Foto do Bligue “O Marrare”
Esta Gente / Essa Gente
O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente
Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente
Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente
O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente
Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente
NENHUMA!
A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente
Ana Hatherly é
uma professora, escritora e artista plástica portuguesa.
Professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde
co-fundou o Instituto de Estudos Portugueses, é diplomada em Cinema, pela London
Film School, licenciada em Filologia Germânica, pela Universidade de Lisboa, e doutorada em
Estudos Hispânicos, pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Anteriormente leccionou na Escola de Cinema do Conservatório Nacional, e no AR.CO, em Lisboa. Existem
cópias dos seus filmes no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e no
Arquivo da Cinemateca Portuguesa.
Paralelamente desenvolveu uma carreira como artista
plástica, iniciada na década de 1960,
com um extenso número de exposições individuais e colectivas, em Portugal e
no estrangeiro
.
Foi membro da Direcção da Associação Portuguesa de Escritores e
ajudou a fundar o P.E.N. Clube Português, ao qual presidiu.
Foi ainda membro destacado do grupo da poesia experimental, nas décadas
de 1960 e 70,
além de se ter dedicado à investigação e divulgação da literatura portuguesa
barroca, fundando as revistas Claro-Escuro e Incidências.
Em 1978foi
agraciada pela Academia Brasileira de Filologia do Rio
de Janeiro, com a Medalha Oskar Nobiling; em 1998 obteve o
Grande Prémio de Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores;
em 1999 o
Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português; em 2003 o Prémio de
Poesia Evelyne Encelot, em França, e o
Prémio Hannibal Lucic, na Croácia.
Encontra-se colaboração da sua autoria na revista 57
(1957-1962) (ver AQUI)
Poesia
- Um Ritmo Perdido. Lisboa: Ed. Aut. (1958)
- As Aparências. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural (1959)
- A Dama e o Cavaleiro. Lisboa: Guimarães Editores (1960)
- Sigma. Lisboa: Ed. Aut. (1965)
- Estruturas Poéticas - Operação 2. Lisboa: Ed. Aut. (1967)
- Eros Frenético. Lisboa: Moraes Editores (1968)
- 39 Tisanas. Porto: Colecção Gémeos, 2 (1969)
- Anagramático. Lisboa: Moraes Editores (1970)
- 63 Tisanas: (40-102). Lisboa: Moraes Editores (1973)
- Poesia: 1958-1978. Prefácio de Lúcia Helena da Silva Pereira - Lisboa: Moraes Editores (1980)
- Ana Viva e Plurilida. in Joyciana (ob. colec.), Lisboa: &etc. (1982)
- O Cisne Intacto. Porto: Limiar (1983)
- A Cidade das Palavras. Lisboa: Quetzal (1988)
- Volúpsia. Lisboa: Quimera (1994)
- 351 Tisanas. Lisboa: Quimera (1997)
- Rilkeana. Apresentação de João Barrento e Elfriede Engelmayer - Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Poesia do PEN Clube Português) (1999)
- Um Calculador de Improbabilidades. Lisboa: Quimera (2001)
- O Pavão Negro. Prefácios da Autora e de Paulo Cunha e Silva, Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Consagração da Associação Portuguesa de Críticos Literários) (2003)
- Itinerários. Vila Nova de Famalicão: Edições Quasi (2003)
- Fibrilações. Edição bilingue. Tradução para castelhano de Perfecto E. Cuadrado, Lisboa: Quimera (2005)
- A Idade da Escrita e outros poemas. Antologia com org. e pról. de Floriano Martins, São Paulo: Escrituras (2005)
- 463 Tisanas. Prefácio da Autora, Lisboa: Quimera (2006)
- A Neo-Penélope. Lisboa: &etc. (2007)
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre
Sem comentários:
Enviar um comentário