaleiro do
Cisne", Lohengrin, da ópera
com o mesmo nome.
A
concepção do edifício foi esboçada por Luís
II da Baviera numa carta a Richard Wagner, datada de 31 de Maio de 1868;
"É
minha intenção reconstruir a ruína do velho castelo em Hohenschwangau, próximo
do Desfiladeiro de Pollat, no verdadeiro espírito dos velhos castelos dos
cavaleiros alemães (...) a localização é a mais bela que alguém pode encontrar,
sagrada e inacessível, um templo digno para o divino amigo que trouxe a
salvação e a verdadeira benção ao mundo."
A
primeira pedra do edifício foi colocada no dia 5 de Setembro de 1869. O Neuschwanstein foi desenhado por Christian Jank, um desenhador de cenários teatrais, em vez de um
arquitecto, o que mostra muito das intenções de Luís II, e explica grande parte
da natureza fantástica do edifício resultante. A perícia arquitectónica, vital
para um edifício colocado num lugar tão periclitante, foi providenciada
inicialmente pelo arquitecto da Corte de Munique, Eduard
Riedel, e mais tarde por Georg Dollman e Leo von Klenze.
O
castelo foi originalmente chamado de "Novo Castelo Hohenschwangau"
até à morte do Rei, quando foi renomeado como Neuschwanstein, o Castelo do
Cavaleiro Cisne, Lohengrin, da ópera de Wagner do mesmo nome.
Originalmente, o castelo havia sido Schwanstein, a sede dos cavaleiros de
Schwangau, cujo emblema era o cisne.
Cenário do castelo
O
castelo compreende uma portaria, um caramanchão, a Casa dos Cavaleiros com uma
torre quadrada e um Palas, ou cidadela, com duas torres no extremo oeste. O
efeito do conjunto é altamente teatral, tanto no exterior como no interior. A
influência do Rei é evidente por todo o lado, tendo este demonstrado um
entusiástico interesse no desenho e decoração. Um exemplo disto pode ser visto
nos seus comentários, ou ordens, face a um mural representando Lohengrin no
Palas; "Sua Majestade
deseja que (...) o navio seja colocado mais distante da costa, que o pescoço de
Lohengrin seja menos inclinado, que a corrente do navio ao cisne seja de ouro e
não de rosas e, finalmente, que o estilo do castelo seja mantido medieval".
O
conjunto de salas no interior do Palas contém a Sala do Trono seguida pela suite de Luís II, pelo Hall dos Cantores e
pela Gruta. Por todo o lado, o desenho presta homenagem às lendas alemãs de
Lohengrin, o Cavaleiro Cisne. O Castelo de Hohenschwangau, onde Luís II passou grande parte da sua juventude, tinha
decorações destas sagas. Estes temas foram tomados nas óperas de Richard Wagner. No entanto, muitas das salas
interiores permanecem sem decoração; apenas catorze delas foram finalizadas
antes da morte de Luís II .
Com
o castelo ainda em construção aquando da morte do Rei, uma das características
principais do edifício permanecia por construir. Estava planeada um torre de menagem maciça para o meio do pátio
superior, a qual nunca chegaria a ser edificada por decisão da restante família
do Rei. A fundação da torre de menagem ainda pode ser vista, actualmente, no
pátio superior.
Entre
as salas concluídas encontra-se a Sala do Trono, a qual apresenta um candeeiro
com pedras preciosas incrustadas, todos os doze apóstolos pintados na parede
que rodeia o pedestal do trono (o trono actual nunca foi acabado) e Jesus por
trás do pedestal. A suite principal do Rei inclui uma cama de dossel em madeira
entalhada manualmente, o baldaquino da cama é entalhado como as
torres de cada uma das catedrais da Baviera, um sanitário secreto (a água
da sanita provinha de um aqueduto) e uma bacia com água corrente em forma de
cisne.
O
castelo também inclui um oratório, acessível a partir do vestiário e da suite
principal, o qual inclui um crucifixo de marfim; uma sala feita para parecer
uma caverna, uma cozinha completa equipada com água corrente quente e fria e um
armário aquecido, alojamentos para os criados, um gabinete, uma sala de jantar
e o Hall dos Cantores. Esta última divisão era um lugar onde os músicos e os
dramaturgos actuavam. O Rei construiu-o para Wagner, como um lugar privilegiado
para apresentação de peças. O Rei morreu antes de ser possível assistir a
apresentações no Hall dos Cantores, mas este tem sido usado desde a sua morte.
Apesar
do seu aspecto medieval, a construção do Castelo de Neuschwanstein requereu a
moderna tecnologia da época, sendo o castelo uma maravilha dos acabamentos da
tecnologia estrutural. Engenhos a vapor e eléctricos, ventilação moderna e
canalizações de aquecimento fazem, todos eles, parte da estrutura.
Actualmente
está quase esquecido que Luís II foi um patrono das invenções modernas e um
precursor da introdução da electricidade na vida pública da Baviera. Os seus
novos castelos foram os primeiros a usar electricidade (por exemplo a Gruta de
Vénus de Linderhof) e outros equipamentos modernos.
Através das suas actividades de construção, Luís II manteve vivos o
conhecimento e a perícia de muitas artes particulares particular que de outra
forma teriam morrido, providenciando trabalho e rendimento a um largo número de
artesãos, construtores, estucadores e decoradores, entre outros.
Declaração de
insanidade de Luís II
O
Castelo de Neuschwanstein estava próximo da conclusão quando, em 1886, o Rei foi declarado insano pela Comissão de Estado liderada pelo
Dr. von Gudden, e aprisionado no castelo. O Rei dificilmente se podia controlar
quando perguntou ao Dr. von Gudden, "Como
pode declarar-me insano? Ainda não me examinou!" . Levado para Berg, foi encontrado, no dia 13 de Junho de1886, afogado em águas superficiais do Lago Starnberger, juntamente com von Gudden, o
psiquiatra que o certificou. As circunstancias exactas da sua morte permanecem
inexplicadas.
Depois de Luís II
O
castelo é propriedade do estado da Baviera, ao contrário do Castelo de Hohenschwangau que
é pertença de Franz, Duque da Baviera.
Este
edifício inspirou a construção de um outro castelo da Casa
de Wittelsbach,
o Castelo
de Ringberg. O
Castelo de Neuschwanstein é contemporâneo do português Palácio da Pena, em Sintra, por vezes referido como "o Neuschwanstein português' (cerca
de 1840).
A
vizinha Marienbrücke (Ponte de Maria) sobre o desfiladeiro
Pöllat, assim chamada em homenagem a Maria
da Prússia,
providencia uma estupenda vista das fachadas do Castelo de Neuschwanstein.
Está
previsto que o Castelo de Neuschwanstein apareça nas moedas comemorativas de 2€ da Série dos Estados Federados da Alemanha, em 2012.
Em 2007, foi finalista na selecção das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
Turismo
A
partir de 1886, o Castelo de Neuschwanstein conta com uma média de 1,3 milhões
de visitantes anuais. Cada Verão, mais de 6.000 visitantes
diários acumulam-se nas diferentes áreas que foram previstas para uma única
pessoa. Contudo, o castelo tem igualmente inconvenientes, pois o estado livre
da Baviera deve dispensar cerca de 11,2 milhões de euros por ano para a sua conservação e
melhoramento dos serviços aos visitantes, mesmo que isso represente pouco face
aos proveitos que o Castelo de Neuschwanstein gera.
Curiosidades
O
complexo do castelo estende-se por 6.000 metros quadrados articulados em quatro
andares e numerosas torres, com uma altura que atinge os 80 metros.
O
castelo pode ser considerado como um monumento dedicado a Richard Wagner, o qual Luís
II da Baviera admirava muito. De facto, muitas
das suas salas são inspiradas em óperas do compositor alemão.
Luís
II da Baviera empenhou todo o seu património
na construção do castelo, supeintendendo os trabalhos; no entanto habitou
durante muito pouco tempo nesta residência.
Luís
II observou o avanço dos trabalhos directamente do castelo onde
passou a infância, o vizinho Castelo de Hohenschwangau.
A
Sala do Trono não tem trono: isto porque Luís
II morreu antes que o trono ficasse completo, e por isso não foi mais
colocado no seu lugar.
Uma
das salas do castelo reproduz, de maneira muito realista, uma gruta com muitas estalactites e estalagmites, a qual possuiu uma cascata
durante o reinado de Luís II.
Luís
II, receando os danos, ordenou ao curador do castelo que interditasse as
visitas dos curiosos depois da sua morte. Poucas semanas depois da morte do
soberano, o castelo abriu as suas portas aos visitantes. É actualmente um dos
lugares mais visitados da Alemanha em qualquer estação do ano.
Afirma-se
que este é o edifício mais fotografado da Alemanha, e um dos destinos
turísticos mais atractivos do país.
Afirma-se
ainda que este verdadeiro castelo
de contos de fadas da Baviera
terá inspirado o moderno castelo da Cinderela na Disneylândia, símbolo da própria companhia Walt Disney.
Este
castelo serviu de modelo no anime Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) como o castelo do
deus grego do submundo, Hades.
Este
castelo também serviu de fachada para a série Os Feiticeiros de Waverly Place, onde seria a famosa
"feitiço tec".
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