Estrada Alpina de GroBglockner
Europa
A Viagem
Áustria
Foto Reportagem
Fotos obtidos sequencialmente numa viagem iniciada em 2 de
Julho de 2008 com o objectivo de visitar a Suíça, o Liechenstein e a Áustria e,
no regresso, percorrer o Vale do Loire (França), terminando, a viagem, em
finais de Agosto de 2008. Visitas pontuais a Portugal a Espanha e a Alemanha.
(Parte 1 de 3)
As fotos, cuja ordem corresponde à sequência do percurso, podem ser vistas AQUI.
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
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Áustria
Áustria (em alemão, Österreich), oficialmente República
da Áustria (Republik
Österreich), é um país de cerca de 8,3 milhões de habitantes, localizado
na Europa Central. Faz fronteira com a Alemanha e com a República Checano norte, Eslováquia e Hungria a leste, Eslovênia e Itália a sul e Suíça e Liechtenstein a oeste. O território da Áustria abrange
83 872 quilômetros quadrados e é influenciado por um clima temperado e alpino. O terreno da Áustria é muito
montanhoso, devido à presença dos Alpes;
apenas 32% do país é inferior a 500 metros de altura e seu ponto mais alto está
a 3797 metros. A
maioria da população fala alemão, que também é língua oficial do país. Outros idiomas oficiais locais são croata, húngaro e esloveno.
As origens da
Áustria remetem-se ao tempo do Império Romano, quando um reino celta foi conquistado pelos romanos em 15 a.C.,
aproximadamente, e mais tarde tornou-se Noricum, uma província
romana, em meados do século
I d.C.,6 em uma área que abrangia a maior parte da
Áustria atual. Em 788 d.C.,
o rei franco Carlos Magno conquistou a área e introduziu ocristianismo. Sob a dinastia nativa dos Habsburgo, a Áustria tornou-se uma das grandes potências da Europa.
Em 1867,
o Império
Austríaco foi
incorporado pela Áustria-Hungria. O Império Austro-Húngaro desmoronou em 1918 com o fim da Primeira Guerra Mundial. Depois de estabelecer a Primeira República Austríaca, em 1919,
a Áustria foi, de facto, anexada àGrande Alemanha pelo regime nazista no chamado Anschluss, em 1938. Isto
durou até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945,
depois que a Áustria foi ocupada pelos Aliados.
Em 1955,
o Tratado do Estado Austríaco restabeleceu a Áustria como um Estado soberano e o fim da ocupação. No mesmo ano, o Parlamento austríaco criou a Declaração de Neutralidade, que estabeleceu que o país se tornaria neutro.
Hoje, a Áustria
é uma democracia representativa parlamentar composta por nove
estados federais. A capital - com uma população superior a 1,6 milhão, a
maior cidade da Áustria - é Viena. A
Áustria é um dos países mais ricos no mundo, com um PIB nominal per capita de 43 570 dólares. O país tem desenvolvido um alto padrão de vida e em 2008 ficou na 14ª posição no mundo no Índice de Desenvolvimento Humano. A Áustria é um membro das Nações
Unidas desde 1955, aderiu
à União Europeia em 1995 e é um dos fundadores da OCDE. Áustria
também assinou o Acordo
de Schengen em1995, e adotou a moeda europeia, o euro,
em 1999.
História
Na pré-história, a região da Europa Central atualmente correspondente à Áustria foi
ocupada antes da romanização por diversas tribos celtas.
Foi habitada inicialmente por ilírios, aos quais posteriormente se juntariam os
celtas provenientes do norte. O reino celta de Noricum foi reivindicado pelo Império Romano como província. Do ano 15 a.C. em diante, tornou-se uma província do
Império Romano.
Com a queda do
Império Romano (século
IV), povos bárbaros
incluindo hunos, godos,lombardos e vândalos cruzaram a fronteira em diversas ocasiões.
Depois da queda do império, a região foi invadida por bávaros, eslavos e ávaros.
Alta Idade Média
Durante o
período das grandes migrações, os eslavos se transferiram para os Alpes quando teve início a expansão dos ávaros no século VII, misturando-se com a população
celto-românica, e estabeleceram o reino da Caríntia, que incluía grande parte do atual
território austríaco oriental e central. Enquanto isso, a tribo germânica dos bávaros ocupara o oeste da região
durante os séculos V e VI, assim como na Baviera. Estes grupos se misturaram com a população retorromana.
Sob a pressão
dos ávaros, a Caríntia perdeu sua independência para a Baviera em 745 d.C. e se tornou um margraviato. Durante os séculos seguintes, os
assentamentos bávaros cruzaram a região que vai desde o Danúbio até a região dos Alpes, processo pelo qual a
Áustria se tornou um país de fala alemã até os dias atuais.
Os bávaros
passaram a estar sob o controle dos carolíngios e, consequentemente, formaram um ducado do Sacro Império Romano-Germânico. O duque Tassilão III da Baviera, que quisera manter a
independência bávara, foi derrotado e o poder passou para Carlos Magno em 788 d.C..
Carlos Magno
Carlos Magno
conquistou a região em 788 e introduziu o cristianismo. Como a parte oriental da França, as principais regiões que agora incluem a
Áustria foram legadas à casa de Babenberg. A
região era conhecida como a Marchia Orientalise foi entregue
a Leopoldo I da Áustria em 976.
O registro mais
antigo do nome "Áustria" é de 996,
no qual está inscrito como Ostarrîchi. Refere-se ao
território governado pelos Babenberg. O termo ocidental "Áustria' não é
determinado historicamente, embora parece ser uma tradução de "Marchia
orientalis", que só chegou muito mais tarde.
Na Idade Média, o Império Carolíngio estabeleceu-se na
região. Do século X até o século XIII, a Áustria esteve sob o domínio dos
Babenberg, que foram sucedidos pela casa dos Habsburgo, cuja história se funde com a da Áustria
desde esse momento até o fim da Primeira Guerra Mundial.
Os séculos
seguintes caracterizam-se em primeiro lugar pela conformação do país. Em 1156,
o Privilegium
Minus Austriaeleva o território à categoria de ducado. Em 1192,
a família Babenberg adquiriu também o ducado
da Estíria.
Com a morte de Frederico II em 1246,
a dinastia dos Babengerg se extinguiu depois de aquele ser substituído por Karl
Lotringen. Ottokar II da Boêmia controlou
efetivamente a Prússia, a Estíria e a Caríntia. Seu reinado chegou ao seu fim
quando foi derrotado em Dürnkrut por Rodolfo I de Habsburgo em 1278.
Daí em diante, até a Primeira Guerra Mundial, a história da Áustria foi em
grande parte a história de sua dinastia governante, a dos Habsburgo.
Habsburgo
Nos séculos XIV e XV, os Habsburgo começaram a acumular outras
províncias nas proximidades do Ducado da Áustria, como o Tirol,
a Caríntia, a Estíria e a Gorizia.
Em 1438,
o duque Alberto V foi escolhido como sucessor de seu sogro, o
imperador Sigsmundo.
Ainda que o próprio Alberto tenha reinado somente por um ano, a partir de então
todos os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico pertenceram à dinastia dos Habsburgo, com
apenas uma exceção.
Ainda assim, os
Habsburgo começaram a acumular territórios longe de suas terras hereditárias.
Em 1477,
o arquiduque Maximiliano I, filho único do imperador Frederico III, casou-se com a herdeira do Ducado
de Borgonha e,
portanto, adquiriu a maior parte dos Países Baixos para a família. Seu filho Felipe, o Formoso,
casado com a herdeira da coroa de Castela e de Aragão, ampliou as possessões territoriais dos
Habsburgo, sobretudo dos espanhóis. Em 1526,
com a Batalha
de Mohács, os governantes
da Áustria ampliaram seus territórios, de forma que as partes da Boêmia e da Hungria que não eram ocupadas pelos otomanos ficaram sob seu domínio. A expansão otomana
na Hungria deu lugar a frequentes conflitos entre os dois poderes,
particularmente evidente na chamada Guerra Larga de 1593 até 1606.
Nos séculos XVII e XVIII, os Habsburgo ampliaram enormemente seus
territórios ante a decomposição do poder otomano (1699 e 1718),
e parte da herança hispânica (1713-1714) e polonesa (1772 e 1795).
Os reinados de Maria Teresa (1740-1780)
e de seu filho José II (1765-1790)
foram um período de grande desenvolvimento social e político na monarquia
(abolição da servidão, liberdade religiosa, abolição da tortura, reformas administrativas e judiciais,
centralização administrativa, entre outras medidas), dentro do espírito do despotismo esclarecido.
As guerras napoleônicas
foram uma dura prova para a sobrevivência da monarquia. O imperador Francisco José I foi obrigado a abdicar da coroa do Sacro Império Romano-Germânico e viu seus domínios serem
"divididos" pelos aliados de Napoleão
Bonaparte; o Tirol foi ocupado pelo Reino da Baviera e pelo Reino da Itália, ocasionando na guerra de resistência tirolesa comandada por Andreas Hofer, considerado o maior herói
tirolês. Também o Principado Episcopal de Trento, assim como o de Bressanone teve seu fim com a invasão francesa.
Com a queda de
Napoleão na Rússia, a vitória das potências reforçou os Habsburgo, que com seu chanceler Metternich se tornaram os pilares para a
restauração (1815-1848).
O surgimento do
nacionalismo e as derrotas externas entre 1848 e 1866 (perda do Reino Lombardo-Vêneto) levaram à reorganização da monarquia, nascendo o Império Austro-Húngaro, tendo no imperador Francisco José e em sua esposa Isabel,
conhecida como Sissi,
seus maiores expoentes.
O Império
Austro-Húngaro marcou o último período da monarquia dos Habsburgo (1867-1918)
e um último suspiro da "velha Europa". Foi um período caracterizado
pela permanente crise política entre as diversas nacionalidades, mas também por
um grande desenvolvimento econômico, social e cultural que influenciou toda a
Europa.
República
Austríaca
Em 1918,
depois da derrota na Primeira Guerra Mundial e desmembramento do Império Austro-Húngaro, é criada a República da Áustria Alemã,
depois modificada pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial. A Áustria
tornar-se-ia uma república parlamentarista, que foi caracterizada por
permanente crise econômica, política e social. Em 1934,
o chanceler Engelbert Dollfuss estabeleceu
uma ditaduraconservadora, que não conseguiu deter
a expansão da Alemanha nazista.
A Áustria foi
anexada pela Alemanha nazista em 1938 (o Anschluss), passando a ser o Ostmark dentro da Alemanha Nazista. Depois da
derrota dos nazistas, as forças aliadas ocuparam a Áustria no fim da Segunda Guerra Mundial até 1955,
ano em que o país voltou a ser plenamente independente, com a condição de
permanecer neutro.
Os anos entre 1950 e 1960 marcam uma disputa territorial entre Áustria
e Itália pelo território do Tirol Meridional, ocupado
e anexado pela Itália em 1918. Grupos separatistas como o Südtiroler
Freiheitskämpfer e
o MST (Movimento Separatista Trentino) chamaram a atenção internacional
e a questão tirolesa foi parar nas Nações
Unidas. Após negociações
entre Viena e Roma, surge o Acordo Degasperi-Gruber sobre
o pacote de autonomia regional concedido à região sul-tirolesa, a Itália (tendo
a Áustria como tutora e observadora). O acordo garante até os dias atuais
autonomia administrativa e fiscal às Província de Bolzano e Província
de Trento.
Depois do
colapso do comunismo no Leste Europeu, a Áustria aumentou sua participação nas
questões europeias. Em 1995 a Áustria passou a integrar a União Europeia e em1999 adotou como moeda o Euro.
Geografia
A maior parte do
território austríaco - dois terços do total - está localizada na seção oriental
dos Alpes,
que atingem altitudes de mais de 3000 metros. A população se encontra nos vales
dos rios, entre os quais o Danúbio, que vai desde Passau, na fronteira com a Alemanha, passando por Linz e Viena,
até Bratislava, na fronteira com a Eslováquia. Outro rio importante é o Inn,
que passa porInnsbruck, com seu afluente Salzach, que cruza a cidade de Salzburgo. O Lago
de Constança (Bodensee) é o maior do país e forma a
tríplice fronteira com a Alemanha e a Suíça.
O clima
predominante na Áustria é o continental úmido, com verões quentes (temperaturas
variando de 20 °C a 35 °C) e invernos frios com temperaturas
frequentemente abaixo de 0 °C, especialmente nas regiões dominadas pelos
Alpes. Na planície da Panônia e no vale do Danúbio há menos
incidência de chuvas que nas demais áreas do país.
Demografia
A população
estimada da Áustria em outubro de 2006 era de 8 292 322 pessoas. A
população da capital, Viena,
é superior a 1,65 milhões (somando-se com a região metropolitana, 2,2 milhões)
e representa cerca de um quarto da população do país, sendo internacionalmente
conhecida por sua ampla oferta cultural e elevado nível de vida. Viena também é
a única cidade com mais de um milhão de habitantes. As outras cidades mais
populosas são Graz
(250 099), Linz (188 968), Salzburgo
(150 000) e Innsbruck (117 346). Todas as demais cidades têm
menos de 100 mil habitantes.
Cerca de 90% da
população austríaca tem o alemão como idioma nativo. Os estados da Caríntia e
da Estíria têm uma importante minoria que fala esloveno, com cerca de 14 mil falantes. Ao leste do
estado de Burgenland, cerca de 20 mil pessoas falam o húngaro e 30 mil falam o croata. Os demais habitantes são de ascendência
estrangeira, muitos deles vindo de países vizinhos. Os chamados
trabalhadores-hóspedes (Gastarbeiter) e seus descendentes, assim como os
refugiados das guerras da Iugoslávia e outros conflitos, também formam uma
importante minoria. Desde 1994,
os ciganos constituem uma minoria étnica oficialmente
reconhecida na Áustria.
Segundo o censo
publicado pelo instituto austríaco de geografia e estatística (Statistik
Austria) em 2001,
existia um total de 710 926 estrangeiros residentes, dos quais 124 392 provêm de
regiões de língua alemã - em sua maioria, da Alemanha, alguns da Suíça e da
província de Bolzano, na Itália. Outros grupos numerosos são os sérvios
(135 376), turcos(123 417),
croatas (105 487), povos de língua inglesa
(25 155), albaneses (24,46) e poloneses (17 899). Com menos de 15 mil
representantes se destacam: 14 699 húngaros, 12 216 romenos, 7982
árabes, 6902 eslovenos (sem incluir os Windsch, que são uma minoria
autóctone), 6891 eslovacos, 6707 checos, 5916 iranianos, 5677 italianos, 5466
russos, 5213 franceses, 4938 chineses, 4264 espanhóis e 3503 búlgaros. As
demais minorias têm menos de 3 mil habitantes.
O idioma alemão
é falado por quase todos os moradores do país. O terreno montanhoso da Áustria
levou ao desenvolvimento de muitos dialetos distintos, embora mutuamente
inteligíveis, com exceção do dialeto do Voralberg, mais próximo do alemão da Suíça. Há uma norma gramatical para o alemão
austríaco distinta do alemão da Alemanha, com relativamente poucas diferenças.
A partir de 2006,
alguns dos estados da Áustria apresentaram provas para os novos cidadãos para
comprovar sua capacidade de idiomas, conhecimento da cultura e,
consequentemente, sua capacidade para se integrar à sociedade austríaca
Religião
O Cristianismo é a religião predominante na Áustria. De
acordo com um estudo de opinião pública da Comissão
Europeia, realizado em
2012, um total de 86% dos austríacos são cristãos sendo a Igreja Católica a que reúne mais fiéis com 77% dos
entrevistados a declararem-se católicos, seguem-se os protestantes que perfazem 7% da população e os ortodoxos que são 2%. Este estudo revelou ainda que 2%
dos austríacos são muçulmanos, 1% seguem outras religiões, 1% são ateus e 10% são agnósticos ou não crentes.
Em 2008, de
acordo com o Atlas
of European Values, 80% da população da Áustria acreditava em Deus e 62% declararam rezar ou meditar, no entanto 31% não consideram a religião como importante nas suas vidas e apenas 19%
afirmaram atender a serviços religiosos pelo menos uma vez por semana.
Política referente
aos grupos étnicos
Estima-se que
cerca de 14 a 40 mil eslovenos habitem o estado da Caríntia e cerca de 30
mil húngaros habitem o Burgenland. Os dois grupos foram reconhecidos como
minorias e gozam de direitos especiais desde o Tratado de Estado da Áustria (Staatsvertrag)
de 1955.
Os eslovenos no estado austríaco da Estíria
(estimados entre 1600 e
5000) não são reconhecidos como uma minoria e não têm direitos especiais,
embora o Tratado de Estado e 27 de julho de 1955 estabeleça o contrário.
Política
A Áustria é uma república parlamentarista, formada por nove estados federados. O Chefe de Estado é o Presidente da República, eleito por voto popular direto para um período de seis anos. O Chefe de Governo é o chanceler, que dirige o Conselho de Ministros, todos
responsáveis diante do Parlamento.
O poder
legislativo é exercido pelo parlamento e está dividido em duas câmaras:
O Senado (Bundesrat), integrado por 62
membros, eleitos pelos conselhos estaduais para um período equivalente ao dos
mandatos regionais. O peso interno dos partidos é modificado a intervalos
irregulares, dependendo das eleições estaduais.
A Câmara dos
Deputados (Nationalrat), com 183 membros eleitos a cada quatro anos. É o
verdadeiro órgão de decisão legislativa.
Política externa
A política
externa da Áustria se mantém como uma política de neutralidade participativa,
na qual são destacados os seguintes pontos:
Velar pela
segurança nacional;
Fomentar suas
relações diplomáticas com o mundo árabe;
Fomentar as
relações diplomático-comerciais com os Estados Unidos - na luta contra o terrorismo, a Áustria
autorizou os Estados Unidos a utilizar o território austríaco para esses fins,
e ofereceu toda a cooperação burocrática de que necessite;
Cooperar no
combate ao terrorismo;
Manter a neutralidade
participativa, com exceção dos seguintes casos: a cooperação com o Conselho de
Segurança da ONU,
ajuda nas missões da OSCE e operações do "tipo Petersberg",
contempladas dentro do Tratado
de Amsterdã;
Promover a
cooperação a fim de evitar tanto o vínculo a um bloco militar como a construção
de bases militares de outros Estados em seu território. Esse processo de
adequação na tradicional política
externa austríaca
está em construção, já que tem enfrentado oposições internas;
Economia
A Áustria é um
dos 10 países mais ricos do mundo em termos de PIB per capita (US$ 45 000 em 2007). Tem uma economia
social de mercado bem desenvolvida e um altíssimo padrão de vida. Até a década
de 1980,
muitas empresas foram estatizadas. Nos últimos anos, entretanto, a privatização
diminuiu a participação estatal a um nível comparável a de outras economias
europeias. Junto a uma indústria altamente desenvolvida, o turismo
internacional é a parte mais importante da economia austríaca. O PIB em 2007
foi de US$ 270 bilhões.
A Alemanha foi historicamente o principal parceiro
comercial da Áustria, o que fez da Áustria dependente da economia alemã. Mas
desde que a Áustria se transformou num estado-membro da União Europeia, formaram-se vínculos mais próximos com
outros países do bloco e sua dependência da Alemanha diminuiu. O crescimento do
PIB atingiu 3,3% em 2006.
Os setores mais
importantes da indústria são: cimento, produtos químicos,
equipamentos elétricos, madeira, móveis, vidro, ferro e aço, artigos de couro,
veículos motorizados, instrumentos ópticos, papel e polpa, alimentos e bebidas,
têxteis e roupas. As exportações incluem: madeira, móveis, ferro e aço, papel e
polpa, têxteis, maquinaria, eletricidade e magnesita. Moeda: Euro,
que substituiu o xelim austríaco em 2002.
Algumas das
empresas austríacas mais famosas são a marca Wolford, a fabricante de armas Glock e a Red Bull.
Infraestrutura
Educação
A
responsabilidade sobre o sistema educacional na Áustria é dividida entre os
estados da Áustria e o governo federal. Educação no jardim de infância é
opcional e acessível a todas as crianças com idade entre 3 e 6 anos. A escola é
compulsória por nove anos, ou seja, normalmente de 6 a 15 anos. O Programme
for International Student Assessment, coordenado pela OCDE,
atualmente lista a educação na Áustria como a 18ª melhor do mundo, sendo significativamente
melhor do que a média da OCDE.
A educação
primária tem
duração de 4 anos. Assim como na Alemanha, a educação
secundária inclui
dois tipos principais de escolas baseadas na habilidade do aluno determinada
pelas notas na escola primária: o ginásio para as crianças mais bem dotadas, e
oHauptschule que prepara as crianças para a educação
vocacional mas também para educação posterior (HTL =
instituição para educação técnica superior; HAK = academia
comercial; HBLA =
instituição para educação superior em negócios e economia; etc). Os dois tipos
levam a Matura, que
é um requisito para o acesso às universidades.
O sistema de
universidades da Áustria era aberto para todos os estudantes que passassem no
exame da Matura até 2006,
quando foi criada uma taxa para exames de admissão para algumas áreas, como medicina. Em 2008,
todos os estudantes da União Europeiaprecisavam pagar uma taxa de €370 por
semestre para todos os estudos universitários. Com isso, um relatório da OCED criticou
o sistema educacional da Áustria pelo baixo número de estudantes matriculados
nas universidades e a média relativamente baixa de acadêmicos comparada a
outros países da OCED.
Qualidade de vida
e sistema social
A qualidade de
vida na Áustria é considerada uma das melhores do mundo, contando com serviços
sociais de primeira linha, tanto em termos de saúde e saneamento básico quanto
em compatibilidade de trabalho e família. O sistema de previdência
social é
amplo, obrigatório e financiado através de impostos. A previdência inclui prestações para todos
os empregados e seus parentes em caso de assistência médica, desemprego,
licença-maternidade e demissão, assim como assistência social pública gratuita
para cidadãos necessitados.
Cultura
A Áustria, como
uma grande potência europeia no passado, gerou uma grande contribuição para a
cultura mundial em diversas formas de arte, especialmente a música. Desde o fim
do século XVIII até a Primeira Guerra Mundial, em 1914,
Viena era considerada a segunda capital cultural da Europa, superada apenas por Paris.
Música
Muitos dos mais
famosos compositores eruditos do mundo nasceram na Áustria, entre os quais Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Franz Schubert, Anton Bruckner, Gustav Mahler, a família Strauss, Arnold
Schönberg, Anton Webern, Alexander von
Zemlinsky, Siegmund von Hausegger e Alban Berg. A cidade de Viena historicamente sempre
foi um dos mais importantes centros mundiais da inovação musical.
Além dos
compositores nativos, muitos outros compositores de outros países foram atraídos
para a Áustria devido ao patrocínio dos Habsburgo, entre os quais Ludwig van Beethoven, Carl Maria von Weber e Johannes Brahms. Outros compositores estrangeiros como Franz Liszt, Franz Lehár, Bedřich Smetana, Antonín Dvořák e Béla Bartók tiveram grande influência na música
austríaca.
O atual hino nacional da Áustria foi escolhido depois da Segunda Guerra Mundial para substituir o tradicional hino austríaco
escrito por Joseph Haydn ("Kaiserlied"), e que inicialmente era
atribuído a Mozart.
Na música
popular, o ritmo mais associado à Áustria é a valsa e, nos dias atuais, a schrammelmusik.
Outra característica musical associada à Áustria é o iodelei tirolês. Alguns nomes
internacionalmente famosos da música popular austríaca são o pianista de jazz Josef Zawinul, o roqueiro Falco e o cantor Peter Alexander.
Artes plásticas
Alguns dos
pintores e desenhistas mais famosos da Áustria são Ferdinand Georg Waldmüller, Gustav Klimt, Koloman Moser, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Alfred Kubin,Raoul Hausmann, Arnulf
Rainer, Gottfried Helnwein e Franz West. A pintura atingiu um ponto de destaque na
Áustira década de 1900.
Na segunda metade do século XX estabeleceu-se a escola vienense do Realismo Fantástico e, posteriormente, do Surrealismo. A essa escola pertence Friedensreich
Hundertwasser, com seus desenhos decorativos abstratos. Um movimento
importante foi o Aktionismus,
nos anos 1960, que juntou a pintura com o teatro.
Outros artistas
plásticos famosos da Áustria são a fotógrafa Inge Morath e os
arquitetos Johann Fischer von Erlach, Johann Lukas von Hildebrandt e Otto Wagner.
Ciência e
filosofia
A Áustria foi o
lugar de nascimento ou de origem étnica de 20 cientistas que receberam prêmios Nobel, entre os quais Ludwig Boltzmann, Ernst Mach, Victor Franz Hess e Christian Doppler, cientistas muito renomados no fim do século XIX. Durante o século XX, vieram as contribuições deLise Meitner, Erwin Schrödinger, Wolfgang Pauli para as áreas de pesquisa nuclear e mecânica
quântica. Um dos cientistas austríacos mais conhecidos do mundo atualmente é o
físico quântico Anton Zeilinger, apontado como o primeiro
cientista a demonstrar a teleportação quântica.
Além dos
físicos, a Áustria foi o lugar de nascimento de Ludwig
Wittgenstein e Karl Popper, dois dos mais renomados filósofos do
século XX, assim como dos biólogos Gregor Mendel e Konrad Lorenz, do matemático Kurt Gödel e dos engenheiros Ferdinand Porsche e Siegfried Marcus. Os ramos mais fortes da ciência austríaca
sempre foram a medicina e a psicologia, a partir da Idade Média com Paracelso. Grandes médicos como Theodore Billroth, Clemens von Pirquet e Anton
von Eiselsberg construíram ao longo do século XIX a
Escola de Medicina de Viena. A Áustria também foi o lugar de nascimento do
médico e neurologista Sigmund Freud, dos psicólogos Alfred Adler, Paul Watzlawick e Hans Asperger e do psiquiatra Viktor Frankl. Grande destaque merece ser dado
a Karl Landsteiner, médico austríaco laureado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1930 pela classificação dos grupos
sanguíneos no
sistema ABO e pela descoberta do fator Rh.
A Escola de
Economia da Áustria tem entre seus representantes os economistas Joseph Schumpeter, Eugen von Böhm-Bawerk, Ludwig von Misese Friedrich
von Hayek -
este último agraciado com o prêmio Nobel de Economia. Paralelamente, também na
Áustria surgiu duas outras grandes correntes econômicas. O Austromarxismo, uma
vertente do Marxismo surgida no seio do Partido Social-democrata austríaco,
cujos principais teóricos estão Rudolf Hilferding,Otto Bauer e Max Adler. Por sua vez, o pai do pensamento schumpeteriano, Joseph Schumpeter, estudou e iniciou suas pesquisa - tenha
nascido no território do extinto Império Austro-Húngaro, atual República Checa.
Na área de
administração, o nome mais famoso é Peter Drucker, que emigrou para os Estados Unidos.
Literatura
Apesar de sua
fama como terra de artistas e cientistas, a Áustria sempre foi também uma terra
de poetas, escritores e romancistas. É o local de nascimento dos romancistasArthur Schnitzler, Stefan Zweig, Bertha
von Suttner (primeiro
Nobel da Paz), Marie Ebner von Eschenbach, Oswald von Wolkenstein, Elfriede Jelinek (Prêmio
Nobel de Literatura, 2004), Thomas Bernhard, Franz Kafka, Robert Musil e dos poetas Georg Trakl, Franz Werfel, Franz Grillparzer, Rainer
Maria Rilke, Adalbert
Stifter e Karl Kraus. Uma menção à parte é dada a Hugo von Hoffmansthal, poeta e romancista, símbolo da Viena fin-de-siècle.
Nos dias atuais,
alguns dos romancistas e dramaturgos mais famosos são Elfriede Jelinek (Nobel
de Literatura) e o escritor Peter Handke.
Culinária
A culinária austríaca
é uma das mais multiculturais da Europa, tendo recebido influências da Hungria, República Checa, Itália e Alemanha (Baviera) e é muito conhecida
internacionalmente por seus doces e massas folhadas. Alguns dos mais famosos
pratos são o schnitzel vienense,
o spätzle, um tipo de macarrão, o apfelstrudel - um tipo de torta de maçã com massa folhada
e a sachertorte, um tipo de torta de chocolate.
Esportes
O esporte de
equipe mais popular na Áustria é o futebol, apesar de o melhor resultado da seleção
austríaca na Copa ter sido um terceiro lugar em 1954.
O campeonato austríaco de futebol é disputado em duas divisões, com 10 times
cada um. As equipes mais populares são o SK Rapid Wien, atual campeão austríaco, onde jogou o
brasileiro Fabiano Lima, e o FK Austria Wien. Outros esportes que merecem
destaque são o basquete e o hóquei no gelo.
Entretanto, os
melhores resultados da Áustria estão nos esportes individuais, especialmente
modalidades de inverno como o snowboarde o esqui alpino, que é considerado o esporte nacional. Alguns
dos mais famosos praticantes desse esporte são Toni Sailer, Hermann Maier, Annemarie Moser-Pröll e Anita Wachter. A cidade de Innsbruck, capital do Tirol, sediou as olimpíadas de
inverno por duas vezes, em 1964 e 1976.
O automobilismo também é um esporte de destaque na Áustria,
sendo o nome mais bem sucedido o piloto de Fórmula 1 Niki Lauda, tricampeão em 1975, 1977 e 1984.
Outros nomes que merecem destaque são os piloto Gerhard Berger e Roland
Ratzenberger, falecido num
acidente em Ímola em 1994. A Áustria juntamente com a Suíça organizou o Europeu
de 2008 onde ficou apenas pela primeira fase. Neste europeu a vencedora foi a
Espanha que ganhou na final à Alemanha.
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