ONDE O MÁXIMO SE
TRANSFORMA NO MÍNIMO
O artigo de opinião intitulado “Garantias?”, que divulguei na passada Quinta-feira, dia 27 de
novembro, (ver AQUI)
mais não é do que a continuação de outros artigos que venho escrevendo sobre a
discriminação negativa dos veículos autocaravanas e que mereceu o comentário de
Henrique Fernandes (na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
FPA) publicado no Fórum do CampingCar Portugal com o título de “Autocaravanismo
– as raposas e o galinheiro”.
O comentário do Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
FPA mereceu, quase no imediato, a aprovação subliminar dos donos do CampingCar
Portugal, os mesmos que têm procedimentos censórios, como já tive ocasião de
informar e esclarecer (ver AQUI). Estes procedimentos censórios que, alegadamente
defendem a unicidade de pensamento, impedem-me de no local próprio, no Fórum do
CampingCar Portugal, divulgar este texto, razão pela qual aqui venho prestar
alguns esclarecimentos.
As considerações que o Presidente da Mesa da Assembleia
Geral da FPA faz sobre a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal procuram
desviar as atenções das confusões e contradições a que a FPA nos vai habituando.
Confusões e contradições que se esforça por esbater desenvolvendo uma narrativa
que possa inverter o teor do Comunicado 6/2014 de 26 de maio da FPA (ver AQUI).
Já no que se refere aos juízos de valor que o Presidente da
Mesa da Assembleia Geral da FPA faz sobre a minha pessoa não os considero tão importantes
para o Movimento Autocaravanista de Portugal que mereçam relevância, não obstante
os mesmos juízos não serem de modo a dignificarem a função de Presidente da
Mesa da assembleia Geral da FPA. Continuarei, portanto, fiel ao princípio de
analisar ideias e sobre elas deduzir o óbvio.
E o que é o óbvio?
O óbvio é que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
FPA esclarece que a FPA nem sempre consegue exprimir as ideias através da
fórmula gramatical e sintática mais adequada e reconhece que pode ser o caso em
apreço. A FPA não sabe escrever de forma
a ser compreendida, é o que surpreendentemente afirma por palavras mais
rebuscadas o Presidente da Mesa da Assembleia Geral daquela federação.
O óbvio é que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
FPA desenvolve toda uma teia de explicações que até poderiam ser coerentes, não
fossem essas explicações que constrói sobre o que não está escrito, partirem consequentemente
de uma base que não está contemplada no Comunicado 6/2014 de 26 de maio da FPA.
Onde o máximo se transforma em mínimo
A FPA, no Comunicado em apreço, informa que defende o
estacionamento de curta duração (até 48 horas)
em condições iguais às das restantes viaturas com o mesmo gabarito das
autocaravanas. Ou seja, é definido um
período máximo de estacionamento, após o qual as autocaravanas deverão ser
encaminhadas para parques da especialidade.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA transforma o
período máximo de estacionamento referido no Comunicado da FPA (até 48 horas) para um período mínimo (de, PELO MENOS, 48 horas) para que a
argumentação que expõe seja credível. Só que, assim, o Presidente da Mesa da
Assembleia Geral não tem espaço para justificar a disponibilidade patenteada no
Comunicado da FPA para que “Só o
estacionamento de duração superior (às 48 horas) deverá ser encaminhado para parques da
especialidade.”
Ao transformar o prazo de até
48 horas (escritos no Comunicado da FPA) para um prazo que pode
ser superior, ou seja de, PELO MENOS,
48 horas, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA apaga
do Comunicado da FPA o propósito de encaminhar as autocaravanas para parques da
especialidade, pois que é evidente que tal intenção deixaria de ter
justificação.
Como se prova, o
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA dá o dito que está no Comunicado
da FPA como não dito.
O Comunicado que não é o que parece?
Quando uma qualquer organização, que se quer credível, se
manifesta em comunicado público tem que ter capacidade para que as afirmações
que faz sejam completamente claras e compreensíveis.
Ou o Comunicado da FPA está errado e, nesse caso, o
Presidente da Direcção da FPA tem que vir publicamente, através de outro Comunicado,
corrigi-lo ou o Comunicado está certo e, nesse caso, o Presidente da Mesa da
Assembleia Geral da FPA tem que ficar calado.
A diferença entre o que disse no Comunicado 6/2014 o
Presidente da Direcção da FPA e o que diz o Presidente da Mesa da Assembleia
Geral da FPA é tão abissal que deveria merecer da parte de ambos os Presidentes
um esclarecimento sobre a confusão que resulta entre estar pelo
menos 48 horas estacionado e estar até
48 horas estacionado.
Senhores Presidentes,
entendam-se! Se o Comunicado não é o que parece escrevam outro que se não
preste a confusões.
Confusões e contradições a que a FPA nos
vai habituando
Não é a primeira vez que a FPA se contradiz, por isso,
quando o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPA vem “falar” de bom senso
ou quando acusa de má-fé quem expõe as contradições e confusões da FPA, teria
que falar também, pelo menos, em confiança e transparência.
Sobre a transparência
digo o que é uma evidência que dispensa muitos comentários.
Propõe-se uma Petição Pública para “Criação de uma Política
Nacional, Justa e Equilibrada, de Acolhimento ao Autocaravanismo. Contra a
discriminação Negativa no Estacionamento a que os Autocaravanistas estão
Sujeitos” sem que previamente se defina o enquadramento dessa Política que dê
substância ao que se pretende. Isto não é transparência.
A FPA que existe, segundo os Estatutos, desde 2011 (há mais
de 3 anos) não divulga no Portal oficial da associação, nem que saiba em
qualquer outro local, os “Orçamentos e Planos de Actividade” e os “Relatórios e
Contas” o que impede, quem quer que seja, de analisar a vida associativa da
FPA. Isto não é transparência.
Sobre a confiança
apenas um exemplo caricato (Haverá mais?):
Que confiança se pode ter na FPA enquanto não explicar a
contradição (que refiro no artigo de opinião intitulado “FPA – feliz ou
infeliz” - ver AQUI)
em que numa carta ao Deputado Mendes Bota a FPA se lamenta que infelizmente o Projeto Lei 778/X não foi aprovado e num
comunicado, referindo-se ao mesmo Projeto Lei, alegra-se por felizmente o Projeto Lei não ter sido aprovado.
Ainda mais caricato é que num Comunicado da FPA em que se
refere o Projeto Lei 778/x é dito que foi um texto do CPA (ver AQUI)
“ (…)
que foi enviado para as forças politicas (leia-se deputados e grupos
parlamentares) envolvidas, que se “assustaram” com a possível polémica e “saíram de cena””.
Deputados assustados pelo CPA?! Desistiram de uma lei porque tiveram medo do
CPA?!
Ter opiniões distintas e contraditórias para o mesmíssimo
assunto é o que desperta desconfiança.
Há outro comunicado?
Os comentários do Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
FPA reportam-se presumivelmente a um qualquer outro comunicado (secreto?) da
FPA pois que, no Comunicado em causa, o Comunicado 6/2014, por muito boa
vontade que se tenha, nada do que foi comentado pelo Presidente da Mesa da
assembleia Geral da FPA é uma evidência.
Até informação
oficial em contrário e APENAS com base no teor do Comunicado 6/2014 de 26 de
Maio, as únicas conclusões que se podem extrair do texto desse comunicado são
as seguintes:
1º - As autocaravanas poderiam estar
estacionadas em qualquer
local em igualdade de circunstâncias com qualquer veículo de igual gabarito, mas só até um máximo de 48 horas;
2º - Após 48 horas qualquer outro veículo de igual
gabarito ao da autocaravana poderia manter-se no mesmo local até um máximo de
30 dias, enquanto a
autocaravana seria obrigatoriamente encaminhada para parques de especialidade que até poderiam ser pagos;
3º - Os autocaravanistas com
este tipo legislação defendida pela FPA seriam obrigatoriamente encaminhados
para Parques (de Campismo ou outros), pois a sua igualdade e liberdade só
durava até 48 horas.
Conclusão (ver AQUI): A FPA quer que as autocaravanas sejam
discriminadas.
O autor, todas as Quintas-feiras, no Blogue do Papa Léguas Portugal,
emite uma opinião sobre assuntos relacionados com o autocaravanismo (e não só)
– AQUI)
Enfim.. comportamentos ridículos!
ResponderEliminarMais uma vez, a sede de protagonismo desencadeado à três anos a esta parte, criando-se "clubes" da treta para defender o quintal privado, e assim ciar-se uma "coisa" que não representa mais que a treta, e NADA MAIS QUE ISSO, comprova-se nestas tomadas de atitudes, absolutamente infantis e ridículas, de "meninos" mimados que ora querem uma coisa, o direito a estacionar onde bem entendem e da forma que bem entendem, e ora querem que o a lei proíba os outros, e apenas os outros, de estacionarem na via pública mais que 48 horas!!!
ResponderEliminarÉ absurda esta contradição de objectivos antagónicos, mas perfeitamente compreensível, vinda de gente sem carácter que pretende ao mesmo tempo limitar o acesso à via pública a uns e permitir a bandalheira do autocampismo a outros!
Como sempre, há um "fórum" que também se pauta pela dualidade de critérios, que usa o espaço para tentar manobrar a opinião a seu bel prazer, ora contra as Autoridades Policiais, quando são alvos de tomadas de atitude mais efectivas, ora contra as Autoridades Administrativas tentando levá-las a acreditar na teoria da necessidade de criação de "legislação" especial de corrida, e tentando persuadi-las à necessidade de criar "quintais privativos" para certos senhores que querem ter acesso a determinados locais em exclusividade!
Tantos uns como outros, apenas querem um protagonismo, não interessa mesmo as consequências dos seus actos, como o constatamos nestes últimos três anos, onde se continua a, em público, condenar certas atitudes, mas em privado, praticam-nas, até em encontros e convívios!!!
Lamentavelmente, e mais uma vez, se constata que existe um "fórum" e uma "coisa" que não defendem o Autocaravanismo mas apenas interesses privados muito obscuros, e não permitem sequer que alguém, fundamentadamente, exerça o direito democrático de expor os seus pontos de vista, simplesmente porque desmascaram, ponto por ponto, argumento por argumento, toda a teoria infame de quem se diz representante do Autocaravanismo!
Como não preciso nem de uns nem de outros, podem à vontade continuar a brincar aos defensores dos vossos próprios interesses, pode ser que um dia destes provem do vosso próprio veneno e se vejam impedidos de estar na via pública quanto mais praticar autocampismo na via pública!
Da minha parte, resta-me condenar este tipo de comportamento!
Tenho pena!!!!
Um abraço e até sempre,
José Gonçalves