ENCONTROS COMPEROCHAS
TOMAR
(2001)
No âmbito dos Encontros dos Comperochas
(Companheiros Amigos das Peras Rochas), espaço de liberdade e companheirismo cimentado ao longo de
anos, Tomar foi um pretexto para um Encontro de Convívio, Turismo Cultura e
troca de opiniões.
Nesta foto reportagem, que interessa
essencialmente aos participantes, podem, contudo, ver-se alguns apontamentos de
Tomar.
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Encontros Comperochas
Tomar
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MUSEU DOS FÓSFOROS
Tomar
Durante 27 anos, o Cidadão Benemérito de Tomar,
Aquiles da Mota Lima, coleccionou mais de 43 mil caixas e carteiras e cerca de
16 mil etiquetas de caixas de fósforos. Esta colecção, doada ao município em
1980, representa cerca de 127 países de todo o mundo, distribuídos por sete
salas contíguas. O Convento de São Francisco, onde esta colecção visitável se
encontra, abre a porta ao passado: história, política e literatura mundiais,
música, arte, ciência, tecnologia, desporto, religião são apenas alguns dos
temas que podemos encontrar; para além destes, ainda temos as inúmeras
curiosidades, como a caixa francesa sobe-escadas...
A história desta colecção visitável deve-se ao tomarense
Aquiles da Mota Lima. Em 1953, ao viajar para Inglaterra, com o objectivo de
assistir à coroação da rainha Isabel que travou conhecimento com uma senhora que
fazia colecção de caixas de fósforos. Em conversa, ficou acordado que Aquiles
Lima lhe enviaria as caixas mais bonitas que encontrasse durante as suas
viagens. Cumprindo o que lhe fora pedido, comprava dois exemplares, um para a
senhora e outro para si. Quando chegou a Portugal, somava já uma centena,
marcando o início do fascínio pelo Filumenismo, que foi crescendo a par da sua
colecção.
No dia 1 de Março (Dia da Cidade) de 1980, este Cidadão
Benemérito doou as cerca de 43 mil caixas e 16 mil etiquetas de fósforos,
coleccionadas ao longo de 27 anos, ao município de Tomar, o qual, apenas em
1989 as instalou numa das alas do Convento de São Francisco, classificado como
Imóvel de Interesse Público (IIP). O acesso foi, desde o início, gratuito.
Distribuída ao longo de sete salas, esta colecção, cujas
caixas contêm todos os fósforos, representa cerca de 127 países, através dos
quais é possível observar uma peculiar descrição da história e cultura
universais. As secções de exposição estão divididas em três períodos: de 1827 a
1895; de 1895 a 1910; e, por último, de 1910 à actualidade.
A primeira sala é dedicada aos certificados de participação
em exposições de Filumenismo, à apresentação de algumas etiquetas de caixas de
fósforos italianas e, ao centro, de uma máquina de etiquetagem.
Da segunda à quarta sala são contemplados países de vários
continentes, como por exemplo Grécia, Brasil, EUA, Cuba, Panamá, Colômbia,
Uruguai, Roménia, Bulgária, Malta, México, Japão, China, Eslovénia, Estónia,
Ucrânia, Tunísia, Vietname, Tanzânia, Paquistão, Coreia, Etiópia, Argélia,
Irlanda, Finlândia, Angola, Austrália, Irão, Inglaterra, Suíça, Áustria,
Alemanha, Rússia, etc. Nestas caixas podemos observar as paisagens de cada
país, os seus respectivos trajes, tradições, reis, quadros célebres,
instrumentos musicais, estrelas de cinema, jóias e pedras preciosas,
esculturas, cerâmica, mitos e artes lendárias, ciência, tecnologia, desporto e
religião, entre muitos outros temas. A publicidade a produtos nacionais também
estão presentes, assim como a fauna e a flora.
A quinta sala é dedicada a alguns países da Europa,
possuindo exemplares provenientes da Bélgica, Holanda, ex - Repúblicas Federal
e Democrática Alemãs.
A sexta sala versa exclusivamente sobre Espanha, onde é
possível admirar a tauromaquia, as danças tradicionais como as sevilhanas, os
trajes de cada região, os jogadores de futebol e várias personalidades
importantes.
A sétima e última sala, agrupa as caixas de fósforos
portuguesas, na qual se assiste a uma retrospectiva do nosso país, onde os
trajes, os reis, os coches, a política e campanhas eleitorais e os monumentos
saltam à vista. Também a publicidade a produtos alimentares da época são alvo
de atenção.
As sete salas estão recheadas de curiosidades; desde
a mini-caixa com fósforos minúsculos à maior, com cerca de 40
centímetros. Podemos ainda apreciar os fósforos anti-vento e os que
acendem sob a água; a caixa sobe-escadas, equipada com uma vela para que
se pudesse subir as escadas sem queimar os dedos; os puzzles feitos
com várias caixas; caixas redondas, hexagonais, de prata e bordadas; fósforos
com incenso... Cada uma das alas reserva caixas surpreendentes.
A colecção do Museu dos Fósforos está em constante
crescimento, uma vez que novas caixas continuam a integrar o espólio, através
de doação ou compra.
De portas abertas todos os dias da semana, o Museu dos
Fósforos Aquiles da Mota Lima convida a uma viagem pelo mundo, desvendando a
beleza de cada um dos lugares.
Fonte: Blogue “Museu dos Fósforos”