Les Diablerets
Europa
A Viagem
Suíça
Foto Reportagem
Fotos obtidos sequencialmente numa viagem iniciada em 2 de
Julho de 2008 com o objectivo de visitar a Suiça, o Liechenstein e a Austria e,
no regresso, percorrer o Vale do Loire (França), terminando, a viagem, em
finais de Agosto de 2008. Visitas pontuais a Portugal a Espanha e a Alemanha.
(Parte 1 de 2)
Para ver as fotos em “tela inteira” não se esqueça de pressionar a tecla
“F11”. Para voltar ao formato inicial prima de novo “F11”.
**********
Suíça
Suíça (em alemão: [Die] Schweiz; em suíço-alemão: Schwyz ou Schwiiz;
em francês: Suisse; em italiano: Svizzera; em romanche: Svizra), oficialmente Confederação
Suíça (em
alemão: Schweizerische
Eidgenossenschaft; em francês:Confédération suisse; em italiano: Confederazione
Svizzera; em romanche: Confederaziun svizra), é uma república
federal composta
por 26
estados, chamados de cantões, com Berna como a sede das autoridades federais. O país
está situado na Europa Central, onde faz fronteira com a Alemanha a Norte, com a França a Oeste, com Itália a Sul e com a Áustria e Liechtenstein a Leste.
A Suíça é um país sem costa marítima cujo território é dividido geograficamente
entre o Jura, o Planalto Suíço e osAlpes,
somando uma área de 41 285 km². A população suíça é de
aproximadamente 7,8 milhões de habitantes e concentra-se principalmente no
planalto, onde estão localizadas as maiores cidades do país. Entre elas estão
as duas cidades
globais e
centros económicos de Zurique e Genebra. A Suíça é um dos países mais ricos do mundo relativamente ao PIB per capita calculado em 75.835 de dólares americanos em
2011. Zurique
e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo, estando em segundo e terceiro
lugar respectivamente e
a Suíça como o melhor país para nascer em 2013 .
A Confederação
Suíça tem uma longa história de neutralidade, não estando em estado de guerra
internacionalmente desde 1815.
O país é sede de muitas organizações internacionais como o Fórum Económico Mundial, a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio e do segundo maior Escritório das Nações
Unidas. A nível europeu, foi um dos fundadores da Associação Europeia de Comércio Livre e é parte integrante do Acordo
de Schengen. Em termos
desportivos, o COI, a FIFA e a UEFA possuem as suas sedes localizadas no
território suíço.
A Suíça é
constituída por quatro principais regiões linguísticas e culturais: alemão,
francês, italiano e romanche. Por conseguinte, os suíços não formam uma nação
no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. O forte sentimento de
pertencer ao país é fundado sobre o histórico comum, valores compartilhados (federalismo, democracia
directa e neutralidade) e pelo simbolismo Alpino. A
criação da Confederação Suíça é tradicionalmente datada em 1 de Agosto de 1291.
Etimologia
Confœderatio
Helvetica é
a designação oficial em latim do país. O termo Helvética vem
da palavra latina Helvetier que por sua vez provém do nome da antiga
tribo celta dos Helvécios. A Revolução Suíça de 1798 foi a primeira contra a supremacia dos
fundadores da Antiga Confederação Suíça: Uri, Schwyz, Unterwalden e as cidades de Lucerna, Zurique e Berna.
As diferentes línguas faladas obrigaram a criar um nome único em latim,
língua maioritariamente falada na Europa naquela época. Nos
tempos atuais, o termo Helvetia não é utilizado para caracterizar
oficialmente a Suíça. Contudo, este nome pode ser encontrado em selos e moedas
suíços. "C.H." (Confœderatio Helvetica) são as iniciais
encontradas nos autocolantes para os carros e no domínio da Internet (.ch) desde 1995.
O nome Confederação
Suíça tornou-se
conhecido apenas durante o século XVIII, quando não era nem oficial nem único, dado
que designações como Corpo
helvético, Magna
Liga, Ligas e Helvetia eram
também usadas para denominar a Suíça. Também não se encontra Confederação
Suíça na Acta
de Mediação de 1803, apesar de Napoleão
Bonaparteser considerado
como o Mediador
da Confederação Suíça. A primeira ocorrência legal do nome está escrita no
artigo 15.º do pacto federal de 1815 em que se transcreve os
XXII Cantões se constituem em Confederação Suíça, nome que fora modificado
desde então.
Actualmente, e
segundo a carta das denominações de países da Suíça, o país é nomeado
oficialmente comoConfederação Suíça e explicita que deve ser evitado o uso
de todas as palavras com prefixo helveto-. Esta
designação é utilizada pela primeira vez em alemão num documento datando da guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Porém, em latim a tradução continua sendo Confœderatio
Helvetica.
História
Antiguidade
A história da
Suíça começa antes do Império Romano: em 500 a.C. Nessa altura, muitas tribos celtas estavam localizadas nos territórios do
Centro-Norte da Europa.
A mais importante delas era a dos Helvécios, nome que iria originar a designação actual
da Suíça.
Ao contrário do
que era dito pelos Romanos e pelos Gregos, os Helvécios não eram selvagens mas
sim avançados na técnica de joias e outras peças pequenas corroborando as
escavações feitas no Lago Neuchâtel.
Em 58 a.C., os
Helvécios tinham planeado descer para Sul, mas foram parados na batalha
de Bibracte pelo Exército
Romano sob
o comando do general Júlio César e obrigados a recuar.
Os Romanos controlaram o território suíço até cerca 400
d.C. Foram criadas fronteiras e fortalezas a Norte do rio Reno para conter as invasões bárbaras
provenientes do Norte da Europa. Com o
imperador Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.), os romanos
conquistaram a parte Oeste da Alemanha e a Áustria. Muitas cidades das actuais da suíças foram
fundadas durante esta era: Genibra (Genebra), Lausana (Lausana), Octodurum (Martigny), Salodurum (Soleura), Turicum (Zurique), Sedunum (Sion),
Basilia (Basileia), Bilitio (Bellinzona), entre outras.
Depois da queda
do Império Romano, o território foi invadido por tribos germânicas como os Burgúndios, Alamanos e Lombardos. O período da Idade Média da Suíça foi
um pouco confuso até à formação da antiga Suíça. No século VIII, os Burgúndios
e os Alamanos entraram na coalizão dos Francos de Carlos Magno, que permitiu aos missionários católicos
entrar nos territórios controlados pelos Alamanos. Com o Tratado de Verdun, o território suíço passou para as mãos de Lotário I, que incluía um assentamento burgúndio a
oeste do rio Aar que depois formou um reino independente até
1033, quando integrou de novo o Sacro Império Romano-Germânico.
Confederação de
1291 e o seu crescimento
1 de
Agosto de 1291 é a data da formação da Confederação
Helvética.21 Esta data foi encontrada num documento que já foi autenticado através de uma
análise radionuclear de Carbono-14. Tudo começou com uma estrada chamada São Gotardo e três pequenos vales no centro do
território suíço - Waldstätte - que ficaram esquecidos pelos duques e
reis. Do século XI ao século XIII, muitas cidades foram fundadas, incluindo Berna, Lucerna e Friburgo.23 A estrada de São Gotardo serviu às
populações que viviam nas planícies e nas montanhas, unindo-as. Ao longo dos
tempos, foram feitas estradas entre os povoados e a confederação foi aumentando
o seu território, tornando as aldeias das montanhas mais próximas e mais
fortes.
Ainda há uma
lenda nacional sobre a fundação do país: Guilherme Tell, o herói nacional suíço representado
actualmente nas moedas suíças de cinco francos. Porém, muitos historiadores acreditam que
não passa de uma figura heróica.
A partir de 1332,
a confederação começou a crescer, acolhendo novos membros. Nesse ano, o cantão
de Lucerna adere
à união, enquanto os cantões de Zurique, Zug e Berna e Glarona entram em 1353, 1352 e 1353, respectivamente
criando a confederação de oito Estados-Membros. Mais tarde entrou a cidade, e
não o cantão, de Appenzell em1411 e depois São
Galo em 1412. Uri, Unterwalden e Lucerna fizeram uma aliança com o bispo de Sion, Valais em 1403.
Porém, em 1414,
quando os lordes de Raron
(Valais) começavam a aumentar a sua influência no Valais,
os habitantes da região começaram a defender-se contra eles, criando assim as
primeiras dificuldades da Confederação de 1291.
Passado algum
tempo, tendo os Suíços se envolvido em pequenas guerras contra os Borguinhões e em conquistas de outros pequenos
territórios como Zurique, Schwyz e Glarona (resultados
da Antiga Guerra de Zurique), surgiu a necessidade de aumentar a confederação. Porém, em 1477, Uri, Schwyz, Unterwalden, Zug e Glarona não
concordavam com mais uma expansão. Um acordo levado por Niklaus von Flüe acalmou
os ânimos dando assim entrada aos cantões de Friburgo e Soleura. De
seguida, os cantões fizeram mais um acordo com o Cantão
de Grisões, porém, sem
Berna criando a confederação dos 13 Estados-membro.
Através da Guerra dos Suabos, a Suíça juntou mais membros. Em 1501,
as cidades deBasileia e Schaffhausen foram integradas na confederação, e em 1513 o Apenzell (antes
de se dividir) integrou a confederação, dando assim treze cantões, que
constituíam a antiga Confederação de 1291 durante muito tempo. Porém a
independência formal só aconteceu em1648.
Depois da criação
da Confederação em 1291, a Suíça atravessa um longo período de revoluções,
guerra e invasões contra o Antigo Regime que viria a culminar com a revolução de
1782.
Entre 1650 e
1790, vários são os conflitos que vão acontecendo na Suíça contra famílias ricas e que não tiveram sucesso. Muitos
cantões entraram em guerra e conflitos para reclamar igualdade nos direitos.
Apenas o Cantão
de Genebra e
a cidade de Toggenburgconseguiram restaurar algumas regras
antigas. Porém, em 1782, as tropas napoleónicas e de Berna conseguiram instaurar aaristocracia em Genebra.
Contudo, durante
o séc. XVIII, cada vez mais as pessoas insistiam na
unidade da Suíça, criando regras equivalentes entre os cidadãos. Em 1761,
foi criada a Sociedade Helvética em Zurique. Juntavam-se todos os anos em Schinznach-Bad (Cantão de Argóvia)
e discutiam a história e o futuro da Confederação.
A República
Helvética
As revoltas que
ocorriam entre o século XVII e o século XVIII mostraram que a revolução de 1798 não correu
da mesma maneira que a Revolução
Francesa. Enquanto que em França a revolução deveu-se ao abuso do poder da monarquia, na Suíça, a revolução de 1798 deveu-se
mais à corrupção das casas ricas. De todas as maneiras, a Revolução Francesa de
1789 provou aos suíços que era possível uma revolução na confederação.
Após a Tomada
da Bastilha, muitos suíços
em todo o país começaram a pôr em causa o sistema político em vigor através de petições como, por exemplo, em Unter-Hallau, Aarau e no
cantão de Vaud. Outros acontecimentos são as celebrações da Revolução Francesa
em Lausanne (1790), de onde inicia-se a Revolução de
1798. Em 1792,
ocorre a Revolução de Genebra. Um ano depois são realizadas eleições que viriam
a culminar com a celebração de uma nova Constituição em 1794.
Nesse mesmo ano ocorre também a Revolução dos Grisons.
A Revolução de Vaud em 1797 representou um papel fundamental para a
criação da República Helvética.Frederico César de La Harpe perguntou à população se concordaria com uma
intervenção francesa contra Berna. Quando Napoleão caminhava a caminho da Alemanha atravessando Genebra, em Vaud,
foi acolhido em festa e as populações aproveitaram esta ocasião para lhe
mostrar as suas convicções em Lyon.
Apesar de tudo,
Berna não queria negociar e enviou 5000 soldados de expressão alemã à região. Os soldados de expressão francesa
proclamaram a República de Léman, em que Léman significa o Lago de Genebra. O general francês Ménard aproveitou a vitória do conflito para
declarar guerra a Berna. Os vaudeses marcharam para Berna e tomaram a cidade a 5 de Março de 1798.
Cerca de 121
representantes dos cantões de Argóvia, Basileia, Berna, Friburgo, a República de Léman (Cantão de Vaud), Lucerna, Schaffhausen,Solothurn e Zurique juntaram-se em Argóvia a 12 de Abril de 1798 para proclamar a
República Helvética e confirmar uma nova constituição.
A França anexou
os cantões de Genebra, Neuchâtel, Bienna e o território do Bispo de Basileia,
actual Jura.
A nova constituição promulgada era muito semelhante à francesa, com um
parlamento (duas câmaras), um governo legislador e um tribunal supremo de
justiça. A tradição federalista da Antiga Confederação de 1291 fora eliminada.
O colapso e o Acto
de Mediação de Napoleão
Apesar da criação
de uma nova república, a República Helvética viria a cair devido a diversos
factores. De um lado, os representantes do antigo sistema não falharam em
atacar as novas ordens, criticando e ridicularizando-as. Por outro lado, as
guerras sucessivas foram esgotando as reservas da confederação. O sistema
político de
centro não
foi bem recebido pela população e os camponeses, apesar de favoráveis à República, queriam
estatutos iguais.
A França
tornara-se uma ditadura sob o comando de Napoleão e a República Helvética teve quatro
tentativas de golpe de estado. Em razão da grande confusão e da
instabilidade, alguns cantões restauraram o estatuto cantonal (Schwyz,
Nidwalden, Obwalden, Appenzell, Glarona e Grisões). A cidade de Zurique criava
uma forte oposição sobre a República dificultando as tarefas desta. A República
viria a cair em 1802 com uma guerra civil entre os republicanos e
apoiantes do antigo regime.
Napoleão, ao ver o estado na República Helvética,
ordenou aos seus soldados para invadir e desarmar os rebeldes e aí, percebeu
que o sistema de República nunca seria viável. Foi aí que se criou um acto de
mediação entre várias partes a ser respeitado pelos cidadãos, que durou de 1803
a 1815. A Suíça ganhou seis novos cantões: São
Galo, Grisões, Argóvia, Turgóvia, Tessino e Vaud.
Após Napoleão ter
perdido contra a Rússia e na Batalha
de Waterloo, a Suíça
regressou ao sistema federal. Os seis cantões que tinham entrado durante o acto
de mediação receberam o estatuto de estados livres (cantão) em vez de membros
associados. Valais,
Neuchâtel e Genebra voltaram a entrar para a confederação após terem sido
anexados pela França. A Suíça passava a ter 22 cantões com as fronteiras iguais
às da actualidade.
Era Moderna
Durante o século XIX, a Confederação Helvética vai progredindo
para se tornar numa democracia moderna. Quando em 1815 o Antigo Regime foi restaurado, nem todos os republicanos
desistiram. Muitos ainda reivindicavam a liberdade de circulação e direitos
iguais entre classes sociais, entre outras exigências. Dadas essas, o cantão de
Basileia dividiu-se em dois: Basileia-Cidade e Basileia-Campo. Outros políticos
defendiam a criação de uma federação semelhante à dos Estados Unidos, com um parlamento federal. Depois de uma
breve guerra civil em 1847, criou-se a Constituição Federal de 1848.
À semelhança do sistema norte-americano, a Suíça adoptou a Declaração dos Direitos Humanos, duas câmaras parlamentares - o senado e a
câmara federal -, o governo federal e um tribunal de Justiça Suprema. A nova constituição
foi aceite por 15 cantões e meio (dado que apenas Basileia-Campo tinha aceite).
Berna foi designada a capital federal. Porém, só em 1874 é que a constituição foi totalmente revista.
O país também se
desenvolve no sector da indústria. A Suíça foi um dos primeiros países a
implementar este ramo na sua economia e viria a crescer sobretudo depois da Revolução Industrial de 1850.
A indústria
têxtil foi
um dos primeiros sectores do país a ser desenvolvido. Em 1801,
a Suíça começa a produzir têxteis nas máquinas de terceira geração importadas
do Reino Unido em São Galo. Mas, ao invés dos outros países
que usavam energia a vapor (a partir do carvão), os suíços usavam sobretudo as
potencialidades da energia hidroeléctrica. Em 1818,
as máquinas substituíram praticamente todo o trabalho manual em todo o
território.
Porém, com o Bloqueio Continental provocado por Napoleão, os suíços viram a
possibilidade de importar máquinas proibidas. Por isso, muitas empresas
começaram a construir elas próprias as suas máquinas.
O sector
industrial é uma das marcas mais importantes dos séculos XVIII e XIX pois
serviu de impulso para a economia helvética. Mas a grande expansão de empresas
criara um efeito de capitalismo sem ordem pelo que foi necessário criar
regras para conter esses problemas. Também no século XIX a Suíça faz-se de exemplo ao Mundo ao criar
regras laborais tais como em 1815 em Zurique que defendia que as horas diárias
não excederiam as 12, nunca começando antes das cinco da manhã. As crianças com
menos de dez não deviam trabalhar. Em 1815 o cantão de Turgau afirma que nenhuma
criança pode trabalhar. Em 1877 uma lei federal nasce afirmando que as horas
diárias passariam a ser 11 e não haveria período laboral à noite e aos
Domingos. As crianças com menos de 14 anos estavam proibidas de trabalhar.
Século XX
Apesar do país
ter sido rodeado por várias potências em guerra (a França, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro - até 1918 - e a Itália), a Suíça nunca foi invadida em nenhuma das
duas Grandes Guerras. A sua neutralidade foi posta em causa com o Escândalo Grimm-Hoffmann, em
1917, ao qual não foi dada muita relevância. O Estado adere à Liga das Nações em 1920 e ao Conselho Europeu, em 1963. A
invasão da Suíça foi várias vezes planeada pelos alemães, mas nunca foi
atacada. Conseguiu
manter a paz com a Alemanha através de concessões económicas e militares. A
imprensa suíça e o Governo Federal opuseram-se às políticas do Terceiro Reich. Dada a sua localização geográfica, a Suíça
era um local de espionagem constante por parte das duas facções (os Aliados e o
Eixo). Durante a Segunda Guerra Mundial, a Suíça recebeu 300 mil refugiados dos
quais 104 mil eram militares estrangeiros. 60 mil eram civis que fugiam das
políticas nazis. Daqueles, entre 26 mil a 27 mil eram judeus. No entanto, as
políticas imigratórias e de asílio eram restritas o que causou muitas
controvérsias.
Apesar de tudo,
a Suíça foi uma voz de liberdade para a Europa Ocidental. A defesa
"espiritual" fez com que a Suíça fosse uma marca de referência para
os direitos do Homem e assegurou, fortalecendo a sua independência.
Em 1958,
a Suíça garante o direito ao voto às mulheres, primeiro a nível cantonal (no Valais),
e depois a nível federal em 1971. O
último cantão a reconhecer o direito às mulheres de votar foi Appenzell Interior em
1990. Esse reconhecimento permitiu um grande crescimento de participações das
mulheres na vida política. Em 1978 ocorre a criação do último cantão helvético,
o Jura,
após a separação de vários territórios ao longo do cantão de Berna. O Jura
integrou oficialmente a Confederação Helvética em 1979. A 18
de Abril de 1999, um referendo nacional propôs a revisão total da Constituição
Helvética.
Em 2002,
a Suíça integra totalmente as Nações
Unidas, deixando
o Vaticano como o único Estado sem integração completa
no organismo. A Confederação Helvética é um Estado-membro da Associação Europeia de Livre Comércio mas não é membro do Espaço Económico Europeu. Em 1992, a Suíça pediu a adesão à União Europeia, mas fora banida pela EEE em Dezembro de
1992, dado que um referendo interno era necessário para obter aprovação por
parte da população helvética. Vários referendos foram-se realizando e
devidas às opiniões da população, as negociações com a União Europeia foram
congeladas. No entanto, as leis suíças estão gradualmente a adaptar-se às
normas da UE e o Governo Federal assinou vários acordos bilaterais com o bloco
económico. O país, juntamente com o Liechtenstein, tem vindo a estar rodeada pelos
países-membros da UE até 1995, com a adesão da Áustria. Em 5 de Junho de 2005,
a população suíça aprovou a integração ao Espaço Schengen.
Geografia
Regiões e
densidade
A Suíça é um
país localizado no centro da Europa de coordenadas 47,00 N e 8,00 E. A sua área
total é de 41.285 km² em que 1.520 são cobertos de água. Faz fronteira com
a França a Oeste, a Alemanha a Norte, a Áustria e o Liechtenstein a Leste e com aItália a Sul. De uma maneira geral, pode-se dividir
a Suíça em três regiões geográficas: os Alpes,
o planalto e o Jura.
O planalto
suíço, denominado como plateau,
ocupa um terço da área do país e aí mora cerca de dois terços da população
naquela área geográfica. A densidade populacional é de cerca de 450 pessoas por
quilómetro quadrado. Vai desde o Lago Leman na fronteira francesa, atravessando o centro
da Suíça e terminando no Lago
de Constança, nas
fronteiras com a Alemanha e a Áustria. Tem uma altitude média de 580 metros. O plateau suíço
é atraversado por três grandes rios: o Ródano, o Reno e o Aar.
O Sul e o centro-Sul da Suíça são dominados pela cadeia montanhosa alpina
enquanto que o restante é uma zona plana exceptuando-se um faixa ao longo da
região Noroeste que é dominada pelo Jura.
Os Alpes Suíços fazem parte de uma cadeia montanhosa que
atravessa desde o Sul da Europa até à Europa Central. Algumas das mais
importantes passagens estão localizadas nos Alpes suíço. Têm uma altitude média
de 1700 metros e cobra dois terços de toda a totalidade da área da Suíça. Entre
os alpes suíços estão 48 montanhas que têm pelo menos 4.000 metros de altitude.
O Jura é uma linha de rocha calcárica que se estende desde o Lago Leman até o
rio Reno no Norte, ocupando cerca de uma décima parte da área da Suíça, 12%.
Estão prensentes naquelas rochas ambundantes fósseis de origem jurássica.
A densidade populacional da Suíça é elevada: 170 habitantes por
quilómetro quadrado. Porém, é na zona central que se concentra a maior parte da
população cuja densidade chega aos 500 habitantes por quilómetro quadrado.
Natureza
Os Alpes suíços constituem um ambiente extremo. A região dos Valais possui cumes que podem chegar acima dos 4000
metros.
Dada a grande
diferença de altitudes, que variam dos 195 metros até mais de 4000 metros, a
Suíça apresenta uma grande diversidade de climas e dos respectivos animais e
plantas. Na zona Sul, nomeadamente nocantão
de Ticino, pode-se
verificar um clima mediterrânico, enquanto que no topo das montanhas está
sempre presente uma camada de neve. A grande discrepância de altitudes também
permite constatar uma diversidade nos minerais.
Nos cantões mais
a Sul (Valais e Ticino)
podem-se encontrar eucaliptos e pinheiros. O tempo temperado permite a
evolução de muitas plantas e também de zonas vinhateiras, entre outras
espécies. À medida que aumenta a altitude, a densidade vegetacional diminui,
pois o ar torna-se mais frio, dificultando a evolução de espécies. Os glaciares formam a paisagem a altas altitudes. A Suíça
é um dos países com mais glaciares por área.
Em relação à
fauna, os ursos e os lobos estiveram extintos durante um século. Porém, o lobo
reapareceu no território nas últimas décadas provindo da Itália. O íbex, o chamois e a marmota são espécies muito frequentes nos Alpes, bem
como uma grande quantidade de espécies voadoras em todo o território, como pombos, corvos e gaivotas.
Clima
O clima na Suíça
é temperado apresentando uma grande amplitude entre Verões amenos e Invernos rigorosos. Abaixo da cordilheira dos Alpes,
o tempo é mais quente do que no Norte. Em termos climáticos pode-se dividir a
Suíça em quatro regiões: extremo Sul, os Alpes, o maciço central e o Jura. As
temperaturas variam entre temperaturas negativas nas zonas montanhosas e no Inverno e temperaturas amenas durante o Verão pois
na época do Estio, o país é enfrentado por um anticiclone enquanto que no
Inverno, existe uma frente fria proveniente da Sibéria causando abruptas quedas na temperatura,
sobretudo durante a noite.
O tempo na Suíça
varia bastante de lugar para lugar. O local com maior precipitação é Rochers
de Nave, perto de Montreux com cerca de 260 cm por ano. A
precipitação é geralmente mais elevada na parte Oeste do país onde se formam
nuvens de origem atlântica. A parte Sul tem também altas precipitações devido
aos efeitos de barramento das nuvens nos Alpes: em Lugano a precipitação chega aos 175 cm.
Uma das características mais vincadas no clima suíço é o vento forte e quente
que se forma no Sul, designado Vento Föhn. A ensolação na Suíça é de aproximadamente
1700 horas por ano, havendo picos em lugares no Valais onde o Sol pode durar
cerca de 2300 horas por ano.
Etnicidade
A Suíça, assim
como os seus países vizinhos, nunca foi e não é uma população homogénea. Esta
diversidade étnica parte desde os tempos celtas em que os helvécios eram a tribo mais importante da zona central
da Europa e está directamente ligada à diversidade linguística do país. Quando
os helvécios foram impedidos de imigrar para o Sul do território actual da
França por César, floresceu uma nova cultura
galo-romana. Em 400 d.C.,
aquando das grandes migrações (Völkerwanderung), os francos e os burgundos migraram para Norte atravessando o rio Ródano. Estes últimos instalaram-se na zona
ocidental da Suíça e adoptaram a língua latina (que viria a originar a zona
românica da Suíça). Um outro grupo étnico germânico chamado Lombardos (da Lombardia) instalaram-se na zona Sudeste do país
dando origem à zona italiana do país. Por fim, os Alamanosinstalaram-se na zona Sudoeste da
Alemanha e proliferaram por dentro do território suíço originando a zona alemã
do país.
Ainda existiam
os récios que pensa-se que eram os que originaram a parte do romanche. Porém,
essa etnia desapareceu sem deixar muitos rastos. Concluindo, pode-se dividir a
população helvética nativa em três etnias:
Celtas - língua românica: os burguinhões (zona
francesa);
Romanos - língua latina: os lombardos (zona
italiana);
Germânicos - língua germânica: os alamanos (zona
alemã).
Hoje em dia,
além destas três etnias, existe uma grande diversidade étnica estrangeira que
viria a propagar-se desde a Segunda Guerra Mundial. A Suíça apresenta minorias de origem espanhola, portuguesa, balcânica e recentemente, turca.
Línguas
Línguas oficiais na Suíça (2013):
Suíço-alemão (62,7%; 72,5%)
Francês (20,4%; 21,0%)
Italiano (6,5%; 4,3%)
Romanche (0,5%; 0,6%)
A Suíça tem
oficialmente quatro línguas: o alemão, o francês, o italiano e o romanche falados, respectivamente, em 63.7 %,
20.4%, 6,5% e 0,5% do território. Esta diversidade linguística deve-se à
vizinhança da Suíça: a Itália, de expressão italiana, a Alemanha, o Liechtenstein e a Áustria, de expressão alemã e, por fim, a França, de expressão francesa.
Esta divisão por
línguas dá na realidade uma divisão de facto em Suíça
alemã, Suíça
romanda, Suíça
italiana e
Romanche.
As pessoas nas
áreas fronteiriças entre duas línguas vão crescendo a aprender ambas as
línguas, tornando-se bilingues. Este fenómeno pode ser internacional, entre a
Suíça e outro país ou interno, entre duas áreas de línguas diferentes que podem
ser entre dois cantões ou mesmo dentro de um cantão. No caso do Cantão do
Valais, os habitantes de Sierre são bilingues onde o alemão e o francês
se encontram. A fronteira ideológica entre a população de expressão francesa e de
expressão alemã é coloquialmente conhecida como Röstigraben. A separação não fica somente
pela língua mas também pelas ideologias e culturas, onde os falantes franceses
são mais abertos e liberais e os falantes alemãs são mais conservadores. Embora
o alemão seja língua oficial de-jure, na realidade o mais
falado nesta área é o alemão-suíço (Schweizerdeutsch). Trata-se de uma variação
bastante diferente do alemão quer na pronúncia, quer na escrita. O alemão-suíço
é um dialeto, portanto falado somente por certas
comunidades, há diversos dialetos espalhados em toda a Suíça, havendo por vezes
mais de um dialeto por cantão. O romanche é falado por cerca de 50000 pessoas, das
quais 35000 o utilizam como língua materna. A maior parte de seus falantes vive
no leste do país, e o idioma se divide em três variações, cada qual com sua
própria gramática, literatura e dicionários; tentativas de se padronizar o
romanche não foram bem sucedidas até o momento.
A imigração de
grandes grupos estrangeiros, sobretudo portugueses, espanhóis, italianos, sérvios e albaneses permitiram a penetração de várias línguas
estrangeiras como oportuguês, o espanhol, o sérvio e, recentemente o turco, entre outras.
Religião
A Suíça é um estado laico reconhecido a nível federal pela sua
Constituição. No entanto, a maior parte dos cantões, exceptoGenebra e Neuchâtel,
reconhece religiões oficiais, em todos os casos incluindo a Igreja Católica e a Igreja Reformada Suíça. Estas igrejas, e em alguns cantões também a Velha Igreja Católica e congregações judaicas,
são financiadas por taxação oficial de aderentes. A nível
federal, o Artigo 4.º - Capítulo 1 da Confederação Helvética afirma que toda a
pessoa tem o direito de praticar a sua fé religiosa sem qualquer limitação por
parte das autoridades e dos outros cidadãos sejam quais forem a nacionalidade
ou origem.
O Cristianismo é a religião predominante na Suíça com 79%
da população a afirmar-se cristã, dividida entre a Igreja Católica com 40% de fiéis, várias denominações protestantes com 35% e outros cristãos com 4%. A
imigração trouxe o islão
(3%, predominantemente kosovares e turcos) e a ortodoxia oriental (1%) como religiões minoritárias
significantes.
De acordo com
dados do Atlas
of European Values de 2008,
75% dos suíços acreditam em Deus e 65% afirmam rezar ou meditar, no entanto
apenas 13% da população atende a serviços religiosos pelo menos uma vez por
semana.
O país é
historicamente equilibrado entre católico e protestante, com uma complexa divisão de maiorias na
maior parte do país. Um cantão, Appenzell,
foi oficialmente dividido em secções católicas e protestantes em 1597. As
maiores cidades (Berna, Zurique e Basileia) são predominantemente protestantes. A
parte central do país, assim como o Ticino,
são tradicionalmente católicas. A constituição suíça de 1848,
sob a recente sensação dos confrontos de cantões católicos e protestantes que
culminaram no Sonderbundskrieg, conscientemente definiu a Suíça como um estado que permite a
coexistência pacífica de católicos e protestantes. Uma iniciativa de 1980 pedindo a completa separação entre Igreja e Estado foi rejeitada, com 21,1% de votos
favoráveis.
Apesar da
constituição do país ser neutro e permitir qualquer confissão prática religiosa
no país, um referendo contra a construção de minaretes de mesquitas muçulmanas foi realizado em 29 de Novembro de 2009. O
resultado foi a aprovação do texto que proíbe a construção de tais estruturas
no país.
Política
A Suíça é um
Estado Federal desde 1848.
A nova Constituição de 1999, não influenciou nenhuma mudança notória no
sistema político helvético. Garante a soberania de cada cantão e a separação
entre poderes federais e cantonais. Defende a aplicação total dos Direitos
Humanos, da dignidade humana e proíbe a pena de morte.
A hierarquia
política
A Suíça, apesar
de ser um estado de pouca extensão, possui um sistema político bastante
complexo, semelhante aos sistemas federais dos restantes países do mundo. A
Constituição Federal da Suíça define o país como um Estado Federal composto por
26 cantões em que cada cantão tem a sua autonomia político-económica. A hierarquia política da Suíça é constituída da seguinte
maneira:
Em primeiro
lugar está o sistema Federal;
Em segundo, o
cantonal.
Em terceiro, o
sistema comunal.
O sistema
federal (ou Governo Central) vela pelas relações políticas com o exterior, a
economia nacional, as Forças Armadas, os estatutos sobre as medidas
internacionais como o peso e a altura, os caminhos-de-ferro (conhecidos como
"Chemins-de-Fer Fédéraux", CFF), entre outros. Já o poder cantonal tem a
sua própria polícia, tem o seu sistema de saúde e educação e até tem estatuto oficial
perante a religião. Por exemplo, no cantão de Valais a religião oficial é a Católica enquanto que, no cantão de Vaud,
a religião é o Protestantismo.
O governo
O Governo da
Suíça é constituído por um Conselho Federal, que representa o poder executivo,
eleito indirectamente pelas duas assembleias reunidas: o Conselho Nacional e o Conselho dos Estados, que reunidas formam o Parlamento suíço, a Assembleia Federal (Die
Bundesversammlung, L' Assemblée fédérale, Assemblea
federale).
O Conselho
Nacional (semelhante
ao Parlamento Português) é constituído por duzentos lugares. Os seus deputados são eleitos por
um período de quatro anos através de um complexo sistema de representação proporcional. O Conselho dos Estados (semelhante ao senado norte-americano) é constituído por 46 lugares. Os cantões enviam dois representantes e
os semi-cantões enviam um. Os representantes de cada cantão são eleitos pela
população do respectivo cantão e o sistema de voto difere de um cantão para
outro, visto que cada um deles tem as suas próprias regras.
As duas casas do
parlamento discutem as leis formadas, mas separadamente. Quando não se
entendem, as leis têm que ser alteradas.
O Conselho Federal, Governo Federal ou Administração Federal (Conseil
Fédéral, Bundesrat, Consiglio
Federale, Cussegl
federal, em francês, alemão, italiano e romanche, respectivamente) é
constituído por sete lugares. Cada membro tem direitos equivalentes e
representa uma parte do Conselho Federal. Cada membro pode ser reeleito e não
existe um limite máximo de mandatos. As pastas que constituem o Conselho são:
Assuntos Internos; Negócios Estrangeiros; Energia, Tráfego Ambiente e Comunicações;
Economia; Finanças; Justiça e Política; e Defesa, Protecção e Desporto. Todas
as decisões federais, ou a aplicar a nível federal, são tomadas no Palácio Federal em Berna.
Por fim, o
Tribunal Federal é a organização primária do sistema judicial na Suíça, sediado
em Lausanne. A sua função é proteger as leis suíças contra
posições arbitrárias que possam prejudicar os cidadãos e seus direitos. Não
existe uma corte constitucional.
O Presidente do
Conselho
A Suíça não tem
um presidente de Estado como, por exemplo, em Portugal e no Brasil,
o Presidente da República, mas sim um representante da Confederação Helvética que
exerce as funções de Presidente da nação. O Presidente da Confederação Helvética é eleito pelos sete conselheiros federais
por um período de um ano. Neste sistema colegial, o presidente, com estatuto primus inter pares
(ou seja, primeiro entre
iguais) é um membro do conselho federal sem mais poderes do que os outros, mas
tem a última palavra em caso de empate nas diversas votações que possam ocorrer
quer no Conselho Federal ou nas duas alas políticas. Acessoriamente ele representa
a nação, tanto a nível internacional como nacional.
Por exemplo, e a
nível nacional, é ele que no dia 1 de Janeiro de cada ano e no feriado nacional
do dia 1 de Agosto se dirige à população através de comunicações pela televisão
Democracia directa
O Landsgemeinde é uma
velha forma dedemocracia
direta sendo
ainda praticado em dois cantões suíços.
Para que toda a
população possa participar na vida política, a Suíça tem um sistema único no
Mundo de democracia
directa. É muito frequente
a realização de referendos, quer a nível federal, quer a nível cantonal. Além
do mais, os resultados de um referendo federal não implicam a obediência de uma
lei referendada por um cantão que tenha votado contra. Por exemplo se um cantão
votar contra uma lei e em todos os outros cantões fora aceite, essa lei não
entra no cantão que tenha votado efectivamente contra. Já em relação aos
assuntos externos, é necessário haver a aprovação de todos os cantões como no
caso da adesão da Suíça à União Europeia. Para a realização de um referendo nacional
com o objectivo de alterar uma lei na Constituição Federal, é necessário que
haja cem mil assinaturas a pedir salvo se for um referendo
pedido pelo Governo Federal ou por cada um dos cantões.
Relações externas
As relações
externas da Suíça são diversas e são da responsabilidade directa do
Departamento Federal Dos Assuntos Externos. São objectivos da Constituição e do
Departamento, a paz entre as nações, o respeito pelos direitos humanos, a
democracia e a Lei; promover a economia suíça no mundo, bem como a preservação
dos recursos naturais. O país foi dos últimos a integrar totalmente as Nações
Unidas, a 10 de Setembro de
2002, após um referendo, realizado seis mês após outro, onde na altura a
integração da Suíça na ONU fora rejeitada numa proporção de 3 votos contra 1
voto a favor. Em
1996, a Suíça integra a NATO e em 1997 o Conselho Euro-Atlântico.
Existem várias
situações de conflitos diplomáticos entre a Suíça e o exterior. Ultimamente, a
Suíça tem vindo a ter vários conflitos diplomáticos com a Líbia que começaram em Julho de 2008 aquando da
detenção do filho do presidente líbio. Hannibal Kadhafi e a sua esposa eram
acusados de mal-tratar uma empregada e foram detidos pelas autoridades suíças.
A Líbia ameaçou várias vezes a Suíça de corte de fornecimento de petróleo se o
país não libertasse Hanninal Kadhafi e pedisse desculpa pelo sucedido. Após
várias resistências, as autoridades libertaram-no e o Presidente do Conselho
pediu desculpas em público à frente do Presidente Kadhafi em Tripoli. A
imprensa suíça viu isso como uma humilhação por parte da Confederação.
A Suíça e a União
Europeia
O país é membro
da Associação Europeia de Livre Comércio, mas não faz parte da União Europeia,
apesar de todos países à sua volta serem integrantes do bloco europeu, exceptuando-se
o Liechtenstein.
A Suíça negociou
a integração no Espaço Económico Europeu (EEE) e a 20 de Maio de 1992,
assinou o acordo para a adesão do país à União Europeia. No entanto, um referendo nacional, realizado a 6 de Dezembro do mesmo ano, rejeitou a integração do país
ao EEE por apenas 50,3% dos votos. Como consequência, as negociações com a
União Europeia, na altura, Comunidade Económica Europeia, foram congeladas. A sua
adesão permanece em aberto e é vontade do Governo Federal a integração total da
Suíça na UE.
Ao longo da década de 1990, vários tratados foram assinados entre a UE
e a Suíça. Vários acordos bilaterais estão em prática entre o bloco europeu e o
país, no tocante a livre circulação de pessoas, tráfego aéreo e terrestre,
agricultura, ciência, segurança, cooperação em casos de fraudes, entre outros.
Porém, os acordos da Suíça com a UE estão sujeito à chamada cláusula
da guilhotina em
que, se num referendo um tratado for rejeitado, os acordo bilaterais I de 1999
são automaticamente anulados.
A 5 de Junho de 2005,
um referendo aprovou por maioria a integração do país no Espaço Schengen para a livre circulação de pessoas, o que
foi confirmado por outro referendo, a 12 de Dezembro de 2008.
Forças Armadas
As forças
armadas helvéticas têm estatuto de milícia, com formação militar obrigatória, além da
sua formação académica. Em 2006, o orçamento para a defesa do país rondou os
4,5 mil milhões de francos (3105 mil milhões de euros), cerca
de 1% do PIB suíço, no mesmo ano.
Equipadas de
material sofisticado e moderno, as forças armadas da Suíça têm como funções a
defesa do território e da soberania helvética e a contribuição para a paz
mundial através de missões ao estrangeiro, quer através da OTAN,
quer através da ONU.
Durante os
tempos de paz, as forças armadas são comandadas pelo chefe da armada que
depende do conselheiro federal da Defesa, Protecção da população e Desporto
(DDPS) e do conselho federal por inteiro. Em tempos de guerra, a assembleia
federal elege o general da armada perante os comandantes. Desde 1848, apenas
quatro homens ocuparam esse lugar.84 Todos os cidadãos do sexo masculino são
inscritos nas forças armadas, sendo obrigatório executar o serviço militar. Tal
acontece aos 18 anos de idade. Aos 20, metade do serviço é efectuado durante um
período de primeira formação (escola de recrutas). No entanto, em caso provado
do cidadão estar matriculado numa instituição académica, este pode adiar o
serviço até ao fim da sua frequência. Os militares suíços são equipados de
armas Fass 90 e/ou P220 Pist 75, ambas de marca SIG Sauer. Os canivetes
suíços são
também fornecidos, embora não sejam considerados armas.
A Guarda Suíça que acompanha o papa, foi criada no século
XVI pela armada suíça e era constituída por mercenários que lutavam entre as
potências. Hoje servem unicamente o papa, sendo ele que elege o superior. Os
guardas devem ter tido uma formação no exército suíço durante, pelo menos, dois
anos.
Divisão administrativa
A Suíça, à
semelhança de outros países federais, é constituída por 26 estados autónomos em
que cada um deles tem autonomia própria. Segundo a constituição federal, estes
estados são designados cantões e são independentes e soberanos. Os cantões
(oficialmente designados como membros da Federação Helvética) podem criar as
suas leis de modo a que essas leis não interfiram nos outros cantões. Tal como
a nível nacional, cada cantão tem a sua constituição, as suas regras, os seus
estatutos, etc. Todos os cantões têm o seu parlamento o que reforça as suas
autonomias. Como cada cantão é diferente a nível - e não só - territorial,
populacional e económico, é normal que as regras divirjam de um para outro.
Num referendo
realizado em 1911, o estado austríaco de Vorarlberg aprovou a sua junção à confederação
helvética, com 80% de afirmações positivas. No entanto, o governoaustríaco não acatou com os resultados. Os suíços
italianos e francófonos, bem como os suíços librais rejeitaram também essa
junção.
Os cantões estão
divididos em 2.636 municípios (ou comunas).
Economia
Cerca de dois
terços do território suíço é coberto de florestas, montanhas e lagos. Dado que
o país não possui recursos minerais, tem de importar, processar e colocar à
venda as necessidades da população. Dos três sectores que compõem a actividade
económica suíça, o terciário é o mais importante no qual se incluem a banca, as
seguradoras e o turismo. A agricultura também é importante, porém, não satisfaz
às necessidades totais da população, sendo obrigado a importar.
Actualmente, é a 23ª economia do mundo, com um PIB estimado de 492,6 mil milhões de dólares americanos para o ano de 2008 (pelataxa de câmbio oficial) ou 309,9 mil milhões de dólares
(pela paridade de poder de compra). O PIB per capita (estimado em 40.900 dólares americanos para
2008) é um dos maiores do mundo, enquanto a taxa
de desemprego é uma das mais baixas. Dado que está rodeada
de países-membro da União Europeia, a economia tem vindo gradualmente a
adaptar-se às políticas do bloco económico, de modo a aumentar a sua competitividade internacional, apesar de haver ainda algum proteccionismo, sobretudo na agricultura.
Em termos de
valor, a Suíça é responsável por metade da produção mundial de relógios.
Importante
centro financeiro internacional, a Suíça é também a primeira praça
financeira para
a gestão de fortunas e continua a ser um porto seguro para os investidores, em
razão do grau de sigilo bancário vigente no país e da histórica estabilidade
da moeda local. Apesar das exigências da legislação, as
regras do sigilo persistem e os não-residentes estão autorizados a realizar
negócios através de diversos intermediários e entidades offshore.
Segundo o The World Factbook da CIA,
aí ocorrem importantes etapas do processo internacional de lavagem
de dinheiro. Em 2009,
a Suíça foi incluída na 'lista cinza' de 38 paraísos
fiscais, pela OCDE.
Durante a última
década, o sigilo bancário suíço tem sido várias vezes posto em causa, quer
interna, quer externamente. O sigilo, previsto na lei suíça pelo artigo 47.º da
Constituição, tem
permitido a defesa da divulgação de dados que são normalmente pedidos pelas
autoridades internacionais contra a evasão fiscal. Esse estatuto perante a
banca tem permitido a chegada de novos capitais ao país, bem como a
estabilização do franco suíço, sobretudo depois da chegada do Euro. Após
a eclosão da crise económica mundial, foi pedida várias vezes à Suíça o
levantamento do artigo 47.º pelas autoridades internacionais, de modo a poder
investigar crimes fiscais ocorridos em vários países, cujos capitais terão sido
depositados na Suíça. As
dificuldades para tal, fizeram com que vários países, nomeadamente a Alemanha, a França e os Estados Unidos, colocassem o país na lista negra dos paraísos
fiscais, que viria a
acontecer em Março de 2009 - a OCDE coloca a Suíça na lista negra.
A crise
económica provocada
pela falência do banco Lehman Brothers atingiu
fortemente o sector bancário suíço em 2008. Desde o início da crise, a Union
de Banques Suisses perdeu cerca de trezentos milhões de
francos (cerca de 207 milhões de euros). Apesar da forte queda das acções do
sistema bancária, a economia suíça previu um aumento de 2% no seu PIB.
Turismo
A Suíça é
dividida em treze regiões turísticas. A principal atracção da Suíça são as
paisagens dos Alpes suíços.
Até ao século XVIII, o país não era um destino, mas uma
passagem obrigatória no centro da Europa. Na altura, as cidades que atraiam
turistas eram apenas Basileia e Genebra devido às suas universidades, movimentos
religiosos, as fontes de água e as curas que as termas proporcionavam.
O início do
turismo no país é provocado pelos trabalhos de escritores e pintores
naturalistas do fim do século XVIII e do início do século XIX que suscitam interesse aos viajantes pelas
descrições das paisagens e das montanhas. As regiões mais expostas foram as
Oberland e sobretudo Zermatt, no cantão do Valais desde 1850.
As primeiras
viagens organizadas foram lançadas pela agência inglesa Thomas
Cook antes
mesmo da indústria do Turismo Local se ter começado a desenvolver. No entanto,
as tarifas elevadas atraiam apenas os suíços mais afortunados até que a crise
de 1870-1890 forçam os profissionais a oferecerem preços mais baixos e estadias
maiores, sobretudo na época do Inverno. A partir daí, novas estâncias são
criadas, como em Davos e no Tessino.
No início do século XX, a Suíça gastava 3% do seu PIB anual para a
hotelaria e as receitas daquele sector chegavam aos 320 milhões de francos
suíços. O desenvolvimento pós-guerra de 1914-18 e o pagamento de férias pagas
fazem com que existe um grande aumento da procura por parte das classes mais
baixas que vêm a ser a maioria no fim da década de 1950.
Actualmente, a
procura de turismo na Suíça parte sobretudo da Alemanha, que corresponde a
14,4% das estadias feitas do país, seguida da França com 5,3%, o Reino Unido
com 4,8% e Itália, com 3,8 %. Dos países não europeus, os Estados Unidos
representam 3,3% do total das noitadas, seguidos da Austrália e da Nova
Zelândia que representam 3,3%. O Japão representa apenas 0,6% das noitadas
feitas na Suíça.
Educação
A educação tem
vindo a ser uma fonte importante de recurso para o seu desenvolvimento
económico. Por isso, o país clama em ter um dos melhores sistemas do mundo
nessa área. No entanto, não existe um sistema educativo mas sim 26, o mesmo
número de cantões, variando entre eles. Por exemplo, em alguns cantões o ensino
da primeira língua estrangeira é iniciado no quarto ano enquanto que em outros
inicia-se no sétimo. O facto de cada cantão possuir o seu sistema educativo,
transferir os estudantes de uma escola para outra fora do seu cantão de
residência pode se tornar problemático, podendo resultar na rejeição de vários
deles nas suas escolas de destino.
A maioria dos
estudantes frequentam estabelecimentos públicos dado que os privados são caros
para a maioria da população. Consiste em três períodos escolares: elementar,
secundária e universitário. Todas as crianças são obrigadas a frequentar por no
mínimo nove anos de escolaridade, seja em escolas públicas ou privadas.
A elementar
inicia-se normalmente aos sete anos de idade da criança e dura oito ou nove
anos consoante o cantão. Algumas escolas oferecem um ano a aqueles que ainda
não se decidiram em termos de carreira ou não tenham encontrado um emprego, ou
não tenham atingido a idade para iniciar uma actividade profissional
específica. No cantão
de Zurique, tal como no cantão
de Valais, a primária
consistem em seis anos de educação
primária, tendo normalmente
apenas um professor para todos as disciplinas, e mais três anos onde já têm no mínimo
dois professores para disciplinas específicas. Depois de terminar a
escolaridade elementar, os estudantes têm normalmente duas opções: a secundária
ou escolas de maturamento,
em que a segunda incide principalmente na educação específica para uma profissão.
O secundário, similar com o sistema português, tem
várias áreas de incidência: as Mathematisches und
Naturwissenschaftliches Gymnasium para as matemáticas e as ciências
naturais; as Neusprachliches
Gymnasium para
o ensino de línguas modernas como o inglês e o francês (ou alemão, dependendo
do cantão em que se insere o aluno); as Wirtschaftsgymnasium para
as áreas da economia; entre outras. O secundário dura entre quatro e meio a
seis anos e meio formando competências básicas para o acesso a universidades
através do Eidgenössische
Matura -
diploma federal.
Existem 12 universidades na Suíça, dez cantonais e duas federais, em
que a primeira incide em áreas não-técnicas. As duas universidades técnicas
federais são a Eidgenössische Technische Hochschule Zürich e a École
Polytechnique Fédérale de Lausanne. No entanto, o estudante que não
tenha seguido o secundário e tenham optado pelas escolas de maturamento, têm à
disposição um vasto leque de escolas superiores técnicas cantonais como a Haute
École Valaisanne.
Saúde
O sistema de
saúde na Suíça baseia-se através de um sistema de seguros no qual todos os
cidadãos são obrigados por lei a adquirir um, previsto pelo Acto Federal da
Saúde. Enquanto que o seguro é subsidiado pelo governo, sobretudo para os mais
pobres, os suíços pagam uma larga percentagem dos prémios do seu seguro de
saúde. O governo paga 25 % dos prémios enquanto os cidadãos pagam o resto.
No entanto, o Estado é muito severo no que aplica a cobertura dos seguros sendo
proibida a rejeição de uma cobertura a nenhum cidadão; exige que todos os
preços dos mesmos sejam publicados.
Em 2005, a esperança
média de vida era de 79 anos para os homens e 84 para as
mulheres, colocando
o país em terceira posição no grupo dos países europeus em termos de esperança
de vida. A
qualidade de vida reflecte-se na esperança de vida em boa saúde de 71 anos para
os homens e 74 para as mulheres. A taxa
de natalidade, estimado
para o ano de 2008, está registada nos 9,62 nascimentos por cada 1000
habitantes, enquanto que a taxa
de mortalidade fica-se pelos 8,54 falecimentos por 1000
habitantes.
Em termos de
doenças, as mais frequentes são as de origem cardiovascular que representam 37% dos falecimentos,
seguidos pelos vários tipos de cancro que registam 25% dos falecimentos no país. Em
2001, a taxa de infectos com SIDA era de 0,4 % representado 13000
pessoas.
O sistema de
Saúde na Suíça compreende 350 hospitais, cerca de 4,5 por cada 100 mil
habitantes, proporcionando 43 mil profissionais de saúde, dos quais 28 mil são
médicos, 3,8 por cada 1000, 3600 dentistas e 1650 técnicos de farmácia.
Cultura
População
A mentalidade
dos suíços é sobretudo pro-europeia. Mesmo não estando integrada na União Europeia, os suíços (sobretudos os da zona
francófona) têm ideias europeias (sobretudo ocidentais): liberdade, tolerância e pluralismo. Também é dito que os suíço são
conservadores nos seus ideais e que defendem um outro ponto de vista do que a
Europa. Porém, é defendido que o que muito caracteriza a Europa hoje em dia é herdado da Suíça, que foi um
dos primeiros países a adoptar uma democracia como se conhece hoje em dia.
No dia-a-dia, os
suíços preferem coisas pequenas e não são esbanjadores. Mas são sobretudo
marcados pela pontualidade, a precisão e o perfeccionismo. É assim que funciona
a máquina económica, política e social. Tudo é regulado e perfeito pois cada
suíço sabe que o dinheiro pago em impostos é investido em infra-estruturas como caminhos-de-ferros, estradas, hospitais, escolas,
etc. E também concordam a tecnologia com o respeito pelo ambiente criando a
responsabilidade e o civismo, que é notado em todos os níveis: desde a
segurança rodoviária até às escolas, passando pela maneira de ser, de
comunicar, entre outros. Este civismo também é sentido nos mais diversos
referendos que são criados incentivando os suíços a participar na vida política
quer directa ou indirectamente, proporcionando um sistema único no mundo de democracia
directa que,
ao contrário dos restantes países europeus com parlamentos ou senados, faz da
Suíça um dos países mais democratas do Mundo mostrando também respeito e
solidariedade. A solidariedadetambém é importante para os
suíços, embora controversa. A Cruz Vermelha e os direitos humanos tiveram muito
influência do país. Cada suíço contribui para a solidariedade através dos
impostos ou de pagamentos voluntários. A controvérsia neste tema foi no
acolhimento barrado a refugiados durante várias guerras, sobretudo a judeus
durante a Segunda Guerra Mundial culpando a Suíça por alguma parte da tragédia
durante este tempo da história da Humanidade. A cultura suíça também está bem
dividida nas quatro regiões linguísticas. Apesar da importância do
multilinguismo, é necessário entender que os habitantes respeitam claramente as
diferenças culturais cujas raízes encontram-se na língua falada em cada região.
Apesar das várias línguas, culturas, pontos de vista, cantões com autonomia, a
Suíça é como um relógio perfeito em que cada mecanismo está interligado sem
interferir um no outro.
Esporte
Tal como os outros
países desenvolvidos, a Suíça possui um grande leque desportivo de atletas,
clubes, claques,
estádios, praticantes anónimos, etc.
O futebol é um dos desportos mais praticados no país.
Conta com uma liga nacional de dez equipas e muitas outras amadoras espalhadas
pelo país. O hóquei no gelo também é muito famoso e muitos outros
desportos vão tendo destaque como o voleibol, o basquetebol, o andebol, etc.
Do lado
individual destaca-se sobretudo o atletismo, a ginástica, o esqui e o ténis, cuja maior figura representativa do país
nesta modalidade é o campeão Roger Federer. Também se destaca a participação de
pilotos suíços na F1, o
que é um fato curioso, pois a Suíça proíbe provas automobilísticas em seu
território. Mesmo assim teve representantes de respeito na categoria, sendo o
principal Clay Regazzoni, único suíço a vencer provas na
categoria e Marc Surer, que correu em algumas escuderias
nos anos 80. A Suíça ja chegou também a sediar seu próprio GP (mesmo sendo
realizado no autódromo de Dijon-Prenois na França). Também se destaca no automobilismo suíço
a figura de Walter Brun,
milionário dono de uma equipe particular no antigo Mundial de Marcas da FIA e que obteve destaque também na F1, quando
chegou a ser dono de equipe própria (a Eurobrun) e da Brabram,
entre 1988 e 1990. O último piloto suíço na F1 foi Sébastien Buemi, que correu na categoria de
2009 a 2011, na Toro Rosso.
No Verão é sobretudo praticado o skate e o ciclismo enquanto que no Inverno praticam mais esqui e snowboard.
A nível
cantonal, é muito comum haver desportos facultativos instruídos aos jovens. O
desporto, que é uma das cadeiras do conselho Federal, é considerado essencial
perante a população na educação e na maturação dos suíços.
Juntamente com a Áustria, a Suíça foi o país acolhedor do Campeonato Europeu de Futebol
de 2008.
Artes
Nas várias artes
que compõe a cultura, desde o cinema à literatura passando pela música e pela
arquitectura, a Suíça apresenta uma boa diversidade nestas áreas.
Actualmente as
rádios nacionais são obrigadas por lei a emitir programas culturais sobre a
Suíça. DJ Bobo é um cantor suíço conhecido na Europa e
que teve destaque na Eurovisão.
No campo da
literatura existe uma diversidade e autores e livros dada ao multilinguismo
presente no território. Alguns autores conhecidos são Jean-Jacques Rousseau, Blaise Cendrars, Hermann Hesse …
Alguns deles são confundidos com outra nacionalidade pois publicam muitos livros
nas capitais dos países vizinhos.
Alguns actores
suíços são também conhecidos no mundo inteiro, sobretudo a intérprete da
primeira bond-girl em Dr. No, Ursula Andress.
Gastronomia
A gastronomia
típica helvética é claramente feita à base de leite. Os suíços, juntamente com
os franceses, produzem queijo para a raclette que é derretida e servida com batatas
cozidas e pickles.
Além do queijo,come-se muita massa,como o äplermakronen,uma massa com queijo e
batatas,prato típico de inverno, o chocolate também é muito famoso no país e no mundo. A
empresa Nestlé, sediada em Vevey (Vaud),
produz chocolate suíço para ser comercializado em todo o Mundo. Na parte alemã
é comum encontrar o rösti em formato de panqueca,é feito de
batatas cozidas e raladas,a massa misturada com manteiga podendo juntar bacon,
cebolas, entre outros ingredientes, é então colocada em uma frigideira e
tostada dos dois lados. Também é comum encontrar pratos feitos a partir de castanhas, sobretudo nas zonas montanhosas (Valais e
Tessino).
Os vinhos suíços não são muito famosos no mundo, pois
a produção vinhateira na Suíça é muito reduzida, apesar da tecnologia usada no
processo de obtenção. A cidra de maçã, o absinto de Jura e a Rivella são outras bebidas famosas.
Tortas e quiches também são tradicionalmente encontradas na
Suíça. Em particular, as tortas são feitas de todos os modos, desde maçã à
cebola. Outro prato típico são os cervelats, linguiça suíça feita especialmente
no país e no sul da Alemanha. Na Suíça, a culinária é influenciada pelas outras
culturas adjacentes como a francesa, alemã e italiana.
Sem comentários:
Enviar um comentário